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Cuidados de Enfermagem no Puerpério 2013

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PUERPÉRIO
Cuidados de Enfermagem Cuidados de Enfermagem 
no Centro Obstétrico, 
Alojamento Conjunto e domicílio
Profª Maria Cristina Lore Schilling
Adaptado aula Profª Marisa R. Vieira e Gisele Carvalho
Puerpério
• Fase ativa na qual ocorrem 
fenômenos de natureza psíquica, 
hormonal e metabólica
• Marcado pelo retorno dos órgãos • Marcado pelo retorno dos órgãos 
reprodutivos e pela readaptação do 
organismo feminino (alterado pela 
gestação e parto) à situação pré-
gravídica
Puerpério
• Inicia após o secundamento* e tem 
seu término imprevisto (6 a 8 sem 
após parto)
• IMEDIATO: 1º ao 10º dia• IMEDIATO: 1º ao 10º dia
• TARDIO: 11º ao 42º dia
• REMOTO: a partir do 43º
« quarentena » 
Puerpério
• A maioria das situações de 
morbidade e mortalidade materna 
ocorrem na PRIMEIRA semana após ocorrem na PRIMEIRA semana após 
o parto!
Manifestações Fisiológicas
• Útero: involução uterina 1cm/dia (reflexo de 
Fergunson); Hemostase: globo de segurança 
de Pinard (após o 14º dia não deve mais ser de Pinard (após o 14º dia não deve mais ser 
palpado no abdomem)
• Colo uterino: aspecto de fenda transversa
• Mucosa vaginal: equimoses/lacerações; crise 
vaginal pós-parto (atrófico) – pregueamento 
até 3ª sem pós-parto.
Manifestações Fisiológicas
Manifestações Fisiológicas
• Função ovulatória (estrogênio): 6-8 sem se 
paciente não amamentar, diminuição da 
lubrificação vaginal.lubrificação vaginal.
• Mamas: colostro (parto); apojadura (1º ao 3º dia).
• Bexiga: hipotonia e relaxamento das paredes e 
ureteres regridem em 2-8 sem. Anestesia: 
retenção urinária, risco de infecção urinária.
Alterações Hormonais
• Com a dequitação da placenta a mulher perde, 
subitamente, a sua fonte produtora de estrógenos, uma vez que 
os ovários tinham sua função bloqueada durante a gravidez, 
após cumprida a função do corpo lúteo.
• A queda de hormônios esteróides que inibiam o 
efeito da prolactina, aliada a uma liberação aumentada da efeito da prolactina, aliada a uma liberação aumentada da 
prolactina como efeito da sucção, determina o início da 
lactação. 
• A queda de estrógeno leva a um período de atrofia 
genital, denominado de "crise genital" até que os ovários 
retornem a sua função endócrina plena, período este variável e 
dependente da função da lactaçã
Manifestações Fisiológicas
• Dor: contrações uterinas vigorosas, varizes, FO
• Distúrbios de humor: disforia pós-parto.
• Perda de peso: 5-6Kg (esvaziamento uterino e 
perda sangüínea +- 1/2L de líquido). Retorno ao 
peso pré-gestacional em 6 meses*
Manifestações Fisiológicas
• DC aumentado – saída da placenta e 
descompressão aorto-cava.
• Lóquios – camada superficial sofre necrose e é • Lóquios – camada superficial sofre necrose e é 
eliminada; perda vaginal fisiológica:
– Lóquio vermelho (lochia rubra)
– Lóquio serosanguinolento (lochia fusca)
– Lóquio seroso (lochia flava)
– Lóquio amarelo-claro (lochia alba)
LÓQUIOS
– Lóquio sanguinolentos (1º ao 3º dia)
– Lóquio serosanguinolento (3º ao 5º)
– Lóquio amarelo (5º ao 15º)– Lóquio amarelo (5º ao 15º)
– Lóquios alvos: esbranquiçados; amarelo-claro (15º 
ao final do puerpério)
� Observar e registrar: aspecto e odor
� Normal: 250 – 500ml na primeira semana
Centro Obstétrico
• A primeira e a segunda hora devem 
ser passadas no CO ou na sala pós-
parto, pois neste período podem 
ocorrer hemorragias 
AVALIAÇÃO RIGOROSAAVALIAÇÃO RIGOROSA
• A puérpera equilibrada 
hemodinamicamente e com 
formação de globo de segurança de 
Pinard pode ser encaminhada ao AC 
Centro Obstétrico
• Verificação e avaliação SV
• Nível de consciência e estado geral
• Avaliação das mamas
• Perdas sanguíneas e palpação • Perdas sanguíneas e palpação 
uterina
• Cuidados de Higiene
• Repouso/hipotensão postural
• Cuidados com epísio ou FO
• Isoimunização RH
Alojamento Conjunto
• Acolhimento
• Avaliação aspectos gerais e sinais vitais
• Exame físico céfalo-caudal• Exame físico céfalo-caudal
• Avaliação obstétrica:
– Avaliação das mamas
– Contrabilidade uterina (formação globo)
– Lóquios (registrar aspecto e odor)
– Involução uterina* (altura fundo uterino)
– Avaliação períno ou FO
Alojamento Conjunto
• Avaliação das eliminações vesico-intestinais
• Avaliação dos membros inferiores
• Avaliação do estado emocional materno (o 
bebê deixa de ser idealizado*)
• Observação da interação mãe-bebê 
• Avaliar e apoiar* o aleitamento materno
Alojamento Conjunto
• Orientar sobre os dados da Carteira da Criança
• DNV – registro do RN
• Orientar/revisar cuidados com o RN
• Orientar sobre o agendamento consulta de 
revisão
Registro Enfermagem
SODIA
• Identificação: nome, idade materna, 
gesta/para, tipo de parto (data/hora); gesta/para, tipo de parto (data/hora); 
apresentação do RN, RN: sexo, peso, IG e 
APGAR)
• Subjetivo: percepções, queixas, relação com o 
RN, aceitação da dieta, eliminações, etc.
Registro Enfermagem
• Objetivo: SV e Exame físico céfalo-caudal 
(incluindo estado geral, nível de consciência)
• Destacar avaliação obstétrica (mamas, • Destacar avaliação obstétrica (mamas, 
abdômem, involução uterina, lóquios, FO, 
episiorrafia) e membros inferiores (perfusão, 
vascularização, edema).
Registro Enfermagem
exemplo
I: Nirma, 19 anos, G2P1A1. Puerpério de PNE de 02.09.2013 às 05hs. RN 
sexo masculino, peso: 3200g, Apgar: 9/10. RN no colo da mãe 
dormindo*
S: Puérpera sente-se bem e questiona quanto aos cuidados com RN 
(banho, coto e troca de roupas)(banho, coto e troca de roupas)
O: BEG, comunicativa, sorridente, SV estáveis, descrição do exame 
céfalo-caudal...mamas flácidas, pele íntegra, mamilos pouco protusos, 
com colostro à expressão....segue exame céfalo-caudal... Útero 
contraído na altura da cicatriz umbilical, lóquios sanguinolentos em 
quantidade moderada e odor característico, episiorrafia em processo 
de cicatrização, sem sinais flogísticos...Membros inferiores com boa 
movimentação, edemaciados (++/4+), perfundidos e aquecidos.
C: Orientações, manejo, encaminhamentos.
UBS
• Consulta agendada antes do 42º dia
• Anamnese: condições gestacionais, 
atendimento ao parto e ao RN, 
dados do parto (data, tipo, se dados do parto (data, tipo, se 
cesárea registrar indicação), 
registrar as intercorrências da 
gestação, parto e/ou puerpério, 
perguntar sobre AM, sono repouso, 
alimentação, atividade física, etc.
UBS – Avaliação Clínica
• SV e peso
• Obs estado geral
• Exame das mamas
• Exame do abdomem
• Exame do períneo (caract lóquios e 
epísiotomia – retirada de pontos)
• Exame membros inferiores
• Obs formação do vínculo mãe-bebê
UBS – Orientações
• Retorno da atividade física*
• Retorno da atividade sexual*
• Cuidados com as mamas (boa pega 
e esvaziamento mamário)e esvaziamento mamário)
• Planejamento familiar (minipílula, 
DIU, LT)
• Alimentação da nutriz
Complicações Puerperais
• Hemorragias
• Hipotonia Uterina
• Infecção Puerperal• Infecção Puerperal
• Complicações do Aleitamento* 
• Transtornos psiquiátricos do pós-parto
HEMORRAGIA
• Perda sangüínea: > 500ml parto normal
> 1000ml cesárea
• Queda hematócrito em 10%
• Necessidade de transfusão
• Sintomas: vertigem, síncope
• Sinais: lóquios aumentados, taquicardia, 
hipotensão, oligúria
HEMORRAGIA
• Primária ou Precoce: < 24hs
• Secundária ou Tardia: > 24hs – 12 semana 
pós-partopós-parto
Causas: ruptura uterina, lacerações de trajeto, 
hipotonia uterina, infecções, coagulopatias 
HEMORRAGIA
• Fatores Predisponentes:
Multiparidade, TP prolongado, cesárea prévia 
e atual, TP de evolução muito rápida, e atual, TP de evoluçãomuito rápida, 
sobredistensão uterina (gestação gemelar, 
macrossomia fetal), Pré-eclâmpsia, DPP, etc
HEMORRAGIA
• Prevenção:
Recomendação da OMS
10U ocitocina após expulsão fetal
HEMORRAGIA
• Complicações:
Anemia
Fadiga crônica
Choque hipovolêmico
Insuficiência renal, respiratória e hepática
HIPOTONIA UTERINA
• Perda da eficiência da manutenção da 
contração miometrial
• Principal causa de hemorragia após a • Principal causa de hemorragia após a 
dequitação
• É uma das principais indicações de 
histerectomia pós-parto
HIPOTONIA UTERINA
• Manifestações: útero sub-involuído, flácido e 
depressível (ausência de globo de segurança); 
sangramento vaginal não necessariamente sangramento vaginal não necessariamente 
volumoso – pode ser moderado e contínuo 
até que se verifique a hipovolemia severa!
HIPOTONIA UTERINA
• Cuidados de Enfermagem: 
Registrar aspecto e volume dos lóquios
Controle rigoroso SV
Controle do débito urinário (manter > 30ml/h)
Manobra de Hamilton*
Administração Ocitocina
• Possibilidade de restos placentários
INFECÇÃO PUERPERAL
Corresponde a toda a infecção que se origina no 
aparelho genital após o parto recente. 
• Morbidade febril puerperal pode ser caracterizada por um
quadro febril por um período maior 48hs dentro dos 10 primeiros
dias do puerpério, excluindo-se as primeiras 24hs.
(United States Joint Committee on Maternal Welfare)
Obs.:Não há consenso
Embora tromboflebite, infecção urinária, pulmonar e mamária estejam incluídas 
em morbidade puerperal não são classificadas como infecções puerperais 
(Resende, 2008).
INFECÇÃO PUERPERAL
Cesariana
Ruptura prematura das membranas/BR 24h
Manipulação vaginal excessiva (toques)
Fatores de risco:
Manipulação vaginal excessiva (toques)
Trabalho de parto prolongado
Traumas cirúrgicos
Hemorragia ante, intra e pós-parto
Retenção de restos ovulares / placentários
Infecções pré-existentes
Desnutrição ou obesidade
Condições sócio-econômicas
Formas Clínicas
·Perineovulvovaginite e cervicite
·Infecção da episiotomia
·Endometrite / endomiometrite
·Parametrite·Parametrite
·Anexite
·Peritonite
·Mastites
Referências
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual Técnico: Pré-Natal e Puerpério Atenção 
Qualificada e Humanizada. Série Direitos Sexuais Direitos Reprodutivos – Caderno 
nº 5. Brasília DF, 2006.
• Recife. Secretaria de Saúde. Diretoria Geral de Atenção à Saúde. Gerência de 
Atenção à Saúde da Mulher. Comitê Municipal de Estudos sobre Mortalidade 
Materna do Recife. Atenção humanizada à mulher no ciclo gravídico puerperal: 
pauta de obstetrícia / Secretaria de Saúde. – Recife, 2008.pauta de obstetrícia / Secretaria de Saúde. – Recife, 2008.
• GREGÓRIO, Vitória R. P.; BRÜGGEMANN, Odaléa M. Enfermagem na atenção 
obstétrica e neonatal. UFSC. Departamento de Enfermagem, 2010.
• LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I. M. O cuidado de enfermagem 
materna. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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