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Políticas Públicas no Brasil Aula adaptada do Prof Antonio Júnior Profª Gilzandra Florencio Funções do Estado • Nos Séc XVIII e XIX: – Segurança Pública e Defesa Externa. • Séc XX e XXI: –promover o bem comum da sociedade. • Precisa atuar em diversas áreas: - saúde, educação e meio ambiente. • Para isso se utiliza das Políticas Públicas. O que são Políticas Públicas? • Conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado • Tem a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico • Direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, ou bens materiais Exemplos: • A educação e a saúde no Brasil são direitos universais de todos os brasileiros • As políticas públicas de educação e saúde são instituídas pela própria Constituição Federal • O meio ambiente, corresponde a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal n.º 6.938 • A água é concebida na Carta da República como bem de uso comum - Política Nacional de Recursos Hídrico mediante a Lei Federal nº9.433 • As políticas públicas podem ser formuladas por iniciativa dos poderes executivo, ou legislativo, a partir da necessidade da sociedade, em seus diversos seguimentos. • A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas, em alguns casos, é assegurada na própria lei que constitui. No caso da Educação e da Saúde, a sociedade participa mediante os Conselhos municipais, estaduais e nacionais. • Audiências públicas, encontros e conferências setoriais são também instrumentos que servem como forma de envolver os diversos seguimentos da sociedade em processo de participação e controle social. • “I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;” • “II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público;” De acordo com esta Lei: Todos os poderes públicos (todas as esferas e níveis da administração pública) estão obrigados a assegurar a participação popular. Não é mais uma preferência política do gestor, mas uma obrigação do Estado e um direito da população. Lei da Transparência (LCn.º131,de 27 de maio de 2009), quanto à participação da sociedade, assim determina: A formulação das Políticas Públicas apresenta as seguintes fases, encadeados de forma integrada e lógica, da seguinte forma: 1. Formação da Agenda; 2. Planejamento; 3. Escolha das ações; 4. Execução; 5. Avaliação. Ciclos das Políticas Públicas • Os planos estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem alcançado sem períodos relativamente longos. Ex.: os planos de educação tem o sentido de estabelecer objetivos a serem alcançados pelos governos e pela sociedade ao longo de dez anos. • Os programas estabelecem, por sua vez, objetivos gerais e específicos focados em determinado tema, público, conjunto institucional ou área geográfica. Ex. Programa Nacional de Educação (mais educação) é temático e populacional. • Ações visam o alcance de determinado objetivo estabelecido pelo Programa, e a atividade, por sua vez, visa dar “vida” à ação. Processo de definição da lista dos principais problemas da sociedade que serão tratados pelo governo. Para ser prioritária à questão deve convergir alguns fatores; vontade política, mobilização social, custo x benefício. 1. Formação da Agenda • Fase de definição das linhas de ação a serem adotadas para a solução do problema. • Neste ciclo a interação entre todos atores envolvidos (estatais e não estatais) junto com os elementos políticos resulta na melhor definição 2. Planejamento • Momento da definição dos recursos e prazos de ação da política, expressas em leis, decretos, normas, resoluções ou outros atos da administração pública. 3. Escolha das ações • Momento do agir • Transformação do planejamento e das escolhas em atos. • Essa implementação pode se dar de dois modos: De cima para baixo – modelo centralizado. De baixo para cima – modelo descentralizado. 4. Execução • Ciclo que contribui para o sucesso da ação das Políticas Públicas e a maximização dos resultados. • Pode e deve ser aplicada a qualquer momento da atuação da Política Pública. • Serve como fonte do aprendizado, pois permite ao gestor perceber quais ações tendem a produzir melhores resultados. 5. Avaliação: • 1932 - Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) - Estado Novo de Getúlio Vargas. • Resposta, por parte do Estado, às lutas e reivindicações dos trabalhadores no contexto de consolidação dos processos de industrialização e urbanização brasileiros. • Acentua-se o componente de assistência médica, em parte por meio de serviços próprios, mas, principalmente, por meio da compra de serviços do setor privado. LINHA DO TEMPO EM POLÍTICAS PÚBLICAS • 1965 - Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) - Unificação dos IAPs. • Vencendo as resistências a tal unificação por parte das categorias profissionais que tinham institutos mais ricos. • O INPS consolida o componente assistencial, com marca da opção de compra de serviços assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado, que terá uma forte presença no futuro SUS • 1982 – Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) • Ênfase na atenção primária, sendo a rede ambulatorial a “porta de entrada ” do sistema. • Visava a integração das instituições públicas da saúde mantidas pelas diferentes esferas de governo, em rede regionalizada e hierarquizada. • Previa a descentralização da administração dos recursos; simplificação dos mecanismos de pagamento dos serviços prestados por terceiros e seu efetivo controle; racionalização do uso de procedimentos de custo elevado; e estabelecimento de critérios racionais para todos os procedimentos. • 1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde. • A VIII Conferência Nacional de Saúde, com intensa participação social, deu-se logo após o fim da ditadura militar. • Consagrou uma concepção ampliada de saúde e o princípio da saúde como direito universal e como dever do Estado; princípios estes que seriam plenamente incorporados na Constituição de 1988. • 1987 - Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS). • Tinham como principais diretrizes: universalização, equidade, integralidade dos cuidados assistenciais; • Pela primeira vez, o Governo Federal começou a repassar recursos para os estados e municípios ampliarem suas redes de serviços. • As secretarias estaduais de saúde foram muito importantes neste movimento de descentralização e aproximação com os municípios. Podemos localizar no SUDS os antecedentes mais imediatos da criação do SUS • 1990 - Sistema Único de Saúde (SUS) – Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. • “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes”. • Logo em seguida, a Lei nº 8.142, de 28/12/1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros.• Finalmente estava criado o arcabouço jurídico do Sistema Único de Saúde, mas novas lutas e aprimoramentos ainda seriam necessários (BRASIL,1990). • 2002 - Norma Operacional de Assistência à Saúde / NOAS-SUS. • Dá ênfase no processo de regionalização do SUS, a partir de uma avaliação de que a municipalização da gestão do sistema de saúde, regulamentada e consolidada pelas normas operacionais estava sendo insuficiente para a configuração do sistema de saúde, por não permitir uma definição mais clara dos mecanismos regionais de organização da prestação de serviços. • O Pacto pela Vida tem sua grande força, exatamente em um novo ordenamento dos processos de regionalização do SUS (BRASIL,2002). • 2006 – Pacto pela Saúde. • Conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do SUS como objetivo de: • Promover inovações nos processos e instrumentos de gestão; • Visando: – Maior eficiência e qualidade das respostas do SUS. • Também introduziu mudanças nos mecanismos de financiamento. • Pacto pela vida; Pacto em defesa do SUS; Pacto de gestão do SUS. PACTO PELA VIDA • Firma compromissos em torno das medidas que resultem em melhorias da situação de saúde da população brasileira. São seis as prioridades em vigência: 1. Saúde do Idoso; 2. Controle do Câncer do colo do útero e da mama; 3. Redução da mortalidade infantil e materna; 4. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; 5. Promoção da Saúde; 6. Fortalecimento da Atenção Básica PACTO EM DEFESA DO SUS • Firma-se em torno de ações que contribuam para aproximar a sociedade brasileira do SUS, seguindo as seguintes diretrizes: A repolitização da saúde, como movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira, atualizando as discussões em torno dos desafios atuais do SUS; Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como direito; Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema. Obrigada!
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