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hipersensibilidade tipo 1

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Áudio transcrito de imunologia do dia 08/06/2016- Hipersensibilidade (tipo 1)
*O que estiver em vermelho foi algo dado com ênfase pelo professor.
* Em negrito são informações do Slide.
Hipersensibilidade são reações do sistema imune que pode ocorrer por antígenos inócuos, ou seja não infecciosos, como alimentos, poeira, metais, plásticos e diversos tipos de substancias de que não derivam de um agente infeccioso. As reações causam destruição ou dano tecidual, e dependendo do tipo de reação de hipersensibilidade podem ocorrer doenças agudas ou crônicas, como por exemplo, a asma alérgica, a rinite alérgica, dermatite atópica, urticária, e por aí vai. Algumas doenças autoimunes também são causadas por reações alérgicas, como Lúpus.
Aos tipos de reações de hipersensibilidade, são 4 diferentes:
• Segundo Coombs e Gell na sua classificação de 1963, existem 4 tipos de hipersensibilidade:
• Tipo I – Hipersensibilidade imediata, mediada por anticorpos IgE (2-30min.)
Ela tem esse nome porque são os alérgenos que causam a alergia. Do momento que você entra em contato com o alérgeno até o momento que a reação alérgica aparece clinicamente (o edema, eritema) demora de 2 a 30 minutos. Ou seja a reação e destruição do tecido é bastante rápida.
O fator imunológico que vai desencadear a alergia, vai ser o anticorpo IGE
• Tipo II - Hipersensibilidade por mecanismos citotóxicos mediados por anticorpos IgM e IgG (5-8 horas)
Ocorre por mecanismos citotóxicos mediados por anticorpos IgM e IgG, demora de 5 a 8 horas para se desenvolver, em média.
• Tipo III- Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos (2-8 horas)
• Tipo IV- Hipersensibilidade mediada por células (24-72 horas), também chamada de hipersensibilidade atrasada (DTH).
Pode ser chamada também de tardia, porque é oposto a hipersensibilidade do tipo 1, a partir do momento que você entra em contato com o alérgeno, vai ocorrer uma resposta dentro de 24 a 72 horas. É o que acontece por exemplo, no exame de PPD no qual inoculam um antígeno no paciente e pedem pra voltar depois de 3 dias para ver se desencadeia reação.
Então vamos começar falando sobre a hipersensibilidade clássica, que é do tipo 1: 
Dependente da re-exposição a alérgenos (antígenos que induzem produção de anticorpos IgE). A hipersensibilidade tipo 1, 2 e 3 são causadas por anticorpos. Tipo 4 por linfócitos T.
Pra poder produzir IgE, precisamos fazer mudança de classe, então no primeiro momento que você entra em contato com determinado alérgeno (que vai induzir a alergia), ele não vai causar a alergia. Vai ser reconhecido pelo corpo, vai levar a produção de anticorpos IgE (no epitélio), e então na próxima vez que você entrar em contato, na re-exposição ao mesmo alérgeno, os IgEs presos ao epitélio vão desencadear o processo alérgico.
Os mastócitos são as células mais importantes nisso, os eosinófilos são importantes também, e basófilos com participação pequena. E a principal molécula envolvida são os anticorpos IgE.
Como os anticorpos e as células que causam a alergia precisam já estar prontos para começar a fazer destruição tecidual quando você entra em contato com o alérgeno, nesse caso toda hipersensibilidade é mediada por moléculas e células efetoras de memória. Para se desencadear uma reação alérgica e ter uma alergia, não é possível sem antes já ter entrado em contato com esse alérgeno. Você precisa ter sido exposto a esse alérgeno e caso você desenvolva a célula que causa alergia, ou anticorpo que causa alergia, então sim na próxima vez que você entrar em contato com esse alérgeno, vai desencadear o processo.
Então toda reação alérgica vai ter duas fases: 
Sensibilização- nesta fase para que uma pessoa se torne alérgica, precisa captar, entrar em contato com esse antígeno e esse alérgeno induzir a produção de anticorpos IgE. Esse anticorpos IgE só são induzidos quando há infecções por helmintos. Como vimos, as informações inflamatórias migram da célula dendrítica até o linfócito B, passando pelo linfócito T para gerar linfócitos T capazes de induzir a mudança de classe correta nos linfócitos B. 
Anticorpos IgG que chegam a ser produzidos contra infecções bacterianas. Bactérias causam grande reação inflamatória, no geral bastante elevadas, tornando a célula dendrítica muito ativada, levando a produção de linfócitos Th1. Esses Th1 vão então produzir Interferon gama que vai ser o terceiro sinal para linfócitos B, quando forem fazer a mudança de classe, farão preferencialmente para IgG. 
Por outro lado, os helmintos não invadem o nosso corpo, na maioria dos casos não causam destruição tecidual, eles sobrevivem no trato gastrointestinal (na maioria dos casos), absorvendo nutrientes. Então a quantidade de inflamação associada a isso normalmente é pequena, o que vai gear célula dendrítica com menos co-estímulo, produzindo citocinas não tão inflamatórias. Essas células dendríticas vão gerar linfócitos que não são inflamatórios, na hora de induzir a modificação do linfócito T, vão gerar linfócitos Th2 ou Treguladores que são linfócitos menos inflamatórios. E daí esses linfócitos Th2 e Treguladores vão até a área de linfócitos B e vão fazer com que ele mude sua classe imunoglobulina ou para IgA(Tregulador) ou para IgE (Th2). 
Os nossos alérgenos induzem resposta th2 e por consequência induzem a produção de IgE por conta de características tanto intrínsecas dele quanto por fatores genéticos. Quais são os fatores intrínsecos dos alérgenos? O que essa classe de alérgenos tem em comum? 
No caso da hipersensibilidade tipo 1, são pequenas proteínas, as vezes peptídeos, com alta solubilidade. Ou seja, a partir do momento que você entra em contato com um alérgeno na pele, ele difunde rapidamente por uma grande extensão da sua pele porque ele tem uma solubilidade muito grande e vai diluindo no líquido intersticial e vai se espalhando naquela região ali. 
 São carregadas por partículas secas, ou seja podem estar presentes em suspensão no ar e possuem atividade enzimática porque conseguem penetrar na pele íntegra ou mucosa íntegra na ausência e nenhum tipo de lesão. Essas pequenas proteínas penetram a nossa pele sem nenhuma lesão acontecendo e difundem pela nossa pele e difundem nas camadas mais profundas da pele, onde estão presentes macrófagos, células dendríticas...nesse caso não existem PAMPs e não existem DAMPs disponíveis para ativação da resposta inflamatória. Elas conseguem entrar em contato com as células dendríticas quase que com ausência de resposta inflamatória. 
No exemplo do amendoim, não é um patógeno, então não há PAMPs. Essas células dendríticas de maneira geral ficam presas no tecido, a gente viu que elas quando ativadas a primeira coisa que fazem é sair do tecido e ir para o órgão linfoide secundário. Nessa situação ela não vai para o órgão linfoide secundário pois não há DAMP nem PAMP, só que as células não ficam presas no tecido a vida toda, elas circulam mesmo quando não estão ativadas. A gente viu em imunologia várias questões que levam a formação de edemas, principalmente em inflamação.
Porém vimos em patologia sobre os distúrbios circulatórios, se você tem um excesso de liquido fora dos vasos e com isso algumas células dos tecidos serão captadas pela linfa mesmo que você não tenha uma resposta inflamatória acontecendo. Isso é absolutamente natural. E daí eventualmente essa célula dendrítica foge pode encontrar um linfócito T nos órgãos linfoides secundários que ela passar.
Existe um primeiro evento, em termos gerais sobre o desencadeamento de alergias. 
Em inflamação, quando a célula dendrítica é ativada, a primeira coisa que ela faz é sair do tecido e ir para o órgão linfoide secundário para expressar quimiocinas e isso é imunologicamente regulado. Já nesta situação que a célula dendrítica, no tecido onde não está ocorrendo inflamação para poder chegar no órgão linfoide secundário é relativamente aleatório, então esse é um dos primeiros eventos que explicam o por que as pessoas as vezes são alérgicas a uma determinada substancia mas nunca desenvolvemalergia contra essa substancia, se a célula dendrítica com o alérgeno não conseguir nunca chegar no órgão linfoide secundário para induzir a diferenciação de linfócitos T e B, mesmo que o indivíduo tenha o potencial para ser alérgico, nunca vai desenvolver a alergia. 
Os alérgenos são moléculas estranhas, capazes de induzir uma resposta inflamatória que não deveria acontecer, portanto estas respostas não estão totalmente sob o comando das coisas que a gente viu até agora. 
A célula dendrítica precisa ter o co-estímulo, esse co-estímulo será baixo, ela deverá apresentar o primeiro sinal e tem que produzir as citocinas que são o terceiro sinal pro desenvolvimento da célula th2. Essa Th2 uma vez que está diferenciada vai dar o estímulo necessário para o linfócito B fazer a mudança de classe para produzir IgE, daí o linfócito B transforma num plasmócito que vai produzir IgE e esse IgE fica presa nos epitélios.
• Expressam receptores para IgE da altíssima afinidade (FcεRI).
Os mastócitos e os eosinófilos possuem um receptor que é a porção Fc da IgE, receptor 1 Para IgE. Esse receptor tem altíssima afinidade por IgE, ou seja, uma vez grudada nesse receptor, ela nunca mais vai soltar, ficando grudada no receptor para o resto da vida.
A IgE, assim como a IgG e IgM são produzidas no sangue. No hemograma a porcentagem de IgE é quase zero em pessoas não alérgicas, em pessoas alérgicas pode alcançar valores altíssimos. Os plasmócito que produzem IgE vão para medula óssea e jogam a IgE na medula óssea e daí para o sangue. No caminho que os mastócitos e os eosinófilos fazem do sangue para ir para os tecidos, vão pegando o IgE, grudam a IgE nas células e as células carregam a IgE para a pele. Então a IgE fica presa na pele, presa nos mastócitos e eosinófilos. No final da sensibilização, resumindo: o menino entrou em contato com amendoim, as células dendríticas apresentam o amendoim para os linfócitos T num contexto de baixa ou nenhuma inflamação, os LT diferenciaram para Th2, esse induziu a mudança de classe do linfócito B pra IgE, a IgE foi sequestrada por mastócitos e carregada para a pele. Agora esse indivíduo tem na pele e no epitélio das mucosas grandes concentrações de memória. Possui muitos mastócitos no epitélio dela com IgE em sua superfície específicos para o amendoim, conforme o exemplo.
Essa pessoa agora é sensibilizada ou atópica. Ou seja alérgicas e se entrarem em contato com o alérgeno de novo vão desenvolver a resposta alérgica. Agora não significa que na primeira vez que uma pessoa que tem pré disposição a alergia entrar em contato com amendoim vai se tornar clinicamente atópica. Pra ela se tornar atópica precisa ter mastócitos com IgE específica para o amendoim presos na pele e pra isso acontecer tem que ter todo esquema da célula dendrítica, migração, LT, Th2... nesse tipo de situação uma célula dendrítica vinda de um local onde a resposta inflamatória não estava ocorrendo, a célula dendrítica tem 2 opções pra transformar esse linfócito T. TH2 ou Tregulador, inclusive no nosso organismo há prioridade em transformar em Tregulador e aí não causam doença. Se nessa interação com a célula dendrítica não se tornar th2, não tem alergia, se for Tregulador, vai controlar as resposta.
Depois disso tem que ocorrer a mudança de classe do linfócito B para IgE, os linfócitos th2 podem gerar 2 tipos de anticorpos: IgA e IgE.
O mastócito é ativado pelo crosslinking ou ligação cruzada. Esses receptores ligados a IgE específicos para DERP 1, e esses receptores estão separados na superfície da célula, quando o antígeno aparece, o anticorpo reconhecem os antígenos e aproxima esses receptores e daí acontece o crosslinking e ativação do mastócito.
A hipersensibilidade do tipo ‘1’ é considerada rápida porque a partir do momento que você entra em contato com o alérgeno, a reação acontece quase imediatamente porque o mastócito é o responsável pelo dano tecidual, o mastócito já tem dentro dele citocinas, mediadores químicos inflamatórios, histamina e essas moléculas em conjunto induzem a uma resposta inflamatória no tecido que é a resposta que a gente viu na aula de inflamação. 
Relembrando inflamação, exemplo: dano na pele então as células epiteliais respondem primeiro só que em baixa concentração e aí elas ativam os granulócitos no tecido, principalmente o mastócito que é responsável pelo aumento de citocinas inflamatórias que vai gerar a ativação do endotélio. 
Voltando ao nosso assunto, já temos essa etapa acontecendo. Quando o alérgeno atinge o mastócito, ele degranula e imediatamente o endotélio é ativado e o braço já fica empolado (exemplo). Por isso a hipersensibilidade é imediata.
Os locais que possuem microvasculatura maior é a preferência dos mastócitos (ex. olhos). 
Pra gente conseguir desenvolver a alergia é necessário um conjunto de fatores genéticos, ambientais, defeitos congênitos em órgãos. Dentre os fatores genéticos, o mhc é o mais relevante, se você tiver o mhc que é capaz de apresentar o antígeno com grande eficiência, você é resistente, se o mhc não for capaz de apresentar o antígeno então você é suscetível, no caso da alergia funciona igual. Se você entrar em contato com amendoim e não tiver mhc capaz de apresentar amendoim você não vai ficar alérgico, a ausência do mhc invalida a capacidade de ser tornar alérgico a determinada substancia. 
Os alelos de mhc são diversos e tem alelos que são mais importantes para o desenvolvimento de alergias e outros que não são. Alguns genes possuem polimorfismo que são importantes para o processo de sensibilização. Se um indivíduo tiver um polimorfismo no receptor que causa a formação de uma proteína mas capaz de sequestrar o IgE então esse indivíduo tem mais capacidade de desenvolver alergia. Se o polimorfismo levar o receptor a ter menos capacidade de sequestrar o IgE então o indivíduo tem menos chance de desenvolver alergia.
Fator ambiental mais relevante é a exposição ao alérgeno, existem alguns locais que possuem contadores de pólen nas cidades e se a contagem de pólen estiver acima de determinado nível, as pessoas que são alérgicas possuem o direito de não sair de casa porque esse nível acima pode causar um choque anafilático e levar a óbito em minutos. 
A melhor forma de se prevenir uma alergia, quando diagnosticada é não entrar em contato com o alérgeno. Utilização de antibióticos nos primeiros anos de vida do indivíduo, quando ainda está formando a flora traz prejuízos na potência do sistema imune. Se você não é capaz de montar resposta adaptativa mais fortes por consequência monta respostas adaptativas mais fracas que são baseadas em células T reguladoras e células TH2 e aí você acaba sendo capaz de montar respostas de TH2 com uma quantidade maior de substancias que a gente entra em contato, se tornando alérgica contra essa substancia. 
A colonização do nosso trato gastrointestinal por bactérias e outros microrganismos é fundamental para maturação do sistema imune, formação completa do sistema imune, esses microrganismos provem sinais como PAMPs, para o desenvolvimento dos órgãos linfoides secundários, desenvolvimento de órgãos linfoides primários. Então é ideal não prescrever esse tipo de medicamento para pessoas que não possuem a flora totalmente adaptada.
A teoria da higiene foi formulada a partir do seguinte momento, nos países desenvolvidos onde as doenças infectocontagiosas basicamente desapareceram, outras doenças começaram a surgir, como obesidade, hipertensão e alergias muito frequentes. Com isso, chegaram à conclusão que a higiene excessiva que se apresenta nos ambientes nesses locais estava contribuindo para o desenvolvimento de alergias e esse pensamento deve ser levada em conta assim como no caso dos antibióticos, nossas experiências imunológicas como entrar em contato com patógenos, vacinações corretas, “brincar na terra”, “brincar com outras crianças”, é importante para que a gente tenha o desenvolvimento do sistema imune.
O sistema imune possui um pouco da teoria de Lamarck, que se ele não for utilizado não iráfuncionar bem, portanto ele tem que ser utilizado para poder se desenvolver melhor. Quanto menos você usar o sistema imune, menor vai ser o desenvolvimento dele. Na vida adulta nós temos respostas de memória sempre acontecendo, mas só terá essas respostas se antes tiver entrado em contato com antígenos antes. Se isso não acontecer durante a juventude, você terá respostas menos rápidas e menos eficientes e isso tudo faz com que a higiene excessiva seja comprovadamente um risco ao desenvolvimento de alergias na fase adulta. 
No brasil existem estudos que tratam dessa questão com relação a classes sociais, no desenvolvimento de alergias.
A poluição em geral também é um fator importante para o desenvolvimento de alergias porque novos alérgenos que não existiam antes estão sendo produzidos na sociedade e as pessoas estão tendo contato com poluições de diversas fontes e sem história evolutiva do sistema imune, então quando o sistema imune entra em contato com esse material pode ocorrer uma alergia. 
O tabagismo também pode induzir a respostas alérgicas, assim como defeitos nos epitélios do trato respiratório, epitélio da pele, e do trato gastrointestinal, algum defeitos intrínseco nesses órgãos que aumente a permeabilidade fazendo com que você fique mais exposto aos alérgenos que estão por aí, tornando a alergia mais grave. 
Todos esses eventos podem ter uma participação no desenvolvimento de uma atopia e na alergia mediada por TH2.
Existem casos de pessoas que desenvolveram alergias, foram alérgicas e depois a alergia desapareceu, quanto a isso existem duas possibilidades: possibilidade número 1: não era alergia e sim intolerância, o que ocorre muito nas alergias alimentares. 2: Se for realmente uma alergia, essa pessoa pode ter desenvolvido ao longo da vida tolerância imunológica ao alérgeno que é em última análise, a ideia das vacinas. Mas pode também desenvolver tolerância naturalmente. 
Nas vacinas, você pega o alérgeno e inocula em uma determinada formulação no indivíduo em pequenas concentrações com a ideia de desenvolver tolerância, mas você pode fazer isso naturalmente se alimentando. Então as vezes você pode se alimentar do alérgenos por muitos anos e desenvolver a tolerância imunológica contra aquele alérgeno e não ter mais a resposta alérgica, ou diminuir bastante a resposta alérgica.
Dos mecanismos efetores, os principais são os mastócitos, então temos mastócitos na pele, que são os mais ativos do sistema imune se comparado com os outros (basófilos, eosinófilos).
Em termos de grânulos, proteínas e substancias dentro dos macrófagos são os mais eficientes. Seus grânulos possuem potencial inflamatório maior que todos os outros juntos. 
No slide vemos um endotélio, uma célula circulante, células residentes. Essas células residentes ao produzirem citocinas inflamatórias vão ativar o endotélio permitindo que as células que estão na circulação migrem dessa região para o tecido. Qual a diferença desse slide para o que a gente viu na aula de inflamação? É o gatilho da resposta inflamatória que nesse caso é o mastócito sendo ativado por dano ou crosslinking de IgE que é o que causa resposta alérgica. 
Dentre as moléculas todas que estão dentro dos mastócitos, a gente viu todas que eram importantes quando falamos de inflamação (tnf, il1, il6, prostaglandinas...) o que a gente não falou foi das aminas vasoativas que estão guardadas dentro dos mastócitos também, principalmente a histamina, embora o mastócito também tenha serotonina.
A histamina é uma molécula extremamente perigosa, sozinha ela consegue fazer todos os efeitos que a gente viu que tnf, il1 e il6 fazem juntas. Todas as células relacionadas com a resposta inflamatória possuem os receptores de histamina, um mastócito pode ativar o outro se ele degranular e liberar a histamina e a histamina pode ativar neutrófilos e eosinófilos, linfócitos T Cd8, linfócitos t Cd4, macrófagos, células dendríticas, células epiteliais produtoras de muco, células caliciformes, enterócitos, células endoteliais, musculatura lisa (todos esses citados tem receptores de histamina, logo são ativados pelas mesmas) e por aí vai. 
Com isso a histamina se torna a molécula mais importante na resposta alérgica, sendo responsável por todos os eventos iniciais da resposta alérgica porque enquanto tnf, il1 e il6 precisam de toda uma cascata de citocinas pra funcionar e precisa ser em conjunto, a histamina faz tudo isso sozinha. 
Quando a gente faz o teste de hipersensibilidade, inoculamos os alérgenos na pele e contamos um tempo, depois de 30 minutos aparecer reação alérgica então significa que é hipersensibilidade imediata. O controle positivo no teste é só histamina, ela sozinha causa o edema no local e se você tem edema significa que o endotélio foi ativado, está permeável e o plasma sanguíneo está saindo está endotélio e indo pro tecido. Então todos os eventos da ativação do endotélio já foram feitas e foram feitas única e exclusivamente pela histamina nesse caso.
E quais são os efeitos da histamina nos diferentes órgãos? 
No trato gastrointestinal aumenta a secreção de fluidos e aumentam os movimentos peristálticos pra expulsar do trato o conteúdo que está causando alergia, ocorrendo diarreias e vômitos. Por isso quando há casos de alergia alimentar é necessário fazer a lavagem do trato gastrointestinal porque enquanto o bolo alimentar estiver sendo digerido a alergia vai continuar e isso pode levar a um problema maior, quando nosso trato é extremamente absortivo, o alérgeno pode ser absorvido e cair na circulação sanguínea levando a choque anafilático, que é alergia sistêmica no corpo inteiro.
Todos os mastócitos que tem o IgE na superfície vão ser ativados, vão degranular, vão ativar todo endotélio tornando-o permeável e com isso ele vai começar a perder líquido da circulação sanguínea e daí vai ter o “choque anafilático” (diminuição da quantidade de sangue, levando ao choque hipovolêmico)
No trato respiratório e também nos olhos, você tem o aumento da produção de muco, levando a congestão que pode levar ao bloqueio das vias respiratórias superiores conhecida como “edema de glote”. Naquela região os mastócitos degranulam, com isso ativação do endotélio e o edema naquela região que pode causar o bloqueio das vias respiratórias superiores. 
No caso de pessoas que são alérgicas a medicamentos, como a anestesia há o risco de morte por choque anafilático, havendo a necessidade de um profissional acompanhando caso precise intervir porque a reação é muito rápida. Geralmente se interfere colocando adrenalina no ventrículo esquerdo.
Quando você tem a entrada do alérgeno pela circulação sanguínea, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo e o aumento da permeabilidade vascular que são as características que a gente viu da resposta inflamatória no sangue e isso vai causar hipotensão e o choque anafilático.
Venenos de animais peçonhentos e de insetos também podem causar choque anafilático se forem inoculados no sangue, levando a hipotensão que leva ao choque anafilático.
Então dependendo da forma que o alérgeno entra no organismo, as manifestações são diferentes, nesse caso de hipersensibilidade do tipo 1, de degranulação de mastócitos dependente de IgE. 
A hipersensibilidade tipo 1, na pele, se você não tratar pode progredir para uma hipersensibilidade do tipo 1 tardia, não confundam a hipersensibilidade do tipo 4 com a manifestação tardia da hipersensibilidade tipo 1.
A hipersensibilidade que é a reação imediata se não tratada pode progredir para uma manifestação tardia dessa mesma alergia porque a manifestação aguda é edema, tudo que falamos que ocorre no trato gastrointestinal sistemicamente, na pele são edemas, a diferença 
É que na pele, o edema fica preso na pele, não vasa porque a pele tem uma camada de células mortas e o endotélio se torna permeável, o plasma do sangue sai do endotélio e fica preso na pele ocorrendo as “bolinhas”.
Na mucosa não tem isso, não tem camada de células mortas, com isso o líquido intersticial vasa em forma de coriza,muco, diarreia aquosa, vômitos. 
Na reação tardia do tipo 1, que também é chamada de eczema possui uma versão inicial mais branda. Essas duas manifestações podem ser controladas e tratadas de formas diferentes.
O gráfico do slide (obs.: em inglês), traz as medidas das frequência respiratória de animais submetidos a determinado alérgeno. Possui o momento que foi administrado o alérgeno e sua frequência respiratória (FC), após isso há uma queda na FC. (Edema nas vias respiratórias)
Na manifestação tardia do gráfico, o mastócito degranula liberando histamina, e aí essas moléculas causam resposta inflamatória inicial porem outras células vão ser ativadas com o tempo e a resposta inflamatória vai continuar. Até essa resposta inflamatória ser desencadeada ocorre uma cascata. Essa resposta também vai acabar pois não tem nem PAMP nem DAMP. 
Se o tratamento for feito com anti histamínico o primeiro evento será brando e não haverá segundo evento. Isso sugere que anti histamínico são drogas de escolha para profilaxia diante de reações inflamatórias tipo 1.
Se for tratado com indometacina, que é um medicamento do tipo anti-inflamatório num indivíduo que teve perda de capacidade respiratória mas não teve o segundo evento (dependente de citocinas), significa que os anti-inflamatórios são a droga de escolha para tratar uma resposta alérgica em curso. 
Na maior parte dos casos de aplicam as duas drogas, para prevenir.
O tratamento a longo prazo para evitar que isso ocorra novamente é o anti-histamínico, porque o anti-inflamatório por exemplo pode causar alergia. Os anti-inflamatórios não conseguem salvar uma pessoa de reação alérgica aguda, nesse tipo de situação deve ser usado anti-histamínico antes do anestésico.
Tratamento: se tornou costume dos profissionais de saúde fazer profilaxia para alergia com anti-inflamatórios esteroidal e isso não é uma boa prática, pois eles são muito fortes e podem causar imunossupressão, problemas hepáticos porém é mais fácil. Para pessoas alérgicas acaba sendo eficiente mas os efeitos adversos são muito elevados também. O ideal mesmo é tomar o anti-histamínico.
A terapia de dessensibilização é a famosa terapia das vacinas que possuem duas estratégias.
A primeira delas é o desvio funcional imunológico, o indivíduo alérgico entra em contato com alérgeno e produz IgE, então nessa primeira estratégia o que se faz é dar o alérgeno junto com uma molécula adjuvante que é uma molécula que vai junto com a vacina e que vai fazer com que a resposta que você quer que aconteça seja direcionada. Então se você quer produzir uma vacina que vai gerar IgG, então você pega o antígeno da vacina e dá ele junto com uma molécula de uma bactéria qualquer que cause uma resposta inflamatória que vai gerar linfócitos TH1 que vão gerar a produção de IgG. 
Um adjuvante que vai gerar células Treguladores contra o alérgeno, que vão inibir a ação dos linfócitos th2 e a produção de IgE e também vai inibir a produção de células dendríticas, o que vai diminuir a capacidade que a célula dendrítica tem de induzir a produção de células th2.
Porém a estratégia mais utilizada é a segunda, semelhante a 1, mas com objetivo de induzir células Th1. Você dá a vacina contendo o alérgeno + uma molécula bacteriana que induza a geração de linfócitos Th1 que vão fazer duas coisas super importantes, a primeira é que através da produção de Interferon gama eles vão bloquear os linfócitos th2. Segundo, os linfócitos Th1 vão gerar linfócitos B produtores de IgG contra o alérgeno. 
O que o IgG vai fazer? Neste caso, a IgG vai neutralizar o alérgeno antes dele conseguir entrar em contato com IgE. Em pessoas alérgicas a IgE aumenta e se mantém estável por conta da memória. Então com as vacinas você tenta fazer com que gradativamente a IgG vá aumentando, e pode aumentar bastante com o uso constante das vacinas. A IgG vai aumentando até que se tem mais IgG do que IgE no corpo e aí agora, nesse caso, a IgG em maior concentração vai conseguir neutralizar o alérgeno antes dele entrar em contato com a IgE. 
Mas dependendo da quantidade de alérgeno que o indivíduo entrar em contato não vai existir IgG suficiente para combater e com isso vai desenvolver alergia mesmo assim.
______________________________fim desta aula__________________________________

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