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Revisão Direitos Reais Civil IV

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Qual conceito de direito das coisas?
R= É aquilo que é passível de apropriação pela pessoa, por exemplo: uma casa, um carro.
Diferencie direito pessoal de direito real.
R= Direito Real recai sobre coisa, sobre o vínculo direto da pessoa com a coisa. Já o direito pessoal, recai sobre a obrigação de dar, fazer ou não fazer, a prestação que deve ser cumprida pelo devedor para com o credor. Podemos encontrar outra diferença também nos elementos constitutivos, que no caso do direito pessoal os suj. são o credor e devedor e o objeto é a prestação, já no direito real, o sujeito ativo é o titular/dono da coisa, o sujeito passivo, a princípio, é a coletividade (se houver interferência de alguém quanto a essa titularidade, passa a ser uma pessoa determinada) e o objeto é a coisa sobre a qual recai o direito. 
Cite as teorias do direito real e diferencie-as.
R= Teorias monista e dualista. A teoria monista diz que não existe diferença entre o direito real e o pessoal, sempre encontrando um ponto em comum entre os dois. Já a teoria dualista, ela diz que existe diferença entre os direitos reais e pessoais. 
Diga quais são os dois entendimentos existentes na teoria monista e explique-os.
R= Unitária realista e a personalista. A unitária realista diz que não há diferença entre direito obrigacional e direito real e há um ponto em comum entre as duas, que é o patrimônio e na personalista diz que o ponto comum existente é que ambas possuem sujeitos ativo e passivo (tendo apenas como diferença o sujeito passivo, que a princípio, é indeterminado). 
Diga quantos e quais são os princípios da teoria dualista e os explique. 
R= São 6 princípios. Aderência, absolutismo, publicidade, taxatividade, perpetuidade e exclusividade. 
- Aderência: também chamado de inerência ou especialização, ele quer dizer uma vez vinculada, acompanha a coisa, independentemente de quem tem a posse de fato.
- Absolutismo: é absoluto, pois é exercido contra todos (erga omnes). Subdivide-se em direito de preferência e direito de sequela. O direito de preferência interessa aos direitos reais de garantia (penhor, hipoteca, e alienação fiduciária). É uma grande vantagem sobre as garantias pessoais/obrigacionais como aval e fiança. O direito de sequela é o direito de reaver a coisa de quem quer que injustamente a detenha, dá-se quando o proprietário persegue a coisa para recuperá-la, não importando com quem a coisa esteja. É um poder do titular do direito real de seguir a coisa para recuperá-la de quem injustamente a possua.
- Publicidade: se o direito real recai sobre bem imóvel, tem que estar registrado no cartório de imóveis, caso contrário, será uma mera relação contratual. Se recai sobre bem móvel, em regra, a publicidade ocorre na tradição. 
- Taxatividade: também conhecido por tipicidade, diz que os direitos reais são previstos em lei, e as partes não podem criar novos direitos reais. 
- Perpetuidade: entende-se como algo duradouro, nunca se acaba. Ou seja, a propriedade, em regra, é para ser por prazo indeterminado. Só vai deixar de existir pela vontade do titular ou por determinação legal.
- Exclusividade: não pode haver dois direitos reais, de igual conteúdo, sobre a mesma coisa; no caso do usufruto, por ex., o usufrutuário tem direito aos frutos enquanto o nuproprietário conserva o direito à substância da coisa; no condomínio, cada consorte tem direito a porções ideais, distintas e exclusivas.
Qual a classificação dos direitos reais?
R= Quanto ao objeto sobre que recaem: a) coisa própria: O único direito real sobre coisa própria é a propriedade, que confere o título de dono ou domínio. Normalmente, a propriedade é ilimitada ou plena, conferindo poderes de uso, gozo, posse, reivindicação e disposição; b) coisa alheia: 
Quais são as características dos direitos reais?
R= Direito de sequela, que é o vínculo de subordinação da coisa e da pessoa. Esse vínculo vem alicerçado em dois princípios: princípio da aderência: segundo o qual o titular do direito real pode ir atrás do bem aonde quer que ele se encontre (princípio positivo); princípio da ambulatoriedade: segundo o qual todos os ônus da coisa (ex. tributos, despesas condominais) a acompanham (princípio negativo). Privilégio, onde o crédito real não se submete à divisão, tendo em vista a existência de ordem entre os credores. Aquele que primeiro apresentar o crédito será o credor privilegiado. Prescrição aquisitivo, somente no direito real a passagem do tempo poderá gerar aquisição de direitos.e bem deve ser certo, determinado e existente. 
Fale sobre as teorias subjetiva e objetiva da posse e fale qual das duas é a adotado pelo CC/02.
R= A teoria subjetiva, por Savigny, diz que para que exista posse necessariamente tem que existir os elementos animus e corpus. Corpus que é o poder físico sobre a coisa e animus que é o elemento psicológico, intencional sobre a coisa. Por exemplo: eu tenho um pincel e estou com ele em mãos, possuo corpus com ele. Se eu pego um pincel emprestado com um amigo, eu tenho o corpus mas não tenho o animus, pois estou com o pincel em mãos mas não sou dona de fato, e para essa teoria eu só seria possuidora se tivesse com o meu pincel em mãos. Já a teoria objetiva, por Ihering, diz que o elemento essencial é o corpus, sendo o animus existente mas não é um elemento inseparável, estando implícito, inserido no corpus. Logo, não precisa do poder fático sobre o bem, ou seja, só preciso agir como proprietário do bem, não obrigatoriamente o sendo. A teoria adotada pelo CC/02 é a TEORIA OBJETIVA. 
Diferencie possuidor de detentor e cite exemplos.
R= A diferença é que o possuidor age em nome próprio, então quando ele exerce um dos poderes inerentes à propriedade, ele faz em nome próprio. Já o detentor, age em interesse alheio, sob a ordem de outra pessoa. Por exemplo: o caseiro usa a propriedade de um terceiro, a conserva, mas sob o comando do outro. 
 Comente um caso em que exista detenção, mesmo não havendo uma relação de subordinação.
R= Quando houver ocupação irregular de um bem público, essa pessoa será a detentora daquele bem, pois, constitucionalmente, é vedado a posse sobre bem público, mas se a pessoa exerce poderes inerente a propriedade, mora ali, usufrui do bem, em nome próprio, ela será detentora mesmo não agindo em nome de outra pessoa. 
 Fale sobre atos de mera permissão e de mera tolerância.
R= O ato de mera permissão é quando há o consentimento expresso da pessoa, você pede o vade mecum do colega emprestado e ele lhe autoriza. Já o de mera tolerância é quando não há o consentimento prévio, por exemplo: você pega o vade mecum da pessoa, sem pedir, a pessoa olha e não diz nada, tolerando que você continue a usar o vade mecum. Ambas não geram efeitos jurídicos, tendo como diferença que uma é expressa e a outra é tácita.
 Fale sobre a posse direta e indireta.
R= Também chamada por alguns doutrinadores de posse paralela, essa posse consiste em que o possuidor indireto é o que cede a sua posse à outrem, sem anular a sua; e o possuidor direto é o que tem essa coisa em seu poder devido um dto real ou dto pessoal. Por ex: na locação, quando o locador cede seu imóvel ao locatário ele é possuidor indireto, pois cede sua posse ao outro e o locatário é possuidor direto, que tem a coisa em seu poder em razão do contrato de locação (que é um dto pessoal).
 Considere a seguinte hipótese e diga se é verdadeira ou falsa e explique: Se A invade o imóvel de B e lá se estabelece com sua família, A é possuidor direto. 
R= Falso, pois pra ser possuidor direto A tem que receber essa posse em razão de um direito real ou pessoal. Seria possível se classificar como possuidor injusto, mas nunca possuidor direto.
 Qual a diferença entre posse indireta/direta e composse?
R= A simultaneidade. Na composse, a posse é exercida por todos ao mesmo tempo, enquanto na posse direta/indireta ambos são possuidores, mas quando o proprietário cede a posse à outrem, ele fica sem o seu poder de uso e fruição.
 Verdadeiro ou falso:
A se utilizandoda força física, invade a propriedade de B, B é retirado de sua posse, mas reage. Os atos de violência persistem, mas é A que está ocupando o terreno. A tem posse. 
R= Falso. A não tem posse, pois como é disposto no art. 1208 do CC/02, enquanto os atos de violência persistirem, não há posse.
A se utilizando de força física, invade a propriedade B, B é retirado da sua posse, A lá se estabelece, cessaram os atos de violência. A tem posse. 
R= Verdadeiro. A tem posse, pois cessaram os atos de violência. Mas possui uma posse injusta, pois a adquiriu justamente através de força física.
A invade uma grande área de terra e constrói uma casinha no fundo dessa área, de forma despercebida pelos que passam na rua e lá se estabelece e o proprietário também não toma conhecimento dessa invasão. A tem posse.
R= Falso. Por que ele está às escondidas e para caracterizar a posse tem que haver a aparência de propriedade. A possui a detenção. Se algum vizinho ou o proprietário tomar conhecimento, ele se tornará possuidor injusto em razão da clandestinidade. 
 
Quais os três requisitos para a posse injusta?
R= Violência, clandestinidade e precariedade.
 Quando uma posse injusta pode se tornar justa?
R= Uma posse injusta pode se tornar justa quando há convalescença da posse precária. Por exemplo: emprestei um livro pra fulana até certo dia, passando desse dia, fulana não me restitui o bem, se tornando uma posse injusta. Após essa data, eu digo “ok, você pode continuar com o livro emprestado”, a posse, que já tinha se tornado injusta, passa a ser justa novamente a partir da minha autorização.
 Na posse de boa-fé e má-fé, a corrente majoritária é a do direito canônico. Comente sobre ela.
R= O posicionamento do direito canônico diz que a boa-fé cessa no momento em que o possuidor toma conhecimento do vício ou obstáculo na aquisição da posse, então quando ele desconhecer algum vício, ele é de boa-fé. A partir do momento que conhece o erro, é de má-fé. Vale lembrar que o vício é NA AQUISIÇÃO e não na coisa. 
Quais são as classificações dos modos de aquisição da posse? Fale sobre elas.
R= A posse pode ser adquirida de 3 formas: quanto à origem, podendo ser originária (quando é o primeiro possuidor ou não há vínculo jurídico do antigo e novo possuidor, por ex: pesca, caça) ou derivada (quando há uma relação jurídica entre o possuidor anterior e o atual, por ex: empréstimo, locação), quanto à manifestação de vontade, podendo ser unilateral (quando basta a vontade do possuidor de exercer posse sobre aquilo, geralmente acontece sobre coisa de ninguém ou coisa abandonada) ou bilateral (quando há partes contrapostas, por ex: uma relação de compra e venda, uma parte quer transferir a posse e a outra quer receber) e quanto ao objeto, podendo ser a título universal (quando se adquire uma universalidade de bens) ou singular (quando se adquire uma coisa determinada).

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