Prévia do material em texto
Olá, meu nome é Helder Guerreiro aluno de Engenharia Química na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), esses conselhos que lhe darei é para você que está pouco se lixando para a matéria ou está com uma grande dificuldade em aprender a calcular as nossas queridas Equações Diferenciais Ordinárias. Nunca decore, aprenda! O importante aqui é que você consiga resolver as EDO’s que apareceram pela frente. Esse curso está aí para que você tenha habilidades lá na frente, pois existem matérias que exigirão de você esse conhecimento. Preste atenção nas dicas que eu te der, sabe por que? Por que eu sou um cara leigo como qualquer outra pessoa, então eu sei muito bem o que é passar dificuldade numa matéria na faculdade. Este material foi preparado durante meu 3° período da faculdade, onde uma turma imensa foi formada ao comando de um ótimo professor. Todos os assuntos contidos nesta apostila foram baseados nas aulas do meu professor de EDO, Prof. Carlos Wagner. Não usei o livro como base de meu conhecimento, pois o professor já se baseava nele para nos dar aulas. Os assuntos contidos aqui não são necessariamente todos os assuntos de EDO, mas os que forma possíveis em ser ministrados no período letivo de aula. Agradeço por ter esta apostila em mãos e faça bom proveito. Esta apostila é e sempre será gratuita para quem quiser de onde quer que seja, além de usá-la compartilhe-a também, pois assim como esta apostila pode lhe ajudar, também pode ajudar outras pessoas. Fim de papo! Hora de sofrer! Helder Guerreiro PRIMEIRA PARTE - Problema de valor inicial (PVI) - Variação de parâmetros - Variáveis separáveis - Equações diferencias exatas - Equação não exata para equação exata - Equações homogêneas - Trajetórias ortogonais - Equações de Riccati SEGUNDA PARTE - Equações lineares de segunda ordem - Equações de Bernoulli - Equações lineares de segunda ordem não linear sem o termo y - Equações lineares de segunda ordem não linear sem a variável independente t - Equações características com raízes negativas - Equações de coeficientes variáveis - Equações características com raiz única TERCEIRA PARTE - Redução de ordem - Método dos coeficientes indeterminados - Variação de parâmetros - Equações de ordem superior - Resumão Helder Guerreiro Sumário 4Helder Guerreiro São necessários 7 passos para resolver estes problemas: Ajeitar a questão para regra geral - A regra geral apresentada pelo PVI deve ser da seguinte forma: 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞(𝑡), basicamente consiste em não haver coeficiente algum a frente do 𝑦′. Caso a equação não apresente essa forma, deve-se ajeita-la. Encontrar o fator integrante - O integrante será encontrado da seguinte forma: 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡, basta pegar a função 𝑝(𝑡) integrar e depois usar como expoente de “e”. Passo 1 Passo 2 5Helder Guerreiro Multiplicar o fator integrante - Encontrando-se o fator integrante multiplique-o pelos dois lados. Simplificar e tornar integral - Do lado esquerdo da igualdade simplifique a expressão de tal forma que encontre a primitiva da derivada dessa forma: 𝑑 𝑑𝑥 [𝑘𝑥], e coloque uma integral no lado direito da igualdade anulando a derivada do lado esquerdo. Integrar - Agora focando no lado direito, resolva a integral ordinária (não é um insulto). Solução geral - Trocando a integral do lado direito pelo seu resultado (não esqueça da constante C) hora de isolar o y, ao terminar de isolá-lo essa será a solução geral. Solução do PVI - Com a solução geral pronta use o ponto que foi dado pelo enunciado usando um valor para y e um para t e encontre o valor de C. Depois volte a solução geral e substitua o valor de C. Passo 3 Passo 4 Passo 5 Passo 6 Passo 7 6Helder Guerreiro Temos a equação e o ponto: 𝑡3𝑦′ + 4𝑡2𝑦 = 𝑒−𝑡 , 𝑦 −1 = 0. Ajeitar a questão para regra geral 𝑡3𝑦′ + 4𝑡2𝑦 = 𝑒−𝑡 → 𝑡3𝑦′ 𝑡3 + 4𝑡2𝑦 𝑡3 = 𝑒−𝑡 𝑡3 → 𝑦′ + 4 𝑡 𝑦 = 𝑒−𝑡 𝑡3 Encontrar o fator integrante 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 න𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = න 4 𝑡 𝑑𝑡 = 4ln 𝑡 = ln |𝑡4| 𝜇 𝑡 = 𝑒ln 𝑡 4 = 𝑡4 Passo 1 Passo 2 7Helder Guerreiro Multiplicar o fator integrante 𝑦′ + 4 𝑡 𝑦 = 𝑒−𝑡 𝑡3 → 𝑡4 𝑡4𝑦′ + 4𝑡3𝑦 = 𝑡𝑒−𝑡 Simplificar e tornar integral 𝑡4𝑦′ + 4𝑡3𝑦 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡4𝑦′ + 4𝑡3𝑦 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑑 𝑑𝑡 [𝑦𝑡4] 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑡4 = 𝑡𝑒−𝑡 → 𝑦𝑡4 = න𝑡𝑒−𝑡 𝑑𝑡 Integrar න𝑡𝑒−𝑡𝑑𝑡 → 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎çã𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠 → ቊ 𝑢 = 𝑡 𝑑𝑣 = 𝑒 −𝑡𝑑𝑡 𝑑𝑢 = 𝑑𝑡 𝑣 = −𝑒−𝑡 න𝑡𝑒−𝑡𝑑𝑡 = 𝑡 −𝑒−𝑡 −න −𝑒−𝑡 𝑑𝑢 න𝑡𝑒−𝑡𝑑𝑡 = −𝑡𝑒−𝑡 − 𝑒−𝑡 + 𝑐 Passo 3 Passo 4 Passo 5 8Helder Guerreiro Solução Geral 𝑦𝑡4 = −𝑡𝑒−𝑡 − 𝑒−𝑡 + 𝑐 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑦 𝑦 = − 𝑒−𝑡 𝑡3 − 𝑒−𝑡 𝑡4 + 𝑐 𝑡4 Solução do PVI 𝑦 = 0, 𝑡 = −1 𝑦 = − 𝑒−𝑡 𝑡3 − 𝑒−𝑡 𝑡4 + 𝑐 𝑡4 → 0 = − 𝑒 −1 − 𝑒 1 + 𝑐 1 → 𝑐 = 0 𝑐 = 0 𝑦 = − 𝑒−𝑡 𝑡3 − 𝑒−𝑡 𝑡4 Passo 6 Passo 7 9Helder Guerreiro “Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto 𝐼 = (𝛼, 𝛽), que contém o ponto 𝑡 = 𝑡0 , então existe uma única função 𝑦 = ∅ 𝑡 que satisfaz a equação diferencial: 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞(𝑡) Para cada 𝑡 ∈ 𝐼 e que também satisfaz a condição inicial: 𝑦 𝑡0 = 𝑦0, onde 𝑦0 é um valor inicial arbitrário.” - Ou seja, este teorema está dizendo que 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞(𝑡) é uma regra a se seguir para a resolução de PVI’s. 10Helder Guerreiro Temos a equação e o ponto: t𝑦′ + 2𝑦 = 4𝑡2 , 𝑦 1 = 2. Ajeitar a questão para regra geral t𝑦′ + 2𝑦 = 4𝑡2 → t𝑦′ 𝑡 + 2𝑦 𝑡 = 4𝑡2 𝑡 → 𝑦′ + 2 𝑡 𝑦 = 4𝑡 Encontrar o fator integrante 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 න𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = න 2 𝑡 𝑑𝑡 = 2ln 𝑡 = ln |𝑡2| 𝜇 𝑡 = 𝑒ln 𝑡 2 = 𝑡2 Passo 1 Passo 2 11Helder Guerreiro Multiplicar o fator integrante 𝑦′ + 2 𝑡 𝑦 = 4𝑡 → 𝑡2 𝑡2𝑦′ + 2𝑡𝑦 = 4𝑡3 Simplificar e tornar integral 𝑡2𝑦′ + 2𝑡𝑦 = 4𝑡3 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡2𝑦′ + 2𝑡𝑦 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑑 𝑑𝑡 [𝑦𝑡2] 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑡2 = 4𝑡3 → 𝑦𝑡2 = න4𝑡3 𝑑𝑡 Integrar න4𝑡3𝑑𝑡 → 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎 න4𝑡3𝑑𝑡 = 4𝑡4 4 + 𝑐 න4𝑡3𝑑𝑡 = 𝑡4 + 𝑐 Passo 3 Passo 4 Passo 5 12Helder Guerreiro Solução Geral 𝑦𝑡2 = 𝑡4 + 𝑐 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑦 𝑦 = 𝑡2 + 𝑐 𝑡2 Solução do PVI 𝑦 = 2, 𝑡 = 1 𝑦 = 𝑡2 + 𝑐 𝑡2 → 2 = 1 + 𝑐 1 → 𝑐 = 1 𝑐 = 1 𝑦 = 𝑡2 + 1 𝑡2 Passo 6 Passo 7 13Helder Guerreiro Equação Diferencial Ordinária Linear de 1° Ordem I. 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞(𝑡) II. 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 0 (𝑒𝑞. ℎ𝑜𝑚𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑎 𝑒𝑞. 𝐼) Multiplicando o fator integrante: 𝑦′𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑝 𝑡 𝑦𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 0 Simplificando e integrar: 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 0 න 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 = න0𝑑𝑡 𝑦𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑐 14Helder Guerreiro 𝑦 = 𝑐𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 (𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑞 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎) Tornar c uma função 𝑦 = 𝑐 𝑡 𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 Substituindo em I. 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞(𝑡) 𝑐′ 𝑡 𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑐 𝑡 . −𝑝 𝑡 𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑐 𝑡 𝑝 𝑡 𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑞(𝑡) 𝑐′ 𝑡 𝑒− 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑞(𝑡) 𝑐′ 𝑡 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑞 𝑡 → 𝜇 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 → 𝑐′ 𝑡 = 𝑞 𝑡 𝜇(𝑡) 15Helder Guerreiro Ache a solução do PVI abaixo: 𝑦′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑡 , 𝑦 𝜋 2 = 1 Variação do parâmetro 𝑦′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 0 Fator integrante 𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑑𝑡 = cos 𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡 → ቊ 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑑𝑢 = cos 𝑡 𝑑𝑡 → 𝑑𝑢𝑢 = ln |𝑢|= ln |𝑠𝑒𝑛(𝑡)| 𝜇 𝑡 = 𝑒ln |𝑠𝑒𝑛 𝑡 | = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) Passo 1 Passo 2 16Helder Guerreiro Multiplicar o fator integrante 𝑦′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 0 × 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 0 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 cos(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦 = 0 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + cos 𝑡 𝑦 = 0 Simplificar e integrar 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = 0 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = 𝑐 𝑦 = 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑡 Solução geral 𝑦 = 𝑐 𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 (𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑟 𝑐 𝑓𝑢𝑛çã𝑜) 𝑐′ 𝑡 = 𝑞 𝑡 𝜇(𝑡) 𝑐′ 𝑡 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 𝑐′ 𝑡 = 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑐′ 𝑡 = 2 → න𝑐′ 𝑡 𝑑𝑡 = න2𝑑𝑡 → 𝑐 𝑡 = 2𝑡 + 𝑘 Passo 3 Passo 4 Passo 5 K é constante de integração. 17Helder Guerreiro Substituindo c 𝑦 = 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 𝑦 = 2𝑡 + 𝑘 𝑠𝑒𝑛 𝑡 Solução PVI 𝑦 = 1, 𝑡 = 𝜋 2 𝑦 = 2𝑡 + 𝑘 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 1 = 2 𝜋 2 + 𝑘 𝑠𝑒𝑛 𝜋 2 → 1 = 𝜋 + 𝑘 → 𝑘 = 1 − 𝜋 Substituindo k 𝑦 = 2𝑡 + 𝑘 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 𝑦 = 2𝑡 + 1 − 𝜋 𝑠𝑒𝑛 𝑡 Passo 6 18Helder Guerreiro 𝑦′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑡 , 𝑦 𝜋 2 = 1 Fator integrante 𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑑𝑡 = cos 𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡 → ቊ 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑑𝑢 = cos 𝑡 𝑑𝑡 → 𝑑𝑢 𝑢 = ln |𝑢|= ln |𝑠𝑒𝑛(𝑡)| 𝜇 𝑡 = 𝑒ln |𝑠𝑒𝑛 𝑡 | = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) Multiplicar o fator integrante 𝑦′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) × 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑡 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 cos(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦 = 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦′𝑠𝑒𝑛 𝑡 + cos 𝑡 𝑦 = 2 Passo 1 Passo 2 19Helder Guerreiro Simplificar e integrar 𝑑 𝑑𝑡 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = 2 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = න2𝑑𝑡 → 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = 2𝑡 + 𝑐 Solução geral 𝑦𝑠𝑒𝑛 𝑡 = 2𝑡 + 𝑐 → 𝑦 = 2𝑡 + 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑡 Solução PVI 𝑦 = 1, 𝑡 = 𝜋 2 𝑦 = 2𝑡 + 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 1 = 2 𝜋 2 + 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝜋 2 → 1 = 𝜋 + 𝑐 → 𝑐 = 1 − 𝜋 Substituindo c 𝑦 = 2𝑡 + 𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑡 → 𝑦 = 2𝑡 + 1 − 𝜋 𝑠𝑒𝑛 𝑡 Passo 3 Passo 4 Passo 5 20Helder Guerreiro Equação Diferencial Ordinária Linear de 1° Ordem I. 𝑦′ + 𝑝 𝑥 𝑦 = 𝑞(𝑥) II. 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 Provando que I = II 𝑦′ + 𝑝 𝑥 𝑦 = 𝑞 𝑥 → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑝 𝑥 𝑦 = 𝑞(𝑥) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑝 𝑥 𝑦𝑑𝑥 = 𝑞 𝑥 𝑑𝑥 (𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑥) 𝑑𝑦 + 𝑝 𝑥 𝑦𝑑𝑥 = 𝑞 𝑥 𝑑𝑥 [𝑝 𝑥 𝑦 − 𝑞(𝑥)] 𝑀(𝑥,𝑦) 𝑑𝑥 + ณ1 𝑁(𝑥,𝑦) 𝑑𝑦 = 0 21Helder Guerreiro Solução geral do PVI: 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑥2 1 − 𝑦2 Separando variáveis (x de um lado, y do outro) 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑥2 1 − 𝑦2 → 𝑑𝑦 1 − 𝑦2 = 𝑥2𝑑𝑥 Integrando (solução geral) න 1 − 𝑦2 𝑑𝑦 = න𝑥2𝑑𝑥 𝑦 − 𝑦3 3 = 𝑥3 3 + 𝑐 Passo 1 Passo 2 22Helder Guerreiro Ache a solução do PVI: 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦𝑐𝑜𝑠 𝑥 1 + 2𝑦2 , 𝑦 0 = 1 Separar variáveis 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦𝑐𝑜𝑠 𝑥 1 + 2𝑦2 → 1 + 2𝑦2 𝑑𝑦 = 𝑦𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 1 + 2𝑦2 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑦𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 𝑦 → 1 𝑦 + 2𝑦 𝑑𝑦 = cos 𝑥 𝑑𝑥 Integrar (solução geral) න 1 𝑦 + 2𝑦 𝑑𝑦 = නcos 𝑥 𝑑𝑥 → ln 𝑦 + 𝑦2 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐 Passo 1 Passo 2 23Helder Guerreiro Solução PVI 𝑦 = 1, 𝑥 = 0 ln 𝑦 + 𝑦2 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐 ln 1 + 12 = sen 0 + c 0 + 1 = 0 + c → c = 1 𝑐 = 1 ln 𝑦 + 𝑦2 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 1 Passo 3 24Helder Guerreiro 𝑦2 1 − 𝑥2 1 2𝑑𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 , 𝑦 0 = 0 Separar variáveis 𝑦2 1 − 𝑥2 1 2𝑑𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 → 𝑦2𝑑𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 1 − 𝑥2 𝑑𝑥 Integrar (solução geral) න𝑦2𝑑𝑦 = න 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 1 − 𝑥2 𝑑𝑥 ൞ 𝑣 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑑𝑣 = 𝑑𝑥 1 − 𝑥2 → 𝑦3 3 = න𝑣𝑑𝑣 Passo 1 Passo 2 25Helder Guerreiro 𝑦3 3 = 𝑣2 2 + 𝑐 𝑦3 3 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 2 2 + 𝑐 Solução PVI 𝑦 = 0, 𝑥 = 0 𝑦3 3 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 2 2 + 𝑐 03 3 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 0 2 2 + 𝑐 → 0 = 0 2 + 𝑐 → 𝑐 = 0 𝑐 = 0 𝑦3 3 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 2 2 → 𝑦3 = 3 2 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 2 Passo 3 26Helder Guerreiro Resolva o problema de valor inicial: 𝑦′ = 𝑥𝑦3 1 + 𝑥2 − 1 2 𝑜𝑢 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑥𝑦3 1 + 𝑥2 − 1 2 Separar variáveis 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑥𝑦3 1 + 𝑥2 − 1 2 → 𝑑𝑦 𝑦3 = 𝑥 1 + 𝑥2 − 1 2𝑑𝑥 Integrar (solução geral) න 𝑑𝑦 𝑦3 = න𝑥 1 + 𝑥2 − 1 2𝑑𝑥 → − 1 2 𝑦−2 = න𝑥 1 + 𝑥2 − 1 2𝑑𝑥 ቐ 𝑢 = 1 + 𝑥2 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥 → 𝑑𝑢 2 = 𝑥𝑑𝑥 Passo 1 Passo 2 27Helder Guerreiro − 𝑦−2 2 = න𝑢− 1 2𝑑𝑢 → − 𝑦−2 2 = 1 + 𝑥 1 2 + 𝑐 Opcional 1 𝑦2 = −2 1 + 𝑥 1 2 + 𝑐 𝑦2 = 1 −2 1 + 𝑥 1 2 + 𝑐 𝑦 = 1 −2 1 + 𝑥 1 2 + 𝑐 1 2 Solução PVI 𝑦 0 = 1 1 = 1 −2 1 + 0 1 2 + 𝑐 1 2 → 12 = 1 𝑐 − 2 → 𝑐 = 3 → 𝑦 = 1 −2 1 + 𝑥 1 2 + 3 1 2 𝑦 Passo 3 28Helder Guerreiro Veja esta equação diferencial: 2𝑥 + 𝑦2 + 2𝑥𝑦𝑦′ = 0 Organizando-a fica assim: 2𝑥 + 𝑦2 𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦 𝑑𝑦 = 0 Se tentarmos resolve-la com separação de variáveis não conseguiremos. Veja esta função ao lado: Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥2 + 𝑥𝑦2 - Derivando-a fica assim:𝑑Ψ = 2𝑥 + 𝑦2 𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦 𝑑𝑦 - Perceba que a derivada da função 𝜑 é igual a equação diferencial apresentada acima, se elas são iguais a função é igual a equação que é igual a zero: 𝑑Ψ = 0 29Helder Guerreiro - Integrando para encontrar a solução geral temos: න𝑑Ψ = න0 → Ψ = 𝑐 → 𝑥2 + 𝑥𝑦2 = 𝑐 Isso significa que a função Ψ é a solução para a equação diferencial proposta no enunciado, essa função por ser igual a equação será igual a zero que ao integrar para encontrar a solução geral será igual a constante. Para aprender a encontrar a função Ψ e o valor da constate c siga os passos dos próximos slides. 30Helder Guerreiro A equação diferencial deve estar nesta forma: 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 𝑀(𝑥, 𝑦) e 𝑁(𝑥, 𝑦) são o valor das derivadas parciais da função solução: 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑀(𝑥, 𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) A partir desse sistema se encontrará a função solução, mas este sistema somente será possível SE E SOMENTE SE 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦). Após verificar se é possível, deve-se substituir os respectivos valores de M e N. 31Helder Guerreiro Esse sistema será resolvido assim: 𝐼 𝐷𝐼 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑀(𝑥, 𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) A letra “I” significa integrar e “DI” significa derivar e integrar. - Primeiro parte-se da derivada parcial em relação a x, integre o valor dos dois lados e pronto. න 𝜕Ψ 𝜕𝑥 𝑑𝑥 = න𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) - Segundo, na derivada parcial em relação a y como o valor de M e N são os mesmos o mesmo valor que foi achado na derivada parcial em relação a x (valor de M) será o valor de y, pois se 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) então 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝜕Ψ 𝜕𝑦 . Obs.: 𝜕Ψ 𝜕𝑥 𝑑𝑥 = Ψ(𝑥, 𝑦) 32Helder Guerreiro න 𝜕Ψ 𝜕𝑥 𝑑𝑥 = 𝑅 + 𝑐 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 𝑅 + 𝑐 Com esse valor atribuído deriva-se o valor do resultado em relação a y, substitua o valor original de 𝜕Ψ 𝜕𝑦 no lado esquerdo enquanto no lado direito fica o valor da Ψ(𝑥, 𝑦) isso será o suficiente para encontrar a constante “c”, após encontra-la integre dos dois lados. A constante “c” neste caso está se comportando mais como uma função, ao derivá-lo não podemos zerá-lo e ao integrá-lo não podemos adicionar uma variável, então vamos mudar seu nome para: 𝑐 = 𝑓(𝑦). Após encontrar o valor de 𝑓(𝑦) substitua em Ψ(𝑥, 𝑦) e pronto, sua função solução já está pronta. Neste caso a função solução é a solução do PVI e a solução igual a uma constante “c” é a solução geral. Essa constate “c”aparece por que após identificar a solução função reconheceremos que 𝑑Ψ = 0, logo temos que Ψ = 𝑐. Fazendo 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 = 𝑅 + 𝑐 33Helder Guerreiro 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒𝑦 𝑑𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 1 𝑑𝑦 = 0 Teste do sistema 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒𝑦 𝑁 𝑥, 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 1 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 𝜕𝑁 𝜕𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ(𝑥, 𝑦) = න 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒𝑦 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) Passo 1 São iguais! Passo 2 34Helder Guerreiro ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓 𝑦 → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 1 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) ൝ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 1 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓′(𝑦) → ൝ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = −1 Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) න𝑓′(𝑦) 𝑑𝑦 = න−1𝑑𝑦 → ൝ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝑓 𝑦 = −𝑦 Função solução Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 𝑦 Passo 3 35Helder Guerreiro Solução geral Com a função solução temos 𝑑Ψ = 0 → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑐 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥2𝑒𝑦 − 𝑦 = 𝑐 Passo 4 36Helder Guerreiro 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑑𝑥 + 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑑𝑦 = 0 Teste do sistema 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑁 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = 𝑒 𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 − 2𝑠𝑒𝑛𝑥 𝜕𝑁 𝜕𝑥 = 𝑒 𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 − 2𝑠𝑒𝑛𝑥 Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 − 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ(𝑥, 𝑦) = න 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 − 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) Passo 1 São iguais! Passo 2 37Helder Guerreiro ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) ቊ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑒𝑥𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓′(𝑦) → ቊ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = 0 Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) න𝑓′(𝑦) 𝑑𝑦 = න0𝑑𝑦 → ቊ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝑓 𝑦 = 0 Função solução Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 Passo 3 38Helder Guerreiro Solução geral Com a função solução temos 𝑑Ψ = 0 → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑐 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐 Passo 4 39Helder Guerreiro 𝑥𝑑𝑥 (𝑥2+𝑦2) 3 2 + 𝑦𝑑𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 = 0 Teste do sistema 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑥 (𝑥2+𝑦2) 3 2 , 𝑁 𝑥, 𝑦 = 𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = − 3𝑥𝑦 (𝑥2+𝑦2) 5 2 𝜕𝑁 𝜕𝑥 = − 3𝑥𝑦 (𝑥2+𝑦2) 5 2 Passo 1 São iguais! 40Helder Guerreiro Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑥 (𝑥2+𝑦2) 3 2 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = න 𝑥 (𝑥2+𝑦2) 3 2 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁 𝑥, 𝑦 → 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖çã𝑜 → ቊ𝑢 = 𝑥 2 + 𝑦2 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥 → 1 2 න 𝑑𝑢 𝑢 3 2 Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓 𝑦 → Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓(𝑦) 𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) Passo 2 41Helder Guerreiro Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓(𝑦) 𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 = 𝑦 (𝑥2+𝑦2) 3 2 + 𝑓′(𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = 0 Integrar 𝑓′ 𝑦 = 0 → න𝑓′ 𝑦 = න0𝑑𝑦 → 𝑓 𝑦 = 0 Função solução Ψ 𝑥, 𝑦 = − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 Solução Geral 𝑑Ψ = 0 → Ψ = 𝑐 − 1 (𝑥2+𝑦2) 1 2 = 𝑐 Passo 3 Passo 4 Passo 4 42Helder Guerreiro 1 = −𝑐 𝑥2 + 𝑦2 1 2 Como “c” é uma constante podemos modifica-la (multiplicar, dividir etc.) quantas vezes quiser, desde que mudemos seu nome. 𝑘 = 1 𝑥2 + 𝑦2 1 2 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑊 43Helder Guerreiro Temos uma equação ordinária 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 Uma equação não é exata quando: 𝜕𝑀 𝜕𝑦 ≠ 𝜕𝑁 𝜕𝑥 Multiplicando pelo fator integrante temos: 𝑀 𝑥, 𝑦 𝜇 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝜇 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 (𝐼) A equação (I) será exata SE E SOMENTE SE: 𝜕 𝜕𝑦 𝑀𝜇 = 𝜕 𝜕𝑥 𝑁𝜇 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 Ao isolar 𝜇(𝑥) tem-se: 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 − 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 → 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 − 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 → 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 − 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 44Helder Guerreiro Devemos analisar o fator integrante somente com uma variável, então escolhe-se o x como variável padrão da função 𝜇, neste caso a sua derivada em relação a y deve ser desconsiderada valendo zero. 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 → 𝜇 = 𝜇′𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 → μ 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 = 𝜇′𝑁 → 𝜇′ 𝜇 = 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 Integrando න 𝜇′ 𝜇 = න 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 → ln 𝜇 = න 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 Logo vemos que o fator integrante de uma equação que foi transformada para exata é: 𝜇 𝑥 = 𝑒 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 45Helder Guerreiro 3𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝑦′ = 0 Organizar 3𝑥𝑦 + 𝑦2 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 0 → 3𝑥𝑦 + 𝑦2 𝑑𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝑑𝑦 = 0 Fator integrante desconhecido 𝜇 = 𝜇(𝑥) Multiplicar fator integrante desconhecido 3𝑥𝑦 + 𝑦2 𝜇(𝑥)𝑑𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝜇(𝑥)𝑑𝑦 = 0 Formando M(x,y) e N(x,y) 3𝑥𝑦 + 𝑦2 𝜇(𝑥) 𝑀(𝑥,𝑦) 𝑑𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝜇(𝑥) 𝑁(𝑥,𝑦) 𝑑𝑦 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 46Helder Guerreiro 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = (3𝑥 + 2𝑦)𝜇(𝑥) 𝜕𝑁 𝜕𝑥 = 2𝑥 + 𝑦 𝜇 𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝜇′ 𝑥 Encontrando Fator integrante desconhecido A equação será exata se e somente se: 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁, então. 3𝑥 + 2𝑦 𝜇 𝑥 = 2𝑥 + 𝑦 𝜇 𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝜇′(𝑥) [ 3𝑥 + 2𝑦 − 2𝑥 + 𝑦 ]𝜇 𝑥 = 𝑥 𝑥 + 𝑦 𝜇′(𝑥) 𝑥 + 𝑦 𝜇 𝑥 = 𝑥 𝑥 + 𝑦 𝜇′(𝑥) 𝜇 𝑥 = 𝑥𝜇′ 𝑥 → 𝜇′ 𝜇 = 1 𝑥 → න 𝜇′ 𝜇 = න 1 𝑥 → ln 𝜇 = ln 𝑥 → 𝜇 𝑥 = 𝑒ln |𝑥| = 𝑥 Passo 5 47Helder Guerreiro Multiplicar fator integrante 3𝑥𝑦 + 𝑦2 𝜇 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑥2 + 𝑥𝑦 𝜇 𝑥 𝑑𝑦 = 0 → 3𝑥2𝑦 + 𝑥𝑦2 𝑑𝑥 + 𝑥3 + 𝑥2𝑦 𝑑𝑦 = 0 Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 3𝑥2𝑦 + 𝑥𝑦2 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ(𝑥, 𝑦) = න 3𝑥2𝑦 + 𝑥𝑦2 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) 𝑥3 + 𝑥2𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑥3 + 𝑥2𝑦 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) ൞Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥 3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) 𝑥3 + 𝑥2𝑦 = 𝑥3 + 𝑥2𝑦 + 𝑓′(𝑦) → ൞Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥 3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = 0 Passo 6 Passo 7 48Helder Guerreiro Integrar න𝑓′ 𝑦 = න0𝑑𝑦 → 𝑓 𝑦 = 0 Função solução Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 Solução geral 𝑑Ψ = 0 → Ψ = 𝑐 c = 𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 2 2c = 2𝑥3𝑦 + 2 𝑥2𝑦2 2 → 2𝑥3𝑦 + 𝑥2𝑦2 = 2𝑐 𝑥2𝑦2 + 2𝑥3𝑦 = 𝑘 Passo 8 Passo 9 Passo 10 49Helder GuerreiroTemos uma equação ordinária 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 Esta equação não será exata se 𝜕𝑀 𝜕𝑦 ≠ 𝜕𝑁 𝜕𝑥 , neste caso deve-se encontrar um fator integrante que force a equação a ter o resultado oposto, porém o fator integrante pode ser em função de x ou de y. Multiplicando pelo fator integrante temos: 𝑀 𝑥, 𝑦 𝜇 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝜇 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 (𝐼) A equação (I) será exata SE E SOMENTE SE: 𝜕 𝜕𝑦 𝑀𝜇 = 𝜕 𝜕𝑥 𝑁𝜇 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑥 𝑁 Estamos analisando em função de y, então 𝜕𝜇 𝜕𝑥 = 0 50Helder Guerreiro 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 + 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 Ao isolar 𝜇(𝑦) tem-se: 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝜇 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 → 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 → 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝜇 = 𝜕𝜇 𝜕𝑦 𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 → 𝜇 = 𝜇′𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 → μ 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = 𝜇′𝑀 → 𝜇′ 𝜇 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 Integrando න 𝜇′ 𝜇 = න 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 → ln 𝜇 = න 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 51Helder Guerreiro Logo vemos que o fator integrante de uma equação que foi transformada para exata é: 𝜇(𝑦) = 𝑒 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 Perceba a diferença entre os fatores integrantes com a mudança de sua variável 𝜇 𝑥, 𝑦 = (𝑒 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 , 𝑒 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 ) 52Helder Guerreiro 𝑦𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦 − 𝑒−2𝑦 𝑑𝑦 = 0 Fator integrante transformado: 𝜇 𝑥 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑦 𝑁 𝑥, 𝑦 = 2𝑥𝑦 − 𝑒−2𝑦 𝜇(𝑥) = 𝑒 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 = 1−2𝑦 2𝑥𝑦−𝑒−2𝑦 = 1−2𝑦 1 2𝑥𝑦−𝑒−2𝑦 → ቊ 𝑢 = 2𝑥𝑦−𝑒−2𝑦 𝑑𝑢 = 2𝑦𝑑𝑥 → 1 2𝑦 −1 𝑑𝑢 𝑢 = 1 2𝑦 −1 ln |𝑢| 𝜇 𝑥 = 𝑒 1 2𝑦 −1 ln 2𝑥𝑦−𝑒 −2𝑦 Acho que ninguém gostaria de trabalhar com um fator integrante desse tipo. Passo 1 53Helder Guerreiro Fator integrante transformado: 𝜇 𝑦 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑦 𝑁 𝑥, 𝑦 = 2𝑥𝑦 − 𝑒−2𝑦 𝜇 𝑦 = 𝑒 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 = 2𝑦 −1 𝑦 = 𝑦 2 − 1 𝑦 𝑦 = 2− 1 𝑦 = 2𝑑𝑦 − 1 𝑦𝑑𝑦 = 2𝑦−ln 𝑦 = 𝑒2𝑦−ln |𝑦| = 𝑒2𝑦 𝑒ln 𝑦 𝜇 𝑦 = 𝑒2𝑦 𝑦 Multiplicando fator integrante 𝑦𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦 − 𝑒−2𝑦 𝑑𝑦 = 0 → 𝑒2𝑦 𝑦 𝑦𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦 𝑒2𝑦 𝑦 − 𝑒2𝑦 𝑦 𝑒−2𝑦 𝑑𝑦 = 0 𝑒2𝑦𝑑𝑥 + 2𝑥𝑒2𝑦 − 1 𝑦 𝑑𝑦 = 0 M(x,y) e N(x,y) 𝑀 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦, 𝑁 𝑥, 𝑦 = 2𝑥𝑒2𝑦 − 1 𝑦 Passo 1 Passo 2 Passo 3 54Helder Guerreiro Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑒2𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ(𝑥, 𝑦) = න 𝑒2𝑦 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑥 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 𝑒2𝑦𝑥 + 𝑓(𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑦 + 𝑓(𝑦) 2𝑥𝑒2𝑦 − 1 𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 2𝑥𝑒2𝑦 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑦 + 𝑓(𝑦) 2𝑥𝑒2𝑦 − 1 𝑦 = 2𝑥𝑒2𝑦 + 𝑓′(𝑦) → ൞ Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = − 1 𝑦 → 𝑓 𝑦 = − ln 𝑦 = ln 1 𝑦 Passo 4 55Helder Guerreiro Função solução Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑒2𝑦𝑦 + ln 1 𝑦 Solução geral 𝑑Ψ = 0 → Ψ = 𝑐 c = 𝑒2𝑦𝑦 + ln 1 𝑦 Perceba que quando o valor de M é complicado é melhor evita-lo usando fator integrante em função de x, e quando o valor de N é complicado é melhor evita-lo usando fator integrante em função de y. Passo 5 Passo 6 56Helder Guerreiro Equações homogêneas geralmente têm este formato: 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥, 𝑦) Uma equação pode ser testada como homogênea mudando o seu domínio: 𝑓 𝑥, 𝑦 → 𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) Após a mudança se o resultado for igual ao original, temos uma equação homogênea. Exemplo 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦2 + 2𝑥𝑦 𝑥2 → 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑦2 + 2𝑥𝑦 𝑥2 57Helder Guerreiro Teste de homogeneidade 𝑓 𝑥, 𝑦 → 𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) 𝑓 𝑡𝑥, 𝑡𝑦 = 𝑡2𝑦2 + 2𝑡𝑥𝑡𝑦 𝑡2𝑥2 = 𝑡2(𝑦2 + 2𝑥𝑦) 𝑡2𝑥2 = 𝑦2 + 2𝑥𝑦 𝑥2 Uma equação homogênea pode se tornar uma equação por variáveis separáveis. 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥, 𝑦), é homogênea então ela é equivalente a: I. 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑦 𝑥 Fazemos uma substituição e encontramos um valor para y, 𝑢 = 𝑦 𝑥 → 𝑦 = 𝑢𝑥 Com essa substituição, podemos substituir esse valor em (I) e seguir este esquema: 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑦 𝑥 → 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝐹 𝑢 58Helder Guerreiro Ao ajeitar esta equação temos as nossas variáveis separadas. 𝑑𝑢 𝐹 𝑢 − 𝑢 = 𝑑𝑥 𝑥 59Helder Guerreiro 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦2 + 2𝑥𝑦 𝑥2 Substituição por u 𝑢 = 𝑦 𝑥 → 𝑦 = 𝑢𝑥 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝐹 𝑢 Retomando a equação 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝑥2𝑢2 + 2𝑥𝑢𝑥 𝑥2 = 𝑥2(𝑢2 + 2𝑢) 𝑥2 = 𝑢2 + 2𝑢 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 = 𝑢2 + 2𝑢 − 𝑢 → 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 = 𝑢2 + 𝑢 Passo 1 Passo 2 60Helder Guerreiro Variáveis separáveis 𝑑𝑢 𝑢2 + 𝑢 = 𝑑𝑥 𝑥 Integrar (𝐼)න 𝑑𝑢 𝑢2 + 𝑢 = (𝐼𝐼)න 𝑑𝑥 𝑥 (𝐼)න 𝑑𝑢 𝑢2 + 𝑢 = 𝐴 𝑢 + 𝐵 1 + 𝑢 → 1 = 𝐴 1 + 𝑢 + 𝐵𝑢 → ቊ 𝑢 = 0 𝐴 = 1 𝑢 = −1 𝐵 = −1 න 𝑑𝑢 𝑢2 + 𝑢 = න 𝑑𝑢 𝑢 − න 𝑑𝑢 1 + 𝑢 = ln 𝑢 − ln 1 + 𝑢 = ln 𝑢 1 + 𝑢 𝐼𝐼 න 𝑑𝑥 𝑥 = ln 𝑥 + 𝑐 ln 𝑢 1 + 𝑢 = ln 𝑥 + 𝑐 → aplicando função inversa → eln 𝑢 1+𝑢 = eln 𝑥 ec → u 1 + u = xc Passo 3 Passo 4 61Helder Guerreiro Solução geral u 1 + u = xc → y x x + y x = xc → y x + y = xc → y = xc(x + y) Passo 5 62Helder Guerreiro 2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 Organizar 2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → 2𝑦𝑑𝑥 = 𝑥𝑑𝑦 → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 2𝑦 𝑥 Teste de homogeneidade 𝑓 𝑥, 𝑦 → 𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) 𝑓 𝑡𝑥, 𝑡𝑦 = 2𝑡𝑦 𝑡𝑥 = 2𝑡𝑦 𝑡𝑥 = 2𝑦 𝑥 Passo 1 Passo 2 I 63Helder Guerreiro Substituição por u 𝑢 = 𝑦 𝑥 → 𝑦 = 𝑢𝑥 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝐹 𝑢 Retomando a equação 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 2𝑢 → 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 = 𝑢 Variáveis separáveis 𝑑𝑢 𝑢 = 𝑑𝑥 𝑥 Integrar න 𝑑𝑢 𝑢 = න 𝑑𝑥 𝑥 ln 𝑢 = ln 𝑥 + 𝑐 𝑢 = 𝑐𝑥 Passo 3 Passo 4 Passo 5 Passo 6 64Helder Guerreiro Retornando a variável original (solução geral) 𝑢 = 𝑐𝑥 → y = cx2 Separando variáveis 2𝑦𝑑𝑥 = 𝑥𝑑𝑦 → 𝑑𝑥 𝑥 = 𝑑𝑦 2𝑦 Integrar න 𝑑𝑥 𝑥 = 1 2 න 𝑑𝑦 𝑦 ln 𝑥 = 1 2 ln 𝑦 + 1 2 ln 𝑐 → ln 𝑥 = 1 2 ln 𝑦 + ln 𝑐 → ln 𝑥 = 1 2 ln |𝑦𝑐| ln 𝑥 = ln 𝑦𝑐 1 2 → 𝑥 = 𝑦𝑐 1 2 → 𝑥2 = 𝑦𝑐 Passo 7 II Passo 1 Passo 2 65Helder Guerreiro Solução geral 𝑦 = 𝑐𝑥2 Fator integrante transformado: 𝜇(𝑥) 𝑀 𝑥, 𝑦 = 2𝑦 𝑁 𝑥, 𝑦 = −𝑥 𝜇 𝑥 = 𝑒 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 = 2− −1 −𝑥 = − 3 𝑥 = −3 𝑑𝑥 𝑥 =−3 ln 𝑥 =ln 1 𝑥3 = 𝑒 ln 1 𝑥3 = 1 𝑥3 Multiplicar o fator integrante 2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → 2𝑦 𝑥3 𝑑𝑥 − 1 𝑥2 𝑑𝑦 = 0 Passo 3 III Passo 1 Passo 2 66Helder Guerreiro Sistema 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 2𝑦 𝑥3 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ(𝑥, 𝑦) = න 2𝑦 𝑥3 𝑑𝑥 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝜕 𝜕𝑦 − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) → Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) ถ − 1 𝑥2 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = − 1 𝑥2 + 𝑓′(𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦) Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) − 1 𝑥2 = − 1 𝑥2 + 𝑓′(𝑦) → ቐ Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 + 𝑓(𝑦) 𝑓′ 𝑦 = 0 → 𝑓 𝑦 = 0 Passo 3 67Helder GuerreiroFunção solução Ψ 𝑥, 𝑦 = − 𝑦 𝑥2 Solução geral 𝑑Ψ = 0 → Ψ = 𝑐 c = − 𝑦 𝑥2 → 𝑦 = −𝑐𝑥2 → 𝑦 = 𝑐𝑥2 Variação de parâmetro 2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 2𝑦 𝑥 → 𝑦′ = 2𝑦 𝑥 → 𝑥𝑦′ − 2𝑦 = 0 Organizar para regra geral 𝑥𝑦′ − 2𝑦 = 0 → 𝑥𝑦′ 𝑥 − 2𝑦 𝑥 = 0 → 𝑦′ − 2𝑦 𝑥 = 0 Passo 4 Passo 5 IV Passo 1 Passo 2 68Helder Guerreiro Fator integrante 𝑒 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 = − 2 𝑥𝑑𝑥 = −2 𝑑𝑥 𝑥 =−2 ln 𝑥 =ln 𝑥 −2 = 𝑒ln |𝑥 −2| = 𝑥−2 Multiplicar pelo fator integrante 𝑦′ − 2𝑦 𝑥 = 0 → 𝑥−2𝑦′ − 𝑥−22𝑦 𝑥 = 0 → 𝑦′ 𝑥2 − 2𝑦 𝑥3 = 0 Simplificar e integrar 𝑦′ 𝑥2 − 2𝑦 𝑥3 = 0 𝑑 𝑑𝑥 𝑦 𝑥2 = 0 𝑦 𝑥2 = 𝑐 𝑦 = 𝑐𝑥2 Solução geral 𝑦 = 𝑐 𝑥 𝑥2 (𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑟 𝑐 𝑓𝑢𝑛çã𝑜) 𝑐′ 𝑥 = 𝑞 𝑥 𝜇(𝑥) Passo 3 Passo 4 Passo 5 Passo 6 69Helder Guerreiro 𝑐′ 𝑥 = 0𝑥2 → 𝑐′ 𝑥 = 0 න𝑐′ 𝑥 = න0𝑑𝑥 𝑐 𝑥 = 𝑐 Solução geral 𝑦 = 𝑐 𝑥 𝑥2 → 𝑦 = 𝑐𝑥2 Organizar para regra geral 𝑥𝑦′ − 2𝑦 = 0 → 𝑥𝑦′ 𝑥 − 2𝑦 𝑥 = 0 → 𝑦′ − 2𝑦 𝑥 = 0 Fator integrante 𝑒 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 = − 2 𝑥𝑑𝑥 = −2 𝑑𝑥 𝑥 =−2 ln 𝑥 =ln 𝑥 −2 = 𝑒ln |𝑥 −2| = 𝑥−2 Passo 7 V Passo 1 Passo 2 70Helder Guerreiro Multiplicar pelo fator integrante 𝑦′ − 2𝑦 𝑥 = 0 → 𝑥−2𝑦′ − 𝑥−22𝑦 𝑥 = 0 → 𝑦′ 𝑥2 − 2𝑦 𝑥3 = 0 Simplificar e integrar 𝑦′ 𝑥2 − 2𝑦 𝑥3 = 0 𝑑 𝑑𝑥 𝑦 𝑥2 = 0 𝑦 𝑥2 = 𝑐 Solução geral 𝑦 = 𝑐𝑥2 Perceba que entre Variação de parâmetros e o Método comum, variação de parâmetro se torna inviável por que a equação já tinha zero em sua igualdade. De todos estes variáveis separáveis foi a técnica mais viável com apenas três passos e pouca conta, isso se dá pois a equação estava visivelmente facilitando a separação. Passo 3 Passo 4 Passo 5 71Helder Guerreiro Neste assunto fala-se em família de curvas, que são curvas cujo comportamento é parecido aos das curvas de nível (assunto de cálculo II). Veja a família de curvas da função 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑐 abaixo: Através dessa equação podemos encontrar outra família que intersecta a primeira ortogonalmente, ou seja, é uma família de curvas onde cada uma é ortogonal a outra da primeira família. 72Helder Guerreiro Usando derivada implícita podemos analisar melhor a primeira família 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑐 → 2𝑥 + 2𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 0 Se você olhar o resultado dessa derivada como se fosse uma função de primeiro grau perceba que o 𝑑𝑦 𝑑𝑥 é o coeficiente angular dessa função Isolando o coeficiente angular 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − 𝑥 𝑦 Com isso podemos encontrar o coeficiente angular da outra família que é ortogonal a essa. Isso pode acontecer por que quando duas retas são ortogonais uma sempre terá o inverso negativo do coeficiente da outra, veja: 𝑚1𝑚2 = −1 → 𝑚1 = − 1 𝑚2 Então com essa consequência temos o coeficiente angular da família ortogonal 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦 𝑥 73Helder Guerreiro O próximo passo é questão de lógica Se para encontra o coeficiente angular da primeira família foi necessário derivar a equação, agora com o coeficiente angular da segunda família é somente fazer o caminho inverso, ou seja, integrar න 𝑑𝑦 𝑦 = න 𝑑𝑥 𝑥 → ln 𝑦 = ln 𝑥 → 𝑦 = 𝑥 Temos a bissetriz dos quadrantes pares (reta que passa na origem pelos quadrantes 2 e 4), essa é a equação da família em que todas curvas são ortogonais ás curvas da primeira família. 74Helder Guerreiro Família de elipses: 𝑥2 𝑎2 + 𝑦2 𝑏2 = 𝑘 Derivando 2𝑥 𝑎2 + 2𝑦 𝑏2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 0 →× 1 2 → 𝑦 𝑏2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − 𝑥 𝑎2 Encontrando a inclinação da reta 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − 𝑏2𝑥 𝑎2𝑦 Inclinação da segunda família 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − 𝑏2𝑥 𝑎2𝑦 → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑎2𝑦 𝑏2𝑥 Passo 1 Passo 2 Passo 3 75Helder Guerreiro Equação da segunda família 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑎2𝑦 𝑏2𝑥 → 𝑑𝑦 𝑎2𝑦 = 𝑑𝑥 𝑏2𝑥 → න 𝑑𝑦 𝑎2𝑦 = න 𝑑𝑥 𝑏2𝑥 1 𝑎2 ln 𝑦 = 1 𝑏2 ln 𝑥𝑐 → ln 𝑦𝑏 2 = ln 𝑥𝑐𝑎 2 𝑦𝑏 2 = 𝑐𝑥𝑎 2 Passo 4 76Helder Guerreiro I. 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑞1 𝑡 + 𝑞2 𝑡 𝑦 + 𝑞3 𝑡 𝑦 2 Esta é uma equação não linear, porém não precisamos usar cálculos mais avançados do que já temos, através de uma solução geral pode-se encontrar um formato em que se possa aplicar os métodos de resolução de uma equação de linear. Seja 𝑦 𝑡 uma solução de (I) 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 𝑡 Derivando implicitamente 𝑑𝑦 𝑑𝑡 − 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 = − 1 𝑣2 𝑑𝑦 𝑑𝑡 77Helder Guerreiro Usando substituindo de (I) em 𝑑𝑦 𝑑𝑡 e 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 𝑞1 𝑡 + 𝑞2 𝑡 𝑦 + 𝑞3 𝑡 𝑦 2 𝑑𝑦 𝑑𝑡 − 𝑞1 𝑡 − 𝑞2 𝑡 𝑦1 − 𝑞2 𝑡 𝑦1 2 𝑑𝑦1 𝑑𝑡 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 Organizando a bagunça 𝑞1 𝑡 + 𝑞2 𝑡 𝑦 + 𝑞3 𝑡 𝑦 2 − 𝑞1 𝑡 − 𝑞2 𝑡 𝑦1 − 𝑞2 𝑡 𝑦1 2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑞2 𝑡 𝑦 − 𝑦1 + 𝑞3 𝑡 𝑦 2 − 𝑦1 2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 Usando o valor da solução geral e substituindo 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 𝑡 → 𝑦 = 1 𝑣 + 𝑦1 → 𝑦 + 𝑦1 = 1 𝑣 + 2𝑦1 𝑞2 𝑡 1 𝑣 + 𝑞3 𝑡 𝑦 2 − 𝑦1 2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 → 𝑞2 𝑡 1 𝑣 + 𝑞3 𝑡 𝑦 − 𝑦1 (𝑦 + 𝑦1) = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑞2 𝑡 1 𝑣 + 𝑞3 𝑡 1 𝑣 1 𝑣 + 2𝑦1 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 78Helder Guerreiro Isolando 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑞2 𝑡 1 𝑣 𝑡 + 𝑞3 𝑡 1 𝑣 1 𝑣 + 2𝑦1 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = −𝑣𝑞2 𝑡 − 𝑣𝑞3 𝑡 1 𝑣 + 2𝑦1 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = −𝑣𝑞2 𝑡 − 𝑞3 𝑡 − 2𝑣𝑦1𝑞3(𝑡) 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = −𝑣 𝑞2 𝑡 + 2𝑦1𝑞3 𝑡 − 𝑞3 𝑡 Estando nesse formato a equação pode ser resolvida como uma equação linear. 79Helder Guerreiro 4° Lista a) 𝑦′ = 1 + 𝑡2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦2 , 𝑦1 𝑡 = 𝑡 , 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 𝑡 Testar se há solução 𝑦 = 𝑡 → 𝑦′ = 1 1 = 1 + 𝑡2 − 2𝑡2 + 𝑡2 → 1 = 1 Desenvolver solução geral 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 → 𝑦 = ณ𝑡 𝑦1=𝑡 + 1 𝑣 Derivar solução geral 𝑦 = 𝑡 + 1 𝑣 → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1 − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 Há solução! Passo 1 Passo 2 Passo 3 80Helder Guerreiro Substituindo na equação 𝑦′ = 1 + 𝑡2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦2 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1 − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 → 1 + 𝑡2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦2 = 1 − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 Organizando a bagunça 1 + 𝑡2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦2 = 1 − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑡2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑡2 − 2𝑡 𝑡 + 1 𝑣 𝑦 + 𝑡 + 1 𝑣 𝑦 2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑡2 − 2𝑡2 − 2𝑡 𝑣 + 𝑡2 + 2𝑡 𝑣 + 1 𝑣2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 −2𝑡2 − 2𝑡 𝑣 + 2𝑡2 + 2𝑡 𝑣 + 1 𝑣2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 Passo 4 Passo 5 81Helder Guerreiro 1 𝑣2 = − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = −1 Variáveis separáveis 𝑑𝑣 = −𝑑𝑡 Integrar න𝑑𝑣 = −න𝑑𝑡 → 𝑣 = −𝑡 + 𝑐 Substituir na solução geral 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 𝑡 → 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑐 − 𝑡 Passo 6 Passo 7 Passo 8 82Helder Guerreiro Sumário 83Helder Guerreiro Uma equação linear de segunda ordem obedece a seguinte forma: 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑓 𝑡, 𝑦, 𝑑𝑦 𝑑𝑡 Essa função 𝑓 que aparece na igualdade nos diz que ela é linear em 𝑦 e na sua derivada em relação a 𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑡 , como assim? Isso quer dizer as variáveis são 𝑦 e 𝑑𝑦 𝑑𝑡 enquanto o que estiver em função 𝑡 será constante. Então podemos abrir essa função desse jeito: 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑝 𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝑞 𝑡 𝑦 + 𝑔 𝑡 84Helder Guerreiro Aqui podemos usar a notação simplificada paraas derivadas 𝑦′′ = 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 + 𝑔 𝑡 Isolando o termo independente temos: 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 𝑔 𝑡 (não troquei de sinal, mas não há necessidade disso) Aqui chamamos o termo independente (no caso o 𝑔 𝑡 ) de termo não homogêneo. Aqui também usamos a palavra “homogênea” para nos relacionarmos a uma equação linear de segunda ordem, mas não confunda isso com as equações homogêneas estudadas no assunto anterior. Uma equação é dita homogenia quando o termo não homogêneo é nulo, ou seja: 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 Como 𝑝 𝑡 e 𝑞 𝑡 são constantes, então vamos trocar por algo mais atraente: 𝑦′′ + 𝑎𝑦′ + 𝑏𝑦 = 0 (equação linear homogênea de segunda ordem) Se 𝑎 e 𝑏 não fossem constantes estaríamos num grande problema 85Helder Guerreiro Quando temos uma equação linear de segunda ordem devemos encontrar funções que representem essa equação, veja o exemplo para entender melhor: 𝑦′′ − 𝑦 = 0 Temos uma equação homogênea de segunda ordem. Ela nos diz que devemos encontrar uma função cuja derivada segunda seja igual a própria função. Que função faz isso? Veja 𝑦 = 𝑒𝑡 𝑦′ = 𝑒𝑡 𝑦′′ = 𝑒𝑡 Mas também não é só isso, existem outras opções também 86Helder Guerreiro 𝑦 = 𝑘𝑒𝑡 𝑦′ = 𝑘𝑒𝑡 𝑦′′ = 𝑘𝑒𝑡 𝑦 = 𝑒−𝑡 𝑦′ = −𝑒−𝑡 𝑦′′ = 𝑒−𝑡 Mas para generalizar todas as possibilidades de uma vez devemos somar duas funções que obedeçam a equação, desta forma: 𝑦 𝑡 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 Dessa forma juntamos todas as possibilidades possíveis de combinação de soluções, ou seja, temos uma solução geral. 87Helder Guerreiro Vejamos outro caso 𝑦′′ + 𝑦 = 0 → 𝑦′′ = −𝑦 Temos duas funções que conseguem fazer isso: 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑦′ = cos(𝑡) 𝑦′′ = −𝑠𝑒𝑛(𝑡) ↔ 𝑦 = cos(𝑡) 𝑦′ = −𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦′′ = −cos 𝑡 Neste caso temos que sua função geral é: 𝑦 𝑡 = 𝑘1𝑠𝑒𝑛 𝑦 + 𝑘2 cos 𝑦 88Helder Guerreiro Para conseguirmos valores e resultados para as nossas soluções gerais precisamos de um mecanismo que se chama equação característica. Veja como encontra-la 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 (𝐼) Temos uma equação homogênea e agora supondo que 𝑦 𝑡 = 𝑒𝜆𝑡 seja a solução de (𝐼), então derivamos essa solução até a segunda ordem para substituirmos na equação 𝑎𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 𝑏𝜆𝑒𝜆𝑡 + 𝑐𝑒𝜆𝑡 = 0 → 𝑒𝜆𝑡 𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 Nesse caso a exponencial nunca vai zerar, então a única coisa que pode acontecer é: 𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 (Equação característica de I) O grau da equação característica será de acordo com a ordem da equação mãe 89Helder Guerreiro 𝑦′′ − 𝑦 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 − 𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 − 1 = 0 𝜆2 − 1 = 0 Raízes da equação 𝜆2 = 1 → 𝜆 = 1 → 𝜆1 = +1 𝜆2 = −1 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Damos às constantes o nome de 𝜆 90Helder Guerreiro Aplicar dados Esses dados devem ser fornecidos pela questão ቊ 𝑦 0 = −1 𝑦′ 0 = 2 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 → 𝑦′ = 𝑘1𝑒 𝑡 − 𝑘2𝑒 −𝑡 −1 = 𝑘1 + 𝑘2 → 2 = 𝑘1 − 𝑘2 Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = −1 𝑘1 − 𝑘2 = 2 → 𝑘1 = 1 2 𝑘2 = − 3 2 Solução particular 𝑦 = 1 2 𝑒𝑡 − 3 2 𝑒−𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 91Helder Guerreiro 𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 − 5𝜆𝑒𝜆𝑡 + 6𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 − 5𝜆 + 6 = 0 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 Raízes da equação 𝜆2 − 5𝜆 + 6 = 0 → 𝜆2 − ณ5 𝑆 𝜆 + ณ6 𝑃 = 0 → 𝜆 − 2 𝜆 − 3 = 0 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 2𝑡 + 𝑘2𝑒 3𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Método de Girard 92Helder Guerreiro Aplicar dados ቊ 𝑦 0 = 2 𝑦′ 0 = 3 𝑦 = 𝑘1𝑒 2𝑡 + 𝑘2𝑒 3𝑡 → 𝑦′ = 2𝑘1𝑒 2𝑡 + 3𝑘2𝑒 3𝑡 2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 3 = 2𝑘1 + 3𝑘2 Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = 2 2𝑘1 + 3𝑘2 = 3 → 𝑘1 = 3 𝑘2 = −1 Solução particular 𝑦 = 3𝑒2𝑡 + 𝑒3𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 93Helder Guerreiro 4𝑦′′ + 8𝑦′ + 3𝑦 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 4𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 8𝜆𝑒𝜆𝑡 + 3𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 4𝜆2 + 8𝜆 + 3 = 0 4𝜆2 + 8𝜆 + 3 = 0 Raízes da equação 𝜆2 + 8𝜆 + 3 = 0 → 𝜆2 + ณ8 𝑆 𝜆 + ณ3 𝑃 = 0 → 𝜆 + 3 2 𝜆 + 1 2 = 0 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 − 3 2𝑡 + 𝑘2𝑒 − 𝑡 2 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Método de Girard 94Helder Guerreiro Aplicar dados ൞ 𝑦 0 = 2 𝑦′ 0 = 1 2 𝑦 = 𝑘1𝑒 − 3𝑡 2 + 𝑘2𝑒 − 𝑡 2 → 𝑦′ = − 3 2 𝑘1𝑒 3𝑡 2 − 1 2 𝑘2𝑒 𝑡 2 2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 1 2 = − 3 2 𝑘1 − 1 2 𝑘2 Sistema ቐ 𝑘1 + 𝑘2 = 2 − 3 2 𝑘1 − 1 2 𝑘2 = 1 2 → ൜ 𝑘1 + 𝑘2 = 2 −3𝑘1 − 𝑘2 = 1 → 𝑘1 = − 3 2 𝑘2 = 7 2 Solução particular 𝑦 = − 3 2 𝑒 3𝑡 2 + 7 2 𝑒 𝑡 2 Passo 4 Passo 5 Passo 6 95Helder Guerreiro 𝐼 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞 𝑡 𝑦𝑛 Neste caso a variável 𝑛 não pode ser zero e nem igual a 1, se não essa equação seria linear. Podemos transforma-la usando uma simples resolução: 𝑣 = 𝑦1−𝑛 Derivando 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑣′ = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′ Pegando a equação I e multiplicando por 1 − 𝑛 𝑦−𝑛 temos: 96Helder Guerreiro 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′ + 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑝 𝑡 𝑦 = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑞 𝑡 𝑦𝑛 Desta forma o termo 𝑦−𝑛 que é responsável pela formação da equação de Bernoulli será cancelado. 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′ + 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑝 𝑡 𝑦 = 1 − 𝑛 𝑞 𝑡 Podemos trocar alguns termos na equação usando 𝑣 = 𝑦1−𝑛 e 𝑣′ = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′ 𝑣′ + 1 − 𝑛 𝑝 𝑡 𝑣 = 1 − 𝑛 𝑞 𝑡 Com isso temos uma equação linear que pode ser resolvida normalmente como um problema de valor inicial. 97Helder Guerreiro 𝑡2𝑦′ + 2𝑡𝑦 − 𝑦3 = 0 , 𝑡 > 0 Organizar 𝑦′ + 2 𝑡 𝑦 = 1 𝑡2 𝑦3 Substituição 𝑣 = 𝑦−2 → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜 → 𝑣′ = −2𝑦−3𝑦′ Multiplicar polinômio −2𝑦−3𝑦′ − 2𝑦−3 2 𝑡 𝑦 = −2𝑦−3 1 𝑡2 𝑦3 𝑣′ − 4 𝑡 𝑣 = − 2 𝑡2 Passo 1 Passo 2 Passo 3 98Helder Guerreiro Fator integrante 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = −4 1 𝑡 = −4 ln 𝑡 = ln 𝑡 −4 = 𝑒ln 𝑡 −4 = 𝑡−4 Multiplicar fator integrante 𝑣′ − 4 𝑡 𝑣 = − 2 𝑡2 → 𝑡−4𝑣′ − 𝑡−4 4 𝑡 𝑣 = −𝑡−4 2 𝑡2 𝑡−4𝑣′ − 4𝑡−5𝑣 = −2𝑡−6 Simplificar 𝑡−4𝑣′ − 4𝑡−5𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡−4𝑣′ + −4𝑡−5𝑣 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑑 𝑑𝑡 [𝑣𝑡−4] 𝑑 𝑑𝑡 𝑣𝑡−4 = −2𝑡−6 → 𝑣𝑡−4 = න−2𝑡−6𝑑𝑡 Integrar න−2𝑡−6𝑑𝑡 → −2න𝑡−6𝑑𝑡 = − 2𝑡−5 −5 + 𝑐 = 2 5𝑡5 + 𝑐 Passo 4 Passo 5 Passo 6 Passo 7 99Helder Guerreiro Solução geral 𝑣𝑡−4 = 2 5𝑡5 + 𝑐 𝑣 = 2 5𝑡 + 𝑐𝑡4 = 2 + 5𝑐𝑡5 5𝑡 Retornar valores 𝑣 = 1 𝑦2 → 𝑦2 = 1 𝑣 𝑦2 = 5𝑡 2 + 𝑐𝑡5 → 𝑦 = 5𝑡 2 + 𝑐𝑡5 Passo 8 Passo 9 100Helder Guerreiro 𝑦′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦, 𝑦′) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 2º 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 → 𝑦′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦′) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑦 Com uma simples substituição transformamos a equação de segunda ordem em uma equação de primeira ordem 𝑣 = 𝑦′ → 𝑣′ = 𝑦′′ 𝑣′ = 𝑓 𝑡, 𝑣 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 1° 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 101Helder Guerreiro 𝑡2𝑦′′ + 2𝑡𝑦′ − 1 = 0 , 𝑡 > 0 Substituir e organizar 𝑡2𝑣′ + 2𝑡𝑣 − 1 = 0 → 𝑣′ + 2 𝑡 𝑣 = 1 𝑡2 Fator integrante 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = 2 𝑡 =2 ln 𝑡 = 𝑒ln 𝑡 2 = 𝑡2 Multiplicar fator integrante 𝑡2𝑣′ + 2𝑡𝑣 = 1 Simplificar 𝑡2𝑣′ + 2𝑡𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡2𝑣′ + 2𝑡𝑣 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠→ 𝑑 𝑑𝑡 [𝑣𝑡2] 𝑑 𝑑𝑡 𝑣𝑡2 = 1 → 𝑣𝑡2 = න𝑑𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 102Helder Guerreiro Solução geral 𝑣𝑡2 = 𝑡 + 𝑐 → 𝑣 = 1 𝑡 + 𝑐 𝑡2 Retornar valores 𝑣 = 𝑦′ → 𝑣′ = 𝑦′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 1 𝑡 + 𝑐 𝑡2 Integrar 𝑦 = න 𝑑𝑡 𝑡 + 𝑐න 𝑑𝑡 𝑡2 → 𝑦 = ln 𝑘𝑡 − 𝑐 𝑡 Passo 5 Passo 6 Passo 7 103Helder Guerreiro 𝑦′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦, 𝑦′) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 2º 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 → 𝑦′′ = 𝑓(𝑦, 𝑦′) 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡 Usando uma substituição simples transformamos essa equação em primeira ordem, mas a substituição deve ter um cuidado, a substituição será feita de forma diferente na qual foi apresentada no assunto anterior. 𝑣 = 𝑦′ Antes de derivarmos 𝑣 devemos abrir essas expressões e analisar com cuidado 𝑣 𝑦 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 Veja que 𝑣 está em função de 𝑦, mas 𝑦 está em função de 𝑡. Temos uma regra da cadeia 𝑣′ = 𝑦′′ → 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑑𝑣 𝑑𝑦 → 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑣 = 𝑦′ → 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑣 𝑑𝑣 𝑑𝑦 Isso tudo é para excluir tudo aquilo que estiver em função de 𝑡 104Helder Guerreiro 𝑦𝑦′′ + 𝑣2 = 0 Substituir e organizar 𝑦𝑣′ + 𝑣2 = 0 → 𝑦 𝑣 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 𝑣2 = 0 →÷ 𝑣 → 𝑦 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 𝑣 = 0 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 1 𝑦 𝑣 = 0 Fator integrante 𝜇 𝑦 = 𝑒 𝑝 𝑦 𝑑𝑦 = 1 𝑦 =ln 𝑦 = 𝑒ln 𝑦 = 𝑦 Multiplicar fator integrante 𝑦 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 𝑣 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 105Helder Guerreiro Simplificar 𝑦 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑦 𝑑𝑣 𝑑𝑦 + 1𝑣 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑑 𝑑𝑡 [𝑣𝑦] 𝑑 𝑑𝑡 𝑣𝑦 = 0 → 𝑣𝑦 = න0𝑑𝑡 Retornar valores 𝑣𝑦 = 𝑐 → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑦 = 𝑐 → 𝑦𝑑𝑦 = 𝑐𝑑𝑡 Integrar න𝑦𝑑𝑦 = 𝑐න𝑑𝑡 → 𝑦2 2 = 𝑐𝑡 + 𝑘 𝑦2 = 2 𝑐𝑡 + 𝑘 𝑦 = 2 𝑐𝑡 + 𝑘 Passo 4 Passo 5 Passo 6 106Helder Guerreiro Quando resolvemos as equações de segunda ordem precisamos de uma solução geral que tenham todas as combinações possíveis para equação. Temos que 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 e sua solução geral é 𝑦 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 Como fazemos com toda solução geral de segunda ordem, vamos deriva-las 𝑦′ = 𝑐1𝑦1 ′ + 𝑐2𝑦2 ′ → 𝑦′′ = 𝑐1𝑦1 ′′ + 𝑐2𝑦2 ′′ Como teste, sabemos se a solução geral realmente pertence a equação quando fazemos uma simples substituição 𝑐1𝑦1 ′′ + 𝑐2𝑦2 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑐1𝑦1 ′ + 𝑐2𝑦2 ′ + 𝑞 𝑡 (𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2) = 0 Colocando as constantes em evidência 𝑐1 𝑦1 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 ′ + 𝑞 𝑡 𝑦1 + 𝑐2 𝑦2 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑦2 ′ + 𝑞 𝑡 𝑦2 = 0 Você viu lá em cima que esses cara são iguais a zero. 107Helder Guerreiro Isso foi só para você ver como é que se testa a solução geral mesmo, mas que interessa é o seguinte: pelo teorema de existência e unicidade, temos que para cada valor de 𝑡 pertencente a um intervalo aberto 𝐼 = 𝛼, 𝛽 temos a condição de que 𝑦 𝑡0 = 𝑦0 Isso quer dizer que quando a equação é aplicada ao ponto 𝑡0 temos o resultado 𝑦0 Aplicando o teorema 𝑐1𝑦1 𝑡0 + 𝑐2𝑦2 𝑡0 = 𝑦 𝑡0 → 𝑐1𝑦1 ′ 𝑡0 + 𝑐2𝑦2 ′ 𝑡0 = 𝑦 ′ 𝑡0 Se fizermos dessas duas soluções um sistema, podemos encontrar as constantes pela regra de Cramer. ቊ 𝑐1𝑦1 𝑡0 + 𝑐2𝑦2 𝑡0 = 𝑦 𝑡0 𝑐1𝑦1 ′ 𝑡0 + 𝑐2𝑦2 ′ 𝑡0 = 𝑦 ′ 𝑡0 Suas determinantes são 𝐷 = 𝑦1 𝑡0 𝑦2 𝑡0 𝑦1 ′ 𝑡0 𝑦2 ′ 𝑡0 , 𝐷𝑥 = 𝑦 𝑡0 𝑦2 𝑡0 𝑦′ 𝑡0 𝑦2 ′ 𝑡0 , 𝐷𝑦 = 𝑦1 𝑡0 𝑦 𝑡0 𝑦1 ′ 𝑡0 𝑦 ′ 𝑡0 Suas constantes serão achadas simplesmente com: 𝑐1 = 𝐷𝑥 𝐷 𝑐2 = 𝐷𝑦 𝐷 108Helder Guerreiro O determinante principal é que manda na casa, se ele for zero, tudo vai por aguas abaixo, mas se for diferente de zero então temos um sistema fundamental de soluções. A propósito esse determinante principal denomina-se Wronskiano, um nome feio que me faz me perguntar por que não existe uma tradução dos nomes estrangeiros para o português, todo mundo sabe traduzir mary, quero ver essa coisa aí. 𝑊𝑟𝑜𝑛𝑠𝑘𝑖𝑎𝑛𝑜 → 𝑊 𝑦1, 𝑦2 = 𝑦1 𝑡0 𝑦2 𝑡0 𝑦1 ′ 𝑡0 𝑦2 ′ 𝑡0 Mas pensa comigo na lógica, se esse cara for zero, a constante vai ser zero também, logo toda equação vai zerar, então se preocupe com a regra de Cramer não com esse nome feio. Esse método pela regra de Cramer não é um passo obrigatório, pode-se encontrar esse sistema fundamental de solução por uma simples resolução de sistema mesmo. Você só vai usar somente o Wronskiano caso você queira só saber se há um sistema de solução para aquele caso, se você for encontrar as constantes também, não se preocupe com ele, ao encontrar as constantes você mesmo identifica se há sistema de solução ou não. 109Helder Guerreiro O fato não é desprezar o Wronskiano, e sim somente deixa-lo em segundo plano. Veja os porquês. Se o Wronskiano zerar a constante vai ser zero, logo toda questão também; O Wronskiano é somente a determinante principal da regra de Cramer; Você pode encontrar as constantes sem o Wronskiano por sistema, ao encontrar as constantes, se elas forem zero, logo o Wronskiano também é zero. Mas e se o Wronskiano não for zero e sim só a outra determinante? Bom, neste caso simplesmente uma constante vai dar zero e outra não, só se você tiver a sorte de pegar uma equação em que os dois determinantes zeram, neste caso tanto faz o Wronskiano zerar ou não. 110Helder Guerreiro 𝑦′′ − 𝑦 = 0, 𝑦 0 = −2 , 𝑦′ 0 = 1 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 − 𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 − 1 = 0 𝜆2 − 1 = 0 Raízes da equação 𝜆2 = 1 → 𝜆 = 1 → 𝜆1 = +1 𝜆2 = −1 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 111Helder Guerreiro Aplicar dados ቊ 𝑦 0 = −2 𝑦′ 0 = 1 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 → 𝑦′ = 𝑘1𝑒 𝑡 − 𝑘2𝑒 −𝑡 −2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 1 = 𝑘1 − 𝑘2 Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = −2 𝑘1 − 𝑘2 = 1 𝐷 = 1 1 1 −1 = −2 𝐷𝑥 = −2 1 1 −1 = 1 𝐷𝑦 = 1 −2 1 1 = 3 𝑐1 = 𝐷𝑥 𝐷 = − 1 2 𝑐2 = 𝐷𝑦 𝐷 = − 3 2 Solução geral 𝑦 = − 1 2 𝑒𝑡 − 3 2 𝑘2𝑒 −𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 112Helder Guerreiro 𝑦′′ − 𝑦 = 0, 𝑦 0 = −2 , 𝑦′ 0 = 1 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 − 𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 − 1 = 0 𝜆2 − 1 = 0 Raízes da equação 𝜆2 = 1 → 𝜆 = 1 → 𝜆1 = +1 𝜆2 = −1 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 113Helder Guerreiro Aplicar dados ቊ 𝑦 0 = −2 𝑦′ 0 = 1 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 → 𝑦′ = 𝑘1𝑒 𝑡 − 𝑘2𝑒 −𝑡 −2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 1 = 𝑘1 − 𝑘2 Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = −2 𝑘1 − 𝑘2 = 1 2𝑘1 = −1 = − 1 2 − 1 2 − 𝑘2 = 1 → −𝑘2 = 1 2 + 1 → 𝑘2 = − 3 2 Solução geral 𝑦 = − 1 2 𝑒𝑡 − 3 2 𝑘2𝑒 −𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 114Helder Guerreiro Resumindo Você simplesmente viu que pode resolver um sistema por regra de Cramer, que “novidade” né? Então nada de desespero não vimos nada de novo ainda, esse tal de Wronskiano é só um nome que eu vou esquecer quando acordar pela manhã, então se foque no seguinte: resolva seu sistema, seja por adição, Cramer ou sei lá o que. 115Helder Guerreiro Encontre um sistema fundamental de solução 𝑦1, 𝑦2 da equação: 𝑦′′ + 5𝑦′ + 6𝑦 = 0 Tal que: 𝑊 𝑦1, 𝑦2 = 1 Antes de começarmos a questão vou lhe explicar o que é esse Wronskiano igual a 1. Bom, esse cara não é um determinante? Qual o tipo de determinante que sempre dará 𝑑𝑒𝑡 = 1? Isso mesmo, você não lembra. 1 0 0 1 = 1 , uma matriz identidade. Mas que isso tem haver? Ele estáte dizendo que : 𝑦 0 = 1, 𝑦′ 0 = 0 Isso é só para dificultar sua vida mesmo. 116Helder Guerreiro Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 5𝜆𝑒𝜆𝑡 + 6𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 Raízes da equação 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 → 𝜆2 + ณ5 𝑆 𝜆 + ณ6 𝑃 = 0 → 𝜆 + 2 𝜆 + 3 = 0 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 −2𝑡 + 𝑘2𝑒 −3𝑡 Aplicar dados ቊ 𝑦 0 = 1 𝑦′ 0 = 0 𝑦 = 𝑘1𝑒 −2𝑡 + 𝑘2𝑒 −3𝑡 → 𝑦′ = −2𝑘1𝑒 −2𝑡 − 3𝑘2𝑒 −3𝑡 1 = 𝑘1 + 𝑘2 → 0 = −2𝑘1 − 3𝑘2 Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 117Helder Guerreiro Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = 1 −2𝑘1 − 3𝑘2 = 0 𝐷 = 1 1 −2 −3 = −1 𝐷𝑥 = 1 1 0 −3 = −3 𝐷𝑦 = 1 1 −2 0 = 2 𝑐1 = 𝐷𝑥 𝐷 = 3 𝑐2 = 𝐷𝑦 𝐷 = −2 Solução geral 𝑦 = 3𝑒−2𝑡 − 2𝑘2𝑒 −3𝑡 Passo 5 Passo 6 118Helder Guerreiro Encontre um sistema fundamental de solução 𝑦1, 𝑦2 da equação: 𝑦′′ + 5𝑦′ + 6𝑦 = 0 Tal que: 𝑊 𝑦1, 𝑦2 = 1 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 5𝜆𝑒𝜆𝑡 + 6𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 Raízes da equação 𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0 → 𝜆2 + ณ5 𝑆 𝜆 + ณ6 𝑃 = 0 → 𝜆 + 2 𝜆 + 3 = 0 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 −2𝑡 + 𝑘2𝑒 −3𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 119Helder Guerreiro Aplicar dados ቊ 𝑦 0 = 1 𝑦′ 0 = 0 𝑦 = 𝑘1𝑒 −2𝑡 + 𝑘2𝑒 −3𝑡 → 𝑦′ = −2𝑘1𝑒 −2𝑡 − 3𝑘2𝑒 −3𝑡 1 = 𝑘1 + 𝑘2 → 0 = −2𝑘1 − 3𝑘2 Sistema ቊ 𝑘1 + 𝑘2 = 1 −2𝑘1 − 3𝑘2 = 0 𝑘1 = 1 − 𝑘2 → −2 1 − 𝑘2 − 3𝑘2 = 0 → 𝑘2 = −2 𝑘1 = 1 + 2 = 3 Solução geral 𝑦 = 3𝑒−2𝑡 − 2𝑘2𝑒 −3𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 120Helder Guerreiro Com esse assunto, não há nada a que se preocupar, o que acabou de ser dado foi somente uma revisão da regra de Cramer, os outros métodos já foram ensinados em assuntos anteriores, então não complique sua vida e resolva as equações pelo método mais simples, seja Cramer ou sei lá. Para você que gosta de álgebra linear II EDO é uma ramificação dela, então lembra do Wronskiano? Então, quando seu resultado é diferente de zero temos que a solução é Linearmente Independente à equação. Tudo tem uma lógica, se o Wronskiano resultasse em zero teríamos uma L.D. (Linearmente Dependente) e não uma L.I., mas como o sistema de soluções é uma base, então ele deve gerar e ser L.I. 121Helder Guerreiro Os números complexos não tem por objetivo querer atrapalhar a sua vida e sim na verdade para ajudar, os números complexos tem muitas aplicações na tecnologia que não existiriam sem esse estudo. Tudo consiste na habilidade de dominar unidades imaginárias, essas unidades são admitidas quando o limite dos conjuntos dos reais é ultrapassado. 𝑇𝑜𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 122Helder Guerreiro Isso acontece quando temos uma raiz de um número negativo, pelo conjunto dos números reais é impossível haver uma solução para isso, mas a explicação não está em olhar somente para a raiz. 22 = 2.2 = 4 Veja que é impossível imaginar que essa conta desse um número negativo, por esse fato, a exponencial é uma função que é não negativa e o mesmo acontece para a sua função inversa, a raiz. Com isso temos uma saída que foi pensada por muito tempo pelos matemáticos como, Raphael Bombelli, Leonard Euler e Carl Friederich Gauss, esse é método de chamar −1 de 𝑖. 123Helder Guerreiro No conjunto dos números complexos, todas as operações envolvendo o 𝑖 são operações comuns do jeito que nós conhecemos. A definição do conjunto dos números complexos é: ℂ = 𝑧 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖, 𝑐𝑜𝑚 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ 𝑒 𝑖2 = −1 Usando os 8 testes para um espaço vetorial (que você aprendeu em álgebra II) o conjunto dos complexos obedece a todos com o uso das operações usuais. Lembrando da leitura de sinais o conjunto mostrado acima significa que: “Os números complexos é o conjunto de todo 𝑧 tal que 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 com a e b pertencentes ao conjunto dos reais e 𝑖2 = −1.” Aqueles números que acompanham o 𝑖 são chamados de imaginários 𝛽 e os que não tem o 𝑖 são chamados de reais 𝛼 . Com essa revisão vamos iniciar alguns exemplos de uma equação diferencial ordinária de segunda ordem com uma equação característica com raiz negativa. 124Helder Guerreiro 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 + 𝑒𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝑎𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 𝑏𝜆𝑒𝜆𝑡 + 𝑐𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 Como estamos atrás de uma situação geral, então vamos supor que as raízes dessa equação sejam complexas. 125Helder Guerreiro Supondo que encontramos raízes complexas ቊ 𝜆1 = 𝛼 + 𝛽𝑖 𝜆2 = 𝛼 − 𝛽𝑖 Logo 𝑦 = 𝑒 𝛼+𝛽𝑖 𝑡 + 𝑒 𝛼−𝛽𝑖 𝑡 → 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡𝑒𝛽𝑖𝑡 + 𝑒𝛼𝑡𝑒−𝛽𝑖𝑡 Agora para nos ajudar nos cálculos vamos usar uma equação estabelecida por Leonard Euler em que 𝑒𝑖𝜃 = cos 𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃 Então podemos fazer o mesmo: 𝑒𝛽𝑖𝑡 = cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 𝑒−𝛽𝑖𝑡 = cos 𝛽𝑡 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 Na hora de inserir −𝛽𝑡 na segunda equação percebemos que não há uma mudança no sinal do cosseno somente no seno, isso se dá pois o cosseno é uma função par e seno é uma função ímpar, que quer dizer que: 𝑝𝑎𝑟: 𝑓 −𝑥 = 𝑓 𝑥 í𝑚𝑝𝑎𝑟: 𝑓 −𝑥 = −𝑓 𝑥 Veja que cos 45° = 2 2 e cos −45° = 2 2 agora o seno sen 45° = 2 2 e sen −45° = − 2 2 126Helder Guerreiro Agora depois de substituir tudo temos 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡𝑒𝛽𝑖𝑡 + 𝑒𝛼𝑡𝑒−𝛽𝑖𝑡 → 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 + 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 Com esse valor podemos desenvolver essa soma: 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 + 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡[cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 + cos 𝛽𝑡 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 ] 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡2 cos(𝛽𝑡) Mas há outra possibilidade de encontrar uma resposta, podemos subtrair em vez de somar, lembre-se que as constantes na equação geral podem atingir qualquer valor, seja negativo, seja positivo. 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 − 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡[cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 − cos 𝛽𝑡 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝛽𝑡 ] 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡2𝑖 sen(𝛽𝑡) 127Helder Guerreiro Além de somar precisávamos subtrair também por que com a soma perdemos o segundo membro ficando somente um, então com a subtração arranjamos outro para formar para com o resultado da soma. 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡2 cos(𝛽𝑡) − 𝑒𝛼𝑡2𝑖 sen(𝛽𝑡) Olhando para esse resultado não parece uma boa ficar trabalhando com um número imaginário no meio de toda a equação, para isso vamos pensar no seguinte: o 𝑖 é uma constante não é mesmo? E uma constante não interfere na equação geral! Então vamos simplesmente esquecer todas essas constantes e fazer tudo igual a um mesmo, assim: 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 cos(𝛽𝑡) + 𝑒𝛼𝑡 sen(𝛽𝑡) Constantes não alteram soluções, então não há o que se preocupar. Para confirmar se isso realmente é o conjunto fundamental de soluções da equação ordinária com uma equação característica de raízes negativas, devemos usar o Wronskiano. 128Helder Guerreiro 𝑤 = 𝑒𝛼𝑡 cos(𝛽𝑡) 𝑒𝛼𝑡 sen(𝛽𝑡) 𝛼𝑒𝛼𝑡 cos(𝛽𝑡) − 𝑒𝛼𝑡𝛽 sen(𝛽𝑡) 𝛼𝑒𝛼𝑡 sen(𝛽𝑡) + 𝑒𝛼𝑡𝛽 cos(𝛽𝑡) 𝑒𝛼𝑡 cos 𝛽𝑡 𝛼 sen 𝛽𝑡 + 𝛽 cos 𝛽𝑡 − 𝑒𝛼𝑡 sen 𝛽𝑡 𝛼 cos 𝛽𝑡 − 𝛽 sen 𝛽𝑡 𝑒𝛼𝑡 𝛼 sen 𝛽𝑡 cos 𝛽𝑡 + 𝛽 cos 𝛽𝑡 cos 𝛽𝑡 − 𝛼 cos 𝛽𝑡 sen 𝛽𝑡 + 𝛽 sen 𝛽𝑡 sen 𝛽𝑡 𝑒𝛼𝑡𝛽 cos2 𝛽𝑡 + sen2 𝛽𝑡 𝑒𝛼𝑡𝛽 Com esse valor temos certeza que o Wronskiano não é zero, pois a exponencial nunca zera e a constante 𝛽 não pode ser zero pois se ela fosse zero nem solução geral existiria. Logo temos que: 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 𝑘1 cos 𝛽𝑡 + 𝑘2 sen 𝛽𝑡 É um conjunto infinito desoluções para uma equação ordinária de segunda ordem cuja equação característica tenha raízes negativas. 129Helder Guerreiro 𝑦′′ + 𝑦′ + 𝑦 = 0 Equação característica 𝜆2 + 𝜆 + 1 = 0 Raízes 𝑥 = −𝑏 ± 𝑏2 − 4𝑎𝑐 2𝑎 → −1 ± −3 2 → −1 ± 3𝑖 2 → 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝛼 = − 1 2 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜 𝛽 = 3 2 Solução geral 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 𝑘1 cos 𝛽𝑡 + 𝑘2 sen 𝛽𝑡 → 𝑦 = 𝑒 − 𝑡 2 𝑘1 cos 3 2 𝑡 + 𝑘2 sen 3 2 𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 130Helder Guerreiro Isso acontece quando 𝑝(𝑡) e 𝑞 𝑡 são valores variáveis: 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 Com isso se torna impossível resolver esta equação pelos métodos convencionais, agora devemos encontrar uma alternativa para conseguirmos resolver isso. Vamos atrás de uma relação que desmembrar essa equação. Primeiro vamos começar com a hipótese de que temos uma variável 𝑥 que está sendo igualada as variáveis em função de 𝑡. Vamos descobrir valores para as derivadas de 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 Essa é a derivada de 𝑦, temos uma regra da cadeia por que o 𝑦 está sendo derivado em relação a 𝑡 é uma relação de 𝑥. 131Helder Guerreiro Para facilitarmos a leitura vamos usar a nomenclatura usual de derivadas para todas as derivadas em relação a 𝑡. Assim: 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 → 𝑦′ = 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 Na equação temos a derivada e a segunda derivada de 𝑦, então vamos derivar de novo. 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑2𝑥 𝑑𝑡2 Temos aqui a regra do produto e uma regra da cadeia em 𝑑𝑦 𝑑𝑥 que irá abrir mais uma derivada de 𝑥 em relação a 𝑡 que irá multiplicar com a outra que já estava lá e no final de tudo a derivada fica ao quadrado. Mudando para uma notação melhor temos 𝑦′′ = 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 132Helder Guerreiro Substituindo esses valores de derivadas na equação temos 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 → 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑝 𝑡 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 Agora tudo é questão de organização 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ + 𝑥′𝑝 𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 Lembra-se da forma geral? Então não podemos ter nada ao lado da segunda derivada. Vamos dividir tudo. 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ + 𝑥′𝑝 𝑡 𝑥′ 2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 𝑦 = 0 Aqui chegamos aonde queríamos, a equação deve chegar até aqui para uma análise. A análise é o seguinte, como esses coeficientes se tornariam constantes? Bom para variáveis a única lógica é que o de cima seja igual ao de baixo. 𝑞 𝑡 = 𝑥′ 2 Pegamos esse por que é o mais simples dos coeficientes 133Helder Guerreiro Para resolvermos uma equação é necessário encontrar o valor de 𝑥 para a solução geral, isso por que quando integramos o valor de 𝑥 encontraremos o valor de 𝑡 que é a real incógnita desse problema. 𝑞 𝑡 = 𝑥′ 2 → 𝑥′ = 𝑞 𝑡 1 2 Na equação temos a segunda variável de 𝑥 também 𝑥′′ = 1 2 𝑞 𝑡 − 1 2𝑞′ 𝑡 Temos valores para substitui no segundo coeficiente 𝑥′′ + 𝑥′𝑝 𝑡 𝑥′ 2 = 1 2 𝑞 𝑡 − 1 2𝑞′ 𝑡 + 𝑞 𝑡 1 2𝑞 𝑡 𝑞 𝑡 Ao chegar nesse ponto temos que, se esse resultado der um valor constante temos então a possibilidade de fazer a equação de coeficientes variáveis em uma equação de variáveis constantes. Como adotamos 𝑞 𝑡 = 𝑥′ 2 isso quer dizer que 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 = 1, então se esse valor nos levar a análise de que o outro coeficiente será constante então substituímos o valor de 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 por 1 e o valor constante que for encontrado no outro coeficiente. 134Helder Guerreiro Só não devemos esquecer que no final de tudo a solução geral irá estar com o 𝑥 que não é a incógnita do problema, então através da integral descobrimos do valor em relação a 𝑡. 𝑥′ = 𝑞 𝑡 1 2 → 𝑥 = න𝑞 𝑡 1 2 𝑑𝑡 Se você gosta de decorar, vamos melhorar aquela fração encontrada no segundo coeficiente 1 2 𝑞 𝑡 − 1 2𝑞′ 𝑡 + 𝑞 𝑡 1 2𝑞 𝑡 𝑞 𝑡 2𝑞 𝑡 1 2 2𝑞 𝑡 1 2 𝑞′ 𝑡 + 2𝑝 𝑡 𝑞 𝑡 2𝑞 𝑡 3/2 Isso foi somente para ajeitá-la e deixar melhor, veja que o que foi adicionado em laranja não faz mudança no resultado por que aquilo divido resulta em 1. Se você substituir os valores e jogar nessa fração e o resultado for constante você irá pular todo processo feito antes e bastará substituir o valor encontrado no coeficiente e igualar o primeiro coeficiente a um. 135Helder Guerreiro 𝑦′′ + 𝑡𝑦′ + 𝑒−𝑡 2 𝑦 = 0 ,−∞ < 𝑡 < +∞ Derivadas 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 → 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑2𝑥 𝑑𝑡2 Simplificar nomenclatura 𝑦′ = 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝑦′′ = 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 Substituir 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑦′′ + 𝑡 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑦′ + 𝑒−𝑡 2 𝑦 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 136Helder Guerreiro Organizar 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ + 𝑡𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑒−𝑡 2 𝑦 = 0 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ + 𝑡𝑥′ 𝑥′ 2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑒−𝑡 2 𝑥′ 2 𝑦 = 0 Coeficientes constantes 𝑥′ 2 = 𝑒−𝑡 2 → 𝑥′ = 𝑒− 𝑡2 2 𝑥′′ = −𝑡𝑒− 𝑡2 2 Teste 𝑥′′ + 𝑡𝑥′ 𝑥′ 2 = −𝑡𝑒− 𝑡2 2 + 𝑡𝑒− 𝑡2 2 𝑒−𝑡 2 = 0 Substituir valores 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑦 = 0 Passo 4 Passo 5 Passo 6 Passo 7 O primeiro coeficiente é igual a 1, por isso só restou o y, o segundo coeficiente é igual a zero. 137Helder Guerreiro Agora resolvendo como uma equação de segunda ordem com variáveis constantes Equação característica 𝜆2 + 1 = 0 Raízes 𝜆 = −1 = ±𝑖 → ቊ 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝛼 = 0 𝑖𝑚𝑎𝑔 𝛽 = 1 Temos que o imaginário é ±𝑖, mas na hora de selecionar pode escolher qualquer um, mas somente um, por isso que 𝛽 = 1 Solução geral 𝑦 = 𝑘1 cos 𝑥 + 𝑘2 sen 𝑥 𝑥 = න𝑒− 𝑡2 2 𝑑𝑡 O problema é que essa integral é impossível de se resolver, logo não tem outro jeito 𝑦 = 𝑘1 cos න𝑒 − 𝑡2 2 𝑑𝑡 + 𝑘2 sen න𝑒 − 𝑡2 2 𝑑𝑡 Passo 8 Passo 9 Passo 10 Retornando a variável original 138Helder Guerreiro Veja que praticamente são 7 passos para transformar uma equação com coeficiente variáveis em uma com coeficiente constante. No início parece complicado, mas se você parar para analisar os passos são simples e com repetições de alguns exercícios isso se torna prático e fácil. Não aconselho de forma alguma decorar o teste. 139Helder Guerreiro Este é o caso comum em que quando a equação característica resulta em um discriminante nulo ∆= 0 , nesse caso ao invés da solução geral ser como de costume: 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡, aqui teríamos somente uma das parcelas, assim: 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡, isso é um problema pois um conjunto fundamental de soluções deve ter duas funções somadas para a Independência Linear e a possibilidade de gerar o espaço. Para isso utilizou-se de algumas técnicas para tentar descobrir uma saída para este caso. As ferramentas utilizadas foram: 𝑦 = 𝑣𝑦1 Em que 𝑦1 é uma solução particular da equação. Então desenvolvemos essa ferramenta usando as derivadas dela 140Helder Guerreiro 𝑦′ = 𝑣′𝑦1 + 𝑣𝑦1 ′ → 𝑦′′ = 𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′𝑦1 ′ + 𝑣′𝑦1 ′ + 𝑣𝑦1 ′′ 𝑣′′𝑦1+2𝑣′𝑦1 ′+𝑣𝑦1 ′′ Com isso podemos substituir na forma geral de uma equação ordinária de segunda ordem 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 𝑎 𝑣′′𝑦1 + 2𝑣 ′𝑦1 ′ + 𝑣𝑦1 ′′ + 𝑏 𝑣′𝑦1 + 𝑣𝑦1 ′ + 𝑐 𝑣𝑦1 = 0 Agora organizando 𝑎𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′(2𝑎𝑦1 ′ + 𝑏𝑦1) + 𝑣(𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1) = 0 𝑎𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′ 2𝑎𝑦1 ′ + 𝑏𝑦1 = 0 Como 𝑦1 é solução particular da equação então trocamos seus valores por: 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡→ 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝑎𝑣′′𝑒𝜆𝑡 + 𝑣′ 2𝑎𝜆𝑒𝜆𝑡 + 𝑏𝑒𝜆𝑡 = 0 141Helder Guerreiro Como estamos num caso em que o discriminante é nulo, então teremos uma forma de encontrar o valor da variável: 𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 → Δ = 0 → 𝜆 = −𝑏 2𝑎 → 2𝑎𝜆 + 𝑏 = 0 Logo 𝑎𝑣′′𝑒𝜆𝑡 + 𝑣′ 2𝑎𝜆𝑒𝜆𝑡 + 𝑏𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝑎𝑣′′ + 𝑣′ 2𝑎𝜆 + 𝑏 = 0 𝑒𝜆𝑡𝑎𝑣′′ = 0 Nesta parte final temos que num produto resultando em zero, um ou mais de um dos elementos envolvidos é igual a zero, mas 𝑒𝜆𝑡 nunca será igual a zero e a constante 𝑎 também nado pode por que ela é o coeficiente que acompanha 𝑦1 ′′, ou seja, se 𝑎 for zero esta equação deixa de ser de segunda ordem e tudo que fizemos será em vão, por fim só nos resta dizer que: 𝑣′′ = 0 142Helder Guerreiro Por que isso é bom? Lembre-se que usamos 𝑦 = 𝑣𝑦1 como ferramenta para este caso, nós conhecemos o valor de 𝑦1 pois o mesmo é solução particular da equação, então com o valor de 𝑣 encontramos o valor da solução geral que é 𝑦. Não se engane, o valor que encontramos é 𝑣′′ = 0, temos que integrá-lo duas vezes para encontrarmos o seu valor. න𝑣′′𝑑𝑣 = 𝑐1 → න𝑣 ′𝑑𝑣 = 𝑐1𝑡 + 𝑐2 Então temos que 𝑣 = 𝑐1𝑡 + 𝑐2 Logo 𝑦 = 𝑣𝑦1 → 𝑦 = 𝑐1𝑡 + 𝑐2 𝑦1 Como 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 𝑦 = 𝑐1𝑡 + 𝑐2 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 = 𝑐1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐2𝑡𝑒 𝜆𝑡 Esta é a solução geral de uma equação ordinária de segunda ordem cuja equação característica tenha uma única raiz. Se o teste do Wronskiano for feito comprova-se que 𝑒𝜆𝑡, 𝑡𝑒𝜆𝑡 é L.I., ou seja, um conjunto fundamental de soluções. 143Helder Guerreiro 𝑦′′ + 4𝑦′ + 4𝑦 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 𝜆2𝑒𝜆𝑡 + 4𝜆𝑒𝜆𝑡 + 4𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 𝜆2 + 4𝜆 + 4 = 0 𝜆2 + 4𝜆 + 4 = 0 Raízes da equação 𝜆2 + 4𝜆 + 4 = 0 → 𝜆 + 2 2 = 0 → 𝜆 = −2 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 −2𝑡 + 𝑘2𝑡𝑒 −2𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 144Helder Guerreiro 𝑦′′ − 𝑦′ + 0,25𝑦 = 0 → 𝑦′′ − 𝑦′ + 1 4 𝑦 = 0 → 𝟒𝒚′′ − 𝟒𝒚′ + 𝒚 = 𝟎, 𝑦 0 = 2 𝑦′ 0 = 1 3 Solução geral 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑒 𝜆𝑡 Equação característica 𝑦 = 𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑡 → 𝑦′′ = 𝜆2𝑒𝜆𝑡 4𝜆2𝑒𝜆𝑡 − 4𝜆𝑒𝜆𝑡 + 𝑒𝜆𝑡 = 0 𝑒𝜆𝑡 4𝜆2 − 4𝜆 + 1 = 0 4𝜆2 − 4𝜆 + 1 = 0 Passo 1 Passo 2 145Helder Guerreiro Raízes da equação 4𝜆2 − 4𝜆 + 1 = 0 → 𝜆 = −𝑏 2𝑎 = 4 8 = 1 2 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 2 + 𝑘2𝑡𝑒 𝑡 2 Aplicar dados ൞ 𝑦 0 = 2 𝑦′ 0 = 1 3 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝑡 2 + 𝑘2𝑡𝑒 𝑡 2 → 𝑦′ = 𝑘1 2 𝑒 𝑡 2 + 𝑘2𝑒 𝑡 2 + 𝑘2𝑡 2 𝑒 𝑡 2 2 = 𝑘1 → 1 3 = 𝑘1 2 + 𝑘2 Sistema 𝑘1 = 2 → 2 2 + 𝑘2 = 1 3 → 𝑘1 = 2 𝑘2 = − 2 3 Solução particular 𝑦 = 2𝑒 𝑡 2 − 2 3 𝑡𝑒 𝑡 2 Passo 3 Passo 4 Passo 5 Passo 6 146Helder Guerreiro Sumário 147Helder Guerreiro Aqui não envolve o fato do discriminante ser nulo, também por que uma equação de coeficiente variáveis tem que passar por um processo primeiro para depois se transformar numa equação característica. Aqui iremos usar a mesma técnica apresentada antes, só que dessa vez não é para encontrar somente a solução geral, mas sim para resolver esse tipo de equação e transformá-la em uma equação simples de primeira ordem. Essa técnica se chama Redução de ordem. A diferença deste método de resolução com o aprendido antes é que dessa vez a questão deve fornecer uma solução particular, ou seja, o 𝑦1 para que aí sim possa se resolver a equação. 148Helder Guerreiro Utilizando a ferramenta de 𝑦 = 𝑣𝑦1, temos suas derivadas: 𝑦′ = 𝑣′𝑦1 + 𝑣𝑦1 ′ → 𝑦′′ = 𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′𝑦1 ′ + 𝑣′𝑦1 ′ + 𝑣𝑦1 ′′ 𝑣′′𝑦1+2𝑣′𝑦1 ′+𝑣𝑦1 ′′ Com isso podemos substituir na forma geral de uma equação ordinária de segunda ordem com coeficientes variáveis 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 𝑣′′𝑦1 + 2𝑣 ′𝑦1 ′ + 𝑣𝑦1 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑣′𝑦1 + 𝑣𝑦1 ′ + 𝑞 𝑡 𝑣𝑦1 = 0 𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′ 2𝑦1 ′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 + 𝑣 𝑦1 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 ′ + 𝑞 𝑡 𝑦1 = 0 𝑣′′𝑦1 + 𝑣 ′ 2𝑦1 ′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 = 0 Utilizamos a técnica de redução de ordem: 𝑢 = 𝑣′ 𝑢′𝑦1 + 𝑢 2𝑦1 ′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 = 0 Nesta forma temos um simples PVI, sendo que sua solução geral deve ser dada como a de um equação característica de raiz única. 149Helder Guerreiro Temos a equação de Euler: 2𝑡2𝑦′′ + 3𝑡𝑦′ − 𝑦 = 0 , 𝑡 > 0 , 𝑦1 = 𝑡 −1 Derivadas 𝑦 = 𝑣𝑡−1 → 𝑦′ = 𝑣′𝑡−1 − 𝑣𝑡−2 → 𝑦′′ = 𝑣′′𝑡−1 − 2𝑣′𝑡−2 + 2𝑣𝑡−3 Substituir 2𝑡2 𝑣′′𝑡−1 − 2𝑣′𝑡−2 + 2𝑣𝑡−3 + 3𝑡 𝑣′𝑡−1 − 𝑣𝑡−2 − 𝑣𝑡−1 = 0 𝑣′′2𝑡 + 𝑣′ −4 + 3 + 𝑣 4𝑡−1 − 3𝑡−1 − 𝑡−1 = 0 2𝑡𝑣′′ − 𝑣′ = 0 Redução de ordem 𝑢 = 𝑣′ 2𝑡𝑢′ − 𝑢 = 0 𝑢′ − 1 2𝑡 𝑢 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 150Helder Guerreiro Resolução normal de um PVI Fator integrante 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 𝑑𝑡 = − 1 2 1 𝑡 = − 1 2 ln 𝑡 = 𝑒ln 𝑡 − 1 2 = 𝑡− 1 2 Multiplicar fator integrante 𝑢′ − 1 2𝑡 𝑢 = 0 → 𝑢′𝑡− 1 2 − 𝑡− 1 2 2𝑡 𝑢 = 0 → 𝑢′𝑡− 1 2 − 𝑡− 3 2 2 𝑢 = 0 Simplificar 𝑢′𝑡− 1 2 − 𝑡− 3 2 2 𝑢 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡 − 1 2𝑢′ +− 𝑡− 3 2 2 𝑢 𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑑 𝑑𝑡 [𝑢𝑡− 1 2] 𝑑 𝑑𝑡 𝑢𝑡− 1 2 = 0 → 𝑢𝑡− 1 2 = 𝑐1 Passo 4 Passo 5 Passo 6 151Helder Guerreiro Integrar 𝑢𝑡− 1 2 = 𝑐1 → 𝑢 = 𝑐1𝑡 1 2 𝑢 = 𝑣′ 𝑣′ = 𝑐1𝑡 1 2 → 𝑣 = 2𝑐1𝑡 3 2 3 + 𝑐2 → 𝑣 = 𝑐3𝑡 3 2 + 𝑐2 Solução geral 𝑦 = 𝑣𝑦1 → 𝑦 = 𝑐3𝑡 3 2 + 𝑐2 𝑡 −1 𝑦 = 𝑐2 𝑡 + 𝑐3𝑡 1 2 Passo 7 Passo 8 152Helder Guerreiro Temos a equação de Euler: 2𝑡2𝑦′′ + 3𝑡𝑦′ − 𝑦 = 0 , 𝑡 > 0 Organizar 2𝑡2𝑦′′ + 3𝑡𝑦′ − 𝑦 = 0 → 𝑦′′ + 3 2𝑡 𝑦′ − 1 2𝑡2 𝑦 = 0 Derivadas 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 → 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑2𝑥 𝑑𝑡2 Simplificar nomenclatura 𝑦′ = 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝑦′′ = 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 Passo 1 Passo 2 Passo 3 153Helder Guerreiro Substituir 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑦′′ + 3 2𝑡 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑦′ − 1 2𝑡2 𝑦 = 0 Equação de Euler 𝑥 = ln 𝑡 → 𝑥′ = 1 𝑡 → 𝑥′′ = − 1 𝑡2 Substituir 1 𝑡 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 − 1 𝑡2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 3 2𝑡 1 𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 1 2𝑡2 𝑦 = 0 1 𝑡2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 − 1 𝑡2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 3 2𝑡2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 1 2𝑡2 𝑦 = 0 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 − 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 3 2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 1 2 𝑦 = 0 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 1 2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 − 1 2 𝑦 = 0 Passo 4 Passo 5 Passo 6 × 𝑡−2 154Helder Guerreiro Equação característica 𝜆2 + 1 2 𝜆 − 1 2 = 0 → 2𝜆2 + 𝜆 − 1 = 0 Raízes da equação 2𝜆2 + 𝜆 − 1 = 0 → 𝜆 = −1 ± 12 + 4 2 4 → 𝜆 + 1 𝜆 − 1 2 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑥 + 𝑐2𝑒 𝑥 2 Retornar valores 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑥 + 𝑐2𝑒 𝑥 2 → 𝑥 = ln 𝑡 → 𝑦 = 𝑐1𝑒 − ln 𝑡 + 𝑐2𝑒 1 2 ln 𝑡 𝑦 = 𝑐1 𝑡 + 𝑐2𝑡 1 2 Ambos lhe dão o mesmo resultado, analise os dois e veja qual deles você tem mais afinidade, mas é importante que você aprenda os dois métodos. Passo 7 Passo 8 Passo 9 155Helder Guerreiro Uma equação não homogenia é uma equação que não é igual a zero como descrita abaixo: 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 Se houver uma equação idêntica a essa só que igualada a zero, temos uma equação correspondente: 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 Para esse caso temos o desenvolvimento de teoremas que possam explicar uma maneira de resolver essas equações. Veja-os a seguir 156Helder GuerreiroSe 𝑦1 e 𝑦2 forem duas soluções de uma equação não homogenia, então a diferença 𝑦1 − 𝑦2 é uma solução de uma equação homogenia correspondente. 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 𝑎 𝑦1 ′′ − 𝑦2 ′′ + 𝑏 𝑦1 ′ − 𝑦2 ′ + 𝑐 𝑦1 − 𝑦2 = 0 𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1 − 𝑎𝑦2 ′′ + 𝑏𝑦2 ′ + 𝑐𝑦2 = 0 Temos que 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 𝑔 𝑡 − 𝑔 𝑡 = 0 157Helder Guerreiro A solução geral de uma equação não homogenia pode ser escrita na forma: 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑦1 𝑡 + 𝑐2𝑦2 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 Onde 𝑦1 e 𝑦2 constituem um conjunto fundamental de soluções de uma equação homogenia correspondente e 𝑦𝑝 𝑡 é uma solução particular da equação não homogenia. 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜 Pelo primeiro teorema se 𝑦𝑝 𝑡 é uma solução particular de uma equação não homogenia então 𝑦 𝑡 − 𝑦𝑝 𝑡 é a solução geral da equação homogenia. 𝑐1𝑦1 𝑡 + 𝑐2𝑦2 𝑡 são a solução geral da equação correspondente então temos: 𝑦 𝑡 − 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑐1𝑦1 𝑡 + 𝑐2𝑦2 𝑡 → 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑦1 𝑡 + 𝑐2𝑦2 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 158Helder Guerreiro O primeiro teorema serve de base para o segundo, o segundo teorema diz claramente como é que deve ser a solução geral de uma equação de segunda ordem não homogenia. 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑦1 𝑡 + 𝑐2𝑦2 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 Em laranja é a solução geral da equação correspondente da equação não homogenia, em azul é a solução particular da equação não homogenia. A solução geral de uma equação correspondente é simples de achar, basta usar as equações características. A solução particular de uma equação não homogenia deverá ser encontrada com os seguintes passos que serão apresentados. 159Helder Guerreiro Temos uma equação não homogenia 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 A solução particular 𝑦𝑝 deve ter a mesma característica da 𝑔 𝑡 , será como se fosse um chute, mas esse chute será somente da função como não sabemos qual o coeficiente que estará multiplicando a solução então simplesmente colocamos uma constante ao lado da função. 𝑔 𝑡 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑔 𝑡 Veja exemplos: 2𝑒−𝑡 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 −𝑡 cos 𝑡 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑐𝑜𝑠 𝑡 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 𝑡 7𝑡2 + 5 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 A função 𝑠𝑒𝑛 𝑡 e cos 𝑡 devem trabalhar juntar pois se somente uma delas estiver teremos um erro na conta. As funções polinomiais devem completar todos os seus graus na solução particular. 160Helder Guerreiro Com esse chute temos de substituir os valores na equação não homogenia, para isso devemos derivar a solução até a respectiva ordem da equação: 𝑦𝑝 = 𝐴𝑔 𝑡 𝑦𝑝 ′ = 𝐴𝑔′ 𝑡 𝑦𝑝 ′′ = 𝐴𝑔′′ 𝑡 Com isso temos: 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 → 𝑎(𝐴𝑔′′ 𝑡 ) + 𝑏(𝐴𝑔′ 𝑡 ) + 𝑐 𝐴𝑔 𝑡 = 𝑔 𝑡 Como está tudo com funções parecidas, elas podem somar entre si e até mesmo se cancelarem. Dessa forma o objetivo é encontrar esse coeficiente 𝐴, depois de organizar a soma usa-se da comparação de coeficientes com funções iguais dos dois lados da igualdade para montarmos um sistema, assim: 5𝐴𝑥 𝑡 − 2𝐵𝐿 𝑥 = 3𝑥 𝑡 + 3𝐿 𝑥 ቊ 5𝐴 = 3 −2𝐵 = 3 Outro exemplo 5𝐴 + 3𝐵 𝑥 𝑡 + 𝐴 − 2𝐵 𝐿 𝑥 = 3𝑥 𝑡 + 3𝐿 𝑥 ቊ 5𝐴 + 3𝐵 = 3 𝐴 − 2𝐵 = 3 Se uma função estivesse faltando do outro lado, os coeficientes seriam iguais a zero. 161Helder Guerreiro Quando os valores das constantes forem achados substituímos seus valores na forma original da solução particular: 𝑦𝑝 = 𝐴𝑔 𝑡 Depois de substituir a constante encontrada, basta adicionarmos esse valor à solução geral da equação correspondente completando assim o resultado final: 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 + 𝑦𝑝 162Helder Guerreiro 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 3𝑒2𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 0 𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = 3 ± 32 + 4.4 2 → ቊ 𝜆1 = −1 𝜆2 = 4 → 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 Solução particular 𝑔 𝑡 = 3𝑒2𝑡 → 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴𝑒 2𝑡 Derivadas 𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 2𝑡 → 𝑦𝑝 ′ = 2𝐴𝑒2𝑡 → 𝑦𝑝 ′′ = 4𝐴𝑒2𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 ℎ quer dizer homogenia 163Helder Guerreiro Substituir 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 3𝑒2𝑡 → 4𝐴𝑒2𝑡 − 6𝐴𝑒2𝑡 − 4𝐴𝑒2𝑡 = 3𝑒2𝑡 −6𝐴𝑒2𝑡 = 3𝑒2𝑡 Comparação de coeficientes −6𝐴𝑒2𝑡 = 3𝑒2𝑡 𝐴 = − 3 6 = − 1 2 𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 2𝑡 → − 1 2 𝑒2𝑡 Solução geral 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 − 1 2 𝑒2𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 164Helder Guerreiro 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 2 sen 𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 0 𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = 3 ± 32 + 4.4 2 → ቊ 𝜆1 = −1 𝜆2 = 4 → 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 Solução particular 𝑔 𝑡 = 2 sen 𝑡 → 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴 sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 Derivadas 𝑦𝑝 = 𝐴 sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 → 𝑦𝑝 ′ = 𝐴 cos 𝑡 − 𝐵 sen 𝑡 → 𝑦𝑝 ′′ = −𝐴 sen 𝑡 − 𝐵 cos 𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 ℎ quer dizer homogenia 165Helder Guerreiro Substituir 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 3𝑒2𝑡 −𝐴 sen 𝑡 − 𝐵 cos 𝑡 − 3 𝐴 cos 𝑡 − 𝐵 sen 𝑡 − 4 𝐴 sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 = 2 sen 𝑡 −𝐴 sen 𝑡 − 𝐵 cos 𝑡 − 3𝐴 cos 𝑡 + 3𝐵 sen 𝑡 − 4𝐴 sen 𝑡 − 4𝐵 cos 𝑡 = 2 sen 𝑡 −4𝐵 − 3𝐴 − 𝐵 cos 𝑡 + −4𝐴 + 3𝐵 − 𝐴 sen 𝑡 = 2 sen 𝑡 −5𝐵 − 3𝐴 cos 𝑡 + −5𝐴 + 3𝐵 sen 𝑡 = 2 sen 𝑡 Comparação de coeficientes −5𝐵 − 3𝐴 cos 𝑡 + −5𝐴 + 3𝐵 sen 𝑡 = 2 sen 𝑡 ቊ −3𝐴 − 5𝐵 = 0 −5𝐴 + 3𝐵 = 2 → 𝐴 = − 5 17 𝐵 = 3 17 𝑦𝑝 = 𝐴 sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 → − 5 17 sen 𝑡 + 3 17 𝐵 cos 𝑡 Solução geral 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 − 5 17 sen 𝑡 + 3 17 𝐵 cos 𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 166Helder Guerreiro 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 4𝑡2 − 1 Equação correspondente 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 0 𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = 3 ± 32 + 4.4 2 → ቊ 𝜆1 = −1 𝜆2 = 4 → 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 Solução particular 𝑔 𝑡 = 4𝑡2 − 1 → 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 Derivadas 𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 → 𝑦𝑝 ′ = 2𝐴𝑡 + 𝐵 → 𝑦𝑝 ′′ = 2𝐴 Passo 1 Passo 2 Passo 3 167Helder Guerreiro Substituir 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 4𝑡2 − 1 2𝐴 − 3 2𝐴𝑡 + 𝐵 − 4 𝐴𝑡2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 = 4𝑡2 − 1 −4𝐴𝑡2 − −4𝐵 + 6𝐴 𝑡 + 2𝐴 − 3𝐵 − 4𝐶 = 4𝑡2 − 1 Comparação de coeficientes −4𝐴𝑡2 − −4𝐵 + 6𝐴 𝑡 + 2𝐴 − 3𝐵 − 4𝐶 = 4𝑡2 − 1 ቐ −4𝐴 = 4 4𝐵 − 6𝐴 = 0 2𝐴 − 3𝐵 − 4𝐶 = −1 → 𝐴 = −1 𝐵 = 3 2 𝐶 = − 11 8 𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 → −𝑡2 + 3 2 𝑡 − 11 8 Solução geral 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 − 𝑡2 + 3 2 𝑡 − 11 8 Passo 4 Passo 5 Passo 6 168Helder Guerreiro 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 0 𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = 3 ± 32 + 4.4 2 → ቊ 𝜆1 = −1 𝜆2 = 4 → 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 Solução particular 𝑔 𝑡 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 → 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑒 𝑡 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡 Derivadas 𝑦𝑝 = 𝑒 𝑡 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡 → 𝑦𝑝 ′ = 𝑒𝑡 𝐴 + 2𝐵 cos 2𝑡 + 𝐵 − 2𝐴 sen 2𝑡 𝑦𝑝 ′′ = 𝑒𝑡 −3𝐴 + 4𝐵 cos 2𝑡 + −3𝐵 − 4𝐴 sen 2𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 169Helder Guerreiro Substituir 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 𝑒𝑡 −10𝐴 − 2𝐵 cos 2𝑡 + −10𝐵 + 2𝐴 sen2𝑡 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 𝑒𝑡 −10𝐴 − 2𝐵 cos 2𝑡 + 𝑒𝑡 −10𝐵 + 2𝐴 sen2𝑡 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 Comparação de coeficientes 𝑒𝑡 −10𝐴 − 2𝐵 cos 2𝑡 + 𝑒𝑡 −10𝐵 + 2𝐴 sen2𝑡 = −8𝑒𝑡 cos 2𝑡 ቊ −10𝐵 + 2𝐴 = 0 −2𝐵 − 10𝐴 = −8 → 𝐴 = 10 13 𝐵 = 2 13 𝑦𝑝 = 𝑒 𝑡 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡 → 𝑒𝑡 10 13 cos 2𝑡 + 2 13 sen 2𝑡 Solução geral 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 + 𝑒𝑡 10 13 cos 2𝑡 + 2 13 sen 2𝑡 Passo 4 Passo 5 Passo 6 𝑒𝑡 −3𝐴 + 4𝐵 cos 2𝑡 + −3𝐵 − 4𝐴 sen 2𝑡 − 3 𝑒𝑡 𝐴 + 2𝐵 cos 2𝑡 + 𝐵 − 2𝐴 sen 2𝑡 − 4 𝑒𝑡 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡 170Helder Guerreiro Se 𝑔 𝑡 = 𝑔1 𝑡 + 𝑔2 𝑡 e também 𝑦1 com 𝑦2 são soluções das equações:𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1 = 𝑔1 𝑡 𝑎𝑦2 ′′ + 𝑏𝑦2 ′ + 𝑐𝑦2 = 𝑔2 𝑡 Respectivamente, então 𝑦1 + 𝑦2 é uma solução da equação 𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝑔 𝑡 𝑎 𝑦1 ′′ + 𝑦2 ′′ + 𝑏 𝑦1 ′ + 𝑦2 ′ + 𝑐 𝑦1 + 𝑦2 = 𝑔 𝑡 𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1 + 𝑎𝑦2 ′′ + 𝑏𝑦2 ′ + 𝑐𝑦2 = 𝑔 𝑡 Como 𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1 = 𝑔1 𝑡 e 𝑎𝑦2 ′′ + 𝑏𝑦2 ′ + 𝑐𝑦2 = 𝑔2 𝑡 𝑔1 𝑡 + 𝑔2 𝑡 = 𝑔 𝑡 171Helder Guerreiro Se uma equação não homogenia tenha um 𝑔 𝑡 em parcelas (somas) você pode separar a equação principal na mesma quantidade de parcelas criando outras equações, cada uma com uma parte do 𝑔 𝑡 completo. 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 𝑒𝑡 + 𝑒−𝑡 → ൝ 𝑎𝑦1 ′′ + 𝑏𝑦1 ′ + 𝑐𝑦1 = 𝑒 𝑡 𝑎𝑦2 ′′ + 𝑏𝑦2 ′ + 𝑐𝑦2 = 𝑒 −𝑡 Cada uma dessas equações terá o seu método de resolução normal como foi ensinado nos exemplos anteriores, no final de tudo haverá a soma das soluções gerais das duas equações. Como a equação correspondente será a mesma para ambos os casos, soma-se somente as soluções particulares e se completa com a solução da equação correspondente. 172Helder Guerreiro 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 3𝑒2𝑡 + 2 sen 𝑡 − 8𝑒𝑡 cos 2𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 0 𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = 3 ± 32 + 4.4 2 → ቊ 𝜆1 = −1 𝜆2 = 4 → 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 Separação 𝑦′′ − 3𝑦′ − 4𝑦 = 3𝑒2𝑡 + 2 sen 𝑡 − 8𝑒𝑡 cos 2𝑡 → ൞ 𝑦1 ′′ − 3𝑦1 ′ − 4𝑦1 = 3𝑒 2𝑡 𝑦2 ′′ − 3𝑦2 ′ − 4𝑦2 = 2 sen 𝑡 𝑦3 ′′ − 3𝑦3 ′ − 4𝑦3 = −8𝑒 𝑡 cos 2𝑡 Passo 1 Passo 2 Essas equações já foram resolvidas antes, usaremos somente os seus resultados 173Helder Guerreiro Soluções particulares 𝑦𝑝1 = − 1 2 𝑒2𝑡 𝑦𝑝2 = − 5 17 sen 𝑡 + 3 17 𝐵 cos 𝑡 𝑦𝑝3 = 𝑒 𝑡 10 13 cos 2𝑡 + 2 13 sen2𝑡 Solução geral 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝1 + 𝑦𝑝2 + 𝑦𝑝3 𝑦 = 𝑐1𝑒 −𝑡 + 𝑐2𝑒 4𝑡 − 1 2 𝑒2𝑡 − 5 17 sen 𝑡 + 3 17 𝐵 cos 𝑡 + 𝑒𝑡 10 13 cos 2𝑡 + 2 13 sen 2𝑡 Passo 3 Passo 4 174Helder Guerreiro Quando nos deparamos com uma solução particular 𝑦𝑝 𝑡 parecida com a solução geral da homogênea 𝑦ℎ 𝑡 temos então um erro, lá na frente tudo se anulará e teremos o resultado zero. É como se fossem ondas (uma comparação), as duas ondas são idênticas, mas uma segue de uma forma e a segunda segue de outra, quando se encontram temos a interferência destrutiva acabando com a duas ondas, ou seja, zero. Vamos a um exemplo destrutivo para entender 175Helder Guerreiro 𝑦′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ + 4𝑦 = 0 𝜆2 + 4 = 0 → 𝜆 = 4𝑖 → 𝜆1 = 2𝑖 𝜆2 = −2𝑖 → 𝛼 = 0 𝛽 = 2 Solução geral 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1 cos 2𝑡 + 𝑐2 sen 2𝑡 Solução particular 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen2𝑡 Não esqueça que o positivo é o escolhido entre duas raízes imaginárias. Passo 1 Passo 2 Passo 3 176Helder Guerreiro Derivadas 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen2𝑡 𝑦𝑝 ′′ 𝑡 = −4𝐴 cos 2𝑡 − 4𝐵 sen2𝑡 Substituir 𝑦′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡 (−4𝐴 cos 2𝑡 − 4𝐵 sen2𝑡) + 4(𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡) = 3 cos 2𝑡 −4𝐴 cos 2𝑡 − 4𝐵 sen 2𝑡 + 4𝐴 cos 2𝑡 + 4𝐵 sen2𝑡 = 3 cos 2𝑡 0 = 3 cos 2𝑡 Perceba que paramos em lugar nenhum Passo 4 Passo 5 177Helder Guerreiro Você pode pensar que agora vamos utilizar ferramentas pesadas para calcular aquela coisa sem que no final tudo venha se anular. Mas não, a solução é simplesmente multiplicar a solução particular pela função mais simples possível, o polinômio. Esse polinômio pode ser simplesmente 𝑡 , após multiplica-lo na solução particular teremos uma diferença entre as soluções particular e homogenia e assim poderemos dar procedimento ao cálculo normal como já aprendemos. Infelizmente nem tudo são flores, com a multiplicação do polinômio as derivadas se tornarão extensas por causa da derivada do produto que irá aparecer toda vez. 178Helder Guerreiro 𝑦′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ + 4𝑦 = 0 𝜆2 + 4 = 0 → 𝜆 = 4𝑖 → 𝜆1 = 2𝑖 𝜆2 = −2𝑖 → 𝛼 = 0 𝛽 = 2 Solução geral da homogênea 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1 cos 2𝑡 + 𝑐2 sen 2𝑡 Solução particular 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen2𝑡 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 𝐵𝑡 sen 2𝑡 Passo 1 Passo 2 Passo 3 179Helder Guerreiro Derivadas 𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 𝐵𝑡 sen 2𝑡 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 𝐴 cos 2𝑡 − 2𝐴𝑡 sen2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡 + 2𝐵𝑡 cos 2𝑡 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 𝐴 + 2𝐵𝑡 cos 2𝑡 + (𝐵 − 2𝐴𝑡) sen 2𝑡 𝑦𝑝 ′′ 𝑡 = 2𝐵 cos 2𝑡 − 2 𝐴 + 2𝐵𝑡 sen 2𝑡 − 2𝐴 sen2𝑡 + 2 𝐵 − 2𝐴𝑡 cos 2𝑡 𝑦𝑝 ′′ 𝑡 = 4𝐵 − 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 − 4𝐴 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 Substituir 𝑦′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡 4𝐵 − 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 − 4𝐴 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 + 4 𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 𝐵𝑡 sen2𝑡 = 3 cos 2𝑡 4𝐵 − 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 − 4𝐴 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 + 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡 4𝐵 − 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 + −4𝐴 − 4𝐵𝑡 sen2𝑡 + 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡 4𝐵 cos 2𝑡 − 4𝐴 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡 Passo 4 Passo 5 Não precisamos dessa derivada, ela está aqui para mostrar a você o caminho das derivadas dessa solução. 180Helder Guerreiro Comparação de coeficientes 4𝐵 cos 2𝑡 − 4𝐴 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡 𝐴 = 0 𝐵 = 3 4 𝑦𝑝 𝑡 = 3 4 𝑡 sen2𝑡 Solução geral da não homogênea 𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑐1 cos 2𝑡 + 𝑐2 sen 2𝑡 + 3 4 𝑡 sin 2𝑡 Passo 6 Passo 7 181Helder Guerreiro Especulando um caso geral temos 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 𝑔 𝑡 , 𝑔 𝑡 ≠ 0 Uma equação não homogênea normal como a conhecemos. A variação de parâmetros nesse caso consiste em: a solução particular será a cópia da solução geral da homogênea, só que dessa vez os coeficientes constantes serão trocados por funções. Logo em seguida, sua derivada é igualada a zero. 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1𝑦1 + 𝑢2𝑦2 → 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 Vamos a estruturação do problema em forma de passo a passo 182Helder Guerreiro 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 𝑔 𝑡 , 𝑔 𝑡 ≠ 0 Equação correspondente 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 Método convencional, cada questão tem seu jeito de resolver a equação característica Solução geral da homogênea 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 Solução particular 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1𝑦1 + 𝑢2𝑦2 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 Não esqueça: 𝑢 são funções Passo 1 Passo 2 Passo 3 183Helder Guerreiro Derivadas 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1𝑦1 + 𝑢2𝑦2 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢1𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 + 𝑢2𝑦2 ′ Pela variação de parâmetros: 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 𝑢1𝑦1 ′ + 𝑢2𝑦2 ′ 𝑦𝑝 ′′ 𝑡 = 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢1𝑦1 ′′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ + 𝑢2𝑦2 ′′ Substituir 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢1𝑦1 ′′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ + 𝑢2𝑦2 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑢1𝑦1 ′ + 𝑢2𝑦2 ′ + 𝑞 𝑡 (𝑢1𝑦1 + 𝑢2𝑦2) = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢1𝑦1 ′′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ + 𝑢2𝑦2 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑢1𝑦1 ′ + 𝑝 𝑡 𝑢2𝑦2 ′ + 𝑞 𝑡 𝑢1𝑦1 + 𝑞 𝑡 𝑢2𝑦2 = 𝑔 𝑡 Isolando 𝑢1 e 𝑢2 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ + 𝑢1 𝑦1 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑦1 ′ + 𝑞 𝑡 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 ′′ + 𝑝 𝑡 𝑦2 ′ + 𝑞 𝑡 𝑦2 = 𝑔 𝑡 Essas equações são idênticas a equação correspondente, que é igual a zero 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ = 𝑔 𝑡 Passo 4 Passo 5 184Helder Guerreiro Sistema ቊ 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 Resolvendo por La Place ∆= 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ = 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ ∆1= 0 𝑦2 𝑔 𝑡 𝑦2 ′ = −𝑦2𝑔 𝑡 ∆2= 𝑦1 0 𝑦1 ′ 𝑔 𝑡 = 𝑦1𝑔 𝑡 Com isso temos: 𝑢1 ′ = − 𝑦2𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ = − 𝑦2𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 𝑢2 ′ = 𝑦1𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ = 𝑦1𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 Esse valor veio lá do início Passo 6 Esse cara é o Wronskiano185Helder Guerreiro Integrar 𝑢1 = −න 𝑦2𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ = −න 𝑦2𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 𝑢2 = න 𝑦1𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ = න 𝑦1𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 Solução geral da não homogenia 𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 + 𝑢1𝑦1 + 𝑢2𝑦2 Passo 7 Passo 8 186Helder Guerreiro Se você ama formulas, veja as formas que você pode resolver uma questão bem rapidamente: 𝑢1 = න 0 𝑦2 𝑔 𝑡 𝑦2 ′ 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ = −න 𝑦2𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 = −න 𝑦2𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ 𝑢2 = න 𝑦1 0 𝑦1 ′ 𝑔 𝑡 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ = න 𝑦1𝑔 𝑡 𝑊 𝑦1, 𝑦2 𝑡 = න 𝑦1𝑔 𝑡 𝑦1𝑦2 ′ − 𝑦2𝑦1 ′ Mas antes vamos resolver pelo método normal mesmo 187Helder Guerreiro 𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 2𝑒𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 0 𝜆2 − 5𝜆 + 6 = 0 → 𝜆 = 5 ± 52 − 4.6 2 → ቊ 𝜆1 = 3 𝜆2 = 2 Solução geral da homogênea 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1𝑒 3𝑡 + 𝑐2𝑒 2𝑡 Solução particular 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1𝑒 3𝑡 + 𝑢2𝑒 2𝑡 𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 188Helder Guerreiro Derivadas 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1𝑒 3𝑡 + 𝑢2𝑒 2𝑡 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 3𝑢1𝑒 3𝑡 + 𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 + 2𝑢2𝑒 2𝑡 𝑦𝑝 ′ 𝑡 = 3𝑢1𝑒 3𝑡 + 2𝑢2𝑒 2𝑡 𝑦𝑝 ′′ 𝑡 = 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 9𝑢1𝑒 3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 + 4𝑢2𝑒 2𝑡 Substituir 𝑦′′ − 5𝑦′ + 6𝑦 = 2𝑒𝑡 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 + 𝑢1 9𝑒 3𝑡 − 15𝑒3𝑡 + 6𝑒3𝑡 + 𝑢2 4𝑒 2𝑡 − 10𝑒2𝑡 + 6𝑒2𝑡 = 2𝑒𝑡 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 = 2𝑒𝑡 Passo 4 Passo 5 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 9𝑢1𝑒 3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 + 4𝑢2𝑒 2𝑡 − 5 3𝑢1𝑒 3𝑡 + 2𝑢2𝑒 2𝑡 + 6(𝑢1𝑒 3𝑡 + 𝑢2𝑒 2𝑡) = 2𝑒𝑡 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 9𝑢1𝑒 3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 + 4𝑢2𝑒 2𝑡 − 15𝑢1𝑒 3𝑡 − 10𝑢2𝑒 2𝑡 + 6𝑢1𝑒 3𝑡 + 6𝑢2𝑒 2𝑡 = 2𝑒𝑡 189Helder Guerreiro Sistema ൝ 3𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 2𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 = 2𝑒𝑡 𝑢1 ′ 𝑒3𝑡 + 𝑢2 ′ 𝑒2𝑡 = 0 → 𝑢1 = −𝑒 −2𝑡 𝑢2 = 2𝑒 −𝑡 𝑦𝑝 𝑡 = −𝑒 −2𝑡𝑒3𝑡 + 2𝑒−𝑡𝑒2𝑡 𝑦𝑝 𝑡 = −𝑒 𝑡 + 2𝑒𝑡 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑒 𝑡 Solução geral da não homogênea 𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑒 3𝑡 + 𝑐2𝑒 2𝑡 + 𝑒𝑡 Passo 6 Passo 7 190Helder Guerreiro 𝑦′′ + 𝑦 = t𝑔 𝑡 Equação correspondente 𝑦′′ + 𝑦 = 0 𝜆2 + 1 = 0 → 𝜆 = 1𝑖 → ቊ 𝜆1 = −𝑖 𝜆2 = 𝑖 → ቊ 𝛼 = 0 𝛽 = 1 Solução geral da homogênea 𝑦ℎ 𝑡 = 𝑐1 cos 𝑡 + 𝑐2 sen 𝑡 Solução particular 𝑦𝑝 𝑡 = 𝑢1 cos 𝑡 + 𝑢2 sen 𝑡 𝑢1 ′ cos 𝑡 + 𝑢2 ′ sen 𝑡 = 0 Passo 1 Passo 2 Passo 3 191Helder Guerreiro Sistema ቊ 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 → ቊ −𝑢1 ′ sen 𝑡 + 𝑢2 ′ cos 𝑡 = tg 𝑡 𝑢1 ′ cos 𝑡 + 𝑢2 ′ sen 𝑡 = 0 𝑢1 = න 0 𝑦2 𝑔 𝑡 𝑦2 ′ 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ = න − tg 𝑡 sen 𝑡 1 𝑢2 = න 0 𝑦2 𝑔 𝑡 𝑦2 ′ 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ = න sen 𝑡 1 Integrar 𝑢1 = න − tg 𝑡 sen 𝑡 1 = −න sen2 𝑡 cos 𝑡 = නcos 𝑡 𝑑𝑡 − නsec 𝑡 𝑑𝑡 = sen 𝑡 − ln sec 𝑡 − tg 𝑡 𝑢2 = නsen 𝑡 𝑑𝑡 = − cos 𝑡 Passo 4 Passo 5 192Helder Guerreiro 𝑦𝑝 𝑡 = sen 𝑡 − ln sec 𝑡 − tg 𝑡 cos 𝑡 − cos 𝑡 sen 𝑡 𝑦𝑝 𝑡 = − ln sec 𝑡 − tg 𝑡 cos 𝑡 Solução geral da não homogênea 𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ 𝑡 + 𝑦𝑝 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑐1 cos 𝑡 + 𝑐2 sen 𝑡 − ln sec 𝑡 − tg 𝑡 cos 𝑡 Passo 6 193Helder Guerreiro Perceba que sem usar a formula tivemos 7 passos; usando a formula, tivemos 6 passos. Então para não perder tempo decorando, aprenda o método comum, mas se você não se garante na derivada do produto, decore o método mecânico para resolver as variações. Você vai utilizar o método da Variação de Parâmetros quando ao tentar resolver uma equação por coeficientes indeterminados, você não consegue obter uma solução particular da equação, então o jeito é partir para a variação de parâmetro. A variação de parâmetro resolve QUALQUER equação ordinária de segunda ordem não homogênea. Você usa esse método quando uma equação foge do estilo: exponencial, polinomial e seno-cosseno. Após esses, encontrar uma solução particular se torna muito difícil. O método dos coeficientes indeterminados foge de integrais, mas a variação de parâmetros exige que você integre. 194Helder Guerreiro Estamos ferrados? Bom, de certa forma: sim. Tudo vai depender da forma maravilhosa como a questão será feita. Os passos iniciais são simples, de certa forma, mas logo em seguida temos a incrível tarefa de derivar a solução geral em relação a ordem da equação para encontrar os coeficientes da solução geral, por exemplo: se a equação for de ordem 4, temos que derivar três vezes. Resumindo, você irá resolver uma equação de ordem superior da mesma forma que uma equação de segunda ordem. Vamos a um exemplo. 195Helder Guerreiro 𝑦′′′′ + 𝑦′′′ − 7𝑦′′ − 𝑦′ + 6𝑦 = 0 , 𝑦 0 = 1 𝑦′ 0 = 0 𝑦′′ 0 = −2 𝑦′′′ 0 = −1 Equação característica 𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 Você sabe encontrar as raízes disso aí? Vamos lembrar do 3º ano do ensino médio Passo 1 196Helder Guerreiro O importante é ter uma primeira raiz, a qual será encontrada por tentativa, depois disso é tudo mecânico. Vamos testar o número 1: 𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 → 1 + 1 − 7 − 1 + 6 = 0 Parece que deu certo né? Então já temos a primeira raiz: 𝜆1 − 1 = 0 Após esse passo a divisão de polinômios é a saída para esse caso: Sendo 𝜆1 − 1 = 0, sua raiz é 1 e sendo o polinômio 𝜆 4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 . 1 1 1 . . −7 . −1 . 6 . O processo é simples: 1º Repita o primeiro coeficiente 2º Multiplique o coeficiente com a raiz 3° Some o resultado com o próximo coeficiente 4º Coloque o resultado abaixo do coeficiente somado 5º Repita o processo até terminar os coeficientes 6º O resultado abaixo da constante 6, se chama resto coeficientes 197Helder Guerreiro . 1 1 1 1 2 −7 −5 −1 −6 6 0 Dividindo Temos o resultado: 𝜆3 + 2𝜆2 − 5𝜆 − 6 = 0 Ainda temos problemas quanto ao achar as raízes desse polinômio, o jeito é encontrar mais uma raiz por tentativa e aí sim poderemos encontrar as raízes finais. Vamos testar o número -1: 𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 → 1 − 1 − 7 + 1 + 6 = 0 Com isso temos: 𝜆2 + 1 = 0 Prosseguindo a uma nova divisão: . 1 2 −1 1 1 −5 −6 −6 0 Polinômio dividido → 𝜆2 + 𝜆 − 6 = 0 198Helder Guerreiro Com isso podemos encontrar o resto das raízes: 𝜆2 + 𝜆 − 6 = 0 → 𝜆 = −1 ± 12 + 4.6 2 → 𝜆3 = 2 𝜆4 = −3 Juntando todas as raízes: 𝜆 − 1 𝜆 + 1 𝜆 − 2 𝜆 + 3 = 0 Solução geral 𝑦 = 𝑐1𝑒 𝑡 + 𝑐2𝑒 −𝑡 + 𝑐3𝑒 2𝑡 + 𝑐4𝑒 −3𝑡 Derivadas 𝑦 0 = 1 ; 𝑦′ 0 = 0 ; 𝑦′′ 0 = −2 ; 𝑦′′′ 0 = −1 𝑦 = 𝑐1𝑒 𝑡 + 𝑐2𝑒 −𝑡 + 𝑐3𝑒 2𝑡 + 𝑐4𝑒 −3𝑡 → 𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1 𝑦′ = 𝑐1𝑒 𝑡 − 𝑐2𝑒 −𝑡 + 2𝑐3𝑒 2𝑡 − 3𝑐4𝑒 −3𝑡 → 𝑐1 − 𝑐2 + 2𝑐3 − 3𝑐4 = 0 𝑦′′ = 𝑐1𝑒 𝑡 + 𝑐2𝑒 −𝑡 + 4𝑐3𝑒 2𝑡 + 9𝑐4𝑒 −3𝑡 → 𝑐1 + 𝑐2 + 4𝑐3 + 9𝑐4 = −2 𝑦′′′ = 𝑐1𝑒 𝑡 − 𝑐2𝑒 −𝑡 + 8𝑐3𝑒 2𝑡 − 27𝑐4𝑒 −3𝑡 → 𝑐1 − 𝑐2 + 8𝑐3 − 27𝑐4 = −1 Passo 2 Passo 3 199Helder Guerreiro Sistema 𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1 𝑐1 − 𝑐2 + 2𝑐3 − 3𝑐4 = 0 𝑐1 + 𝑐2 + 4𝑐3 + 9𝑐4 = −2 𝑐1 − 𝑐2 + 8𝑐3 − 27𝑐4 = −1 Resolvendo por Gauss 1 1 1 1 −1 2 1 1 1 −1 4 8 1 1 −3 0 9 −27 −2 −1 → 𝐿2 = 𝐿2 −𝑚2𝐿1 , 𝑚2 = 𝑎21 𝑎11 = 1 𝐿2 = 0 −2 1 −4 −1 1 1 1 0 −2 1 1 1 1 −1 4 8 1 1 −4 −1 9 −27 −2 −1 → 𝐿3 = 𝐿3 −𝑚3𝐿1 , 𝑚3 = 𝑎31 𝑎11 = 1 𝐿3 = 0 0 3 8 −3 Passo 4 200Helder Guerreiro . 1 1 1 0 −2 1 0 1 0 −1 3 8 1 1 −4 −1 8 −27 −3 −1 → 𝐿4 = 𝐿4 −𝑚4𝐿1 ,𝑚4 = 𝑎41 𝑎11 = 1 𝐿4 = 0 −2 7 −28 −2 1 1 1 0 −2 1 0 00 −2 3 7 1 1 −4 −1 8 −28 −3 −2 → 𝐿4 = 𝐿4 −𝑚4𝐿2 ,𝑚4 = 𝑎42 𝑎22 = 1 𝐿4 = 0 0 6 −24 −1 1 1 1 0 −2 1 0 0 0 0 3 6 1 1 −4 −1 8 −24 −3 −1 → 𝐿4 = 𝐿4 −𝑚4𝐿3 ,𝑚4 = 𝑎43 𝑎33 = 2 𝐿4 = 0 0 0 −40 5 𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1 0 − 2𝑐2 + 𝑐3 − 4𝑐4 = −1 0 + 0 + 3𝑐3 + 8𝑐4 = −3 0 − 0 + 0 − 40𝑐4 = 5 → 𝑐4 = − 1 8 , 𝑐3 = − 2 3 , 𝑐2 = 5 12 , 𝑐1 = 11 8 201Helder Guerreiro Solução geral 𝑦 = 11 8 𝑒𝑡 + 5 12 𝑒−𝑡 − 2 3 𝑒2𝑡 − 1 8 𝑒−3𝑡 Pode parecer muito complicado, mas com treino isso se torna prático, mas também existem questões desse tipo que pela sua forma de ser torna a resolução extremamente cansativa. Passo 5 202Helder Guerreiro Sumário 203Helder Guerreiro PRIMEIRA PARTE - Problema de valor inicial (PVI) - Variação de parâmetros - Variáveis separáveis - Equações diferencias exatas - Equação não exata para equação exata - Equações homogêneas - Trajetórias ortogonais - Equações de Riccati SEGUNDA PARTE - Equações lineares de segunda ordem - Equações de Bernoulli - Equações lineares de segunda ordem não linear sem o termo y - Equações lineares de segunda ordem não linear sem a variável independente t - Equações de coeficientes variáveis TERCEIRA PARTE - Redução de ordem - Método dos coeficientes indeterminados - Variação de parâmetros - Equações de ordem superior 204Helder Guerreiro Sumário 205Helder Guerreiro O bom e velho PVI, são constituídos de 7 passos: 1º Organizar → 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑞 𝑡 2º Fator integrante → 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 3° Multiplicar o fator integrante 4° Simplificar → 𝑑 𝑑𝑡 𝜇 𝑡 𝑦 5° Integrar → 𝜇 𝑡 𝑞 𝑡 6° Solução geral → 𝑦 = 1 𝜇 𝑡 𝜇 𝑡 𝑞 𝑡 7° Solução particular 206Helder Guerreiro São necessários 7 passos para a variação de parâmetros: 1° Variação de parâmetros → 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 0 2° Fator integrante → 𝜇 𝑡 = 𝑒 𝑝 𝑡 3° Multiplicar o fator integrante 4° Simplificar→ 𝑑 𝑑𝑡 𝜇 𝑡 𝑦 5° Integrar→ 0 = 𝑐 6° Solução geral → 𝑦 = 𝑐 𝜇 𝑡 → 𝑐′ 𝑡 = 𝑞 𝑡 𝜇 𝑡 7° Solução particular 207Helder Guerreiro As variáveis separáveis são bem simples, tem 3 passos: 1° Organizar → 𝑑𝑥 𝑑𝑦 = 𝑥 𝑦 2° Solução geral → 𝑑𝑥 𝑥 = 𝑑𝑦 𝑦 3° Solução particular 208Helder Guerreiro Umas das mais complicadinhas dos PVI’s, com 6 passos: 1° Organizar → 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 2° Teste do sistema → 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 3° Sistema → 𝐼 𝐷𝐼 ൞ 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑀 𝑥, 𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) 4° Função solução → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝜕Ψ 𝜕𝑥 + 𝜕Ψ 𝜕𝑦 5° Solução geral → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑐 6° Solução particular 𝐼 significa “Integrar” 𝐷𝐼 significa “Derivar” e “Integrar” nessa ordem. 209Helder Guerreiro Para casos diferentes temos 8 passos: 1° Organizar → 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 2° Fator integrante 𝜇 𝑥 = 𝑒 𝜕𝑀 𝜕𝑦 − 𝜕𝑁 𝜕𝑥 𝑁 , 𝜇(𝑦) = 𝑒 𝜕𝑁 𝜕𝑥 − 𝜕𝑀 𝜕𝑦 𝑀 3° Multiplicar fator integrante 4° Teste do sistema → 𝜕𝑀 𝜕𝑦 = 𝜕𝑁 𝜕𝑥 5° Sistema → 𝐼 𝐷𝐼 ൞ 𝜕Ψ 𝜕𝑥 = 𝑀 𝑥, 𝑦 𝜕Ψ 𝜕𝑦 = 𝑁(𝑥, 𝑦) 6° Função solução → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝜕Ψ 𝜕𝑥 + 𝜕Ψ 𝜕𝑦 7° Solução geral → Ψ 𝑥, 𝑦 = 𝑐 8° Solução particular 210Helder Guerreiro As equações homogeneas possuem 7 passos: 1° Organizar → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑦 𝑥 2° Teste → 𝑓 𝑡𝑥, 𝑡𝑦 = 𝑓 𝑥, 𝑦 3° Substituição → 𝑢 = 𝑦 𝑥 → 𝑦 = 𝑢𝑥 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝐹 𝑢 4° Variáveis separáveis → 𝑑𝑢 𝑢 = 𝑑𝑥 𝑥 5° Integrar → 𝑑𝑢 𝑢 = 𝑑𝑥 𝑥 6º Solução geral → 𝑢 = 𝑦 𝑥 7° Solução particular 211Helder Guerreiro O método para encontrar curvas tem 4 passos: 1° Derivada implícita → 𝑓 𝑥 = 𝑘 → 𝑓′ 𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑘 2° Inclinação da reta → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑘 𝑓′ 𝑥 3° Inclinação da segunda família → 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = − 𝑓′ 𝑥 𝑘 4° Variáveis separáveis 212Helder Guerreiro O último método de resolução de PVI’s tem 7 passos: 1° Testar → 𝑦1 , 𝑦1 ′ 2° Desenvolver solução geral → 𝑦 − 𝑦1 = 1 𝑣 → 𝑦 = 𝑦1 + 1 𝑣 3° Derivada implícita da solução geral → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑦1 ′ − 1 𝑣2 𝑑𝑣 𝑑𝑡 4° Substituir solução geral na equação 5° Organizar → 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑣 𝑡 6° Integrar → 𝑑𝑣 𝑣 = 𝑑𝑡 𝑡 7º Substituir v na solução geral 213Helder Guerreiro Sumário 214Helder Guerreiro O método mais simples consiste em 6 passos: 1° Solução geral → 𝑦 𝑡 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 2° Equação característica → 𝜆𝑛 + 𝑎𝜆𝑛−1 + 𝑏𝜆𝑛−2 +⋯+ 𝑐𝜆 + 𝑑 = 0 3° Raízes da equação → 𝜆 = −𝑏± 𝑏2−4𝑎𝑐 2𝑎 • ∆< 0 → 𝑦 = 𝑒𝛼𝑡 𝑘1 cos 𝛽𝑡 + 𝑘2 sen 𝛽𝑡 • ∆= 0 → 𝑦 = 𝑘1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2𝑡𝑒 𝜆𝑡 4° Aplicar dados 5° Sistema 6° Solução particular 215Helder Guerreiro As equações de Bernoulli, para equações diferentes, tem 6 passos, sendo o 5º a resolução de algo já citado antes (PVI): 1° Organizar → 𝑦′ + 𝑝 𝑡 𝑦 = 𝑦𝑛 2° Substituição → 𝑣 = 𝑦1−𝑛 → 𝑣′ = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′ 3° Multiplicar o polinômio → 1 − 𝑛 𝑦−𝑛 4° Nova equação → 𝑣′ + 𝑝 𝑡 𝑣 = 𝑞 𝑡 5° Resolução de PVI 6° Retornar valores → 𝑣 = 1 𝑦𝑛 → 𝑦𝑛 = 1 𝑣 216Helder Guerreiro Um caso específico de equações de segunda ordem, com 5 passos: 1° Organizar → 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 = 0 2° Substituir → 𝑣 = 𝑦′ , 𝑣′ = 𝑦′′ 3° Resolução de PVI 4° Retornar valores → 𝑣 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 5° Variáveis separáveis 217Helder Guerreiro Outro caso específico de equações de segunda ordem, com 5 passos: 1° Organizar → 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑣𝑛 = 0 2° Substituir e organizar → 𝑦′′ = 𝑣 𝑑𝑣 𝑑𝑦 →÷ 𝑣 → 𝑑𝑣 𝑑𝑡 + 𝑝 𝑡 𝑣1−𝑛 = 0 3° Resolução de PVI 4° Retornar valores → 𝑣 = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 5° Variáveis separáveis 218Helder Guerreiro Um dos mais complicados métodos tem 10 passos ou 5 passos se a formula for usada: 1° Organizar → 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 2° Derivadas → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 → 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2 + 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑2𝑥 𝑑𝑡2 3° Simplificar nomenclatura → 𝑦′ = 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 → 𝑦′′ = 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 4° Substituir na equação → 𝑥′ 2 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑝 𝑡 𝑥′ 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 5° Organizar → 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 + 𝑥′′+𝑥′𝑝 𝑡 𝑥′ 2 𝑑𝑦 𝑑𝑥 + 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 𝑦 = 0 6° Coeficientes constates → 𝑞 𝑡 = 𝑥′ 2 → 𝑥′ = 𝑞 𝑡 1 2 | 𝑥′′ = 1 2 𝑞 𝑡 − 1 2𝑞′ 𝑡 219Helder Guerreiro 7° Teste → 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 = 1 → 𝑥′′+𝑥′𝑝 𝑡 𝑥′ 2 = 1 2 𝑞 𝑡 − 1 2𝑞′ 𝑡 +𝑞 𝑡 1 2𝑞 𝑡 𝑞 𝑡 8° Substituir valores 9° Resolução de PVI 10° Retornar valores → 𝑥 = 𝑞 𝑡 1 2 𝑑𝑡 OU 1° Organizar→ 𝑦′′ + 𝑝 𝑡 𝑦′ + 𝑞 𝑡 𝑦 = 0 2° Formula → 𝑞 𝑡 𝑥′ 2 = 1 → 𝑥′′+𝑥′𝑝 𝑡 𝑥′ 2 = 𝑞′ 𝑡 +2𝑝 𝑡 𝑞 𝑡 2𝑞 𝑡 3/2 3° Substituir valores 4° Resolução de PVI 5° Retornar valores → 𝑥 = 𝑞 𝑡 1 2 𝑑𝑡 220Helder Guerreiro Sumário 221Helder Guerreiro A ramificação do caso das equações características de raiz única vem com 4 passos, sendo o 4° uma junção de passos já conhecidos: 1° Derivadas → 𝑦 = 𝑣𝑦𝑝 2° Substituir 3° Redução de ordem → 𝑢 = 𝑣′ | 𝑢′ = 𝑣′′ 4° Resolução de PVI 222Helder Guerreiro O método para as equações de segunda ordem não homogenias tem 8 passos: 1° Equação correspondente → 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 2° Solução geral da correspondente → 𝑦ℎ = 𝑐1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐2𝑒 𝜆𝑡 3° Soluçãoparticular da não homogenia 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 → ൞ 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝐴 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝐵 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 𝐶 𝑠𝑒 𝑦ℎ = 𝑦𝑝 → 𝑦𝑝 × 𝑡 4° Derivadas → 𝑦𝑝 → 𝑦𝑝 ′ → 𝑦𝑝 ′′ → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 𝑡 𝑦𝑝 = 𝐴 sin 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 𝑛 + 𝐵𝑡1−𝑛 +⋯+ 𝐶 223Helder Guerreiro 5° Substituir na equação não homogenia 6° Comparação de coeficientes 7° Sistema 8° Solução geral → 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 224Helder Guerreiro O segundo método para as equações de segunda ordem não homogenias tem 7 passos ou 5 com o uso de formulas: 1° Equação correspondente → 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 2° Solução geral da correspondente → 𝑦ℎ = 𝑐1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐2𝑒 𝜆𝑡 3° Solução particular da não homogenia→ 𝑦𝑝 = 𝑢1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑢2𝑒 𝜆𝑡 → 𝑢1 ′ 𝑒𝜆𝑡 + 𝑢2 ′ 𝑒𝜆𝑡 = 0 4° Derivadas → 𝑦𝑝 → 𝑦𝑝 ′ → 𝑦𝑝 ′′ 5° Substituir na equação não homogenia 6° Sistema → ቊ 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 7° Solução geral → 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 225Helder Guerreiro OU 1° Equação correspondente → 𝑎𝑦′′ + 𝑏𝑦′ + 𝑐𝑦 = 0 2° Solução geral da correspondente → 𝑦ℎ = 𝑐1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐2𝑒 𝜆𝑡 3° Solução particular da não homogenia→ 𝑦𝑝 = 𝑢1𝑒 𝜆𝑡 + 𝑢2𝑒 𝜆𝑡 → 𝑢1 ′ 𝑒𝜆𝑡 + 𝑢2 ′ 𝑒𝜆𝑡 = 0 4° Sistema → ቊ 𝑢1 ′𝑦1 ′ + 𝑢2 ′ 𝑦2 ′ = 𝑔 𝑡 𝑢1 ′𝑦1 + 𝑢2 ′ 𝑦2 = 0 → 𝑢1 = 0 𝑦2 𝑔 𝑡 𝑦2 ′ 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ 𝑢2 = 𝑦1 0 𝑦1 ′ 𝑔 𝑡 𝑦1 𝑦2 𝑦1 ′ 𝑦2 ′ 5° Solução geral → 𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 226Helder Guerreiro O último assunto de EDO tem os mesmos passos que uma simples resolução de uma equação linear de segunda ordem, mudando somente os cálculos que se tornam um pouco mais aprimorados: 1° Solução geral → 𝑦 𝑡 = 𝑘1𝑒 𝑡 + 𝑘2𝑒 −𝑡 2° Equação característica → 𝜆𝑛 + 𝑎𝜆𝑛−1 + 𝑏𝜆𝑛−2 +⋯+ 𝑐𝜆 + 𝑑 = 0 3° Raízes da equação 4° Aplicar dados 5° Sistema 6° Solução particular 227Helder Guerreiro Bom, chegamos ao fim do nosso passeio pelo inferno. Espero que tenha APRENDIDO e não decorado os passos para a prova e depois esquecer. Esse aprendizado é importante para a sua vida. Agradeço pela opção em estudar com a minha apostila, venha revê-la toda vez que tiver dúvidas. Tenho materiais a parte como listas resolvidas e EDO e esta apostila em forma de livro na rede social Passei Direto, os nomes das listas resolvidas para que você encontre no site são: EDO – Lista 1 Resolvida EDO – Lista 2 Resolvida EDO – Lista 4 Resolvida EDO – Lista 5 Resolvida Faça bom proveito das listas e espero que dê tudo certo no seu período, só tenho a agradecer a Deus por ter me dado forças e saúde para produzir esta apostila e ao Professor Carlos Wagner pelas suas aulas que me motivaram a criar esta apostila. Obrigado Helder Guerreiro, 26 de setembro de 2016. 228