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Aula 02 organização do Estado ESTADOS MEMBROS

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – ESTADOS-MEMBROS
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FEDERAÇÃO NA CF/88 E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
ESTADOS – MEMBROS – constituem pessoas jurídicas de direito público interno, autônomos, nos seguintes termos:
auto-organização - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal – poder constituinte derivado decorrente;
autogoverno – possuem estrutura dos poderes Legislativo ( Assembléia Legislativa); Executivo ( Governador do Estado) e Judiciário ( Tribunais e Juízes) contemplada na CF;
autoadministração e autolegislação- a CF contempla regras de competência administrativa e legislação.
FORMAÇÃO DOS ESTADOS- MEMBROS - 	
Os Estados podem incorporar-se entre si (FUSÃO), subdividir-se (CISÃO) ou desmembrar-se (DESMEMBRAMENTO) para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
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FEDERAÇÃO NA CF/88 E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS ESTADOS - MEMBROS :
 1ª etapa: plebiscito – condição prévia e essencial para que se possa ir a etapa seguinte, consiste na consulta prévia à população interessada, que deverá aprovar a formação do novo Estado;
 2ª etapa: propositura do projeto de lei complementar – em sendo favorável o resultado da consulta prévia ao povo mediante plebiscito, será proposto projeto de lei perante qualquer das Casas do Congresso Nacional;
3ª etapa: audiência das Assembléias Legislativas – à Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido na etapa anterior compete proceder a audiência das respectivas Assembléias Legislativas – parecer não vinculativo.
4ª etapa: aprovação pelo Congresso Nacional – após a manifestação das Assembléias Legislativas, passa-se à fase de aprovação do projeto de lei complementar, proposto no CN, através de aprovação por maioria absoluta. O CN não está obrigado a aprovar nem o PR a sancionar. 
 
 
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ESTADOS-MEMBROS
Ocorre o instituto da FUSÃO sempre que dois ou mais Estados se unem geograficamente, formando um terceiro e novo Estado, distinto dos anteriores que, por sua vez, perderão a personalidade primitiva.
 
FUSÃO
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Ocorre o instituto da CISÃO quando um Estado que já existe subdivide-se, formando dois ou mais Estados-membros novos( que não existiam), com personalidades distintas. O Estado originário que se subdividiu desaparece, deixando de existir politicamente.
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Com o instituto do DESMEMBRAMENTO firmou-se a possibilidade de um ou mais Estados cederem parte do seu território geográfico para formar um novo Estado ou Território que não existia ou se anexar (a parte desmembrada) a outro território que já existia.
O Estado originário não desaparece. ( Goiás em relação a Tocantins e com Mato Grosso em relação a Mato Grosso do Sul).
Desmembramento anexação
Desmembramento formação 
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BENS DOS ESTADOS-MEMBROS
 
Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
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COMPETÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS
 
Comum (cumulativa ou paralela) – comum aos quatro entes federativos – art. 23 da CF/88;
residual (remanescente ou reservada) – são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
Competência legislativa :
Expressa - Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
Residual – Toda competência que não for vedada está reservada aos Estados-membros, ou seja, o resíduo que sobrar, o que não for de competência expressa dos outros entes e não houver vedação
Delegada da União – por meio de lei complementar
Concorrente– No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais e os Estados sobre normas específicas -
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COMPETÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS
 
suplementar –art. 24, § 1º ao 4º da CF/88;
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Exploração dos serviços locais de gás canalizado – 
Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Lei nº 9.478/97 – política energética nacional
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COMPETÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS
 
Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (art.25, §3º)
Regiões metropolitanas – conjunto de municípios limítrofes que se unem com certa continuidade urbana em torno de um Município pólo;
Microrregiões – municípios limítrofes com certa homogeneidade e problemas administrativos comuns, cujas sedes não são unidade por continuidade urbana;
Aglomerados urbanos áreas urbanas sem um pólo de atração urbana, quer tais áreas sejam das cidades sedes dos Municípios (como na baixada santista);
São instituídas por lei complementar estadual, e não são detentoras de personalidade organizacional de governo próprio, ou de administração própria. Não é pessoa política como centro personalizado.
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MUNICÍPIOS
 
Posição dos Municípios na Federação ;
Natureza jurídica – pessoa jurídica de direito público interno – ente federativo (art. 1º c/c 18 da CF);
Autônomos dotados da tríplice capacidade:
Auto-organização – art. 29, caput. Os Municípios se organizam através de uma Lei Orgânica votada em dois turnos, no prazo mínimo de 10 dias, no seu processo não há participação do Executivo, sendo promulgada pela Câmara dos Vereadores atendidos os princípios da Constituição Federal e na Constituição do referido Estado-Membro, que a promulgará;
A LOM traça as normas legislativas municipais e toda regulamentação orçamentária;
Auto-governo: Eleições diretas para o Executivo, bem como, Legislativo (Câmara dos Vereadores);
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MUNICÍPIOS
 
Unicameral;
Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo descrito no art. 29, inc. IV da CF.
Mandato de 04 anos;
A imunidade parlamentares municipais;
Remuneração dos Vereadores – 
o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os limites máximos previstos no art. 29, inc. VI da CF;
Regra da Legislatura – Remuneração do prefeito, vice e dos vereadores , serão estabelecidas de acordo com os critérios da EC 25/00, em uma legislatura para a seguinte, subseqüente. Impossibilidade de a própria Câmara aumentar subsídios na própria Legislatura.
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MUNICÍPIOS
 
Do Processo de criação de novos municípios:
Fundamentação legal (art. 18, §4º) – criação, incorporação, fusão e desmembramento dos municípios
Lei complementar federal determinará o período e procedimento para criação, incorporação, fusão ou desdobramento.
estudo de viabilidade municipal;
Plebiscito – condição de procedibilidade;
lei estadual
REDAÇÃO DADA PELA EC 15/96 – passou a exigir outros requisitos dificultando o processo e evitando o surgimento desenfreado de novos municípios
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MUNICÍPIOS
 
	- Questão da criação dos Municípios Luís Eduardo Magalhães(BA), Santo Antônio do Leste (MT), anexação do município de Monte Carlo e a posição do STF – declarou a inconstitucionalidade das leis estaduais que criaram os referidos municípios sem a existência da LC federal.
- Posteriormente, buscando regularizar a situação de vários municípios, o CN promulgou a EC n. 57/2008, acrescentando o art. 96 ao ADCT, com a seguinte redação: “ficam convalidados os atos de criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31.12.2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação dos Estados à época de sua criação.”
	 
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 	Do Distrito Federal(art. 32)
Conceito- unidade federada autônoma, visto possuir capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação 
Natureza Jurídica – pessoa jurídica de direito público interno ( ente federativo);
Impossibilidade de se dividir em Municípios;
Autonomia parcialmente tutelada pela União( policiamento, MP e Magistratura próprios entretanto, mantidos pela União);
Criação do Fundo Constitucional do Distrito Federal - natureza contábil, tem o objetivo de prover os recursos necessários à organização e manutenção da Polícia Civil, Militar e dos Bombeiros do DF, bem como, assistência financeira aos serviços públicos da saúde – art. 21, XIV;
Auto-organização: art. 32, caput, será regido por Lei Orgânica;
Autogoverno: eleição do Governador e do vice, bem como dos Deputados Distritais;
Auto-administração e autolegislação: detentor de regras de competências legislativas e administrativas
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 	Dos Territórios Federais
Histórico: Acre primeiro Território criado em 1904, pois na Constituição de 1891 não havia previsão, somente na Constituição de 1934 houve a elevação ao status constitucional, permanecendo nas Constituições seguintes.
Natureza jurídica: não é ente federativo , e sim, mera descentralização administrativo-territorial da União, ou seja, uma autarquia federal, conforme dispõe o art. 18, §2º, integra a União.
Existência de Territórios Federais em nosso ordenamento jurídico;
Condição jurídica de Fernando de Noronha – reincorporado ao Estado do Pernambuco por expressa disposição do art. 15, ADCT. O art. ,96 da CE/PE dispõe expressamente que o arquipélago de Fernando de Noronha é uma região geoeconômica, social e cultural do Estado de Pernambuco, sob a forma de Distrito Estadual, dotado de estatuto próprio, com autonomia administrativa e financeira.
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 	Dos Territórios Federais
 O Distrito Estadual tem por sede o Palácio São Miguel situado na Vila dos Remédios, na Ilha , e por foro a Comarca do Recife, tendo por competência prover tudo quanto respeito ao seu bem-estar e da população insular. 
Será dirigido por um Administrador-Geral nomeado pelo Governador, com prévia autorização da Assembléia Legislativa.
Ainda verifica-se que serão realizadas eleições diretas que acontecerão concomitante a do Governador, feita pelos cidadãos residentes no Arquipélago, de sete Conselheiros, com mandato de 04 anos para formação do Conselho Distrital, que terá funções consultivas e de fiscalização.
A CE/PE prevê a transformação do Distrito Estadual em Muniípio quando alcançar os requisitos e exigências mínimas.
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 	Dos Territórios Federais
 Processo de criação dos Territórios Federais
Há possibilidade de criação através de lei complementar, plebiscito, e modo de criação poderá se dá através incorporação, subdivisão ou desmembramento dos Estados.
Outras características
Lei federal disporá sobre a organização do Território;
Possibilidade de divisão em Municípios;
Executivo – Governador nomeado pelo Presidente e aprovado pelo Senado;
Controle de Contas feito pelo Congresso Nacional, com o parecer prévio do TCU;
Judiciário, MP e Defensoria Pública – se o Território contar com mais de cem mil habitantes, contarão com esta estrutura, e terão órgãos do Judiciário de 1ª e 2ª instância, membros do MP e Defensoria, mantidos pela União. Os Juízes locais terão a jurisdição da Justiça Federal.
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 	Dos Territórios Federais
 Policiamento civil e militar – mantido pelo próprio território;
Legislativo: Câmara Territorial- número fixo de 4 deputados federais; 
Sistema de ensino: mantido e organizado pela União;
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