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Hemostasia
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA E FARMÁCIA
Objetivos
 Entender como funciona a cascata de coagulação do sistema 
hemostático;
HEMOSTASIA
 Mecanismos que mantem a fluidez do sangue dentro dos vasos 
sem:
 Coagular (Trombose)
 Extravasar (Hemorragia)
 Formado por uma cascata enzimática
 Divide-se em: 
 Hemostasia primária (Vaso constrição)
 Coagulação (Formação da fibrina)
 Fibrinólise (Quebra da fibrina)
Profº Danilo Pontes
Hemostasia
HEMOSTASIA
 Fatores pendentes da Vit. K
 Vias da Coagulação
 Extrínseca (Tempo de Protrombina) = 12-14s
 Intrínseca (Tempo de Tromboplastina Parcialmente ativada) = 26-
33s
Profº Danilo Pontes
• Via Extrínseca = lesão celular (fator ativador primário VII)
• Via Intrínseca = contato eletronegativo com o subendotélio 
(fator ativador XII)
• OBS: fatores comuns as duas vias X, V, II e I
HEMOSTASIA
 Série de ativações enzimáticas (zimogênios)
 Conversão do Fibrinogênio em Fibrina
 Zimogênios = Fatores II (protrombina), V, VII, IX, X, XI, XII
 Ativador da cascata: Cálcio
 Moléculas sinalizadoras: Fator de von Willebrand, FNT, Fator de 
Agregação Plaquetária (FAP).
Profº Danilo Pontes
Profº Danilo Pontes
A HEMOSTASIA
Inibidores da Hemostasia
Profº Danilo Pontes
Profº Danilo Pontes
Avaliação laboratorial da 
Hemostasia
H E M O P E
No laboratório de Coagulação
Tempo de sangria
Duke
Ivy
Prova do laço
TPAE
TTPA
Fibrinogênio
Tempo de trombina
H E M O P E
Tempo de protrombina
Via extrínseca
Pré-operatório
Hepatopatias
Deficiências de fatores VII, X, V, II
Liberação: segundos, AE, INR.
INR - RISI, R = TP/PN
H E M O P E
Tempo de protrombina
Tromboplastinas
Pacientes em uso de AVK:
ISI próximo a 1,0
INR
H E M O P E
Tempo de tromboplastina parcial 
ativada
Via intrínseca
Heparinoterapia de alto peso molecular
Hemofilias
Inibidores ( AL, outros)
Deficiência de fatores da via intrínseca
Cefalina com ativador (sílica, ác. Elágico,
caolim, etc.)
Resultados: segundos e ratio - mais
importante!
Ratio normal: 0,8 a 1,2
Ratio Heparinoterapia: ~ 2
TEMPO DE PROTROMBINA-PT
 Avaliação do sistema extrínseco.
 Tem significado clínico em:
Screening pré-operatório
Enfermidades hepáticas
Monitorização da terapia anticoagulante 
oral
Detecção de déficits isolados ou múltiplos 
dos fatores VII, X, V, II.
TP
Tromboplastina
VII VIIa IXa
X Xa
Protrombina Trombina
Fibrinogênio
Fibrina
VIIIa
NIVEIS TERAPÊUTICOS
 Profilaxia pré e periperatória TVP
-Não cirurgia de bacia 1.5-2.5
-Cirurgia de quadril 2-3
 Prevenção 1
a e 2a da TVP 2-3
 TVP ou TEP ativos.TVP recurrente 2-4
 Prevenção do tromboembolismo
art. Incluindo prótese valvular
mecânica
3-4.5
TEMPO PROTROMBINA-PT 
UNIDADES
 Resultados expressos como 
 tempo (seg) (paciente e plasma normal) 
 ratio pac/plasma normal
 PT Seg.:10.5-13.0
 Não devem usar-se curvas de diluição nem expressar-se os resultados 
em % (AE).
 PT Act.:70%-120%
 TAO: 
 INR.
TEMPO DE TROMBOPLASTINA 
PARCIAL ATIVADA-TTPA
 Sistema intrínseco.
 Tem significado clínico em:
Screening pré-operatório
Terapia heparínica
Hemofilias
Inibidores (anticoagulante lúpico)
Carência de fatores da vía intrínseca.
TTPA
Cefalina + CaCl2
XI XIa
Xa
Protrombina Trombina
Fibrinogênio
Fibrina
IX IXa
X
VIIIa
XII XIIa
In vitro
TEMPO DE TROMBOPLASTINA 
PARCIAL ATIVADA-TTPA
 Cefalina, ativador e o cloreto de cálcio.
 Resultados: segundos 
 Valores normais: variam de acordo com o ativador e o laboratório
 Ratio TTPA amostra /TTPA normal. 
 Limites de normalidade TTPA:
Ratio 0.90-1.15
H E M O P E
Fibrinogênio
Via comum
CIVDs
Fator de risco isolado para TA
Hipofibrinogenemia e disfibrinogenemia
Tp-Fib, derivado: bom para ptes
ambulatoriais: 
Uso de fibrinolíticos, CIVDs, pode dar
mais alto. 
É um pouco mais elevado que Clauss.
Fibrinogênio
 Fator de risco independente para TA.
 Valor predictivo importante em doença arterial 
 Mecanismo não esclarecido: 
* Causa ou efeito?
 Proteína reativa
PLAQUETAS 
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS E 
QUALITATIVAS
HEMOSTASIA
DEFINIÇÃO
Mecanismo de defesa do organismo
 Evitar sangramentos
 Restabelecer o fluxo sanguíneo
HEMOSTASIA
CONSTITUIÇÃO
• Vasos 
• Plaquetas
• Proteínas do Sistema de Coagulação
• Proteínas do Sistema Fibrinolítico
• Proteínas Moduladoras ou Inibidoras 
dos Sistemas de Coagulação e de 
Fibrinólise
Lesão
Hemostasia 
Secundária
-Ativação dos 
fatores da 
coagulação
-Formação de 
fibrina (minutos)
Fibrinólise
-Ativação da 
fibrinólise
(minutos)
- Lise do 
coágulo
(horas)
Hemostasia 
Primária
-Vasoconstricção
(imediata)
- Adesão plaquetária
(segundos)
- Agregação 
plaquetária (minutos)
FLUXO SANGÜÍNEO
VASOCONSTRIÇÃO
 Fragmento celular anucleado 1,5 a 3,0 
 Maturação medular 4 a 5 dias
 Vida média na circulação 9 a 10 dias
 Funções
 Adesão
 Secreção
 Agregação
 Função pró - coagulante
PLAQUETAS
FvW
Estresse de 
cisalhamento
I
GPIIbIIIa
GPIb
GPIIbIIIa
GPIb
FvW
Colágeno tipos I e III
GPIb
GPIb
GPIIbIIIaGPIIbIIIa
I
FvW
ADESÃO
Colágeno tipos I e III
GPIb
GPIb
GPIIbIIIaGPIIbIIIa
I
FvW
a
FP4, bTG
FvW, fatores

ADP,
serotonina
SECREÇÃO
GPIb
GPIIbIIIa
GPIb
GPIIbIIIa
GPIIbIIIa
FvW
Colágeno tipos I e III
GPIb
GPIb
GPIIbIIIa
I
GPIIbIIIa
GPIb
GPIIbIIIa
GPIb
I
AGREGAÇÃO
GPIb
GPIb
GPIIbIIIa GPIIbIIIa
GPIIbIIIa
FvW
Colágeno tipos I e III
GPIb
GPIb
GPIIbIIIa
I
I
I
GPIb
GPIb
GPIIbIIIa GPIIbIIIa
I
GPIb
fatore
s
FIBRINA
ATIVIDADE PRÓ-COAGULANTE
• Hemorrágicas
Plaquetopenia
Plaquetopatia
• Trombóticas 
Plaquetose
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS
ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS
• Contagem de plaquetas < 150.000/mm3
• Congênitas e adquiridas
• Fisiopatologia:
Produção diminuída
Destruição aumentada
Alteração da distribuição
PLAQUETOPENIA
PLAQUETOPENIA Alteração da Distribuição
Hiperesplenismo
Produção Destruição 
Deficiência da 
MO
Eritropoese
ineficaz
Aplasia
QT
RT
Infecção
Toxina
Drogas
Infiltração
Anemia
megaloblástica
Não Imune Imune
CIVD
PTT
SHU
Drogas Alo-
Imune
Auto-
Imune
P 
Neonatal 
PPT
PTI
LES
LP
HIV
HCV
• Defeito da função plaquetária
• Congênitas e adquiridas
PLAQUETOPATIAS
FISIOPATOLOGIA
• Deficiência de glicoproteínas (GP) da 
membrana plaquetária e de receptores 
agonistas plaquetários
• Defeitos da secreção ou dos grânulos 
plaquetários
• Defeitos enzimáticos envolvidos na síntese 
de prostaglandinos
PLAQUETOPATIAS
PLAQUETOPATIAS CONGÊNITAS
• D. Bernard-Soulier
• D. Glanzmann (tromboastenia)
• D. de von Willebrand
• Síndrome da plaqueta cinzenta
PLAQUETOPATIAS
PLAQUETOPATIAS ADQUIRIDAS
• Uremia
• Síndrome Mielodisplásica (SMD)
• Medicamentos
PLAQUETOPATIAS
DEFEITOS FUNCIONAIS X FISIOPATOLOGIA
PLAQUETOPATIAS
DOENÇA DEFEITO
Doença de von Willebrand Alteração qualitativa ou Adesão
Quantitativa do fator de vW 
Bernard-Soulier Alteração do complexo GP Ib-IX-V AdesãoReceptor de colágeno Alteração da GP Ia-IIa Adesão
Síndrome plaqueta cinzenta Alteração dos grânulos alfa Secreção
Doença do pool plaquetário Alteração dos grânulos densos Secreção
Alteração de liberação Via do ácido arquidôncio e síntese Ativação
de prostaglandinas: cicloxigenase e
tromboxane A2 sintetase
Púrpura de Glanzmann Alteração das GP lib-llla Agregação
AVALIAÇÃO CLÍNICA
HISTÓRIA
• Idade de início dos sintomas
• Tipo de sangramento
 intensidade / trauma
 petéquia / equimose 
 sangramento de mucosa
•Cirurgias prévias
•Uso de medicamentos
•Antecedentes familiares
MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS
PETÉQUIAS
EQUIMOSES
AVALIAÇÃO CLÍNICA
EXAME FÍSICO
•Avaliação do estado geral
•Sinais de doença de base
 hepatopatia
 uremia
 neoplasia
•Avaliação do tipo e do local do sangramento
AVALIAÇÃO CLÍNICA
ASPECTOS FUNDAMENTAIS NAS SÍNDROMES 
HEMORRÁGICAS
•Causa mais freqüente: Plaquetopenia
•Causas adquiridas predominam
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Tempo de sangramento de Ivy
Contagem de plaquetas (HMG)
Avaliação da função plaquetária
 Agregação plaquetária
 Citometria de fluxo
 PFA – 100 (Platelet Function 
Analyzer)
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CONTAGEM DE PLAQUETAS / MORFOLOGIA 
PLAQUETÁRIA
 Pseudo plaquetopenia 
 Coleta inadequada
 Plaquetas gigantes
 Aglutinação plaquetária (EDTA)
 Aglutininas frias
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CONTAGEM DE PLAQUETAS / MORFOLOGIA 
PLAQUETÁRIA
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CONTAGEM DE PLAQUETAS (CP)
 Valor normal: 150.000 a 400.000/ mm3
 Risco hemorrágico: 
Espontâneo e grave < 20.000/ mm3
 Sangramentos em cirurgias e traumas
> 20.000mm3 < 50.000mm3
 Usualmente assintomático > 50.000mm3 < 100.000mm3
TROMBOCITOPENIA
Esfregaço de sangue periférico
Grumos+ Macro-
plaquetas
Hemólise Alterações das 
hemácias e leucócitos
EDTA+
Pseudo-
Trombocitopenia
turnover
PTI
CIVD
Esquizócitos
presentes
PTI
SHU
Esquizócitos
presentes
Evans
HPN
Alterações 
da MO
Aplasia
Leucemia
Infiltração
SMD
Descartar pseudo-plaquetopenia
Plaquetopenia
Plaquetopenia
Plaquetas gigantes: plaquetopenia hereditária
Morfologia plaquetária normal
PTI Plaquetopenia
induzida por drogas
Plaquetopenia 
hereditária
gravidez
HAS, proteinúriaTA normal, sem proteinúria
PTI Plaquetopenia 
gestacional
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
TEMPO DE SANGRAMENTO (Ivy) 
 Teste de hemostasia primária in vivo
 Tempo de sangramento prolongado
Deficiência qualitativa / quantitativa das 
plaquetas
 Deficiência interação vaso / plaqueta
 Doença vascular
 Sensibilidade/ Especificidade: controvertida
 Mau preditor de risco hemorrágico
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
TEMPO DE SANGRAMENTO (Ivy) 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
TEMPO DE SANGRAMENTO (Ivy) 
 Valor Normal:
 adultos 6 a 9 minutos e 30 segundos
 crianças até 5 minutos
TS prolongado
Medicação ?
Sim
Suspender
Repetir TS
Normal
Não 
Função renal
Função hepática
Dça. Mieloproliferativa
DvW
TS 
Diagnóstico
Normais
Agregação Plaquetária
Diagnóstico
• Agregação plaquetária 
• Agonistas: ADP, colágeno, adrenalina, 
ácido aracdônico e ristocetina
• Agregômetro
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

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