Relatorio 2 Palitocóptero

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U n iv e rs i d ad e Fed e ra l d o R io G r and e do S u l 
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Br u n o Vi l emb e r g 
T h a l e s do N as c im en to 
P or to A l egr e , 27 d e S e t em b ro d e 2 01 6 
 
• FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nos tempos atuais não se pode mais pensar na produção em massa com 
má qualidade do produto, pois o mercado é exigente. Portanto as indústrias 
precisam buscar cada vez mais a sua excelência. 
Junto com o sucesso das grandes indústrias veio os investimentos em 
mão-de-obra qualificada para a contribuição da qualidade, mas surgiu também 
um novo pensamento em relação aos funcionários: o que as empresas poderiam 
fazer para melhorar o ambiente de trabalho? O que fazer para melhorar o 
desempenho do colaborador? 
Estas perguntas nos remetem há tempos em que condições de trabalho 
não eram favoráveis ao funcionário e o consumidor final não era tão exigente 
com o que iria comprar. Assim formando um conjunto de demandas que devem 
ser analisadas atualmente quando se trata da produção, pois se as empresas 
querem alto rendimento de seus funcionários, necessitam pensar em como está a 
ergonomia do funcionário em seu posto de trabalho para não ocasionar em 
futuros afastamentos. 
Com essas premissas se obtêm cada vez mais empresas com seu próprio 
núcleo de SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho) tendo além das NRs (Normas Regulamentadoras) como 
base também métodos aplicáveis à organização e ergonomia sendo um deles o 
chamado 5S’s ou Cinco Sensos “O programa 5 ‘S’ foi criado no Japão e 
adequado a língua portuguesa na forma de 5 sensos: de seleção, de ordenação, 
de limpeza, de saúde e de disciplina. Este programa objetiva principalmente 
promover a alteração do comportamento das pessoas, além de proporcionar total 
reorganização da empresa através da eliminação de materiais obsoletos, 
identificação de itens, execução constante de limpeza nos setores de trabalho, 
construção de um ambiente que proporcione saúde física e mental e manutenção 
da ordem ocasionada, preservando constantemente motivação para a realização 
de mudanças” (VIVAN, FRIES, ZANOTELLI - 1998) 
 
• INTRODUÇÃO 
Este é o 2° relatório do ciclo de produção do ‘Palitocóptero’, da 
disciplina de Introdução à Engenharia de Produção, ministrada pelo professor 
José Luis Duarte Ribeiro. Iremos comparar ao 1° ciclo produtivo e analisar as 
melhorias e metas atingidas com ênfases na produção, qualidade, ergonomia e 
organização. No 1° ciclo de produção foram produzidos apenas 8 
'Palitocópteros', visto que obtivemos em média 63% de aprovação no teste de 
qualidade, que pretendia avaliar a estabilidade de pouso do 'Palitocópteros' numa 
área de meio metro de diâmetro. Já no 2° ciclo, obtivemos uma produção 
bastante eficiente, foram produzidos 25 'Palitocópteros', e desses, 21 foram 
aprovados. Obtendo assim, uma média de aprovação de 84%, muito superior à 
que obtivemos no 1° ciclo de apenas 62%. Para melhorar a nossa produção, 
pensamos em como fazer para aumentar a velocidade da produção sem diminuir 
a qualidade, analisamos o processo de produção e separamos em etapas, 
confecção da asa, colocação da base, corte do material e etc. Para assim, avaliar 
qual era a mais demorada e qual das operações precisaria de mais atenção, foi 
observado que para o'Palitocóptero' ter um bom desempenho, precisaria de mais 
atenção do grupo na asa, porém para a base foi realizado um molde baseado no 
ângulo da posição de colocação dos palitos e na altura do projétil, seguindo as 
instruções estabelecidas pelo professor. 
• PRODUÇÃO 
Para este 2° ciclo produtivo foi acordado entre os participantes do 
grupo que o foco seria produzir mais e com uma qualidade superior à do 1° 
ciclo. Neste ciclo tínhamos o mesmo tempo(de 30 minutos) para a produção, 
porém, após com 1º ciclo obtivemos maior conhecimento de como seria a 
produção no 2º ciclo produtivo, assim utilizamos ferramentas que auxiliariam a 
montagem do produto. Os materiais utilizados para formar um ‘Palitocóptero’ 
foram: 4 palitos de dente (para a confecção da base), folha A4 (para a confecção 
da asa), fita adesiva,1 esfera de poliestireno 25mm e como instrumentos 
auxiliares tesoura, régua e caneta. 
Aplicando o conhecimento da Primeira Revolução Industrial, onde o 
objetivo era transformar matéria-prima em produtos a serem comercializados e 
para isso empregamos a força humana, maquinas e energias. Criamos moldes 
(figuras 1 e 2) para auxiliar na velocidade da produção. 
 
 
 Figura 1: Molde para confecção da base. Figura 2: Gabarito para confecção das assas. 
 
Com estes moldes obtemos maior eficiência durante a montagem da 
base e também da asa do ‘Palitocóptero’. A nossa demanda de tarefas foi 
distribuídas nos primeiros 20 minutos da seguinte forma: 
1° integrante: desenhava o desenvolvimento das assas com o auxilio de 
caneta e o gabarito de confecção em uma folha A4. 
2° integrante: Recortava as assas da folha A4 e as colocava um palito 
de sustentação. 
3° integrante: Montava a base do produto com auxílio do molde (figura 
1), 3 palitos e 1 bola de poliestireno. 
Após 20 minutos, todos os 3 integrantes começaram a finalizar os 
‘Palitocópteros’ colocando as asas na base e nos últimos 5 minutos revisamos 
eventuais erros cometidos. Sendo assim, após os 30 minutos a produção final foi 
de 25 ‘Palitocópteros’ e obtendo 200% á mais de produção em relação ao 1° 
ciclo de produção. 
• QUALIDADE 
O tema qualidade vem sendo cada vez mais enfatizado nas indústrias 
visto que desde 1951 prêmios importantes são entregues às empresas para 
reconhecimento da sua qualidade do produto no mercado, como o PNQ (Prêmio 
Nacional de Qualidade) atualmente um dos mais importantes e influentes no 
mercado. 
No 2° ciclo produtivo foi feito o mesmo teste de qualidade, em que o 
protótipo era solto de uma altura aproximadamente de 1,7 metros e teria que cair 
em pé num circulo de 50 cm de diâmetro. Foi observado que com a adesão do 
molde e gabarito da asa, obtivemos mais precisão na montagem, assim 
possuindo um percentual de 84% de qualidade em nossos produtos superando o 
1° ciclo que foi apenas 62,5%, ou seja, no 1° ciclo foram feitos 8 protótipos com 
5 aprovados no teste de qualidade, já no 2° ciclo foram feitos 25 protótipos com 
uma aprovação de 21. 
A melhora da qualidade nitidamente foi ocasionada por causa da 
organização dos integrantes e a confecção do molde e do gabarito. A única falha 
que obtivemos para não atingir 100% de qualidade foi novamente na montagem 
na asa. 
 
• MELHORAMENTO CONTÍNUO 
Pensando em melhorar continuamente o processo de produção, 
observamos o tempo que levamos para que cada atividade fosse concluída, 
assim obtivemos os tempos: 
 
Atividades Tempo 
1° desenhar com auxilio do gabarito as 
assas em uma folha A4. 
25 Segundos 
2° recortar as assas da folha A4 22 Segundos 
3° Fazer a base 12 Segundos 
4° Montagem final do protótipo 20 Segundos 
Tabela 1: Tempo de montagem 
 
Conforme a tabela 1 conclui-se que para chegar a uma alta eficiência 
seria preciso 1 minuto e 32 segundos para finalizar um protótipo, ou seja, com 
uma produção de 37 protótipos em 30 minutos. 
 
• ORGANIZAÇÃO 
 
A organização no posto de trabalho traz demasiadas vantagens ao seu 
desenvolvimento durante o dia de trabalho, pois com ela você possui mais 
agilidadee mobilidade em suas tarefas. Um dos programas que cada vez mais 
empresas aderem é o “5Ss” que têm por objetivo organizar seu local e ambiente 
de trabalho de forma que somente objetos de real uso fiquem a sua disposição. A 
ideia inicial do 5S é trabalhar cinco características fundamentais no seu 
ambiente de trabalho que às vezes passam despercebidas, o 5S possui como base 
as cinco palavras japonesas cujas iniciais formam o nome do programa são elas: 
• SEIRI (Senso de Seleção): Organizar os materiais de acordo 
com a frequência de utilização, assim deixando próximo apenas 
matérias de uso contínuo e os de uso corriqueiro em outro local, 
com isso ganha-se espaço, facilidade de limpeza e manutenção. 
• SEITON(Senso de Ordenação):É organizar as ferramentas 
necessárias de modo que o seu acesso seja facilitado para que 
sejam utilizadas com rapidez. Por exemplo, identificar gavetas, 
com este conceito se ganha tempo e facilidade de localização. 
• SEISO(Senso de limpeza): Eliminar do seu posto de trabalho 
sujeiras, poeiras, manchas, etc. Pois proporciona um ambiente 
agradável. 
• SEIKETSU(Senso de Padronização e Saúde): Desenvolver a 
padronizações em placas, cores, formas e etc. E também 
abrange o conceito de saúde verificando a ergonomia, a 
iluminação, a ventilação do local se está adequado. Assim, 
poderá reduzir acidentes, fazendo com que os funcionários 
fiquem satisfeitos. 
• SHITSUKE(Senso de Disciplina): melhorar constantemente, 
desenvolver a força de vontade, a criatividade e o senso crítico. 
Assim propiciando o crescimento pessoal e profissional, 
melhorando suas relações pessoais e facilitando a execução de 
tarefas. 
Observando os conceitos do programa “5S” podemos realizar uma 
comparação imediata com o momento da produção dos protótipos: 
• No SEIRI estávamos com todos os materiais necessários a 
disposição, mas também tínhamos materiais que não eram 
necessários no local. 
• No SEITON não organizamos os materiais adequadamente, 
atrapalhando no processo produtivo. 
• No SEISO, não estávamos descartando os resíduos de materiais 
que ficavam no local, assim no final obteve-se uma visão de má 
conservação e sujeira. 
• No SEIKETSU não estávamos verdadeiramente confortáveis, 
pois não tínhamos espaço de locomoção. 
• No SHITSUKE a disciplina foi o único conceito que atingimos 
neste ciclo, pois dividimos as tarefas de forma igualitária, assim 
nenhum integrante ficou sobrecarregado com a tarefa e todos 
poderiam opinar sobre as tarefas que estavam sendo realizadas. 
Após verificar as análises acima, conclui-se que precisamos melhorar 
em alguns aspectos, e colocá-los em prática no próximo ciclo. 
 
• ERGONOMIA 
Com o crescente surgimento de doenças adquiridas nos serviços 
repetitivos, começou a se pensar em métodos ergonômicos que facilitariam a 
eficácia do trabalhador sem prejudicar sua saúde. Criou-se uma Norma 
Regulamentadora de n° 17, chamada Ergonomia. “Esta Norma Regulamentadora 
visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho 
às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar 
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”(Redação dada pela 
Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990). 
A Associação Internacional de Ergonomia divide-se em três domínios 
de especialização que iremos analisar e comparar ao local de trabalho do 2° 
ciclo: 
• Ergonomia Física: Trabalha com as respostas do corpo humano 
à carga física. A produção dos ‘Palitocópteros’ não necessitou 
dos muito esforço físico, todos os integrantes estavam sentados 
confortavelmente e as tarefas foram subdivididas sem nenhuma 
sobrecarga de trabalho, no local tinham objetos como tesoura e 
palitos que poderiam ocasionar um acidente leve. 
• Ergonomia Cognitiva: Trata-se de processos mentais, como 
atenção. A produção dos ‘Palitocópteros’ necessitava de muita 
atenção por ter medidas e ângulos que precisavam ser exatos 
para não afetar a qualidade do produto. 
• Ergonomia Organizacional: Parte do pressuposto que todo o 
trabalho ocorre no âmbito de organizações. Nossa produção foi 
em grupo assim colocando em ênfase o conjunto dos processos 
para efetivação concreta e com sucesso dos ‘Palitocópteros’. 
 
• CONCLUSÃO 
 
Portanto, Estipulamos como meta para o 3° ciclo de produção superar a 
qualidade de 84% de aprovação no teste de qualidade e ter uma produção 
superior à do 2º ciclo, para esta meta se efetivar utilizaremos como base a 
agilidade, rapidez e atenção na fabricação do produto, em conjunto com o 
programa “5S”, que nos auxiliará na organização para a fabricação dos projéteis. 
Já observando as análises ergonômicas podemos definir os aspectos que 
devemos melhorar no 3° ciclo de produção, sendo eles: Não deixar o tempo pré-
estabelecido influenciar em nossa ergonomia cognitiva, ter cuidado com objetos 
pontiagudos para continuar com o índice zero de acidentes e procurar organizar 
mais o nosso posto de trabalho. Assim atingindo a excelência e o sucesso 
desejado no 3° ciclo de produção. 
 
• BIBLIOGRAFIA 
 
Ergonomia disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ergonomia 
>. Acesso em: 17 setembro 2016. 
 
NR 17 Ergonomia disponível em: 
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf > . Acesso em: 18 
de setembro de 2016. 
5 Sensos Bitencourt,Cláudia. O que é metodologia 5s e como ela é 
utilizada – Sobre Administração. Disponível em: 
http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-a-metodologia-5s-e-como-ela-e-
utilizada/ . Acesso em 18 de setembro de 2016. 
 
Artigo 1 ABRAÂO Julia - Ergonomia - modelo, metodos e técnicas, 
1993. Disponivel em: <http://bases.bireme.br/cgi-
bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&
nextAction=lnk&exprSearch=135865&indexSearch=ID >. Acesso em: 17 setembro de 
2016. 
 
Artigo 2 VIVAN Marcos Ântonio, FRIES Delsi, ZANOTELLI 
Teresinha Cladir - Implementação de um processo de qualidade a partir da 
metodologia do programa 5 “S”, 1998. Disponível em: 
http://bases.bireme.br/cgi-
bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS
&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=135865&indexSearch=ID Acesso em: 
 18 de setembro de 2016.