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CASOS 20adm 202 20av2

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SEMANA 01:
CASO CONCRETO
(OAB-FGV) José, enquanto caminhava pela rua, sofre graves sequelas físicas ao ser atingido por um choque elétrico oriundo de uma rede de transmissão de uma empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica. Na ação judicial movida por José, não ficou constatada nenhuma falha no sistema que teria causado o choque, tampouco se verificou a culpa por parte do funcionário responsável pela manutenção dessa rede elétrica local. No entanto, restou comprovado que o choque, realmente, foi produzido pela rede elétrica da empresa de distribuição de energia, conforme relatado no processo.
Diante do caso em questão, discorra sobre a possível responsabilização da empresa privada que presta serviço de distribuição de energia elétrica, bem como um possível direito de regresso contra o funcionário responsável pela manutenção da rede elétrica.
R: A empresa responderá de forma objetiva pelos danos causados a Jose na forma do art. 37, § 6º da CF, no que tange ao direito de regresso é extremamente necessário à comprovação do dolo ou culpa do funcionário, fato esse que não ocorreu no caso em tela.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/Exame Unificado-2010.3) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera. Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado
(C) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao ente público.
SEMANA 02:
CASO CONCRETO
(OAB-FGV) No curso de uma inundação e do aumento elevado das águas dos rios em determinada cidade no interior do Brasil, em razão do expressivo aumento do índice pluviométrico em apenas dois dias de chuvas torrenciais, o Poder Público municipal ocupou durante o período de 10 (dez) dias a propriedade de uma fazenda particular com o objetivo de instalar, de forma provisória, a sede da Prefeitura, do Fórum e da Delegacia de Polícia, que foram completamente inundadas pelas chuvas.
Diante da hipótese acima narrada, identifique e explicite o instituto de direito administrativo de que se utilizou o Poder Público municipal, indicando a respectiva base legal.
R: O instituto utilizado pelo poder público foi a ocupação temporária na forma do art. 5º, XXV da CF, consistente no apossamento de bem privado para uso temporário com dever de restituição no mais breve espaço de tempo, e eventual pagamento de indenização pelos danos produzidos.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/FGV). Com relação à requisição administrativa, analise as afirmativas a seguir.
III. Será a indenização sempre a posteriori, caso seja devida.
(B) se somente a afirmativa III estiver correta.
SEMANA 03:
CASO CONCRETO
(OAB/FGV) O Município de Rio Fundo, informando de que o prédio em que se localizava a escola pública estadual local – prédio antigo, e de importante significado histórico para aquela comunidade – seria objeto de demolição para que ali se construísse um depósito de mercadorias do Estado, deflagra o procedimento destinado ao tombamento do bem. Concluídas as providências atinentes ao tombamento, o Governo do Estado ingressa com mandado de segurança objetivando a declaração da ilegalidade do tombamento, invocando em seu favor: 1º) ausência de competência legislativa do Município para dispor sobre a matéria de tombamento; e 2º) a impossibilidade jurídica de Município empreender a tombamento de bem estadual, por aplicação analógica do art. 2º, § 2º, do DL 3.365/1941. Analise os argumentos da impetração, manifestando-se pela concessão ou denegação da segurança.
R: não assiste razão ao governo estadual no que tange a competência para instituir tombamento, uma vez que o art. 30, IX da CF, consagra a competência local em favor dos municípios, sendo assim, deverá o judiciário denegar o MS ajuizado pelo governo do estado. No que tange a alegação do estado em relação a observância do princípio da hierarquia, não deverá prosperar, isto porque tal princípio não se aplica ao tombamento pois tal modalidade de intervenção do estado na propriedade privada não determina a perda dessa última, apenas restringe o uso.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/FGV). No que concerne à intervenção do Estado sobre a propriedade privada, é correto afirmar que
(B) as limitações administrativas constituem medidas previstas em lei com fundamento no poder de polícia do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social.
SEMANA 04:
CASO CONCRETO
(OAB-CESPE) O Poder Público municipal, por meio de decreto, desapropriou imóvel de Paulo e Maria, para implantar, no local, um posto de assistência médica. A expropriação foi amigável, tendo sido o bem devidamente integrado ao patrimônio público municipal. Não obstante a motivação prevista no ato expropriatório, que era a de utilidade pública, o município alterou a destinação atribuída ao bem para edificar, no local, uma escola pública.
Nessa situação hipotética, ocorreu tredestinação ilícita? Paulo e Maria têm direito à retrocessão? Fundamente suas respostas, mencionando a definição do instituto da retrocessão e sua(s) hipótese(s) de cabimento.
No caso em tela não ocorreu a tredestinação ilícita, pois o poder público apesar de ter dado destinação diversa ao bem desapropriado, manteve o interesse público. A retrocessão, instituto previsto no art. 519 do CC, prevê o direito de preferência do antigo proprietário em reaver o bem quando o poder público der destinação ao bem que não atenda o interessa público. No caso em questão não cabe a retrocessão, uma vez que a destinação dada ao imóvel atendeu ao interesse público.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB-FGV-). Assinale a alternativa correta.
(A) Segundo jurisprudência dos Tribunais Superiores, a imissão provisória do Poder Público no bem, em procedimento expropriatório, na desapropriação por utilidade pública, é inconstitucional à luz da Constituição Federal de 1988.
(B) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização. No entanto, caso o imóvel não esteja cumprindo sua função social, poderá o Poder Público Municipal, após a aplicação de outras medidas previstas na Constituição Federal, desapropriar o imóvel com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão prévia, aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
(C) O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para os fins de reforma agrária, autoriza desde já ao Município propor a ação de desapropriação.
(D) Segundo comando constitucional, nos casos de "desapropriação confisco", as terras desapropriadas devem integrar, de forma permanente, o patrimônio do ente federativo expropriante, que deverá utilizá-las para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos.
(E) A declaração expropriatória, nas desapropriações por utilidade pública, é o marco para a indenização das benfeitorias necessárias. Essas serão indenizadas se realizadas até a data da publicação da declaração.
SEMANA 05:
CASO CONCRETO
(OAB-FGV) Para viabilizar a pesquisa botânica de alunos da rede pública, o Prefeito municipal iniciou a desapropriação de certa área florestal em perímetro urbano, alegando urgência. Baseando-se no contido no § 1o, do art. 15 do Decreto-Lei 3.365/41, requereu à Administração a imissão provisória na posse do bem, oferecendo como depósito valor encontrado em avaliação prévia administrativa muito inferior ao valor venal do imóvel, uma vez que este, por ter sido tombado pelo Poder Público Federal, sofrera significativa desvalorização. Sabendo-se que atualmente é notória a indisponibilidade de recursos para satisfação de dívidas pelos entes públicos, os quais protraem no tempo a quitação de suas obrigações, como você opinaria o pedido de imissão provisóriana posse do bem?
R: para que o magistrado garanta o pagamento prévio, justo e em dinheiro na desapropriação, é necessário que observe os requisitos previstos no art. 15 do decreto lei 3365/41, desta forma, o magistrado deverá determinar a citação do proprietário e ainda determinar o valor venal do imóvel, sem que seja necessária uma avaliação previa. Art. 15, § 1º, alínea “c” e “d”, decreto 3365/41.
QUESTÃO OBJETIVA
No que se refere ao instituto da desapropriação, assinale a opção incorreta.
(A) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência concorrente para legislar sobre desapropriação.
(B) Ao Poder Judiciário é vedado, no processo da desapropriação, discutir sobre eventual desvio de finalidade do administrador ou sobre a existência dos motivos que o administrador tenha considerado como de utilidade pública.
(C) A União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mas os bens da União não são expropriáveis.
(D) O Estado-membro tem competência para desapropriar bens de uma autarquia ou de uma empresa pública municipal.
SEMANA 06:
CASO CONCRETO
(OAB-FGV) Um latifundiário teve parte de sua propriedade rural, por ele não utilizada, declarada de utilidade pública, com o propósito de desapropriação. Publicado o decreto expropriatório, a União depositou o valor cadastral do imóvel para fins de lançamento de imposto territorial rural, cujo valor fora atualizado no ano anterior, e pediu, independentemente da citação do réu, imissão provisória na posse. Deferida a imissão, pretendeu a União registro da terra em seu nome.
Em face dessa situação hipotética, responda as seguintes indagações:
a) São devidos, ao expropriado, juros compensatórios?
R: SIM, é cabível a incidência dos juros compensatórios para compensar a perda antecipada do imóvel que deverá ser computado a partir da emissão. Súmula 69 do STJ e 164 do STF.
b) O poder público deve intentar a ação expropriatória no prazo de até dois anos, contados da expedição do decreto expropriatório?
R: sim, na forma do art. 3º da lei 4133/62 da lei complementar.
c) O depósito do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento de imposto territorial rural, é insuficiente para permitir a imissão provisória na posse?
R: o deposito realizado com base no valor cadastral do imóvel, desde que atualizado no ano anterior é suficiente para permitir a emissão na posse, conforme permissão no art. 15, § 1º, alínea “c” do decreto 3365/41.
d) uma vez que, incorporados à fazenda pública, os bens expropriados não podem ser objeto de reivindicação?
R: segundo o art. 35 do decreto 3365/41, uma vez incorporado o bem a fazenda pública, não é possível ao antigo proprietário reivindicar a propriedade. Qualquer prejuízo será resolvido em perdas e danos.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/Exame Unificado) Acerca da desapropriação e dos juros moratórios e compensatórios incidentes sobre ela, assinale a opção correta.
(A) É irrelevante o fato de o imóvel ser ou não produtivo para a fixação dos juros compensatórios na desapropriação, pois estes são devidos em razão da perda antecipada da posse, que implica a diminuição da garantia da prévia indenização estipulada na Constituição Federal.
(B) Em ação expropriatória. os juros compensatórios devem ser fixados à luz do princípio da retroatividade, ou seja, deve ser aplicado o índice vigente ao tempo da sentença que julga a desapropriação.
(C) Os juros moratórios, seja na desapropriação direta, seja na indireta, contam-se desde a imissão na posse.
(D) Na atualidade, a taxa de juros compensatórios aplicável às desapropriações é de 6% ao ano.
SEMANA 07:
CASO CONCRETO
(OAB-CESPE) O imóvel de Maria foi desapropriado para nele se construir uma escola. Passados 5 anos da efetiva transferência da propriedade, o referido imóvel foi cedido a uma borracharia. Diante disso, Maria pretende reaver o imóvel.
Considerando-se esse caso hipotético, qual o instituto que autoriza o retorno do imóvel à Maria, o prazo de sua utilização e a natureza jurídica e qual o termo inicial do prazo prescricional?
R: O instituto que autoriza o retorno do imóvel a Maria é a retrocessão prevista no art. 519 do CC. O STF atualmente entende que a natureza jurídica de retrocessão é direito pessoal, e o prazo para reivindicação do bem é de 5 anos na forma do dec. 20.910/32. Porém, o STF não vem permitindo tal instituto em virtude da previsão contida no art. 35 do dec. Lei 3365/41, que dispõe que uma vez incorporado o bem a fazenda pública, este não poderá ser objeto de reivindicação, sendo assim, restaria ao primitivo proprietário do bem somente resolver a situação em ação de perdas e danos.
Finalizando, o termo inicial do prazo prescricional nasce com a violação do direito, ou seja, a partir do momento em que o imóvel foi cedido a um terceiro.
QUESTÃO OBJETIVA
(OAB/FGV) Acerca da desapropriação, assinale a opção correta:
Desapropriação indireta é o fato administrativo por meio do qual o estado se apropria de bem particular, sem a observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia.
SEMANA 08
(OAB-CESPE) Prefeito de certa municipalidade deseja saber se possui competência para, em sua esfera, legislar sobre o Domínio Econômico. Desta forma, o Prefeito espera de você, assessor jurídico, que elabore um parecer sobre o assunto para que possa ou não encaminhar projeto de lei sobre esta matéria para a Câmara Municipal. Elabore o parecer sem se preocupar com as formalidades.
R: A CF em seus artigos 21 e 22 elenca a competência quase absoluta para a atuação do estado regulador pela União Federal. Na relação de atribuições que formam a competência legislativa concorrente da União, Estados e DF a CF contemplou a função supletiva aos Estados. A CF traz ainda a possibilidade de delegação aos Estados para legislar matéria de competência da União (art. 22 §único e 24, §§ 1 e 2, CF). No que tange a competência do Município para intervir no domínio econômico, o artigo 23 da CF trata da competência administrativa comum, trazendo em seus incisos VI, VIII, X e XI a possibilidade do Município intervir no domínio econômico. Sendo assim, se o projeto de lei versar sobre as hipóteses do art. 23 da CF, referente a intervenção no domínio econômico, não terá sua constitucionalidade atacada.
 
Questão Objetiva
(OAB-CESPE) - Acerca da intervenção do Estado no domínio econômico e dos princípios constitucionais da ordem econômica, assinale a opção correta.
(A) Constitui princípio geral da atividade econômica o tratamento privilegiado para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras, que tenham sua administração em outro país, desde que a sede seja no Brasil.
(B) O ordenamento jurídico nacional consagra uma economia descentralizada, de mercado, sujeita à atuação excepcional do Estado apenas em caráter normativo e regulador.
(C) A contribuição de intervenção no domínio econômico tem por fundamento o exercício, pelo Estado, de sua competência para regular a ordem econômica, razão pela qual não possui natureza jurídica tributária.
(D) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nas hipóteses exigidas pela lei.
(E) O Estado não pode intervir no domínio econômico para exercer função de fiscalização e planejamento no setor privado, sob pena de afronta ao modelo capitalista de produção, fundado no princípio da livre iniciativa.
SEMANA 09
(OAB - CESPE ) A empresa “X” foi multada por um fiscal do IBAMA (autarquia federal) em virtude da prática de uma infração ambiental. Contra a aplicação da multa a empresa interpôs, quando já transcorrido o prazo legal, recurso hierárquico impróprio, sem efeito suspensivo, dirigido ao Ministro do Meio Ambiente. O Ministro, em seu despacho, embora reconhecendo a inexistência da infração, se negou a anular o ato, com base nos seguintes argumentos: 
(I) o recurso administrativo não fora subscrito por advogado; 
R: O argumento do Ministro não procede, pois alei não exige tal formalidade para interposição de recurso administrativo. O art. 58 da lei 9784/99 confere legitimidade para interpor recurso administrativo aos próprios titulares dos direitos e interesses que forem partes nos processos. Ademais, o art. 3º, IV da mesma lei dispõe ser um direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, por advogado.
(II) o recurso fora interposto fora do prazo legal;
R: Em relação ao 2º argumento, importante destacar que a intempestividade do recurso é um motivo para o não-conhecimento do mesmo, conforme previsto no art. 63, I da lei 9784/99. Entretanto, uma vez que o Ministro reconheceu a inexistência da infração, a multa aplicada a empresa X é ilegal e deveria ter sido anulada de ofício pela autoridade administrativa nos termos do art. 53 da mesma lei e das súmulas 473 e 346 do STF.
(III) a lei não contemplava o recurso hierárquico impróprio ao Ministro do Meio Ambiente. 
R: O argumento do Min. é improcedente, uma vez que os recursos hierárquicos impróprios dependem de previsão legal expressa, pois são interpostos perante órgão ou pessoa jurídica distinta daquela que decidiu a questão. Não havendo neste caso relação hierárquica de subordinação entre o órgão controlador e o controlado, mas apenas uma relação de vinculação.
Analise cada um dos argumentos do Ministro, à luz dos dispositivos constitucionais e legais pertinentes e dos princípios aplicáveis ao processo administrativo. 
Questão Objetiva 
(OAB – CESPE). Com relação ao recurso administrativo que poderá ser impetrado a qualquer tempo, desde que haja fatos novos é o/a, assinale a opção correta: 
(A) recurso administrativo, propriamente dito; 
(B) pedido de reconsideração; 
(C) revisão; 
(D) recurso hierárquico próprio
SEMANA 10
(OAB-CESPE). Um grupo de policiais militares realizou a ronda em determinado local da Zona Norte, onde praticaram delito em conluio com traficantes da região, em razão do qual, foram denunciados. Aberta Sindicância para apuração dos indícios, a comissão sindicante, após instruir e colher os devidos depoimentos, opina pela abertura do processo administrativo disciplinar (PAD) para aplicação da pena de demissão com relação aos quatro integrantes. Com a abertura do processo administrativo disciplinar, alegam os policiais que a eles não fora dado o direito de ampla defesa e contraditório na sindicância. 
Diante do caso concreto, você como integrante da corporação e responsável pelo processo administrativo disciplinar que puniu com demissão os policiais, necessita de esclarecimentos sobre as seguintes questões, considerando as correntes e legislações que tratam dos institutos da sindicância e do Processo Administrativo disciplinar: 
a) Qual é a natureza jurídica da sindicância administrativa? 
R: Processo administrativo preparatório inquisitivo e não litigioso.
b) Quais as principais diferenças entre a sindicância e o processo administrativo disciplinar? 
R: A sindicância tem natureza preparatória, é inquisitiva e tem por objeto uma apuração preliminar. Já o PAD é definitivo, contraditório, tem por objetivo a apuração principal e quando for o caso, aplicação de sanção.
c) Com base nas respostas anteriores, quais argumentos você apresentaria para fundamentar o posicionamento da instituição. 
R: Instaurado o PAD não há que se alegar mácula na fase de sindicância, pois esta apura as irregularidades funcionais para fundamentar a instauração do processo principal punitivo, dispensando-se a defesa do investigado nessa fase investigatória. Desta forma, não procede o argumento dos ex-policiais em relação ao cerceamento de defesa na fase da sindicância, pois neste momento não há acusados e sim investigados e somente terão direito à ampla defesa e o contraditório em sede de processo principal.
Questão Objetiva 
(OAB – CESPE) Acerca do processo administrativo no âmbito da administração pública federal, assinale a opção incorreta. 
a) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
b) O servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou administrativamente em determinado processo administrativo com o interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de atuar no processo administrativo. 
c) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
d) Toda decisão administrativa admite recurso, em face de razões de legalidade ou de mérito.
SEMANA 11
(OAB – CESPE) O Tribunal de Contas da União, em inspeção ordinária em uma autarquia federal, detectou o firmamento de um contrato administrativo em desconformidade com a Lei 8.666/93 e, por isso, assinou prazo de 30 dias para que a referida autarquia pudesse restabelecer a legalidade. Passados os 30 dias, a autarquia manteve-se inerte e não corrigiu a ilegalidade. O TCU então sustou a execução do contrato. Inconformado com a medida do TCU, a autarquia federal ingressa em juízo reivindicando a invalidação do ato de sustação expedido pelo TCU. 
Analise a questão à luz da disciplina legal acerca do tema.
R: Assiste razão a autarquia federal, visto que o TCU agiu de forma inconstitucional, afrontando o art. 71, §3º da CF. Em 1º lugar, em vez de sustar o contrato, deveria este ter comunicado a ilegalidade ao Congresso, visto que este que tem a competência para sustar o contrato administrativo ilegal. Somente na inércia do Congresso por mais de 90 dias é que o TCU teria competência para sustar o contrato, conforme previsto no art. 71, §2º da CF.
Questão Objetiva 
(OAB/FGV) Acerca do controle da administração pública, assinale a opção correta. 
(A) No exercício de suas funções constitucionais, cabe ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, bem como as contas daqueles que provocarem a perda, o extravio ou outra irregularidade que cause prejuízo ao erário público. 
(B) O controle judicial da atividade administrativa do Estado é sempre exercido a posteriori, ou seja, depois que os atos administrativos são produzidos e ingressam no mundo jurídico. 
(C) Cabe à assembleia legislativa de cada estado da Federação exercer o controle financeiro do governo estadual e das prefeituras, com o auxílio do tribunal de contas do estado respectivo. 
(D) A prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo de fiscalizar a receita, a despesa e a gestão dos recursos públicos abrange somente os atos do Poder Executivo, estando excluídos dessa apreciação os atos do Poder Judiciário.
SEMANA 12
(OAB – CESPE) Moradores do bairro de Santa Tereza estão revoltados com o barulho produzido pelos bailes, música ao vivo e outras atividades do Clube X todas as noites, até quase ao amanhecer, perturbando o sossego e o repouso de todos. Alegam, também, ter aumentado a violência no bairro após o início das atividades do Clube, em razão do uso de bebida alcoólica, drogas, acidentes de trânsito etc. Procuraram a Prefeitura em busca de uma solução, pois se a licença para funcionar não tivesse sido dada o Clube não poderia exercer tais atividades, mas nenhuma providência foi tomada. A licença foi deferida, apesar do artigo 4º do Decreto XXX, que regulamentou a Lei 444, não contemplar a atividade de clube no bairro de Santa Tereza. À luz do exposto, tomando os fatos narrados como verdadeiros, responda fundamentadamente. 
Qual seria a medida judicial cabível, quem teria legitimidade para propô-la e onde? O que seria pleiteado, contra quem e com que fundamento?
R: A ação cabível contra a poluição sonora, que causa dano ao meio ambiente é a ação civil pública na forma do art. 1º da lei 7847/85.
Os legitimados para a propositura da ação são as entidades previstas no art. 5º da referida lei.
No caso em tele, existindo associação que preencha os requisitos do art. 5º, V, os moradores poderão se fazer representar por ela, caso contrário,deverão provocar a iniciativa do MP na forma do art. 6º da lei.
A ação deverá ser ajuizada contra o Clube e o município, e o órgão competente será a Vara da Fazenda Pública (quando houver).
Já o pedido será para que o Clube cesse o barulho, sob pena de aplicação de astreintes (multas diárias).
Questão Objetiva 
(OAB-FGV) Decisão judicial que determine, conjuntamente, a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, pode ser exarada em 
a) ação popular por dano ao erário, com pedido de liminar. 
b) ação civil pública por improbidade administrativa. 
c) mandado de segurança coletivo proposto pelo Ministério Público. 
d) ação de inconstitucionalidade de ato administrativo.
SEMANA 13
(OAB-CESPE) - Lei estadual, de iniciativa de deputado, cria, em determinada entidade autárquica, cinquenta novos cargos públicos destinados ao provimento em comissão, sendo metade de “chefes de seção” – destinados à chefia imediata dos diversos setores da entidade – e metade de “analistas administrativos”, com atividades de apreciação processual ordinária. 
Aprecie a juridicidade do diploma normativo. 
R: A referida lei deve ser analisada sob dois aspectos. (I) Em primeiro lugar, há vício de iniciativa, já que lei que cria cargos no Executivo deve ser de iniciativa privativa de seu Chefe (art. 61, §1º, II, alínea “a” da CF, aplicável, por analogia, a Estados e Municípios). (II) Quanto à criação de “analistas administrativos”, há inconstitucionalidade material, porque os cargos cuja forma de provimento seja em comissão destinam-se, com exclusividade, a atribuições de “direção, chefia e assessoramento”.
Questão Objetiva 
(OAB/FGV) O jurado, no Tribunal do Júri, exerce: 
A) cargo efetivo. 
B) função paradministrativa. 
C) cargo comissionado. 
D) cargo gratificado. 
E) função pública
SEMANA 14
(OAB-FGV) O PODER PÚBLICO ESTADUAL, com o escopo de promover a reestruturação orgânica de seus quadros funcionais, com a modificação dos níveis de referências das carreiras para realizar correções setoriais, promulga lei que altera a nomenclatura, as classes e as referências do quadro da Fazenda, de modo a promover reclassificação de cargos na escala funcional. Determinado grupo de funcionários sentiu-se prejudicado pelo fato de terem sido posicionados em nível inferior, na classe F-1 (apesar de continuar percebendo vencimento equivalente ao anterior), quando deveriam ter sido mantidos na última referência e, em consequência, enquadrados na classe F-5. Sustentam que a implantação de nova estrutura administrativa, ao reposicionar os níveis funcionais de uma carreira, deve preservar as referências em que os servidores se encontravam enquadrados, sob pena de violação do direito adquirido, bem como de afronta ao artigo 40, § 4º da CRFB e do artigo 20 do ADCT. Estudada a hipótese, responda fundamentadamente: 
a) É lícito à Administração Pública proceder à reestruturação orgânica de seus quadros funcionais? 
R: Sim, segundo STF a administração pública, no exercício do seu poder discricionário, tem o poder de preceder a reestruturação orgânica de seus quadros de funcionários.
b) Em caso afirmativo, há no ordenamento jurídico algum limite a essa mudança? 
R: Sim, qual seja: o princípio constitucional da irredutibilidade dos vencimentos.
c) Qual a natureza do regime jurídico entre o servidor público e a Administração?
R: Regime estatutário, não havendo que se falar em direito adquirido à imutabilidade do regime.
Questão Objetiva 
(OAB/FGV) Servidores aprovados em concurso público para provimento efetivo, em vez de serem nomeados para esses cargos, são contratados temporariamente, a título precário, contratações essas que são prorrogadas por várias vezes. Este posicionamento pode ser considerado correto? 
a) Não, sob o aspecto de que a autoridade administrativa estaria incidindo em desvio de finalidade, por não proceder à nomeação em situação que não se trata de necessidade temporária. 
b)Sim, porque a Constituição Federal permite a contratação temporária, a qualquer tempo, e o administrador estaria obedecendo ao princípio da eficiência, postergando as conseqüências pecuniárias do direito à estabilidade no serviço público. 
c)Nunca, porque na contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público não se permite a contratação de servidor efetivo. 
d)Sim, visto que se trata de provimento em comissão, em que há discricionariedade do administrador na contratação e na exoneração.
SEMANA 15
(OAB-CESPE) Carlos exerce os cargos públicos de professor de universidade federal, em regime de 40 horas semanais, e de professor da rede municipal de ensino, também em regime de 40 horas semanais. A administração federal, ao constatar tal acumulação, considerou-a ilícita e notificou o servidor para que optasse por um dos cargos. O servidor manifestou seu interesse em continuar apenas na universidade federal. Na sequência, a administração federal promoveu os descontos relativos à restituição da remuneração que o servidor havia percebido durante o período em que acumulara os referidos cargos. Considerando essa situação hipotética, discorra, com a devida fundamentação, sobre a regularidade dos referidos descontos na remuneração percebida pelo servidor. 
R: Os descontos realizados pela administração pública são ilegais, conforme o entendimento do STF, uma vez que Carlos por ter optado por um dos cargos quando fora notificado demostrou sua boa-fé. (art. 133, § 5º da lei 8112/90)
Questão Objetiva 
(OAB/FGV). Na administração pública, há servidores estáveis, nomeados por concurso e aprovados em estágio probatório, e os que adquiriram a estabilidade excepcional. Acerca cessas duas modalidades de estabilidade, assinale a opção correta. 
(A) estabilidade excepcional não foi concedida aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, além de não ter sido concedida, ainda, aos ocupantes de cargos declarados, por lei, de livre exoneração. 
(B) De acordo com a CF, o servidor celetista tem direito à estabilidade nos mesmos moldes do servidor nomeado para cargo de provimento efetivo. 
(C) A CF reconheceu tanto a estabilidade quanto a efetividade aos servidores que, apesar de não nomeados por concurso público, estavam em exercício, na data da promulgação da CF, há, pelo menos, cinco anos continuados. 
(D) Os servidores, nas duas modalidades de estabi-lidade, possuem a garantia de permanência no serviço público, de modo que somente podem perder seus cargos, empregos e funções por sentença judicial transitada em julgado.
SEMANA 16
(OAB-CESPE) José, nomeado, pela primeira vez, para cargo de provimento efetivo no serviço público, foi exonerado de ofício, durante o período de estágio probatório, em razão da extinção de seu cargo. Inconformado, José requereu a revisão de sua exoneração alegando que a extinção do cargo, durante o estágio probatório, deveria garantir-lhe, pelo menos, a prerrogativa constitucional da disponibilidade. Com base na situação hipotética acima apresentada, responda, de forma fundamentada, às seguintes indagações. 
José poderia ter sido exonerado de ofício, mesmo durante o período de estágio probatório, ou o estágio deveria protegê-lo contra a extinção do cargo? 
R: José poderia ter sido exonerado de ofício, conforme fora feito pela administração pública, uma vez que o estágio probatório não protege o servidor contra extinção do cargo, conforme dispõe a Súmula 22 do STF.
José teria direito à prerrogativa da disponibilidade? Em caso de resposta afirmativa, especifique os termos em que tal prerrogativa ocorreria. 
R: Não tem direito a disponibilidade, uma vez que ele ainda não era estável, nos termos do art. 41, §3º da CF.
Questão Objetiva 
(OAB/FGV). Com referência ao regime de remuneração de agentes públicos por meio de subsídios, assinale a opção correta. 
(A) O subsídio dos deputados estaduais é fixado por lei de iniciativa da respectiva assembleia legislativae, em razão da autonomia federativa, o seu valor pode chegar a superar aqueles fixados para os deputados federais. 
(B) A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie, do presidente da República. 
(C) A remuneração dos servidores públicos e os subsídios somente podem ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa estabelecida para cada caso assegurada, ainda, revisão geral anual, sempre na mesma data, mas com a possibilidade de aplicação diferenciada de índices.
(D) O subsídio dos vereadores é fixado pelas respectivas câmaras municipais em cada legislatura para a subsequente, e a característica peculiar do sistema federativo brasileiro, segundo a qual o município constitui ente participante da federação, possibilita que a CF fixe limites a serem obedecidos quanto aos valores máximos que podem ser fixados pelas câmaras municipais.

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