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Execução Trabalhista: Conceitos e Princípios

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Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Queridos alunos, 
 
Hoje, estudaremos o tema “execução”, que é muito abordado nos 
concursos para os Tribunais Regionais do Trabalho. 
 
Vamos ao estudo! 
 
Aula 06: Execução: execução provisória; execução por prestações 
sucessivas; execução contra a fazenda pública; execução contra a 
massa falida. Citação; depósito da condenação e da nomeação de bens; 
mandado e penhora; bens penhoráveis e impenhoráveis. Embargos à 
execução; impugnação à sentença; embargos de terceiro. Praça e leilão; 
arrematação; remição; custas na execução. 
 
6.1. Conceito de Execução: 
 
 “É a atividade jurisdicional do Estado, coercitiva, com o objetivo 
de compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida na 
sentença condenatória transitada em julgado ou em acordo 
judicial inadimplido ou em título executivo extrajudicial previsto 
em lei.” (Manoel Antônio Teixeira Filho). 
 
“É o conjunto de atos de atuação das partes e do juiz que tem em 
mira a concretização daquilo que foi decidido no processo de 
conhecimento.” (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
 
Para José Augusto Rodrigues Pinto (citado por Mauro Schiavi): “Executar 
é, no sentido comum, realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido 
jurídico, a palavra assume significado mais apurado, embora 
conservando a idéia básica de que, uma vez nascida, por ajuste entre 
particulares ou por imposição sentencial do órgão próprio do Estado a 
obrigação, deve ser cumprida, atingindo-se no último caso, 
concretamente, o comando da sentença que a reconheceu ou, no 
primeiro caso o fim para o qual se criou”. 
 
 
Processo do Trabalho TRT – RIO 
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Para Mauro Schiavi: “a execução trabalhista consiste num conjunto doe 
atos praticados pela justiça do trabalho destinados à satisfação de uma 
obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da 
competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo 
devedor, contra a vontade deste último”. 
O credor será denominado exeqüente e o devedor será denominado 
executado na fase de execução. A execução deverá ser processada pelo 
modo menos gravoso para o devedor/executado. 
As normas aplicáveis ao processo de execução são: 
� CLT (artigos 876/892) 
� Art. 13º da Lei 5.584/80(remição) 
� Lei 6.830/80 (art. 889 da CLT) 
� CPC 
� Lei 8009/90. 
6.2. Princípios aplicados à execução trabalhista: 
Os princípios da execução trabalhista não diferem dos princípios da 
execução no Processo Civil, entretanto, em face da natureza do crédito 
trabalhista e da hipossuficiência do credor trabalhista, alguns princípios 
adquirem intensidade mais acentuada na execução trabalhista, máxime 
os da celeridade, simplicidade e efetividade do procedimento. 
A) PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CREDOR TRABALHISTA: 
A execução trabalhista se faz no interesse do credor. Desse modo, todos 
os atos exevutivos devem convergir para satisfação do crédito do 
exeqüente. 
Art. 612 do CPC - Ressalvado o caso de insolvência do devedor, 
em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se 
a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o 
direito de preferência sobre os bens penhorados. 
 
 
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Na execução trabalhista, o presente princípio se destaca em razão da 
natureza alimentar do crédito trabalhista e da necessidade premente de 
celeridade do procedimento executivo. Por isso, no conflito entre normas 
que disciplinam o procedimento executivo, deve-se preferir a 
interpretação que favoreça o exeqüente. 
B) PRINCÍPIO DO MEIO MENOS ONEROSO PARA O EXECUTADO: 
O presente princípio está consagrado no art. 620 do CPC, que assim 
dispõe: 
Art. 620, do CPC: “Quando por vários meios o credor puder 
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo 
menos gravoso para o devedor”. 
O dispositivo representa característica da humanização da execução, 
tendo por escopo resguardar a dignidade da pessoa humana do 
executado. 
Omissa a CLT, a regra do art. Supra se mostra compatível com a 
execução trabalhista (arts. 769 e 889 da CLT) 
Somente quando a execução puder ser realizada por mais de uma 
modalidade, com a mesma efetividade para o credor, se preferirá o 
meio menos oneroso para o devedor. 
C) PRINCÍPIO DO TÍTULO: 
Segundo Carnellutti (citado por Mauro Schiavi): enquanto o processo de 
conhecimento se contenta com uma pretensão, entendida como vontade 
de submeter o interesse alheio ao próprio, bem mais exigente o 
processo executivo que reclamada, para sua instauração uma pretensão 
conforme o direito. 
Em outras palavras: O juiz no processo de execução, necessita de 
âncora explícita para ordenar atos executivos, e alterar a realidade em 
certos rumos, do mesmo modo que o construtor de edifícios sem o 
respectivo projeto não saberia como tocar o empreendimento. Como 
jamais se configurará a certeza absoluta em torno do crédito, a lei 
sufraga a relativa certeza decorrente de certo documento, que é o título. 
Faz o título prova legal ou integral do crédito. 
 
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A execução é nula sem título (nulla executio sine titulo), seja ele judicial 
ou extrajudicial. 
Dispõe o art. 586 do CPC: A execução para cobrança de crédito fundar-
se-á sempre em título executivo de obrigação certa, líquida e exigível. 
Os títulos trabalhistas que tem força executiva estão previstos no art. 
876 da CLT: 
Art. 876: As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando 
não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante 
o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação 
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão 
executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes 
e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos 
durante o período contratual reconhecido. 
O título a embasar a execução deve ser líquido, certo e exigível. 
* A certeza está no fato de o título não estar sujeito à alteração por 
recurso (judicial); ou que a lei confere tal qualidade, por revestir o título 
das formalidades previstas em lei (extrajudicial). 
* Exigível é o titulo que não está sujeito à condição ou termo. Ou seja, a 
obrigação consignada no título não está sujeita a evento futuro ou 
incerto (condição) ou a um evento futuro ou incerto (condição) ou a um 
evento futuro e certo (termo) 
* Líquido é o título que individualiza o objeto da execução (obrigação de 
entregar), ou da obrigação (fazer ou não fazer), bem como delimita o 
valor (obrigação de pagar). 
 
 
 
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D) PRINCÍPIO DA REDUÇÃO DO CONTRADITÓRIO: 
O contraditório na execução é limitado (mitigado), pois a obrigação já 
está constituída no título e deve ser cumprida: ou de forma espontânea 
pelo devedor ou mediante a atuação coativa do Estado, que se 
materializa no processo. 
No procedimento executivo, a premissa é a existência de posições 
jurídicas diversas- poder e sujeição-, com que a finalidade é obter – 
com o menor sacrifício possível do patrimônio do executado – a 
satisfação do direito exeqüendo. Certamente, haverá participação e 
atuação do réu, que tem o direito de ser ouvido dentro da perspectiva 
relativa à atuação da norma jurídica concreta. 
E) PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE: 
A execução não incide sobre a pessoa do devedor, e sim sobre seus 
bens. Tanto os bens presentes como os futuros do devedor são passíveis 
de execução. 
Art. 591 do CPC: Inexistindo sindicato, os percentuais previstos 
na alínea c do inciso I e na alínea d do inciso II do caput do art. 
589 desta Consolidação serão creditados à federação 
correspondente à mesma categoria econômica ou profissional. 
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os 
percentuais previstos nas alíneas a e b do inciso I e nas alíneas a 
e c do inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação caberão 
à confederação. 
A CF/88 prevê duas possibilidades de a execução incidir sobre a pessoa 
do devedor no art. 5º, LXVII: Não haverá prisão civil por dívida, salvo a 
do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Portanto, somente poderá 
haver prisão civil por dívida em duas hipóteses quais, sejam: a) 
depositário infiel e, b) devedor de obrigação alimentícia. 
Quanto ao depositário infiel: Não mais existe, no modelo normativo 
brasileiro, a prisão civil por infidelidade depositária independentemente 
da modalidade de depósito. O entendimento já pacificado foi reafirmado 
pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. 
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O ministro, ao acolher Habeas Corpus de um depositário voluntário 
contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, citou vários precedentes 
da corte. Dentre eles, o julgamento do HC 92.566/SP, de relatoria do 
ministro Marco Aurélio, que declarou expressamente revogada a Súmula 
619 da corte. A súmula autorizava a decretação da prisão civil do 
depositário judicial no próprio processo em que se constituiu o encargo, 
independentemente do prévio ajuizamento da ação de depósito. 
Por ter havido adesão ao Pacto de São José da Costa Rica, que permite 
a prisão civil por dívida apenas na hipótese de descumprimento 
inescusável de prestação alimentícia, não é cabível a prisão civil do 
depositário, qualquer que seja a natureza do depósito. 
F) PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE: 
Segundo Chiovenda (citado por Mauro Schiavi): O processo precisa ser 
apto a dar a quem tem um direito na medida do que for praticamente 
possível tudo aquilo a que tem direito e precisamente aquilo a que tem 
direito. 
Há efetividade da execução trabalhista quando ela é capaz de 
materializar a obrigação consagrada no título que tem força executiva, 
entregando, no menor prazo possível, o bem da vida ao credor ou 
materializando a obrigação consagrada no título. Desse modo, a 
execução deve ter o máximo resultado com o menor despêndio de atos 
processuais. 
Conforme destaca Araken de Assis, é tão vem sucedida a execução 
quando entrega rigorosamente ao exequente o vem perseguido, objeto 
da prestação inadimplida, e seus consectários, ou obtém o direito 
reconhecido no titulo executivo. Este há de ser o objeto fundamental de 
toda e qualquer reforma a função jurisdicional executiva, favorecendo a 
realização do crédito. 
G) PRINCÍPIO DA UTILIDADE: 
Como corolário do princípio da efetividade, temos o princípio da utilidade 
da execução. Por este princípio nenhum ato inútil, a exemplo de 
penhora de bens de valor insignificante, (art. 659, §2º, do CPC), poderá 
ser consumado. 
 
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Desse modo, deve o Juiz do Trabalho racionalizar os atos processuais na 
execução, evitando a prática de atos inúteis ou que atentem contra a 
celeridade e o bom andamento processual. 
H) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: 
O credor tem a disponibilidade de prosseguir ou não com o processo 
executivo. Nesse sentido, o artigo 569, “caput” do CPC diz que o credor 
tem a faculdade de desistir da execução sem anuência do devedor. 
De outro lado, no Processo do Trabalho, considerando-se os princípios 
da irrenunciabilidade de direitos trabalhista e a hipossuficiência do 
trabalhador, deve o Juiz do Trabalho ter cuidado redobrado ao 
homologar eventual desistência da execução por parte do credor 
trabalhista, devendo ser ouvir o reclamante, e se convencer de que a 
desistência do crédito espontânea. 
I) PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA EXECUÇÃO TRABALHISTA: 
Em razão do caráter publicista do processo do trabalho e do relevante 
interesse social envolvido na satisfação do crédito trabalhista, a 
moderna doutrina tem defendido a existência do princípio da função 
social da execução trabalhista. 
Desse modo, deve o Juiz do Trabalho direcionar a execução no sentido 
de que o exeqüente, efetivamente, receba o bem da vida pretendido de 
forma célere e justa, e que as atividades executivas sejam razoáveis no 
sentido de que somente o patrimônio do próprio devedor seja atingido, 
preservando-se sempre a dignidade tanto da pessoa humana do 
exeqüente como do executado. 
J) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: 
O Processo do Trabalho permite que as regras do direito processual 
comum sejam aplicadas na execução trabalhista, no caso de lacuna da 
legislação processual trabalhista e compatibilidade com os princípios que 
regem a execução trabalhista. 
 
 
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O artigo 769, da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsidiária 
do Direito Processual Comum ao Processo do Trabalho, com a seguinte 
redação: Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título. 
Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a 
aplicação do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho: 
a) omissão da CLT, ou seja, quando a CLT, ou a legislação processual 
extravagante não disciplina a matéria; 
b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. 
Vale dizer: a norma do CPC além de ser compatível com as regras que 
regem o Processo do Trabalho, deve ser compatível com os princípios 
que norteiam o Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do 
trabalhador à Justiça. 
Na fase de execução trabalhista, em havendo omissão da CLT, aplica-se 
em primeiro plano a Lei de Execução Fiscal (6830/80) e, 
posteriormente, o Código de Processo Civil. 
Entretanto, o artigo 889, da CLT deve ser conjugado com o artigo 769 
consolidado, pois somente quando houver compatibilidade com os 
princípios que regem a execução trabalhista, a Lei 6830/80 pode ser 
aplicada. 
Atualmente, na execução trabalhista, há um desprestígio da aplicação 
da Lei 6830/80 em razão da maior efetividade do Código de Processo 
Civil em muitos aspectos. De outro lado, a Lei dos Executivos Fiscais 
que disciplina a forma de execução por título executivo extrajudicial, 
não foi idealizada para o credor trabalhista o qual, na quase totalidade 
das vezes, executa um titulo executivo judicial e, por isso, a sua 
reduzida utilização na execução trabalhista. 
 
 
 
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L) PRINCÍPIO DA AUSÊNCIA DE AUTONOMIA DA EXECUÇÃO 
TRABALHISTA: 
Aindahá na doutrina hodierna opiniões no sentido de eu a execução 
trabalhista é um processo autônomo e não uma fase do procedimento. 
Em prol deste entendimento, há o argumento no sentido de que a 
execução trabalhista começa pela citação do executado, conforme 
dispõe o art. 880 da CLT. 
Na verdade, para os títulos executivos judiciais, a execução trabalhista 
nunca foi na prática, considerada um processo autônomo, que se inicia 
por petição inicial e se finaliza com a sentença. Costumeiramente, 
embora a liquidação não seja propriamente um ato de execução, as 
Varas do Trabalho consideram o início do cumprimento da sentença 
mediante despacho para o autor apresentar os cálculos de liquidação e, 
a partir daí, a Vara do Trabalho promove de ofício (art. 878 da CLT), 
sem necessidade de o credor entabular petição inicial. 
A execução trabalhista prima pela simplicidade, celeridade e efetividade, 
princípios estes que somente podem ser efetivados entendendo-se a 
execução como fase do processo e não como um novo processo formal, 
que começa com a inicial e termina com uma sentença. 
No processo civil, por meio da Lei 11323/05, foi abolido o processo de 
execução, criando a fase do cumprimento da sentença. Desse modo, a 
execução passa a ser mais uma fase do processo, e não um processo 
autônomo que começa com a inicial e termina com a sentença. 
No nosso sentir diante dos novos rumos do processo civil ao abolir o 
processo de execução, e dos princípios constitucionais da duração 
razoável do processo e efetividade, consagrados pela EC 45/04, 
pensamos que não há mais motivos ou argumentos para sustentar a 
autonomia da execução no processo do trabalho. 
 
 
 
 
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A execução trabalhista constitui fase do processo, pelos seguintes 
argumentos: 
a) Simplicidade e celeridade do procedimento 
b) A execução pode se iniciar de ofício (art. 878 da CLT) 
c) não há petição inicial na execução trabalhista por título executivo 
judicial 
d) princípios constitucionais da duração razoável do processo efetividade 
e) acesso à justiça e efetividade da jurisdição trabalhista 
M) PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: 
Em razão do relevante aspecto social que envolve a satisfação do 
crédito trabalhista, a hipossuficiência do trabalhador e a existência do 
jus postulandi no processo do trabalho (art. 791 da CLT), a CLT 
disciplina, no art. 878, a possibilidade de o Juiz do Trabalho iniciar e 
promover os atos executivos de ofício. 
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou 
Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais 
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho. 
6.3. Títulos Executivos: Os títulos executivos que podem ser 
executados na Justiça do Trabalho estão elencados no art. 876 da CLT. 
Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 
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 Parágrafo único. Serão executadas ex officio as 
contribuições sociais devidas em decorrência de decisão 
proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de 
condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os 
salários pagos durante o período contratual reconhecido. 
As contribuições sociais, a que se refere o parágrafo único do art. 876 
da CLT, são as parcelas previdenciárias que incidirão nas verbas de 
natureza salarial que são deferidas na sentença ou transacionadas nos 
acordos celebrados e homologados em juízo. 
A doutrina faz uma distinção entre títulos executivos judiciais e títulos 
executivos extrajudiciais, que vocês poderão observar no quadro abaixo. 
Títulos Executivos Judiciais 
� A sentença transitada em 
julgado; 
� A sentença sujeita a recurso 
desprovido de efeito 
suspensivo; 
� Acordos judiciais não 
cumpridos. 
Títulos Executivos 
Extrajudiciais 
 
� Termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
firmados pelo Ministério 
Público do Trabalho; (TAC) 
� Termo de Conciliação 
firmados pela Comissão de 
Conciliação Prévia. (TCCCP) 
 
 
Os únicos títulos executivos extrajudiciais que podem ser executados na 
Justiça do trabalho são; o termo de ajustamento de conduta firmado 
perante o MPT e o termo de conciliação firmado nas Comissões de 
conciliação prévia. Ambos são firmados fora do Poder Judiciário, ou seja, 
fora de um processo de conhecimento que dará origem a uma sentença 
(título executivo judicial). 
Portanto, como não há um juiz anterior que julgou a matéria a 
competência para executá-lo será do juiz que seria competente para 
julgar a matéria caso houvesse um processo de conhecimento, ou seja, 
caso as partes não passassem pelo MPT e nem pela CCP. 
 
 
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(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Compete à 
Justiça do Trabalho a execução dos termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho, os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
e, ex officio, as contribuições sociais devidas em decorrência de 
decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes 
de condenação ou homologação de acordo judicial. CERTA 
 
É importante lembrar que os cheques, as notas promissórias, as 
duplicatas, etc. não são títulos executivos extrajudiciais que possam ser 
executados na Justiça do Trabalho. 
Art. 877-A da CLT - É competente para a execução de 
título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o 
processo de conhecimento relativo à matéria. (Título Executivo 
Extrajudicial) 
Art. 877 da CLT - É competente para a execução das 
decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou 
julgado originariamente o dissídio. (Título Executivo Judicial) 
6.4. Execução Provisória: A execução do título executivo judicial pode 
ser provisória ou definitiva. 
 
A execução definitiva é aquela que tem por base uma sentença 
transitada em julgado ou um título executivo extrajudicial. Já a 
execução provisória é aquela que ocorrerá quando o título executivo 
judicial estiver sendo objeto de recurso recebido no efeito devolutivo 
(art. 899 da CLT). Assim, a execução provisória será possível quando 
uma sentença condenatória não houver transitado em julgado. 
 
O art. 769 da CLT permite a aplicação subsidiária do art. 475 - O, 
parágrafo 3º do CPC ao processo do trabalho, que estabelece a 
obrigação do exeqüente ao requerer a execução provisória de instruir o 
processo com os documentos necessários para a formação da carta de 
sentença. 
 
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A Carta de sentença são os autos que se formam para o processamento 
da execução provisória. A Legitimidade Ativa para promover a execução 
está prevista no art. 878 da CLT que assim dispõe “qualquer interessado 
ou de ofício pelo juiz ou presidente do tribunal competente”. 
Art. 878 da CLT A execuçãopoderá ser promovida por 
qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou 
Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo 
anterior. 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais 
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria 
da Justiça do Trabalho. 
O art. 878 da CLT ao mencionar a expressão “qualquer interessado” 
deverá ser interpretado da seguinte forma: a execução poderá ser 
processada pelo credor, pelo devedor e pelos seguintes legitimados: a) 
espólio, herdeiros ou sucessores do credor; b) o cessionário quando o 
direito do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; c) o 
sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
O Ministério Público do Trabalho terá legitimidade para promover a 
execução, dentre outras hipóteses, nos casos de existência de títulos 
executivos judiciais, em funções de ações promovidas originariamente 
pelo parquet laboral, como por exemplo, a Ação Civil pública e no caso 
de execução do título executivo extrajudicial denominado termo de 
compromisso de ajustamento de conduta. 
 
6.5.. Execução por Prestações Sucessivas: Por prestações 
sucessivas devemos entender as obrigações contínuas que se sucedem 
no tempo ou as que sejam de trato sucessivo. 
 
Os doutrinadores citam como exemplo de prestações de trato sucessivo 
o pagamento de salário decorrente de um contrato de trabalho, pois a 
obrigação de pagar salário renova-se mês a mês até que ocorra a 
terminação contratual. 
 
 
 
 
 
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Art. 890 da CLT - A execução para pagamento de 
prestações sucessivas far-se-á com observância das normas 
constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas 
neste Capítulo. 
 
A execução para o pagamento de uma prestação sucessiva poderá ser 
por tempo determinado (art. 891 da CLT) e por tempo indeterminado 
(art. 892 da CLT). Na execução para o pagamento de uma prestação 
sucessiva por tempo determinado, citamos como exemplo o acordo 
celebrado em dez parcelas, neste ocorrerá o vencimento antecipado de 
todas as parcelas pelo simples inadimplemento, independentemente do 
acordo prever tal cláusula. 
 
Art. 891 da CLT - Nas prestações sucessivas por tempo 
determinado, a execução pelo não-pagamento de uma prestação 
compreenderá as que lhe sucederem. 
 
Ao passo que, na execução de uma prestação sucessiva por tempo 
indeterminado podemos citamos o exemplo dado por Carlos Henrique 
Bezerra Leite de um contrato de trabalho cujas prestações obrigacionais 
são de trato sucessivo e que este ainda se encontra em plena vigência, 
como por exemplo, quando a sentença exeqüenda determina a 
obrigação do devedor de pagar diferenças salariais que serão devidas 
até o momento em que a execução se inicia. 
Art. 892 da CLT - Tratando-se de prestações sucessivas por 
tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias 
devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas 
agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do 
Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da 
Previdência Social, dele se fazendo constar o número do 
processo. § 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a 
comprovação do ajuste, ficando a execução da contribuição 
social correspondente suspensa até a quitação de todas as 
parcelas. 
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 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os 
recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
6.6. Execução contra a Fazenda Pública: A expressão “Fazenda 
Pública” abrange as pessoas jurídicas de direito público interno, como a 
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as Autarquias e as 
Fundações Públicas. Os bens destes entes são impenhoráveis e 
imprescritíveis. Assim, eles serão citados para embargar a execução em 
30 dias e não para pagar ou nomear bens à penhora como as pessoas 
jurídicas de direito privado e as pessoas físicas ou naturais. 
6.7. Execução contra a Massa Falida: A nova lei de falências (Lei 
11.101/05) estabelece que a falência decretação da falência da empresa 
suspenderá as execuções em face do devedor falido. 
 
Há divergências doutrinárias em relação à competência da Justiça do 
Trabalho para processar a execução contra a massa falida. Há pelo 
menos três posicionamentos divergentes, os quais não abordarei neste 
curso, uma vez que o nosso foco são as provas objetivas dos concursos 
dos Tribunais. 
 
6.8 Do depósito da condenação e da nomeação de bens e do 
Mandado de citação e Penhora: Nos termos do art. 880 da CLT, 
quando a parte requerer a execução o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado para que este 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo estabelecido, pelo modo e sob 
as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o 
faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de 
penhora. 
 
A citação será feita pelos oficiais de justiça, sendo feita pessoalmente ao 
executado. Somente poderá ser realizada através e Edital quando o 
executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e 
oito) horas, não for encontrado. Neste caso o Edital será publicado no 
jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Vara de Trabalho ou 
Juízo, durante 5 (cinco) dias. O mandado de citação deverá conter a 
decisão exeqüenda ou o termo de acordo não cumprido. 
 
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Assim, que a citação for realizada nos moldes do art. 880 da CLT o 
executado poderá pagar na forma do art. 881 da CLT, depositar em 
juízo o valor com o objetivo de garantir o juízo para a interposição de 
embargos à execução ou oferecer bens à penhora para a garantia do 
juízo e futura oposição, também de embargos à execução. 
Art. 881 da CLT - No caso de pagamento da importância 
reclamada, será este feito perante o escrivão ou chefe de 
secretaria, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, 
assinadas pelo exeqüente, pelo executado e pelo mesmo 
escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a segunda via ao 
executado e juntando-se a outra ao processo. Parágrafo único - 
Não estando presente o exeqüente, será depositada a 
importância, mediante guia, em estabelecimento oficial de 
crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. 
Art. 882 da CLT - O executado que não pagar a importância 
reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da 
mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou 
nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial 
estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil. 
O executado deverá observar a ordem de bens do art. 655 do CPC para 
a nomeação de bens à penhora, uma vez que o art. 882 da CLT assim 
estabelece. 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Não fere 
direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina 
penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para 
garantir crédito exequendo, uma vez que obedece à gradação 
prevista no art. 655 do CPC. CERTA 
 
 
 
 
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Art. 655 do CPC A penhora observará preferencialmente a seguinte 
ordem: 
I. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira; 
II. veículos de via terrestre; 
III. bens móveis em geral; 
IV. bens imóveis; 
V. navios e aeronaves; 
VI. ações e quotas de sociedades empresárias; 
VII. percentual de faturamento da empresa devedora; 
VIII. pedras e metais preciosos; 
IX. títulos da dívida pública da União, Estado, DF com cotação em 
mercado; 
X. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
 XI. outros direitos. 
Em provas de concursos costuma ser cobrada a Orientação 
Jurisprudencial 59 da SDI-II do TST que estabelece que carta de fiança 
bancária equivale a dinheiro. Assim, entre a carta de fiança bancária e 
um navio a ordem preferencial será para a carta de fiança bancária, 
uma vez que ela equivale a dinheiro que na ordem legal é o primeiro do 
rol do art. 655 do CPC. 
Art. 883 da CLT - Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem 
ao pagamento da importância da condenação, acrescida de 
custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos 
a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
 
OJ 93 SDI2 TST É admissível a penhora sobre a renda mensal ou 
faturamento de empresa, limitada a determinado percentual, desde que 
não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. 
 
 
 
 
 
 
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6.9. Dos bens penhoráveis e impenhoráveis: 
Os bens impenhoráveis são os dispostos no art. 649 do CPC, aplicado 
subsidiariamente ao Processo do Trabalho, os bens de família da Lei 
8009/90, como já falamos anteriormente, os bens públicos. 
Os bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis 
e são os seguintes: 
a) os bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário não 
sujeito à execução; 
b) os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a 
residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem 
as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
c) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor; 
d) os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, 
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os 
honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste 
artigo; 
e) os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de 
qualquer profissão; 
f) o seguro de vida; 
g) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas; 
h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família; 
i) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para 
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
j) até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia 
depositada em caderneta de poupança. 
l) os recursos públicos do fundo partidário recebidosm, nos termos 
da lei, por partido político. 
 
 
 
 
 
 
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6.10. Do bem de família (Lei 8009/90): A Lei 8009/90 assegura a 
impenhorabilidade do imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade 
familiar, estabelecendo que tal imóvel não responderá por qualquer tipo 
de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários e nele residam. 
 
Considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela 
entidade familiar para moradia permanente. Na hipótese de o casal, ou 
entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como 
residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se 
outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis. 
 
Não se beneficiará do benefício da Lei 8009/90 aquele que, sabendo-se 
insolvente, adquirir de má-fé imóvel mais valioso para transferir a 
residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. 
 
A impenhorabilidade será oponível em qualquer processo de execução 
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se 
movido: 
� em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e 
das respectivas contribuições previdenciárias; 
� pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à 
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e 
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
� pelo credor de pensão alimentícia; 
� para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e 
contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
� para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como 
garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; 
� por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução 
de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização 
ou perdimento de bens. 
� por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
 
 
 
 
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É importante frisar que a impenhorabilidade compreenderá o imóvel 
sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias 
de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso 
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. 
Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de 
arte e adornos suntuosos. 
 
Quando o imóvel for locado, a impenhorabilidade aplicar-se-á aos bens 
móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de 
propriedade do locatário. 
 
Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a 
impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos 
bens móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à 
área limitada como pequena propriedade rural. 
6.11. Dos embargos à execução: Embargos à execução, ou embargos 
do executado ou, ainda embargos do devedor é uma ação na qual o 
executado será o autor e o exeqüente será o réu com o objetivo de 
anular ou reduzir a execução. Assim, o executado tem por objetivo ao 
embargar a execução, a desconstituição do título em que ela se funda, e 
por conseqüência a sua extinção, seja total ou parcialmente. 
 
O executado terá o prazo de 5 dias contados da data da intimação da 
penhora para opor embargos à execução, desde que garanta a execução 
ou os bens sejam penhorados. 
 
O prazo de 5 dias para o executado apresentar embargos e igual prazo 
para exeqüente, impugná-lo ou de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 
30 da lei 6.830/80). 
 
DICA: Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se 
ao processo do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento 
de embargos à execução. 
⇒ Quando o executado for a fazenda pública o prazo para opor 
embargos à execução será de 30 dias. 
⇒ Caso o devedor não esteja no local da penhora o oficial irá 
proceder ao arresto dos bens, sendo dada ciência ao devedor 
depois de ele ter sido efetivado. 
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⇒ Somente ocorrerá ordem de arrombamento se o devedor estiver 
ocultando-se para impedir que a penhora seja realizada. 
 
Art. 884 da CLT - Garantida a execução ou penhorados os 
bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, 
cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá 
o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus 
depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a 
qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual 
direito e no mesmo prazo. 
 § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as 
impugnações à liquidação apresentadas pelos credores 
trabalhista e previdenciário. 
§ 5º - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por 
incompatíveis com a Constituição Federal. 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Garantida a 
execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 dias para 
apresentar embargos; sendo que a matéria de defesa será 
restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, 
quitação ou prescrição da dívida, não cabendo instrução 
probatória por meio de testemunhas. ERRADA 
 
 
 
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Art. 885 da CLT - Não tendo sido arroladas testemunhas na 
defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua 
decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou 
insubsistente a penhora. 
O prazo de 5 dias para o juiz julgar os embargos à execução quando 
não forem arroladas testemunhas, contar-se-á a partir da conclusão dos 
autos. Lembrando que a expressão “autos conclusos” significa que o 
processo está com o juiz para que ele profira a sua decisão. Quando 
tiverem sido arroladas testemunhas ou for necessária outra prova será 
aplicada a regra do art. 886 da CLT. 
Na sentença dos embargos à execução o juiz irá julgar se a penhora é 
subsistente ou insubsistente. Quando ele declarar a insubsistência da 
penhora, ele irá determinar uma nova penhora. Quando ele julgar 
subsistente a penhora ele irá determinar a avaliação dos bens 
penhorados. 
Quando ele considerar que os embargos à penhora não possuem 
fundamento, ele irá rejeitar os embargos interpostos e prosseguirá a 
execução. 
As partes serão notificadas desta decisão pelo correio com aviso de 
recebimento conforme estabelece o art. 886, parágrafo primeiro da CLT. 
Caberá a interposição de agravo de petição contra esta decisão no prazo 
de oito dias, que é uma modalidade de recurso que nós iremos estudar 
nas próximas aulas. 
Art. 886 da CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, 
finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário 
fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao 
juiz ou presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista 
no artigo anterior. 
§ 1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
§ 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente 
mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
 
 
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O art. 887 da CLT está tacitamente revogado pela Lei 5.442/68 que deu 
nova redação ao art. 721 da CLT que determina que os bens penhorados 
sejam avaliados, pelo próprio oficial de justiça avaliador em no prazo de 
10 dias O oficial de justiça poderá ser recusado como avaliador quando 
for suspeito ou impedido. 
Importante: O art. 884 da CLT afirma que nos embargos à 
execução as matérias de defesa são restritas às alegações de 
cumprimento da decisão ou de acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
Parte da doutrina entende que o art. 741 do CPC aplica-se ao processo 
do trabalho, o que aumentaria as hipóteses de cabimento de embargos 
à execução. 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) 
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
 
 
 
 
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Art. 889-A da CLT - Os recolhimentos das importâncias 
devidas, referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas 
agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do 
Brasil S.A., por intermédio de documento de arrecadação da 
Previdência Social, dele se fazendo constar o número do 
processo. 
§ 1o - Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do 
ajuste, ficando a execução da contribuição social correspondente 
suspensa até a quitação de todas as parcelas. 
 § 2o - As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os 
recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
6.12. Dos embargos de terceiro: A CLT é omissa em relação aos 
embargos de terceiro, por isso o Código de Processo Civil é aplicado 
subsidiariamente ao Processo do Trabalho, por força do art. 889 da CLT. 
Os embargos de terceiro objetivam proteger a posse ou a propriedade 
daquele, que não sendo parte, sofrer turbação ou esbulho na posse de 
seus bens em decorrência de atos de apreensão judicial como, por 
exemplo, a penhora. 
 
Os artigos 1046\1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro que se 
caracterizam por ser uma ação incidental conexa ao processo de 
execução ou de conhecimento. 
 
No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 5 dias após 
a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 
O parágrafo segundo ao art. 1046 do CPC estende o conceito de terceiro 
embargante para aquele que, não sendo parte no processo, defende 
bens de sua posse ou propriedade que estão sendo objeto de constrição 
judicial. 
 
 
 
 
 
 
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São legitimados para a interposição de embargos de terceiro: a) o 
cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à 
meação; b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético que são 
detentores do direito real sobre os bens alheios; 
 
Os embargos de terceiro deverão ser distribuídos por dependência eserem processados nos mesmos autos do processo, já os embargos do 
devedor deverão ser processados em autos apartados. 
 
Um ponto muito cobrado nas provas de concursos é a questão de quem 
será competente para processar e julgar os embargos de terceiro 
quando a ação for processada por carta precatória. Será a competente o 
juízo deprecado (juízo que não processa a execução) ou o juízo 
deprecante (juízo que está processando a execução). Esta matéria está 
regulada pela Súmula 419 do TST. 
 
Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, 
mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, 
avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em 
que a competência será deste último. 
 
 
(FCC – Analista Administrativo – TST – 2012) Na execução 
por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no 
juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para 
julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, 
sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação 
dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência 
será deste último. CERTA 
 
 
 
 
 
 
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6.13. Da Praça e Leilão: Resolvidos os embargos seguir-se-á para a 
praça ou leilão. 
� Praça é realizada no fórum, destinada aos bens imóveis e leilão é 
realizado onde estiverem os bens móveis ou em outro lugar 
designado pelo juiz. 
Na praça, poderão ocorrer uma das três situações abaixo: Após a 
penhora, a expropriação do bem poderá ocorrer pela remição, 
adjudicação ou arrematação. 
 
1. Da Arrematação: Ocorrerá quando um terceiro adquire o 
bem. A arrematação ocorrerá pelo maior lance, tendo o 
exeqüente a preferência para a adjudicação. O arrematante 
deverá garantir com um sinal de 20% sobre o valor da 
arrematação e em 24 horas deverá completar o restante, sob 
pena de perder o sinal dado para a execução. 
 
No processo do trabalho haverá uma só praça, assim defere-se a 
arrematação na primeira praça a quem der o maior lance, ainda que 
este não atinja o valor da avaliação. Será assinado o auto de 
arrematação que somente poderá ser desfeita nos casos do art. 694 do 
CPC. 
2. Da Remição: Ocorrerá quando o devedor mantém a 
propriedade do bem pagando o valor devido, ele sempre terá 
preferência. A remição prefere a adjudicação e à arrematação. Poderá 
ser feita a qualquer tempo pelo executado, porém antes da arrematação 
ou da adjudicação. 
 
Não se deve confundir remição da execução com remição de bens, pois 
esta permitia ao cônjuge, ascendente ou descendente do executado 
remir quaisquer bens penhorados depositando o preço pelo qual forem 
penhorados ou adjudicados, conforme art. 787 do CPC, que foi revogado 
em 2006. A remição de bens não se aplicava ao processo do trabalho. 
 
É importante lembrar que o termo “remissão” significa perdão é 
diferente do termo remição que é deferida ao executado nos moldes do 
art. 13 da Lei 5.584/70, abaixo transcrito. 
 
 
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Art. 13 da Lei 5.584/70 “Em qualquer hipótese a remição só 
será deferível ao executado se este oferecer preço igual ao valor 
da condenação”. 
 
3. Da Adjudicação: Ocorrerá quando o credor fica com o bem 
para si, pagando o valor do maior lance e não o do preço da avaliação. 
Ele deverá pagar a diferença caso a avaliação seja maior que o quantum 
devido. Somente será permitida a adjudicação se for feita antes da 
assinatura do auto de arrematação. 
 
6.14. Das Custas na Execução: O STF entendeu que o TST não tem 
competência para estabelecer custas na execução, uma vez que, as 
mesmas têm natureza de tributo e por isso, somente poderão ser 
fixadas por lei. Somente à União compete legislar sobre custas nos 
serviços forenses. 
 
Assim, o executado não deverá pagar as custas para recorrer na 
execução, uma vez que o art. 789-A da CLT é expresso no sentido de 
que elas deverão ser pagas ao final. 
 
 
6.15. Artigos da CLT: 
 
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não 
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando 
não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante 
o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação 
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão 
executados pela forma estabelecida neste Capítulo. 
Parágrafo único. Serão executadas ex-officio as contribuições 
sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes 
e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou 
homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos 
durante o período contratual reconhecido. 
 
Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou 
Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado 
originariamente o dissídio. 
 
 
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Art. 877 A. É competente para a execução de título executivo 
extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de 
conhecimento relativo à matéria. 
 
Art. 878. A execução poderá ser promovida por qualquer 
interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou 
Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo 
único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a 
execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho. 
 
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da 
parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da 
cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex 
officio. 
 
Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, 
previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, 
por arbitramento ou por artigos. 
§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a 
sentença liquidanda, nem discutir matéria pertinente à causa 
principal. 
§ 1º-A A liquidação abrangerá, também, o cálculo das 
contribuições previdenciárias devidas. 
§ 1º-B As partes deverão ser previamente intimadas para a 
apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição 
previdenciária incidente. 
§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às 
partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação 
fundamentada, com a indicação dos itens e valores objeto da 
discordância, sob pena de preclusão. 
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da 
Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para 
manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 
§ 4º A atualização do crédito devido à Previdência Social 
observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária. 
 
 
 
 
 
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§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato 
fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o 
valor total das verbas que integram o salário-de-contribuição, na 
forma do art. 28 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar 
perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. 
§ 6º Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz 
poderá nomear perito para a elaboração e fixará, depois da 
conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com 
observância,entre outros, dos critérios de razoabilidade e 
proporcionalidade. 
 
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as 
cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para 
que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, 
sob pena de penhora. 
§ 1º O mandado de citação devera conter a decisão exeqüenda 
ou o termo de acordo não cumprido. 
§ 2º A citação será feita pelos oficiais de Justiça. 
§ 3º Se o executado. procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 
48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação 
por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado 
na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. 
 
Art. 881. No caso de pagamento da importância reclamada, será 
este feito perante o escrivão ou chefe de secretaria, lavrando-se 
termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, 
pelo executando e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, 
entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra 
ao processo. 
Parágrafo único. não estando presente o exeqüente, será 
depositada a importância, mediante guia, em estabelecimento 
oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário 
idôneo. 
 
Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada 
poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, 
atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando 
bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no 
Art. 655 do Código Processo Civil. 
 
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Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a 
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem 
ao pagamento da importância da condenação, acrescida de 
custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos 
a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. 
 
Art. 884. Garantida a execução ou penhora os bens, terá o 
executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo 
igual prazo ao exeqüente para impugnação. 
 
§ 1º A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da 
dívida. 
§ 2º Se na defesa tiverem sido arrolada testemunhas, poderá o 
Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso, julgue necessário seus 
depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a 
qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
 
§ 3º Somente nos embargos à penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual 
direito e no mesmo prazo. 
 
§ 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a 
impugnação à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista 
e previdenciário. 
 
§ 5º Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou 
ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal 
Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis 
com a Constituição Federal. 
 
Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o 
juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, 
dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a 
penhora. 
 
Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua 
inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 
48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou 
presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo 
anterior. 
 
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§ 1º Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes 
interessadas, em registrado postal, com franquia. 
 
§ 2º Julgada subsistente a penhora, o juiz ou presidente 
mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados. 
 
 Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixada na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
 
Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são 
aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, 
os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a 
cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 
 
Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias devidas, 
referentes às contribuições sociais, serão efetuados nas agências 
locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A., 
por intermédio de documento de arrecadação da Previdência 
Social, dele se fazendo constar o número do processo. § 
1º Concedido parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, o devedor juntará aos autos a comprovação do ajuste, 
ficando a execução da contribuição social correspondente 
suspensa até a quitação de todas as parcelas. 
 
§ 2º As Varas do Trabalho encaminharão mensalmente à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil informações sobre os 
recolhimentos efetivados nos autos, salvo se outro prazo for 
estabelecido em regulamento. 
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Art. 890. A execução para pagamento de prestações sucessivas 
far-se-á com observância das normas constantes desta Seção, 
sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo. 
 
 
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a 
execução pelo não-pagamento de uma prestação compreenderá 
as que lhe sucederem. 
 
Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas por tempo 
indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as 
prestações devidas até a data do ingresso na execução. 
 
É importante mencionar a alteração que a Lei 12.440/2011, fez na 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inserindo o artigo 642-A. 
 
"Art. 642-A É instituída a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas 
(CNDT), expedida gratuita e eletronicamente, para comprovar a 
inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho. 
§ 1º - O interessado não obterá a certidão quando em seu nome 
constar:I - o inadimplemento de obrigações estabelecidas em sentença 
condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho 
ou em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no concernente aos 
recolhimentos previdenciários, a honorários, a custas, a emolumentos 
ou a recolhimentos determinados em lei; ou II - o inadimplemento de 
obrigações decorrentes de execução de acordos firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia. 
§ 2º - verificada a existência de débitos garantidos por penhora 
suficiente ou com exigibilidade suspensa, será expedida Certidão 
Positiva de Débitos Trabalhistas em nome do interessado com os 
mesmos efeitos da CNDT. 
§ 3º -A CNDT certificará a empresa em relação a todos os seus 
estabelecimentos, agências e filiais. 
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6.16. Questões FCC comentadas: 
1. (FCC - Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª 
Região – 2011) Considere 
I. O seguro de vida. 
II. Bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão. 
III. 20 salários mínimos depositados em caderneta de poupança. 
IV. Aparelho de ar condicionado e aparelhos eletrônicos sofisticados. 
Em regra são absolutamente impenhoráveis os bens indicados APENAS 
em 
a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) II e IV. e) II, III e IV. 
 
Comentários: Letra C. A assertiva I está correta (art. 649, f do CPC). A 
assertiva II, também, está correta (art. 649, e do CPC). A assertiva III 
está correta devido ao que diz o art. 649, j do CPC. Ao passo que a 
assertiva IV está incorreta. 
 
Os bens do rol do artigo 649 do CPC são absolutamente impenhoráveis 
e são os seguintes: a) os bens inalienáveis e os declarados por ato 
voluntário não sujeito à execução; b) os móveis, pertences e utilidades 
domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de 
elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; c) os vestuários, bem 
como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado 
valor; d) os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, 
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os 
honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste 
artigo; e) os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao 
exercício de qualquer profissão; f) o seguro de vida; g) os 
materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; h) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, 
desde que trabalhada pela família; i) os recursos públicos recebidos por 
instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; j) até o limite de 40 (quarenta) salários 
mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança. l) os 
recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por 
partido político. 
 
 
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2. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª 
Região – 2011) Flávia arrematou um veículo modelo X, ano 2007, 
placa Y em hasta pública decorrente de execução de reclamação 
trabalhista da empresa XYZ. O veículo foi arrematado por R$ 10.000,00. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Flávia deverá 
garantir um sinal de 
a) R$ 2.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
b) R$ 2.000,00 e depositar o restante em 48 horas. 
c) R$ 5.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
d) R$ 5.000,00 e depositar o restante em 48 horas. 
e) R$ 1.000,00 e depositar o restante em 24 horas. 
 
Comentários: Letra A 
 
Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixada na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
 
§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 20ª 
Região – 2011) A casa onde Júnior reside com a sua família e é 
proprietário foi penhorada e arrematada em leilão judicial em execução 
de reclamação trabalhista da empresa X ocorrido há três dias. Júnior 
não é parte no processo e pretende interpor Embargos de Terceiro. 
Neste caso, considerando que não ocorreu a assinatura da respectiva 
carta de arrematação, Júnior 
a) não pode interpor Embargos de Terceiro porque este só pode ser 
proposto até o trânsito em julgado da lide. 
b) poderá interpor Embargos de Terceiro estando dentro do prazo legal 
previsto em lei. 
c) não poderá interpor Embargos de Terceiro porque o prazo para 
interposição em fase de execução já se esgotou. 
d) poderá interpor Embargos à execução e não Embargos de Terceiro 
em razão da efetivação da penhora. 
e) deverá interpor Agravo de Petição e não Embargos de Terceiro em 
razão do encerramento do leilão judicial e da efetivação da arrematação. 
 
Comentários: Letra B. Como já estudamos no decorrer desta aula, no 
processo de execução, a ação de embargos de terceiro poderá ser 
ajuizada até 5 dias após a arrematação, a adjudicação ou a remição, 
mas sempre antes da assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 
4. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 24ª 
Região – 2011) Considere as seguintes assertivas a respeito dos 
Embargos de Terceiro: 
I. Em regra, na execução por carta precatória, os Embargos de Terceiro 
serão oferecidos no juízo deprecado, que possuirá também a 
competência para julgá-los. 
II. O prazo para o embargado oferecer a sua resposta é de dez dias, 
contados da sua intimação. 
III. No processo de conhecimento, os embargos de terceiro terão lugar 
enquanto não transitar em julgado a sentença ou o acórdão. 
IV. É legitimado ativo para propor embargos de terceiros o cônjuge, na 
defesa de seus próprios bens reservados ou atinentes à meação. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) II e IV. (D) III e IV. (E) I e IV. 
 
Comentários: Letra B. I- Incorreta. (Súmula 419 do TST) 
 
 
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Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de 
terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, 
mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, 
avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em 
que a competência será deste último. 
 
II- Correta. O Processo Civil será aplicado subsidiariamente ao Processo 
do Trabalho no que tange aos embargos de terceiro. Assim, a assertiva 
abordou o art. 1053 do CPC que estabelece o prazo de 10 dias para o 
embargado oferecer a sua resposta. 
 
III- Correta. Os embargos de terceiro possuem natureza jurídica de ação 
incidental conexa ao processo de conhecimento ou de execução. No 
processo de conhecimento eles terão lugar enquanto não transitar em 
julgado a sentença ou o acórdão. Já no processo de execução a ação 
poderá ser ajuizada até cinco dias após a arrematação. Adjudicação ou 
remição, mas sempre antes da assinatura da carta (art. 1048 do CPC). 
IV- Correta. São legitimados para a interposição deembargos de 
terceiro: a) o cônjuge, na defesa de seus próprios bens reservados ou 
atinentes à meação; b) o credor hipotecário, pignoratício ou anticrético 
que são detentores do direito real sobre os bens alheios; 
 
5. (FCC- Analista Judiciário – TRT 8ª Região – 2010) Gabriela 
adquiriu uma fazenda na Cidade do Sol através de instrumento 
particular de compra e venda. Após alguns dias descobriu que a fazenda 
adquirida havia sido arrematada em leilão judicial em razão de dívida 
trabalhista do ex-proprietário. 
Neste caso, Gabriela 
(A) não poderá interpor Embargos de Terceiros, tendo em vista que o 
bem já foi arrematado em leilão. 
(B) poderá interpor Embargos de Terceiros até cinco dias depois da 
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. 
(C) poderá interpor Embargos de Terceiros até dez dias depois da 
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. 
(D) poderá interpor Embargos de Terceiros até cinco dias depois da 
arrematação, independentemente da assinatura da respectiva carta. 
(E) poderá interpor Embargos de Terceiros até dez dias depois da 
arrematação, independentemente da assinatura da respectiva carta. 
 
 
 
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Comentários: Letra B. Os embargos de terceiro objetivam proteger a 
posse ou a propriedade daquele, que não sendo parte, sofrer turbação 
ou esbulho na posse de seus bens em decorrência de atos de apreensão 
judicial como, por exemplo, a penhora. 
A CLT é omissa em relação aos embargos de terceiro, por isso o 
Código de Processo Civil é aplicado subsidiariamente ao Processo do 
Trabalho, por força do art. 889 da CLT. 
 Os artigos 1046/1054 do CPC tratam dos embargos de terceiro 
que se caracteriza por ser uma ação incidental conexa ao processo de 
execução ou de conhecimento. 
 No processo de execução, esta ação poderá ser ajuizada até 05 
dias após a arrematação, a adjudicação ou a remição, mas sempre 
antes da assinatura da respectiva carta (art. 1048 do CPC). 
 Assim, Gabriela poderá interpor embargos de terceiro no prazo 
estabelecido pelo art. 1048 do CPC. 
 
6. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 9ª 
região- 2010) Na execução da sentença proferida na reclamação 
trabalhista X, João arrematou um apartamento na cidade de Santos-SP. 
Para garantir o lance, João deu sinal correspondente a 20% do seu 
valor. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, 
João deverá pagar o preço da arrematação dentro de 
(A) cinco dias, sob pena de perder, em benefício da execução, todo o 
sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(B) quarenta e oito horas, sob pena de perder, em benefício da 
execução, metade do sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(C) vinte e quatro horas, sob pena de perder, em benefício da execução, 
todo o sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(D) dez dias, sob pena de perder, em benefício da execução, metade do 
sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
(E) trinta dias, sob pena de perder, em benefício da execução, todo o 
sinal, voltando à praça o imóvel arrematado. 
 
Comentários: Letra C. (art. 888 da CLT). 
Art. 888 da CLT - Concluída a avaliação, dentro de 10 (dez) 
dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a 
arrematação que será anunciada por edital afixado na sede do 
Juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a 
antecedência de 20 (vinte) dias. 
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§ 1º - A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exeqüente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º - O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º - Não havendo licitante, e não requerendo o exeqüente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser 
vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 4º - Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em 
benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, 
voltando à praça os bens executados. 
7. (FCC/TRT/Campinas – Técnico judiciário/2009) Considere as 
seguintes assertivas acerca da execução trabalhista: 
I- Serão executadas ex officio as contribuições sociais devidas em 
decorrência de decisão proferida pelos juízes resultantes de 
homologação de acordo, exceto sobre os salários pagos durante o 
período contratual reconhecido. 
II- Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender 
devida à previdência social sem prejuízo da cobrança de eventuais 
diferenças encontradas na execução ex officio. 
III- O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 
50% do seu valor. 
IV- Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a 
sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo 
prazo. 
De acordo com a Consolidação das Leis do trabalho está correto o que 
se afirma somente em 
a) II e IV; b) I, II e III; c) II,III e IV; d) I e IV; e) I,II e IV. 
 
 
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Comentários: Letra A. I- errada . A parte em negrito é o que está 
errado na assertiva I, pois não é o que diz o parágrafo único do art. 876 
da CLT. 
II- correta 
Art. 878-A da CLT - Faculta-se ao devedor o pagamento 
imediato da parte que entender devida à Previdência Social, sem 
prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na 
execução ex officio. 
III- errada. O lance será de 20%. IV- correta. 
 
 
8. (Juiz do Trabalho – TRT- 8ª Região/2007) No tocante à 
execução trabalhista, marque a resposta que está em desacordo com o 
estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho. 
a) Ao devedor é facultado o pagamento imediato de parte que entender 
à Previdência Social, sem prejuízo de cobrança de eventuais diferenças 
encontradas na execução ex officio. 
b) As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido 
recurso com efeito devolutivo, os acordos, quando não cumpridos, bem 
como os termos de ajuste de condutas firmados perante o Ministério 
público do trabalho e os termos de conciliação firmados perante as 
Comissões de Conciliação Prévia, serão executados conforme determina 
a Consolidação das Leis do Trabalho. 
c) Os créditos previdenciários devidos em decorrência de decisão 
proferida pelos juízes e tribunais do trabalho, resultante de condenação 
ou homologação de acordo serão executados ex officio. 
d) Os critérios estabelecidos na legislação previdenciária deverão ser 
observados quando se tratar de atualização do crédito devido à 
Previdência Social. 
e) Não se pode discutir matéria pertinente à causa principal na 
liquidação da sentença, nem tampouco modificar ou inovar a sentença 
liquidanda. 
 
Comentários: Letra B. O art. 876 da CLT fala “...não tenha havido 
recursos com efeito suspensivo...” e não efeito devolutivo como 
menciona a assertiva da letra “b”. 
 
 
 
 
Processo do Trabalho TRT – RIO 
Analista Judiciário e Execução de Mandados 
Teoria e Questões FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das 
quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os 
acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de 
conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
serão executados pela

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