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Fichamento 1.1 Geo. Política SANGUIN

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GF 406 -   GEOGRAFIA POLÍTICA  
Prof. Márcio Cataia – PED Luciano P. Duarte 
Bruna Cristina Gama Campagnuci RA: 135124  
  
FICHAMENTO       (Aula 1)
SANGUIN, A. L. Renascimento institucional e o futuro da geografia política na França a partir da década de 1970. ACTA Geográfica, Boa Vista, 2014. p.63-81. 
 
O artigo, segundo seu resumo, retrata a história da Comissão de geografia Política após sua criação em 1984 na âmbito geral da evolução da geografia Política depois de 1970 ( renascimento da Geografia Política), dando uma ênfase ao avanço e desenvolvimento paralelo da Geopolítica lacostiana.
Na introdução, Sanguin realiza uma pequena passagem de acontecimentos históricos que embasam sua afirmação sobre a dificuldade de saber sobre o status da Geografia Política da França por volta de 1970, visto que, segundo ele, tal ciência era vista como um tabu intelectual com diversas origens (desde 1930), mas principalmente a rejeição terminológica na análise política, visto que a mesma foi " a ciência dos nazistas, .. fascistas"
No capítulo GEOGRAFIA POLÍTICA: O CONTEXTO DE UM RENASCIMENTO (1974-1980), o autor diz que a Geografia política voltou a brilhar nos olhos dos geógrafos franceses a crise universitária de maio de 1968, que mostrou o desgaste da geografia clássica francesa, e a revolução teórica quantitativa em Geografia, a qual possibilitou uma abertura à literaturas estrangeiras. Tais mudanças fazem com que os geógrafos franceses saem de seus nichos e olham para " análises dinâmicas dos espaços fronteiriços, sua territorialidade, suas mudanças, sua percepção através de seus próprios habitantes" (p.65). Deste modo, coloca-se um fim no tabi intelectual da geografia política, e geógrafos começam à publicar obras utilizando a geografia política e outros objetos de estudos como: trabalho, território, nacionalidade, capital, poder industrial ( o autor da exemplos de obras e autores). Neste contexto, nota-se que o território se torna fator de extrema importância nas atividades tecno-econômica. " O espaço sociológico perdeu completamente seu senso de continuidade. Transformou-se em um arquipélago de ilhas funcionais: fábrica, casa, escritório, clube, fim de semana, férias, esporte". (p.66) 
NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA COMISSÃO DE GEOGRAFIA POLÍTICA DO COMITÉ FRANCÊS DE GEOGRAFIA (1984-1994). É neste capítulo que Sanguin apresenta a Comissão de Geografia Política, nascida em 1984 no congresso quadrienal da União Geográfica Internacional, que se renomeou para Comissão Mapa Político por pressão de geógrafos que acreditavam que Geografia Política era pseudociência burguesa, e voltou ao seu nome original em 1922 no congresso da UGI de Seul (Coréia do Sul).
"... o renascimento da Geografia Política no seio da Escola Francesa de Geografia se encontrava concretizada e fortalecida pela existência desta nova comissão. Ela pode agir bastante rapidamente como um elemento "federador" para geógrafos espalhados ou isolados que podiam se reunir em torno de temas preciosos." (p.67)
Em INOVAÇÕES CONCEITUAIS E TEMÁTICAS NO CORAÇÃO DA COMISSÃO (1995-2005). o autor introduz citações em que a Comissão inicia debates extra continentais e discussões a cerca que questões do espaço insular. Além disso á uma expansão nos eventos da comissão. Assim como no próximo capítulo, é importante ressaltar deste, porem, o estabelecimento de uma gramática do espaço politico por Stéphane Rosiêre, o qual coloca ênfase nas contradições e distingue Geografia Política de Geopolítica. " A novidade provém também do fato que essa Geografia Política “à francesa” introduz conceitos novos como aqueles de pavage, de díade, de índice de litoralidade, de postura territorial, de fissão, todas elas noções desconhecidas na geografia política anglo-saxônica (ROSIÈRE, 2003)." (p71). Neste mesmo capítulo ainda á mais inovações da autora como a importância dos territórios socioculturais, polos espirituais e simbólicos, estado, poder público. Assuntos os quais também são tratados por Claval que " observou que a colonização e a multiplicação de novos estados não transformam o espaço internacional em um fórum onde todos os membros desfrutassem dos mesmo direitos.." (p.72) mas sim um braço das novas organizações internacionais.
"A sociedade civil se vinga do Estado, especialmente por que ele possui uma consciência aguda de preservar os bens públicos comuns à humanidade: os direitos da pessoa humana, o patrimônio cultural global, o meio ambiente. A desgraçadas ideologias de progresso e a ascensão aquelas do inconsciente individual, cultural ou material podem servir de garantia para todos os tipos de conflitos."(p.72)
O autor reforça, já no fim de sua obra, a necessidade de uma análise critica à abordagem lacostiana mais profunda. Além disso, conclui que há um atraso na formalização da geopolítica permanecendo como uma disciplina da incerteza, mas se diferenciando do resto da praxeologia pois se trata de uma abordagem situada e localizada. Por fim, é importante ressaltar das conclusões do artigo que: A geografia política se tornou um ponto importante na geografia francesa, deixando registros através dos trabalhos da comissão ligados à mudanças político-territoriais (espacialidade da política; terrorismo; governança; conflitos e movimentos sociais e territoriais) e a evolução e epistemologia da Geografia Política. "Geografia Política contribuem a uma compreensão melhor e mais rica dos processos, das atividades e dos comportamentos políticos no espaço? Contrariamente a abordagem tradicional em Geografia Política, a perspectiva feminista abole a diferença e o limite entre espaço público e espaço privado. Ela denuncia o fato de que a Geografia Política acadêmica é uma disciplina masculinizada e acredita que a escala micro não tem que ser negligenciada em favor da escala macro."(p.76)

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