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Dia 07/08/2013
Procedimentos especiais
Prof. Gustavo Scnheider
Conteúdo programático
Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa. Conceito. Espécies. Consignação em pagamento. Depósito. Prestação de contas. Ações possessórias. Manutenção. Reintegração. Interdito. Nunciação de obra nova. Usucapião. Embargos de terceiro. Habilitação. Monitória. Procedimentos especiais de jurisdição voluntária. Instrumentos constitucionais de garantia. Direitos e garantias fundamentais. Mandado de segurança: individual e coletivo. Habeas data. Mandado de injunção. Habeas corpus. Ação popular. Ação civil pública.
Livro Marcus Vinicius Rios Gonçalves: inicio pagina 762.
Tipos de processo e tipos de procedimento
Livro IV, CPC, art. 890
Processo de conhecimento: aquele que busca solucionar um estado de dúvida.
Pode ser regido pelos procedimentos: comum e especiais
Comum: ordinário, sumário e sumaríssimo.
Especiais: jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária (graciosa)
Jurisdição: é quando o juiz aplica o direito ao caso concreto para resolvê-lo e pacificar com justiça.
- contenciosa: existência de conflito, lide. Se há lide, é contenciosa. Ex.: ações possessórias, manutenção de posse.
- voluntária: quando não há lide, conflito. Ex.: divorcio consensual, inventário consensual.
Processo de execução: pretende satisfazer um direito de crédito (obrigação de pagar, de fazer e entrega de coisa) da parte.
Processo cautelar: aquele que é o instrumento do instrumento. Serve para tutelar o direito da principal.
Ação de consignação de pagamento
1 – Introdução e objeto
Forma especial de pagamento
Hipóteses: art. 335, CC
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
OBS: Caso já venceu a obrigação e o devedor for pagar, sem os juros e correções devidas, o credor tem o direito de receber. Agora se ele mencionar os juros e correções no valor da obrigação, o credor é obrigado a receber.
OBS: No caso de dúvida do credor, ajuizar a ação e coloco no polo passivo todos os credores.
OBS: caso houver litígio sobre o bem no qual devo pagar e não se sabe ainda quem vai ganhar o litigio, devo fazer o pagamento em consignação.
- rol de testemunhas: exemplificativo
Questões prejudiciais: é possível a questões prejudiciais, mesmo que seja de alta indagação (é aquela que para ser provada, precisa de outros tipos de provas, como testemunhas).
Não se restringe às obrigações em dinheiro. Abrange a entrega de coisa determinada.
Na consignação extrajudicial é só dinheiro.
Dívidas portáveis (portable): o devedor procura o credor para pagar (domicilio do credor)
Dívidas quesíveis (quérable): o credor procura o devedor para receber (domicilio do devedor)
-- No silêncio no contrato, no domicilio do credor.
2 – Consignação extrajudicial
Art. 890, CPC
Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar¹ pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 
§ 2o Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. 
§ 4o Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. 
- Requisitos
¹ Opção do devedor: forma alternativa de solução de conflito
Efetuado o depósito, o credor será notificado pelo estabelecimento bancário por carta com AR para que no prazo de 10 dias tome uma das seguintes atitudes:
Levanta o valor; (após levantar o dinheiro, extingue-se a obrigação).
Levanta o valor, com ressalvas (após o recebimento, o credor faz ressalvas sobre o depósito).
Poderá colocar por vias próprias as diferenças (caso o dinheiro em depósito não for o valor total da dívida).
Silencia: aceitação tácita. (não se manifestar nos 10 dias, presume-se que ele tenha aceitado o valor depositado, ficando o valor depositado a favor dele, até o tempo que ele preferir). 
Recusa
O depositante poderá levantar o valor ou utilizá-lo para ingressar com a ação judicial consignatória (caso o credor recusar receber, com a consciência de que cumpriu com sua obrigação).
A petição inicial deve ser instruída com a prova do depósito e da recusa. (o comprovante da recusa quem disponibiliza é o banco que solicita algum documento assinado pelo credor se recusando ao receber o valor que está em sua disposição). Se o autor não conseguir o comprovante da recusa, o juiz disponibiliza o prazo de 10 dias para a juntada do comprovante da recusa. Não apresentado, extingue-se a petição.
3 – Competência
Local do pagamento: art. 891, CPC (observar se a dívida é portável ou quesível, competência é relativa. Caso o autor trocar o local do pagamento, deve-se arguir incompetência relativa, prorrogando-se a competência).
Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada improcedente.
Parágrafo único. Quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que ela se encontra.
Competência absoluta: matéria de ordem pública.
Competência relativa: interesse particular. Deve-se arguir a incompetência relativa
Nulidades: caso seja reconhecida a incompetência relativa, apaga fatos. Na competência absoluta, acaba-se tudo.
4 – Legitimidade ativa
Devedor ou seus sucessores
Terceiros interessados: opera-se sub-rogação. Pode, desde que seja terceiro interessado na solução do conflito. Se não for, entende-se que foi uma mera liberalidade, não tem validade.
5 – Legitimidade passiva
Credor
Dívida de quem seja o credor: litisconsórcio passivo necessário.
6 – Procedimento
Recebida a petição inicial, o juiz intimará o autor para que realize o depósito (do valor que entende cabível ou da coisa que deve ser entregue) em 5 dias, dependendo a citação do réu da realização deste ato (depósito). Se isso não ocorrer o depósito no prazo, o processo será extinto sem resolução de mérito.
Após o depósito, o réu é citado e intimado ao mesmo tempo, para, em 15 dias, levantar o valor ou a coisa ou oferecer resposta (contestar).
O réu pode alegar: art. 896, CPC
Art. 896. Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; (falta de interesse)
II - foi justa a recusa; (se a recusa foi justa, confrontar com o art. 335, CPC).
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. 
Após a citação do réu (até a citação é procedimento especial), a demanda segue o procedimento ordinário.
Sentença declaratória: REGRA
Sentença condenatória: art. 899, $ 2º, CPC
Art. 899, § 2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste caso,valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos. 
Dia 14/08/13
Ações possessórias
1 – Proteção possessória
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
Autotutela: Justiça com as próprias mãos. Em regra, é proibido. 
Principio da inafastabilidade de autotutela
Desforço imediato; art. 1210, CC = legitima defesa da sua posse. Caso precisa agir com as próprias mãos para se defender, você pode agir, porém vai responder pelo excesso.
Heterotutela: buscar proteger a posse por meio das ações abaixo:
Ações possessórias:
Reintegração de posso
Manutenção de posse
Interdito proibitório
2 – Ações possessórias e afins: cuidam do direito de propriedade e não da posse.
Ações de imissão de posse: o individuo quer ingressar no imóvel que já é dele. Deve mostrar que é o proprietário do imóvel, não que é o possuidor.
Livro Marcus Vinicius Rios: A ação de imissão de posse é aquela atribuída ao adquirente de um bem, que tenha se tornado seu proprietário, para ingressar na posse pela primeira vez, quando o alienante não lhe entrega a coisa. Essa ação nunca poderia ter natureza possessória, porque o seu autor não tem nem nunca teve posse. O seu objetivo é obtê-la pela primeira vez, quando se obtém a propriedade da coisa. Aquele que com- pra um bem tem o direito de o ter consigo.
Constituto possessório
Ação reivindicatória: discutir a propriedade
Livro Marcus Vinicius Rios: Tanto o proprietário, privado injustamente do bem, quanto o possuidor e bulhado, têm o direito de reaver o bem que lhe foi tirado indevidamente. O proprietário, por força do disposto no art. 1.228, do CC, que lhe dá o direito de reaver a coisa do poder de quem injustamente a possua ou detenha. Já o possuidor tem direito de reaver a coisa, porque a posse é protegida por lei, e não pode ser tirada do possuidor de forma indevida, ilícita. Imagine-se, por exemplo, que A seja proprietário de um bem, e B o seu possui- dor, que o tenha consigo sem autorização do dono. O proprietário pode ajuizar ação reivindicatória para reavê-lo, e se provar a sua condição, terá êxito.
Ação de nunciação de obra nova: o direito de propriedade, a proteção dos vizinhos.
Livro Marcus Vinicius Rios: Conquanto pressuponha que o autor seja proprietário ou possuidor do bem, a nunciação de obra nova não é possessória, porque não tem por finalidade proteger a posse. Sua função é permitir àquele que tem posse ou propriedade impedir a construção de obra nova em imóveis vizinhos; ou o condômino, que impeça que o coproprietário altere a coisa comum.
Ação de embargos de terceiro: 
Livro Marcus Vinicius Rios: É a ação que mais se aproxima das possessórias. Sua função é permitir ao terceiro, que não é parte do processo, recuperar a coisa objeto de constrição judicial. Não é possessória porque pode ser ajuizada não apenas pelo possuidor, mas também pelo proprietário, e visa proteger o terceiro (de boa fé), não propriamente de esbulho, turbação ou ameaça, mas de apreensão judicial indevida.
3 – Espécies
Reintegração de posse – esbulho; há uma agressão a posse. Praticada por terceiro que tira por completo o domínio da posso do proprietário.
Livro Marcus Vinicius Rios: esbulho: pressupõe que a vítima seja desapossada do bem, que o perca para o autor da agressão. É o que ocorre quando há uma invasão e o possuidor é expulso da coisa;
Manutenção de posse - turbação: também é uma agressão a posse, mas é uma agressão que não é suficiente para retirar toda a posse do individuo. O possuidor deve ser manutenido na posse.
Livro Marcus Vinicius Rios: turbação: pressupõe a prática de atos materiais concretos de agressão à posse, mas sem desapossamento da vítima. Por exemplo: o agressor destrói o muro do imóvel da vítima; ou ingressa frequentemente, para subtrair frutas ou objetos de dentro do imóvel;
Interdito proibitório - ameaça; é possibilidade da ameaça de agressão se tornar agressão. 
Livro Marcus Vinicius Rios: ameaça: não há atos materiais concretos, mas o agressor manifesta a intenção de consumar a agressão. Se ele vai até a divisa do imóvel, e ali se posta, armado, com outras pessoas, dando a entender que vai invadir, haverá ameaça.
4 – Fungibilidade: significa que ação equivocadamente proposta pode ser recebida e aceita pelo juiz como se correta fosse.
Art. 920, CPC
Art. 920. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará (proibirá) a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela, cujos requisitos estejam provados.
Livro Marcus Vinicius Rios: ‘Em outras ocasiões, tivemos oportunidade de ver que a lei processual se vale da fungibilidade para evitar prejuízo aos litigantes, em situações nas quais pode haver dúvida sobre qual a providência adequada’. ... ‘Diante da dúvida sobre a natureza da agressão à posse, o legislador houve por bem considerar fungíveis as ações possessórias. ’
5 – Cumulação de demandas: é possível acumular pedidos.
Livro Marcus Vinicius Rios: Nada impede que além desses, o autor cumule ainda outros pedidos, além dos previstos no art., como de rescisão de contrato ou anulação do negócio jurídico. Mas terá de observar o procedimento ordinário, o que inviabilizará a liminar específica.
Art. 921, CPC
Art. 921. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
Il - cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho;
III - desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua posse.
Pedido possessório, reparação de danos, desfazimento de coisas e multas.
Livro Marcus Vinicius Rios: Reparação de danos: da agressão à posse podem decorrer prejuízos. O invasor pode, por exemplo, provocar destruição e danos à coisa. E pode impedir o possuidor de usá-la, e retirar os frutos que ela produz. Pode haver lucros cessantes e danos emergentes. Multa cominatória. É instrumento de prevenção. O autor pede ao juiz que fixe uma multa suficientemente elevada para atemorizar o réu de, no futuro, tentar novas agressões à posse.
Pedido de desfazimento: aplicabilidade do art. 461, CPC.
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 
§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. 
§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. 
Livro Marcus Vinicius Rios: Pode ocorrer que, no período em que esteve no imóvel, o esbulhador realize construções e plantações. Se o autor não as quiser, pode cumular, aos pedidos possessórios, o de que o réu seja compelido a, às suas expensas, promover o seu desfazimento.
Outros pedidos formulados, além daqueles previstos no art. 921, CPC – segue-se pelo procedimento ordinário. 
Para se valer do procedimento especial, não pode alegar outros pedidos. Se tiver outros, além da reparação, multa e desfazimento, segue-se pelo procedimento ordinário.
6 – Natureza Dúplice
Esse dispositivo atribui às possessórias, caráter dúplice, pois autoriza o réu a formular pedidos contra o autor, na contestação, sem reconvir.
É utilizar para contra atacar o que o autor alegou na petição.
Art. 922, CPC
Art. 922. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendidoem sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Autor e réu ocupam simultaneamente ambas as posições subjetivas da relação jurídica processual
O réu pode formular os mesmos pedidos que o autor poderia fazer na petição inicial
Não admite-se reconvenção, salvo se pretender fazer outro tipo de pedido, além daquelas do art. 921, CPC
OBSERVAÇÃO: 
No procedimento ordinário, dentre as várias possibilidades de defesa do réu, há a reconvenção. Reconvenção é o contra ataque do réu em relação ao pedido formulado pelo autor, devendo ser apresentado no prazo da contestação, perante o mesmo juízo. Neste caso, o réu pode fazer pedido.
Entretanto, nas ações possessórias, que seguem as regras do procedimento especial, não cabe reconvenção, em razão da natureza dúplice de tais ações. Como autor e réu ocupam ao mesmo tempo as duas posições subjetivas do processo (autor e réu), todos os pedidos que podem ser feitos na petição inicial podem também ser feitos na contestação. A única hipótese apresentada pela doutrina a respeito do cabimento da reconvenção nas ações possessórias ocorre quando o réu tiver o interesse de formular pedido diverso daqueles previstos no art. 921, CPC.
7 – Extinção de domínio
A exceção de domínio consiste na possibilidade de o réu defender-se, com êxito, na ação possessória, alegando a sua qualidade de proprietário do bem.
Art. 923, CPC
Art. 923. Na pendência do processo possessório, é defeso (proibido), assim ao autor como ao réu, intentar a ação de reconhecimento do domínio.
**Réu está impedido de propor ação própria para intentar reconhecimento de domínio.
Livro Marcus Vinicius Rios: Esse dispositivo mostra a preocupação do legislador em manter estanques o juízo petitório e o possessório. Se uma das partes pudesse ajuizar ação dominial contra a outra, versando sobre o mesmo bem, haveria necessidade de reunião de ações, por conexidade, e a propriedade acabaria interferido no julgamento da ação possessória. Por isso, na pendência da ação possessória — portanto, desde o seu ajuizamento até o trânsito em julgado — não se admite ação de reconhecimento de domínio.
8 – Procedimento ordinário e especial
Art. 924, CPC
Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
Deve-se observar o tempo que transcorreu desde o momento em que a posse foi agredida para diferencias se é procedimento ordinário ou especial.
Ação possessória de força nova: agressão inferior a ano e dia. (Procedimento especial)
A ação de força nova é aquela intentada dentro do prazo de ano e dia, a contar da data do esbulho ou da turbação.
Ação possessória de força velha: agressão superior a ano e dia. (procedimento ordinário)
Art. 1208 e 1224, CC
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
Diferença para identificar força nova e força velha
Requisitos necessários para a concessão de pedido liminar na ação possessória de força nova: demonstração da data em que se encerrou a agressão, bem como demonstração da agressão.
No caso de ação possessória de força velha, não poderá o autor se valer das ações possessórias em espécie previstas no livro 4 do CPC que cuida dos procedimentos especiais. Para a proteção da posse, deve o autor propor ação pelo procedimento ordinário. A lei não permite a formulação de pedido de liminar, tal como nas ações possessórias de força nova, porém torna-se cabível a formulação de pedido de tutela antecipada genérica, nos termos do artigo 273, CPC.
São requisitos da tutela antecipada: (A e B sempre estarão presentes)
Prova inequívoca
Verossimilhança da alegação
Perigo de dano irreparável ou de difícil reparação
Abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório.
Parcela incontroversa de um ou mais de um pedido formulado pelo autor.
(negativa) Inexistência de perigo quanto a irreversibilidade do provimento. Não deve ter.
Dia 21/08/2013
9 – Exigência de caução em caso de liminar
-- prova da insuficiência econômica: fica a cargo do autor. Exemplos: holerite, extrato bancário, demonstrativo de dívidas, declaração de pobreza.
Art. 925, CPC
Art. 925. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de decair da ação, responder por perdas e danos, o juiz assinar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução sob pena de ser depositada a coisa litigiosa.
10 – Competência
Art. 95, CPC: foro da situação do imóvel
Competência absoluta: que venha ser feita por preliminar de prorrogação.
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
11 – Legitimidade ativa
O possuidor que tenha sido esbulhado, turbado ou ameaçado.
Morte do possuidor: a posse é transferida aos herdeiros e sucessores – art. 1207, CC
Sucessão inter vivos: o adquirente pode usar a ação possessória (art. 1207, 2ª parte, CC)
Art. 1.207. Sobre o laudo manifestar-se-ão os interessados no prazo comum de 5 (cinco) dias. Em seguida, o juiz homologará ou corrigirá o arbitramento e a avaliação; e, achando livres e suficientes os bens designados, julgará por sentença a especialização, mandando que se proceda à inscrição da hipoteca.
Livro Marcos Vinicius Rios: Quem pode promover ação possessória é o possuidor que alega ter sido esbulhado, turbado ou ameaçado. O proprietário não terá legitimidade, a menos que também seja possuidor. Em caso de morte, a legitimidade passará a seus herdeiros e sucessores, a quem a posse se transmite de pleno direito. Em caso de sucessão entre vivos, por cessão dos direitos possessórios, o cessionário terá legitimidade para defender a posse, já que a ele é facultado unir a sua posse à de seu antecessor. A ação possessória poderá ser ajuizada por qualquer tipo de possuidor: direito ou indireto, natural ou civil, justo ou injusto.
12 – Legitimada passiva
Quem perpetrou o esbulho, a turbação ou ameaça.
Morte de agressor: espólio ou herdeiros e sucessores. (posso ajuizar ação, se tiver inventário aberto, contra o espólio, se não tiver, contra os herdeiros).
A pessoa jurídica de direito público (município) pode ser ré, mas a liminar não será deferida sem previa audiência de seus representantes judiciais. Sim, cabe. E posso emitir pedido liminar. Porém, primeiro o juiz deve ouvir os representantes da PJ de direito público. (ação de manutenção de posse).
Livro Marcos Vinicius Rios: É daquele que perpetrou a agressão à posse, a quem se imputa a qualidade de autor do esbulho, turbação ou ameaça. Se tiver falecido, do espólio ou herdeiros. Se tiver havido transferência a terceiros, a vítima só poderá valer-se da ação possessória com sucesso, se eles tiverem recebido a coisa de má-fé. É o que o art. 1.212 do CC estabelece que: “O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era”.
13 – Petição Inicial
Art. 282 e 283, CPC
Ocupação realizada por pessoas que o autor não tem condições de qualificar (caso MST).
Deve-se: formular pedido com suas especificações, descrever a agressão, a individualização do bem objeto do litigio, mencionando sua localização e dimensões.
-- pedido de tutela inibitória.Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; (qualificação).
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Livro Marcos Vinicius Rios: Os maiores cuidados que o autor deve ter são o de indicar com precisão o bem objeto da pretensão para que, em caso de acolhimento do pedido, seja possível cumprir o mandado de reintegração ou manutenção de posse. Além disso, precisará descrever com clareza em que consiste ou consistia a sua posse, e de que maneira se verificou o esbulho, turbação ou ameaça.
14 – Liminar
Requisitos – art. 927, CPC
O importante é a comprovação da posse, da ameaça da posse.
Art. 927. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração.
Livro Marcos Rios Vinicius: É o que torna especial o procedimento das possessórias de força nova. Consiste na possibilidade de o juiz determinar, de plano, a reintegração ou a manutenção de posse. Ou ainda fixar de plano a multa preventiva, no interdito proibitório. Ela tem natureza de verdadeira tutela antecipada, já que concede no início do processo aquilo que só seria concedido ao final. Não é a tutela antecipada genérica do art. 273, do CPC, cujos requisitos já foram examinados. Mas específica própria das ações de força nova.
15 – Audiência de justificação
Finalidade: o autor deve demonstrar, por testemunhas, sua posse e agressão.
Ocorre antes da contestação.
Participação do réu: destina-se a participar da ouvida das testemunhas do autor. Pode estar acompanhado de advogado, formular perguntas e apresentar contradita.
Prazo para contestar: fluirá do deferimento ou indeferimento da liminar.
Embargos de terceiro
1 - Noção
Conceito: Remédio processual a disposição de quem, não sendo parte do processo, tiver violada (prejudicada) a posse de seus bens por ato judicial. (deve haver decisão do juiz que incida sobre o bem).
Tutela-se à posse direta e indireta.
Direta: próprio possuidor desfruta, goza da própria coisa.
Indireto: é o proprietário, mas loca a coisa.
Objeto: qualquer direito (pessoal e real) incompatível com o ato judicial de apreensão.
Livro Marcos rios Vinicius: Os embargos de terceiro são a ação atribuída àquele que não é parte, para fazer cessar a constrição judicial que indevidamente recaiu sobre bens do qual é proprietário ou possuidor.
Distinguem-se das ações possessórias em dois aspectos: podem ser ajuizados não só pelo possuidor, mas também pelo proprietário; e tem por finalidade afastar não esbulho, turbação ou ameaça, mas apreensão judicial, indevida porque recai sobre bem de quem não é parte.
2 - Finalidade: não visam desconstituir ou invalidar decisão proferida em processo alheio, mas impedir que a eficácia do ato atinja patrimônio que não pode ser responsabilizado pelo débito. (não quer anular a penhora, não quer anulação da penhora, o que o terceiro quer é impedir que a decisão proferida em outro processo produzida efeito sobre o patrimônio dele).
3 - Objeto: ato judicial situado em processo de conhecimento, cautelar ou de execução.
O ato de apreensão não precisa ser imediato, bastando à ameaça futura e iminente da construção. (art. 5, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito).
Sempre é cabível embargos de terceiro, em qualquer processo.
Não é necessário aguardar a penhora. Diante de preocupadas razões, pode ser ajuizados embargos de terceiro.
É importante pedir a suspensão do processo alheio (que pede a penhora do bem em questão).
Se não tiver contrato, basta comprovar a boa fé.
4 - Pressupostos
Restrição ou apreensão judicial do bem
Condição de senhor ou possuidor do bem (pode ser proprietário do bem).
Qualidade do 3º em relação ao processo do qual emanou a ordem judicial.
5 - Legitimidade ativa
3º estranho ao processo – art. 1046, $ 1º, CPC.
3º equiparado – art. 1046, $ 2º, CPC (exemplo: mãe que doa bem ao filho com cláusula de usufruto. Se houver penhora no bem, a mãe é terceiro interessado para ajuizar embargos).
Cônjuge – art. 1046, $ 3º - súmula 134, STJ.
Cabem embargos à execução ou embargos de terceiro
Promitente comprador (que tem promessa de adquirir o imóvel), que tenha ou não registro de promessa de compra e venda.
Súmula 84, STJ
Art. 1.046. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.
§ 1o Os embargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou apenas possuidor.
§ 2o Equipara-se a terceiro a parte que, posto figure no processo, defende bens que, pelo título de sua aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser atingidos pela apreensão judicial.
§ 3o Considera-se também terceiro o cônjuge quando defende a posse de bens dotais, próprios, reservados ou de sua meação.
Dia 28/08/2013
6 – Procedimento
6.1 – Competência
Juízo que ordenou a apreensão do bem: local onde deve ajuizar a ação.
	Distribuição por dependência ao processo ___________ (especificar o processo).
Livro Marcos rios Vinicius: Os embargos de terceiro são distribuídos por dependência ao juízo em que corre o processo no qual foi determinada a apreensão do bem. Trata-se de regra de competência funcional (absoluta).
Juízo deprecado (quem recebe a carta precatória) na execução por carta, salvo se o bem apreendido foi indicado pelo juiz deprecante (quem envia a carta precatória).
Livro Marcos rios Vinicius: São os embargos de terceiro apensados ao processo onde houve a apreensão? Não. O art. 1.049 do CPC esclarece que “Os embargos serão distribuídos por dependência e correrão em autos distintos perante o mesmo juiz que ordenou a apreensão”. Não há razão para o apensamento, pois os embargos de terceiro serão aforados em primeira instância mesmo que o processo já esteja em fase de recurso.
Se a causa principal foi de competência originaria do tribunal, a este órgão compete o julgamento dos embargos.
6.2 – Momento para oposição dos embargos
Processo de execução: 5 dias após alienação ou adjudicação, mas sempre ante da assinatura da respectiva carta (alienação ou adjudicação).
Perda do prazo: não impede que o direito seja discutido em ação própria (processo ordinário).
Processo de conhecimento: a qualquer tempo, antes do trânsito em julgado.
Processo cautelar: não cabe.
Livro Marcos rios Vinicius: O prazo de embargos de terceiro vem estabelecido no art. 1.048 do CPC: “Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até cinco dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta”.
6.3 – Petição Inicial
Art. 282 e 283, CPC
Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Documentos comprobatórios da posse ou titularidadesobre o bem / direito que se quer proteger + comprovação de terceiro. (preciso documentar que possuo o bem, que tenho posse do bem. Exemplo: compromisso de compra e venda; é necessário comprovar também que sou terceiro).
Art. 1.049. Os embargos serão distribuídos por dependência e correrão em autos distintos perante o mesmo juiz que ordenou a apreensão. É a regra.
Art. 1.050. O embargante, em petição elaborada com observância do disposto no art. 282, fará a prova sumária de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.
§ 2o O possuidor direto pode alegar, com a sua posse, domínio alheio.
§ 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.
6.4 – Valor da causa
Valor patrimonial do bem (é sempre o valor do bem. Se colocar o valor da causa valor inferior ao valor do bem, cabe ao embargado se valer da impugnação do valor da causa).
6.5 – Liminar
Expedição de mandado de manutenção ou de retenção da coisa. (serve para ser beneficiado com uma ordem judicial para manter o bem ou para não reter o bem).
Livro Marcos rios Vinicius: O autor, na inicial, pode pedir ao juiz que, liminarmente, expeça mandado de manutenção ou de restituição dos bens que foram indevidamente constritos. Com a apreensão judicial, o embargante terá perdido a posse do bem, ou sofrido turbação. Para que o juiz conceda a liminar, basta que, em cognição sumária, fique demonstrada a posse do embargante e a sua qualidade de terceiro. Por isso, é preciso que ele instrua a inicial com todos os elementos que possam convencer o juiz de sua posse. A liminar pode ser deferida de plano, se o juiz ficar convencido, pelos elementos trazidos com a inicial. Mas ele pode, não se sentindo ainda suficientemente esclarecido, designar audiência preliminar, na forma do art. 1.050, § 1º, do CPC (art. 1.050, § 1º, do CPC: O possuidor direto pode alegar, com a sua posse, domínio alheio).
6.6 – Forma de citação
Embargado: quem se beneficiou com o bem, penhora, arrestro, sequestro.
Correntes:
Via advogado, mediante publicação de despacho que ordena a citação, no órgão oficial.
Pessoal
Livro Marcos rios Vinicius: A citação poderá ser feita por qualquer dos meios previstos no CPC. No entanto, por força do § 3º, do art. 1.050, do CPC, introduzido pela Lei n. 12.125/2009, se o embargado tiver advo- gado no processo principal, não haverá citação pessoal, mas por intermédio de seu advogado. Não bastará a mera intimação do advogado pela imprensa, sendo necessária a citação. No entanto, ela será dirigida ao advogado, em situação idêntica à que ocorre na oposição, conforme art. 57, caput, do CPC.
6.7 – Defesa do embargado
Prazo: 10 dias (de acordo com o art. 1053, CPC)
Admite-se qualquer matéria de defesa. (poderá falar de tudo).
Exceção: fraude contra credores deve ser discutida em ação própria. Só pode ser discutida em ação pauliana.
Reconvenção: não se admite, porque o procedimento é diferente.
Após a contestação de mandado de manutenção ou restituição do bem.
6.8 – Sentença
Procedência: expedição de mandado de manutenção ou de restituição do bem.
As despesas serão suportadas por quem deu causa à constrição indevida (Súmula 303, STJ).
Efeitos da apelação: devolutivo e suspensivo.
Cabe apelação.
Livro Cassio Scarpinella: a sentença deve responder ao pedido do autor, concedendo-lhe, no todo ou em parte, a tutela jurisdicional pleiteada (art. 269, I, CPC).
Ação monitória
Art. 1102-A a 1102-C, CPC
Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.
Art. 1.102.b - Estando a petição inicial devidamente instruída, o Juiz deferirá de plano a expedição do mandado de pagamento ou de entrega da coisa no prazo de quinze dias. 
Art. 1.102-C. No prazo previsto no art. 1.102-B, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão a eficácia do mandado inicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo e prosseguindo-se na forma do Livro I, Título VIII, Capítulo X, desta Lei.
1 – Fundamento do procedimento monitório
Livro Marcos rios Vinicius: A ideia da monitória é permitir ao credor de uma obrigação de pagar, ou entregar coisa fungível ou determinado bem móvel, munido de prova escrita dotada de força executiva, obter mais rapidamente o título executivo judicial, quando o devedor não oferecer resistência.
Pelo sistema tradicional do CPC, quando o devedor é citado e não oferece res- posta, o juiz, reconhecendo a revelia, profere sentença, condenando-o ao cumpri- mento da obrigação. A sentença pode ser objeto de recurso, e só quando contra ela não couber nenhum que seja dotado de efeito suspensivo, poderá ser executada. Na monitória, a coisa se simplifica, porque se o réu não opuser resistência, o mandado inicial converte-se em executivo. Passa-se diretamente da fase de conhecimento, para a de execução, sem necessidade de sentença ou qualquer tipo de decisão.
A ação monitória é uma ação de conhecimento, de procedimento especial porque, não havendo resistência do réu, constitui-se de pleno direito o título executivo judicial e passa-se à fase de execução, sem sentença. O que há de peculiar nesse tipo de processo de conhecimento, de natureza condenatória, é que o credor pode obter mais rapidamente o título executivo judicial, quando o réu não resistir à pretensão inicial.
OBSERVAÇÕES PARTICULARES:
Se o devedor cumprir o que foi determinado pelo juiz incialmente, o devedor não terá que pagar os honorários da outra parte.
Se opuser embargos e permanecer em silencio, a prova documental que acompanhou a petição será convertida pelo juiz em título judicial. A partir deste momento, a ação monitoria passa ser de execução.
Se for obrigação de fazer e não fazer, não cabe ação monitória.
Quando individuo tem documento desprovido de execução em mãos.
2 – Pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou determinado bem móvel.
3 – Procedimento monitório e Fazenda Pública: Súm. 339, STJ “É cabível ação monitória contra Fazenda Pública”.
4 – Existência de prova escrita e admissibilidade de uso do procedimento ordinário
5 – Conceito de prova escrita
Prova que sustenta o crédito e que não seja título executivo
Não se trata de prova pré-constituída.
O que é prova escrita?
Probabilidade do que está contido no documento do autor seja existente, ou seja, verdadeiro.
O que é prova pré-constituída?
6 – Prova escrita composta por dois ou mais escritos.
7 – Documento particular
E-mail: pode sim, desde que o e-mail confirme a dívida. Se for falso, cabe ao embargado alegar e provar sua alegação. Pode também SMS e até in box do face.
Cheque prescrito: pode
Duplicata sem aceite: pode, com aceite não, é execução.
Estrato dos escritos contábeis / bancários: apenas com base nos extratos não.
Conta corrente: súm. 247, STJ “o contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhamento do demonstrativo do débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitoria”
8 – Petição inicial
Deve ser instruída com prova escrita 
Convicção de probabilidade e cognição sumária: o juiz não está certo que tem o crédito; tudo leva a ver que tem, mas não há certeza. Fumus bonis iuris. Ocorre no inicio da ação.
9 – Deferimento da expedição do mandato e determinação do devedor
10 – Citação por hora certa
É admissível – art. 227, CPC – curador especial (art. 9º, II, CPC).
Citação por edital – súmula 282, STJ
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, afim de efetuar a citação, na hora que designar.
Art. 9o O juiz dará curador especial:
I .....
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
Livro Marcos rios Vinicius: Na decisão inicial, o juiz ordenará a expedição de mandado de pagamento e a citação do réu. Ao ser citado, ele tomará ciência do prazo de embargos, e das consequências da não apresentação. Como a lei se refere à “mandado de pagamento”, surgiram controvérsias a res- peito da possibilidade de citação por carta na monitória. Prevalece amplamente, e com razão, o entendimento de que a citação pode ser por carta, já que o art. 227 do CPC não a inclui entre as ações em que a citação deve ser feita obrigatoriamente por mandado. Também admite-se a citação por edital, nos termos da Súmula 282 do STJ (“Cabe a citação por edital em ação monitória). Por fim, também admite-se a com hora certa, nos casos de ocultação. Havendo citação ficta, por edital ou com hora certa, haverá nomeação de cura- dor especial, legitimado a opor embargos de devedor (como, a nosso ver, os embargos não têm natureza de ação incidental, mas de mera defesa do devedor, o curador especial deverá apresentá-los ainda que por negativa geral, como nas contestações comuns, quando não tiver outros elementos de defesa).
DIA 04/09/2013 – faltei, peguei matéria com a Priscila
Embargos ao mandado.
Prazo. 15 dias a partir da CITAÇÃO 
Matéria veiculável pode ser deduzida todas as alegações e requeridas todas as provas que poderiam ser feitas no âmbito da contestação de uma ação que tramita pelo procedimento ordinário – Provas.
Ônus da prova. Terá que alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos. O ônus da prova continua o mesmo art. 333, CPC.
Imutabilidade, recorribilidade, efeitos do recurso.
Intervenção de terceiros. Cabem todas as espécies de intervenções de terceiros (as 5 espécies).
A decisão do juiz é a sentença o recurso cabível;
Fase executiva. Quando enceram os embargos o juiz irá intimar o executado na pessoa do seu advogado para cumprir com a obrigação em 15 dias 
Mesmo processo (fase de cumprimento).
Art. 475 – J e ss, do CPC.
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
Impugnação ao cumprimento.
Matérias alegáveis (art. 475 – L, do CPC).
Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
*Documento que deve acompanhar a petição inicial deve ser um documento hábil no qual conta que há uma divida (entrega de coisa fungível, pagar quantia e entrega de bem imóvel).
A citação pode ser por ora certa (citação ficta);
Se não ocorrer o pagamento o juiz converte o documento em titulo judicial; 
Seja quando for e perder aquele documento será mudado para titulo judicial, no qual o réu receberá um mandado de execução.
 #ASPECTOS PROCESSUAIS DO INVENTÁRIO E DO ARROLAMENTO
Princípios da saisine.
Art. 1.784, CC.
Finalidade do inventário.
Apurar a totalidade dos bens e direitos do falecido, saldar eventuais dívidas e partilhar esse patrimônio entre os herdeiros. 
O inventário não será necessário nos seguintes casos:
Depósitos do FGTS e do PIS – PASEP – art. 1.037, CPC. 
Valores de restituição de tributos, não existindo outros bens a inventariar, os saldos bancários e as contas de caderneta de poupança e fundos de investimento no valor de até 500 ORTN´S. 
Valores de benefícios previdenciários não recebidos em vida pelo segurado.
Inventário e partilha pela via administrativa. 
Art. 982, CPC, Lei 1144/07.
A escritura pública constitui título hábil para o registro imobiliário, independentemente de homologação judicial.
Exigências legais. 
1ª Ausência de incapazes.
2ª Os herdeiros devem estar de comum acordo quanto à partilha dos bens.
3ª A atuação do advogado é obrigatória.
4ª A escritura pública constitui titulo hábil para o registro imobiliário, não havendo necessidade de homologação judicial.
Resolução 35 do CNJ.
Inventário judicial.
Procedimento especial de jurisdição contenciosa (quando tem conflito).
Art. 983, CPC.
Questão de alta indagação*= é aquela questão fática que não pode ser provada por meio documental. Não pode ter alta indagação?
Inventário negativo.
Art. 1523, I, CC.
Penalidade: o novo matrimônio se sujeitará ao regime obrigatório de separação de bens (art. 1641, I, CC).
Competência.
Art. 96, CC
Competência relativa
Prazo 
Deve ser iniciado em 60 dias, a contar do falecimento do autor da herança.
Encerramento: 1 à meses pode ser prorrogado, se houver justo motivo.
Inobservância do prazo: multa instituída por Estado – membro como sanção pelo retardamento.
Duração razoável do processo.
Dia 11/09/2013
Inventário e partilha
Livro Marcos rios Vinicius: Com a morte, termina a personalidade civil do homem, tem início a sua sucessão e ocorre a transmissão aos seus herdeiros, legítimos ou testamentários, dos bens. Por força do princípio da saisine (CC, art. 1.784), essa transmissão opera-se no momento do falecimento. Mesmo assim, é preciso fazer o inventário e posterior partilha dos bens, para que a situação fique regularizada.
A finalidade do inventário é a apuração do acervo de bens, direitos e obrigações da massa, a identificação dos herdeiros, e da parte cabente a cada um para que, recolhidos os tributos, os bens possam ser partilhados entre eles.
O inventário consiste na enumeraçãoe descrição de todos os bens e obrigações que integram a herança, para que oportunamente possa haver a adjudicação ou partilha aos sucessores.
O imposto de transmissão mortis causa só incidirá sobre a herança, pois só esta passará aos herdeiros.
Natureza: O inventário é processo de conhecimento, de jurisdição contenciosa e proce- dimento especial, destinado a catalogar o patrimônio deixado por alguém que mor- reu, indicando ainda quem são seus herdeiros ou sucessores. Será apurado o quinhão que caberá a cada sucessor, quando for realizada a partilha, e o que deve ser atribuí- do a eventuais credores e cessionários.
Prazo 
Livro Marcos rios Vinicius: O CPC, no art. 983 estabelece prazo para que o inventário seja aberto: “O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte”. Com isso, alterou-se o prazo de trinta dias, previsto no art. 1796 do CC. Tal alteração resulta da Lei n. 11.441/2007, que alterou a redação originária do art. 983. Portanto, hoje o prazo é de sessenta dias. Não havendo a abertura de inventário no prazo, as partes ficam sujeitas à multa, que pode ser estabelecida em lei estadual. Nesse sentido, a Súmula 542 do STF: “Não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-Membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário”. No Estado de São Paulo, ela é de 10% se o atraso for superior a sessenta dias e de 20% se ultrapassar 180 dias (Leis estaduais n. 9.591/66 e 10.705/2000).
Inicio: 60 dias
Término: 12 meses
Inventário não aberto no prazo legal:
Multa
Possibilidade de o juiz instaurar o processo de ofício
Duração razoável de processo
Lei 10.705/2000 – lei da Secretaria da Fazenda do Governo de São Paulo
Art. 21, cap. VII. (trata das penalidades sobre o imposto ITCMD)
-- caso perder o prazo de 60 dias, multa de 10% do valor do imposto em relação ao patrimônio. Se exceder 180 dias do prazo, é de 20% sobre o valor do imposto em relação ao patrimônio.
O ITCMD é tributo de Estado, então somente o Estado pode legislar.
Art. 16. Alíquota do ITCMD.
Administrador provisório
Livro Marcos rios Vinicius: A legitimidade para requerer a abertura do inventário vem tratada nos arts. 987 a 989 do CPC. Há um legitimado prioritário, legitimados concorrentes e um legitimado supletivo. O legitimado prioritário é a pessoa que estiver na posse e administração do espólio, por essa razão, considerado seu administrador provisório.
O art. 985 do CPC estabelece que: “até que o inventariante preste o compromisso, continuará o espólio na posse do administra- dor provisório”. E o art. 986: “O administrador provisório representa ativa e passiva- mente o espólio, é obrigado a trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da su- cessão percebeu, tem direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa”. O administrador provisório não é nomeado pelo juiz, mas identificado de acordo com o art. 1.797 do CC, que atribui a função, sucessivamente, ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão; ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens e, se houver mais de um nessas condições, ao mais velho; ao testamenteiro e a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas anteriormente ou quando tiverem sido afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.
Representa o espólio da abertura de compromisso de inventariante
Art. 1797, CC – legitimados para ser administrador provisório.
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente:
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao mais velho;
III - ao testamenteiro;
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.
Legitimidade para a inventariança
Art. 990, CPC
Art. 990. O juiz nomeará inventariante: 
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; 
II - o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados; 
III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do espólio;
IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administração do espólio ou toda a herança estiver distribuída em legados;
V - o inventariante judicial, se houver;
Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial.
Legados: é quando o autor da herança deixa para certo individuo especifico bem. É uma doação pós morte.
Livro Marcos rios Vinicius: Aberto o inventário, o juiz nomeará inventariante, que passará a exercer as suas atribuições após prestar compromisso. Ele substitui o administrador provisório, que até então estava incumbido de zelar pelo espólio, e administrar os bens. Não há nenhum óbice a que aquele que já vinha exercendo a função de administrador provisório seja nomeado inventariante.
Atribuições de inventariante
Art. 991, CP
Art. 991. Incumbe ao inventariante:
I - representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o disposto no art. 12, § 1o;
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência como se seus fossem;
III - prestar as primeiras e últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao espólio;
V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver;
Vl - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excluído;
Vll - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz Ihe determinar;
Vlll - requerer a declaração de insolvência (art. 748).
Espólio: é a massa de bens que está em nome dos herdeiros e depende do inventário.
Art. 992, CPC
Art. 992. Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os interessados e com autorização do juiz:
I - alienar bens de qualquer espécie;
II - transigir em juízo ou fora dele;
III - pagar dívidas do espólio;
IV - fazer as despesas necessárias com a conservação e o melhoramento dos bens do espólio.
Remoção de inventariante: caso o juiz perceba que o inventariante esteja ‘’enrolando’’.
Art. 995, CPC – rol não exaustivo.
Art. 995. O inventariante será removido:
I - se não prestar, no prazo legal, as primeiras e as últimas declarações;
II - se não der ao inventário andamento regular, suscitando dúvidas infundadas ou praticando atos meramente protelatórios;
III - se, por culpa sua, se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano bens do espólio;
IV - se não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de cobrar dívidas ativas ou não promover as medidas necessárias para evitar o perecimento de direitos;
V - se não prestar contas ou as que prestar não forem julgadas boas;
Vl - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.
A remoção é ato primitivo. Deve-se oportunizar o contraditório.
Será processada em autos apensos do inventário.
A remoção pode ser determinada de ofício pelo juiz.
Livro Marcos rios Vinicius: O inventário perderá o cargo quando for removido ou destituído. A remoção ocorrerá como punição ao inventariante que não cumprir a contento as suas funções, deixando de praticar ato que lhe incumbia. Já a destituição se verificará não em razão de culpa, mas em decorrência de um fato externo ao processo, não ligado ao exercício da função, mas que impede o inventariante de a continuar exercendo. Por exemplo: se ficar gravemente doente, ou se for condenado criminalmente, e ficar impossibilitado de exercer a função.O incidente de remoção correrá em apenso ao inventário, e poderá ser suscitada por qualquer interessado. O inventariante será intimado para defender-se, no prazo de cinco dias, e produzir provas.
Procedimento 
Inventário	
Petição inicial: A abertura do inventário será requerida por petição, subscrita por advogado. Nela, o requerente comunicará o falecimento, comprovado com a juntada da certidão de óbito, e postulará a abertura do inventário e a nomeação de inventariante. O requerente deve, ainda, comprovar a sua legitimidade, juntando a documentação necessária.
Nomeação do inventariante: Aberto o inventário, o juiz nomeará inventariante, que passará a exercer as suas atribuições após prestar compromisso.
Primeiras declarações: as primeiras declarações fornecerão informações sobre o morto, sobre o cônjuge e o regime de bens, sobre os herdeiros e sua qualidade, bem como sobre todos os bens que compõem o espólio. Elas devem ser apresentadas de forma clara e precisa. Se houver obscuridade ou equívoco, o juiz determinará que sejam sanados.
Citações dos interessados: “Feitas às primeiras declarações, o juiz mandará citar, para os termos do inventário e partilha, o cônjuge, os herdeiros, os legatários, a Fazenda Pública, o Ministério Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se o finado deixou testamento”.
Avaliação do acervo: Superada a fase de impugnação, passar-se-á à de avaliação dos bens do espólio. O juiz nomeará um perito, se na comarca não houver avaliador judicial (CPC, art. 1.003). A avaliação de bens tem duas finalidades principais: permitir o cálculo dos impostos, que tem por base de cálculo o valor dos bens; verificar a correção da partilha, para que nenhum sucessor fique prejudicado.
Ultimas declarações: Depois de concluída a fase de avaliações, será lavrado o termo de últimas declarações, cuja finalidade é permitir que o inventariante tenha a oportunidade de completar, emendar ou corrigir as primeiras. Se não houver nada a corrigir ou a acrescentar, bastará que as ratifique. Prestadas as últimas declarações, as partes serão ouvidas no prazo comum de dez dias. Havendo impugnações, o juiz as decidirá, determinando as correções necessárias. Com as últimas declarações, estará concluída a fase do inventário.
Liquidação do ITCMD: tem por fato gerador a transmissão dos bens da herança em decorrência da morte ou da doação de bens do espólio. A base de cálculo é o valor dos bens na data da sua avaliação, e a alíquota deve ser a vigente na data da abertura da sucessão, nos termos das Súmulas 112 e 113 do STF. A base de cálculo abrangerá todos os bens, móveis ou imóveis, da herança, mas não inclui a meação do cônjuge supérstite, já que esta não integra a herança.
Partilha: repartição dos bens.
Petição de quinhões
Deliberação de partilha
Julgamento da partilha
Petição inicial
Art. 282, CPC (art. 987, $ un. CPC)
Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 987. Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.
Trata-se de petição inicial mais simples
Fundamento: que houve a morte de alguém que deixou bens a inventariar
Atribuição do valor da causa
Obrigatoriedade: deve se referir ao quantum do patrimônio inventariado.
Desnecessidade: após as primeiras declarações.
Os bens não precisam ser descritos na petição inicial e sim nas primeiras declarações.
Citações
Cônjuge / companheiro sobrevivente, herdeiro, legatários, Fazenda Pública, MP (se houver herdeiro incapaz ou ausente) e testamentária (se o caso).
Pessoas domiciliadas na comarca onde ocorre o inventário: citação por oficial e justiça. 
Pessoas domiciliadas em outra comarca: citação por edital.
Prazo de manifestação dos interessados. Pode ser apresentação uma manifestação que seja de contestação. 
Bens sonegados: 
Fim do primeiro bimestre
Dia 25/09/2013
AÇÃO DE USUCAPIÃO
1 – Noção: forma originaria da aquisição da propriedade em razão de certo período de tempo a frente da posse.
2 – Objeto de nossos estudos
Ação de usucapião
3 – Espécies de usucapião
Extraordinária. Art. 1238, CC – não é necessária boa fé.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo (melhorias, benfeitorias no imóvel).
Livro Cassio Scarpinela: por sua vez, independe de justo título e boa-fé, mas depende do exercício da posse por 15 anos.
Ordinária. Art. 1242, CC
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Especial de imóvel urbano. Art. 183, CF
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Área inferior no módulo urbano
Legalização irregular por meio de usucapião.
Espécie de imóvel rural. Art. 191, CF
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Especial urbana coletiva. Art. 10, Lei 10.257/01 (Estatuto da cidade)
Art. 10, lei 10.257Áreas urbanas com mais de 250m², ocupadas com população de baixa renda, por 5 anos sem interrupção, nem condições de ser reconhecidos os terrenos.... exemplo: favelas.
Se for maior de 250m², é impossibilidade jurídica da ação.
4 – Requisitos gerais
Posse ad usucapionem: posse para adquirir através da usucapião.
Continuado; ininterrupta.
Incontestabilidade: posse mansa e pacífica.
Animus domini: o possuidor deve ser visto pela coletividade como verdadeiro dono da coisa. O possuidor de boa fé acredita de fato que é possuidor do imóvel. Já o possuidor animus domini, mesmo que de má fé, para a coletividade pode parecer o dono da coisa.
Livro Marcos rios Vinicius: Não é preciso que o autor da ação tenha posse atual do bem. A ação de usucapião visa a declarar a propriedade em favor de alguém que, por ter permanecido na coisa com posse animus domini, contínua, ininterrupta, pacífica e pública, pelo tempo exigido por lei. Pode ocorrer que o possuidor tenha permanecido todo o tempo necessário, e tenha-se tornado proprietário. Mas que tenha perdido a posse, logo depois. Isso não o impede de pedira declaração de propriedade em seu favor. A única ressalva é que ele deve incluir — no polo passivo — o atual possuidor. É o que resulta da Súmula 263 do STF: “O possuidor deve ser citado pessoalmente para a ação de usucapião”. O possuidor a que a súmula se refere é que o tem a posse atual da coisa. Ele deve ser citado na ação ajuizada pelo usucapiente, que perdeu posteriormente a posse.
Tempo
 Faltaria tempo 3 anos para sair a sentença
13,5 anos 15 anos
Maria tem posse mansa pacifica. Ela pode ajuizar a ação antes do prazo completo?
Não, deve esperar completar 15 anos para ajuizar a ação.
Depende da espécie de usucapião: para cada espécie, tem um tempo.
É inadmissível o cômputo do prazo posterior ao ajuizamento da demanda até a prolação da sentença.
Coisa hábil
Excluem-se:
Bens públicos
Coisas fora do comércio: 
Terras devolutas
Imóvel com cláusula de inalienabilidade: o avô tem um único neto e vai deixar o bem para ele. Pode colocar a clausula.
5 – Legitimidade ativa 
Possuidor que preencheu os requisitos legais: O legitimado ativo é o possuidor, que alega ter a coisa consigo por tempo suficiente para obter a propriedade por usucapião.
Não precisa estar na posse do imóvel no momento da propositura da ação: mesmo o individuo não estando na posse do imóvel, mas completou o tempo hábil, tem legitimidade.
Súmula 263, STF: “o possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação de usucapião”.
Usucapião na constância do casamento
1ª corrente: litisconsórcio necessário entre os cônjuges: os dois devem figurar no polo ativo da ação.
2ª corrente: litisconsórcio facultativo: a esposa deve apenas dar anuência para a ação.
Composse: posse compartilhada
Todos os possuidores devem compor o polo ativo (ex.: marido e mulher, pais e filhos)
Sucessão causa mortis: individuo teve posso do imóvel por 20 anos, mas morre antes de ajuizar a ação. Quem deve ajuizar a ação? Tem inventário aberto? Se não tem, os filhos ajuízam a ação juntos. Se tiver inventario aberto, ajuíza a ação quem administra o espólio.
Todos os herdeiros devem ajuizar a ação
Espólio
Livro Marcos rios Vinicius: Em caso de morte, a ação pode ser proposta pelo espólio ou pelos herdeiros que, por força do princípio da saisine, tornam-se os novos possuidores no momento da morte do seu antecessor.
Litisconsórcio necessário entre réus certos e incertos, além de Fazenda Públicas Federal, Estadual e Municipal
- Competência
Situação do bem imóvel. Art. 95, CPC
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Imóvel situado em mais de um foro. Art. 107, CPC
Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel.
OBS: Fica a opção do autor em qual ajuizar a ação. Tornando o juiz, que primeiro tomar conhecimento do caso, prevento.
Intervenção da União – Justiça Federal
Livro Marcos rios Vinicius: A ação de usucapião de bens imóveis corre no foro de situação da coisa. Trata-se de regra de competência absoluta, inderrogável. Havendo interesse da União, a competência será deslocada para a Justiça Federal, como nas áreas de aldeamentos indígenas ainda ativos. Quando o aldeamento já estiver extinto, a competência será da Justiça Estadual, conforme Súmula 650 do STF.
– Petição inicial
Art. 282 e 283, CPC
Descrição do imóvel
Planta do imóvel: não tem planta, deve ser feita. Podendo ser uma planta simples, que contenha todas as situações do imóvel.
Pode ser croqui ou esboço? Pode ser feita, pois se o possuidor for podre, desprovido de condições para pagar, não poderá ser esboço. O juiz encaminha pedido ao cartório de imóvel que descreva todo o imóvel.
Certidão positiva ou negativa do Registro de Imóvel
Certidão negativa da existência de ação possessória que tenha o bem usucapindo como objeto.
Livro Marcos rios Vinicius: Deve cumprir as exigências do art. 282 do CPC. A única peculiaridade é que deve vir acompanhada de planta do imóvel, necessária para que ele possa ser perfeitamente identificado. Tem-se admitido, porém, que a planta possa ser substituída por um croqui, desde que suficiente para delimitar o imóvel.
– Citações
Réus certos: são o que consigo identificar.
Antigo proprietário
Confrontantes: vizinhos, para comprovar que o imóvel não invade a propriedade deles.
Eventualidade, o atual possuidor.
Réus incertos: não sei quem são; alguém que poderia, em tese, ter interesse na causa.
Edital – advogado dativo, podendo apresentar contestação por negativa geral. Pode citação por hora certa.
– Intimações: comunicação da existência da ação. Todas devem ser intimadas para ver se tem interesse na ação. Caso não tenham, segue. Se a União tiver interesse no objeto da ação, se estiver na justiça estadual, vai para justiça federal.
Fazenda Pública
Ministério Público: intimação obrigatória, interesse facultativo.
Livro Marcos rios Vinicius: Além das pessoas indicadas no item anterior, que devem ser citadas, as ações de usucapião exigem a intimação de determinadas entes. Eles não figuram como réus, mas a lei exige que sejam intimados, pois podem ter algum interesse no resultado. São eles: Os representantes da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma do art. 943 do CPC. A intimação é feita por via postal, e serve para que possam manifestar eventual interesse. Será dirigida às três esferas, da União, Estado e do Município em que o imóvel estiver situado. Ministério Público. Nas ações de usucapião de imóveis é indispensável a intervenção do Ministério Público, dada a repercussão que a sentença poderá ter sofre o registro de imóveis, do qual o Parquet é fiscal. Se o objeto da ação for bem móvel, inexistirá o interesse do Ministério Público.
DIA 09/10/2013
AÇÃO POPULAR 
Art. 5, LXXIII da CF.
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Lei 4717/65 (PROVA LER)
Livro Marinoni: Conceito: é uma medida judicial que permite a participação democrática autorizando qualquer cidadão a debater atos públicos, no intuito de anula-las quando lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio cultural e histórico. Trata- se de um instrumento que não tem por finalidade precípua a defesa de direitos individuais, mas a proteção da cidadania e do interesse público. Sua função não á atender a interesse especifico do autor da medida, mas a de proteger o interesse de toda a coletividade.
Ações coletivas como garantias constitucionais.
Conformação e limitação do direito à tutela coletiva.
Extensão da proteção no nível constitucional. Visa proteger:
Moralidade administrativa. Ex: pertence a coletividade.
Patrimônio histórico e cultural. Pertence ao meio ambiente (artificial) urbano.
Meio ambiente. 
LEGITIMIDADE ATIVA
Legitimidade ativa é o cidadão. No qual tem que juntar 2 documentos para entrar com processo de ação popular sendo o titulo de eleitor e a declaração de quitação eleitoral. Caso esteja suspenso no quesito eleitoral não poderá ajuizar ação popular.
 O prazo prescricional para ajuizamento de ação popular é 5 anos a partir do momento que houve o ato da ação ou omissão da moralidade administrativa, patrimônio histórico, cultural e meio ambiente.
O prazo prescricional da ação popular é de 5 anos. Ultrapassado esse prazo, fica vedado o ajuizamento daação popular. Porém, nada impede que uma ação específica seja proposta para ressarcir os cofres públicos os danos suportados. A ação que visa à reparação de danos ao erário é imprescritível. (PROVA MIN. PÚBLICO)
COMPETENCIA – art. 5º da LAP.
LEGITIMIDADE PASSIVA – art. 1 da LAP e art. 6, 1º da LAP.
 Quem deve legitimar como réu é a entidade pública, a pessoa que causou ameaça ou lesão ao patrimônio.
Possibilidade a ser tomada pela pessoa jurídica de direito público – art. 6, 3º da LAP.
Litisconsórcio ulterior – art. 6, 5º da LAP.
 É permitido o ingresso de outro cidadão para ser considerado como parte nesse processo popular.
PETIÇÃO INICIAL. (Art. 282 e 283 CPC)
Certidões e informações podem ser requeridas à entidade pública.
Isenção das custas. O autor da ação popular estava de boa-fé no momento da propositura da ação não paga à custa do processo. Art.5, LXXII CF. Se comprovada à má-fé terá que pagar. 
Prazo para o fornecimento: 15 dias 
 
Fraude em licitação pública procuração e titulo de eleitor. Documentos indispensáveis: edital, publicação no diário oficial. Faltou um desses documentos o juiz pedirá para o autor: ¨emende a petição inicial para sanar o problema (juntar os documentos)no prazo indicado sendo de 10 dias sob pena de indeferimento.¨
 Quais são os 3 efeitos da revelia?**
 Se o direito não for indisponível cabe revelia no processo caso contrário não cabe revelia.
DEFESA.
Os réus terão o prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais 20, se particularmente difícil à produção da prova documental, para apresentar sua resposta.
 
Desistência da ação ou surgimento de motivo para a extinção do processo sem resolução do mérito.
O autor pode sair do processo, formulando o pedido de desistência ou abandonando a causa. O juiz mandará publicar um edital para que outro cidadão seja comunicado da desistência do processo e ele venha dar continuidade no mesmo. O Ministério Público atua como fiscal da lei. Dentro do prazo de 90 dias se nenhum cidadão der continuidade o Ministério Público assumirá a ação, porém se os documentos forem infundaveis por intriga da oposição poderá desistir da ação.
Edital para que outro cidadão de prosseguimento à causa. Prazo: 90 dias.
Essa dificuldade também é outorgada ao MP.
SENTENÇA.
Prazo: 15 dias – art. 7, VI da LAP.
Penalidade: art. 7, parag. Único da LAP e art. 93, II e da CF.
 Prazo para o juiz proferir a sentença de 15 dias, caso não aconteça no prazo terá penalidade.
Objeto: anulação de ato lesivo aos interesses públicos.
Sentença constitutiva 
Outros tipos de sentença: possibilidade.
Sentença mandamental, sentença condenatória, sentença constitutiva.
DIA 16/10/2013
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
LEI 7347/85
GENERALIDADES
Lei 7347/85.
Possui maior extensão que a ação popular.
Recepção qualificada pela CF.
Art.129, III, CF. As atribuições do MP
Legislação posterior à CF/88, que tratou da tutela dos direitos coletivos.
Lei 7853/89 (Pessoas Portadoras de Deficiência).
Lei 8069/90 (ECA).
Lei 8078/90 (CDC) etc.
Acrescentou os direitos transindividuais homogêneos – art. 81, III.
Aplicação subsidiária dos dispositivos concernentes à defesa dos consumidores em juízo (art. 117, CDC, e art. 21, LACP). 
OBJETO
	Indubio pro natura.
Art. 1, LACP. (Lei 7347/85)
Art. 81, parag. Único, CDC
Direitos Difusos. Ex: Meio ambiente.
Direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. 
Direitos Coletivos. determináveis
Direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contraria por uma relação jurídica base. Ex: aluno que precisa de transporte para chegar até a escola.
Direitos Individuais Homogêneos. Por exclusão.
Direitos decorrentes de origem comum.
INQUÉRITO CIVIL. É um procedimento administrativo, inquisitório, informativo. 
Art. 8, 1º, LACP.
Procedimento administrativo.
Não há contraditório.
O I.C. é indispensável à propositura da Ação Civil Público? Não é indispensável, o IC é facultativo sendo dispensável. 
O I.C. é atribuição exclusiva do M.P.? Sim. Sendo instaurado pelo Ministério Público.
PARTES.
Só tem legitimidade a defensoria pública para pessoas carentes. Demonstrar a sua legitimidade que sempre que houver interesse em jogo de pessoas carentes.
 
Legitimidade Ativa. 
Art. 5, LACP.
Art. 82, II, CDC.
1ª Corrente: Legalidade extraordinária.
2ª Corrente: Legalidade ordinária.
-ministério, público, defensoria pública, união e estados membros, distrito federal, associações constituídas na forma civil a mais de dois anos.
Quando o MP não for autor, será fiscal da lei. 
Legitimidade concorrente e disjuntiva. Pode legitimar sem concordância do outro legitimado, todos têm autonomia. 
Litisconsórcio entre Ministério Público União e dos Estados. Será litisconsórcio facultativo.
Desistência infundada ou abandono da causa.
O MP ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
Associação civil.
Constituída há pelo menos 01 ano nos termos da lei civil. Há uma possibilidade se tiver apenas 06 meses, se houver um perigo de dano plenamente justificável a coletividade, o juiz poderá dispensar no caso concreto a exigência de um ano de constituição.
Finalidades institucionais.
Defesa ao meio ambiente, à ordem econômica à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico etc.? Esse art. tem que ser analisado com todos os direitos difusos e coletivos.
Legitimidade Passiva.
Qualquer pessoa física ou jurídica; particular ou pessoa de direito público. Qualquer pessoa que atingir o meio ambiente, à ordem econômica à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico sendo ato comissivo ou omissivo pode se figurar no polo passivo da demanda.
DECISÃO / pedidos que possam ser requeridos.
Natureza:
Declaratória;
Constitutiva;
Condenatória; 
Mandamental; O juiz condena e também determina que algo venha a ser feita por parte do réu.
Executiva lato sensu; Juiz ordena e já indica qual a medida à disposição para o ato ser executado.
Tutela cautelar. Pode ser preparatória ou incidental.
Extensão subjetiva da coisa julgada. 
Art. 16, LACP.
Dia 23/10/2013 – não teve aula.
DIA 30/10/2013
MANDADO DE SEGURANÇA
Abrangência: Estende-se, o mandado de segurança, aos casos de ilegalidade ou abuso de poder por parte de autoridade pública, onde não caibam habeas corpus ou habeas data.
- Artigo 5º, LXIX, CF -> Direito Liquido e certo.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
- Lei 12.016/2009;
- Espécies;
- Natureza jurídica: ação constitucional de índole civil;
- Cabimento;
- Objeto: o ato lesivo poder ser comissivo ou omissivo (pode ser um fazer ou um não fazer);
- Definição de direito líquido e certo;
PARTES
Legitimidade ativa: o impetrante é o possuidor do direito, abrangendo da pessoa física ao ministério Público;
Legitimidade passiva: o impetrado será sempre a autoridade responsável pelo abuso ou ilegalidade (autoridade coatora), seja esta pública ou pessoa jurídica, desde que exercite atribuições do poder público.
Autoridade Coatora;
Pessoa Jurídica que suportará os efeitos da possível concessão do MS;
MP: pode ajuizar o mandado de segurança (em algumas situações, pode ser parte), ou tem que fiscalizar a ação.
PRAZO PARA IMPETRAÇÃO DO MS: prazo decadencial;
COMPETÊNCIA: 
Se na comarca existir o Juizado especial Civil será proposta a ação ali, se não existir será na vara civil.
Condiciona-se à natureza da autoridade coatora, bem como à sua

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