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Responsabilidade Social e Meio Ambiente - Temas 1 a 8

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Matéria: Responsabilidade Social e Meio Ambiente 
Assunto: Temas 1 ao 8 
Curso de Pedagogia 
Licenciatura – 2º Período 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 2 de 45 
 
 
Os ecossistemas são unidades naturais complexas constituídas por dois grupos de 
componentes: os organismos vivos, constituintes da biota, ou seja, do conjunto dos 
seres vivos chamados de “bióticos”, e os não vivos, chamados de abióticos. Os dois 
grupos estão continuamente inter-relacionados. 
Um dos elementos fundamentais para a manutenção e sustentabilidade da vida na 
Terra é a manutenção dos ecossistemas. 
Se analisarmos, veremos que essa palavra é formada pelo prefixo “eco” associado à 
palavra “sistema”. Eco tem o significado de casa, domicílio, habitat. Logo, 
ecossistema pode ser entendido como o sistema onde se vive. 
Assim, ecossistemas são sistemas ecológicos constituídos por organismos vivos, 
chamados de bióticos, e por elementos não vivos, chamados de abióticos, que estão 
inter-relacionados. Os elementos bióticos são organismos vivos que correspondem 
às plantas, aos animais (incluindo o ser humano) e aos micro-organismos, enquanto 
os elementos abióticos correspondem aos elementos físicos e químicos do ambiente, 
tais como minerais, luz solar, água e gases. 
Assim, podemos definir ecossistema, conforme mencionado pelo ecólogo Eugene 
Odum, como qualquer região natural que inclua organismos vivos e substâncias 
abióticas interagindo para promover uma troca de matéria entre as partes vivas e 
não vivas (PEREIRA; SILVA; CARBONARI, 2011). 
Os elementos bióticos e abióticos interagem entre si, promovendo trocas entre os 
organismos vivos e os elementos não vivos. Nesses processos, são criadas correntes 
de energia que conduzem a uma estrutura trófica (relações alimentares entre as 
espécies), a uma estrutura biótica ou a ciclos biogeoquímicos. Podemos dividir essas 
trocas em dois grandes grupos: o fluxo de energia e os ciclos biogeoquímicos. 
O fluxo de energia inicia-se pela transferência da energia solar para as plantas 
através da fotossíntese, que é o processo de absorção da luz por meio do qual os 
vegetais produzem o seu próprio alimento, transformando dióxido de carbono, água 
e minerais em compostos orgânicos e liberando o oxigênio necessário para a 
manutenção de plantas, animais e seres humanos. 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 3 de 45 
Essa energia é transferida para outros seres vivos, incluindo os seres humanos, 
através da cadeia alimentar, processo por meio do qual as espécies que vivem em um 
mesmo ambiente se alimentam e servem de alimento umas às outras. 
Através da cadeia alimentar, ou cadeia trófica, os produtores – seres que não se 
alimentam de outro ser vivo, obtendo do sol a energia que necessitam para realizar 
a fotossíntese – servem de alimento para os consumidores, que não produzem o seu 
próprio alimento, alimentando-se dos produtores ou de outros consumidores. Por 
exemplo, o ser humano, um consumidor, alimenta-se do boi, outro consumidor, que 
por sua vez se alimenta de capim – um produtor. Posteriormente, os decompositores 
irão atuar no processo de decomposição dos organismos produtores e dos 
consumidores, liberando energia e gerando substâncias orgânicas e inorgânicas que 
serão novamente utilizadas pelas plantas, reiniciando o processo. 
Frequentemente, cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animal ou 
planta, tornando as relações alimentares (ou relações tróficas) mais complexas, 
dando origem a redes ou teias alimentares. Já os ciclos biogeoquímicos são processos 
cíclicos através dos quais os elementos químicos essenciais à vida e à manutenção 
dos ecossistemas – como a água, o carbono e o oxigênio – são transferidos do meio 
físico para os seres vivos e vice-versa, de forma que permita o reaproveitamento dos 
nutrientes. 
Verifica-se a importância dos ecossistemas através da observação das interações que 
tornam possíveis os serviços ambientais, também denominados serviços 
ecossistêmicos, ou seja, por meio da constatação de benefícios que os seres humanos 
obtêm da natureza. 
Segundo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM, 2005), que consiste em um 
estudo publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005, a provisão de 
alimentos, água e energia é o que mantém o planeta Terra habitável. Considerando 
o alto custo que o acelerado crescimento, tanto do consumo de bens e serviços 
quanto da população mundial, está impondo ao meio ambiente, enfatiza-se a 
necessidade de mudanças socioambientais drásticas, com a finalidade de promover 
um uso menos destrutivo do capital natural, ou seja, dos recursos naturais 
disponíveis, a fim de manter os serviços obtidos pelas populações humanas através 
de vários tipos de ecossistemas. 
Os serviços ambientais, segundo TEBB (2010, p. 20-22) são divididos em quatro 
categorias: 
1. Serviços de abastecimento são serviços ambientais referentes à produção 
material ou energética de ecossistemas. Incluem alimentos, água e outros 
recursos, como apresentado a seguir. 
 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 4 de 45 
• Alimentos: os ecossistemas propiciam as condições para o cultivo de 
alimentos, provenientes principalmente da gestão de agro 
ecossistemas, mas florestas ou sistemas marinhos e de água doce 
também proporcionam alimentos para o consumo humano. 
• Matéria-prima: os ecossistemas fornecem uma grande diversidade de 
materiais, tanto para construção, quanto como combustível, incluindo 
madeira, biocombustíveis e óleos vegetais derivados diretamente de 
espécies de plantas silvestres e cultivadas. 
• Água doce: os ecossistemas desempenham um papel vital no ciclo 
hidrológico global, na medida em que controlam o fluxo e a purificação 
da água. A vegetação e as florestas influenciam na quantidade de água 
disponível num dado local. 
 
• Recursos medicinais: os ecossistemas e a biodiversidade são uma fonte 
potencial de recursos medicinais e oferecem muitas plantas utilizadas 
como medicamentos tradicionais, além de fornecerem matéria-prima 
para a indústria farmacêutica. 
2. Serviços de regulação são os serviços que os ecossistemas fornecem ao 
agirem como reguladores, como por exemplo, regulando a qualidade do ar e 
do solo ou fornecendo controle de enchentes e doenças. 
• Regulação do clima e da qualidade do ar local: as árvores fornecem 
sombra, ao passo que as florestas influenciam na precipitação pluvial e 
na disponibilidade de água, tanto local quanto regionalmente. Árvores 
e outras plantas também desempenham um papel importante na 
regulação da qualidade do ar, removendo poluentes da atmosfera. 
• “Sequestro” e armazenamento de carbono: os ecossistemas regulam o 
clima global por meio de armazenamento e “sequestro” de gases de 
efeito estufa. Enquanto árvores e plantas crescem, removem dióxido de 
carbono da atmosfera e efetivamente o retêm em seus tecidos. 
Neste sentido, ecossistemas florestais são estoques de carbono. A 
biodiversidade também desempenha importante papel ao melhorar a 
capacidade de adaptação dos ecossistemas aos efeitos da mudança 
climática. 
• Moderação de eventos climáticos extremos: eventos climáticos 
extremos ou ameaças naturais incluem enchentes, tempestades, 
tsunamis, avalanches e desmoronamentos. Ecossistemas e organismos 
vivos criam amortecedores contra desastres naturais, prevenindo 
assim possíveis danos. Por exemplo, terras úmidas podem absorver 
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água de enchentes, ao passo que árvores podem estabilizar encostas. 
Recifes de coral e manguezais ajudam a proteger o litoral de danos 
causados por tempestades. 
• Tratamento de águas residuais: os ecossistemas, tanto quanto as terras 
úmidas, filtram resíduos humanos e de animais e agem como 
amortecedores naturais para o ambiente. Por meio da atividade 
biológica de micro-organismos no solo, a maior parte dos resíduos é 
decomposta. Desse modo, agentes patogênicos (micróbios causadores 
de doenças) são eliminados e os níveis de nutrientes e de poluição são 
reduzidos. 
• Prevenção de erosão e manutenção da fertilidade do solo: a erosão do 
solo é um fator-chave no processo de degradação e desertificação da 
terra. A cobertura vegetal fornece um serviço de regulação vital ao 
prevenir a erosão. A fertilidade do solo é essencial ao crescimento de 
plantas e à agricultura, e o bom funcionamento de ecossistemas 
abastece o solo com os nutrientes básicos para tal crescimento. 
• Polinização: os insetos e o vento polinizam plantas e árvores, o que é 
essencial para o desenvolvimento de frutos, vegetais e sementes. A 
polinização animal é um serviço ecossistêmico proporcionado, 
sobretudo, por insetos, mas também por alguns pássaros e morcegos. 
Cerca de 87 das 115 principais colheitas alimentares dependem de 
polinização animal, inclusive algumas de alto rendimento, como cacau 
e café. 
• Controle biológico: os ecossistemas são importantes para regular 
pragas e doenças transmitidas por vetores que atacam plantas, animais 
e pessoas. Sua regulação se dá por meio da atividade de predadores e de 
parasitas. Pássaros, morcegos, moscas, vespas, rãs e fungos agem como 
controles naturais. 
3. Serviços de apoio ou habitat sustentam quase todos os demais serviços. Os 
ecossistemas fornecem espaços para plantas e animais viverem, conservando 
uma diversidade de diferentes espécies. 
• Habitats para espécies: o habitat fornece tudo o que uma planta ou um 
animal precisa para sobreviver – alimento, água e abrigo. Cada 
ecossistema propicia diferentes habitats, que podem ser essenciais ao 
ciclo de vida de uma espécie. Espécies migratórias, entre as quais, 
pássaros, peixes, mamíferos e insetos, dependem de diferentes 
ecossistemas durante suas migrações. 
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• Preservação da diversidade genética: a diversidade genética é a 
variedade de genes em meio às populações de espécies. Ela distingue 
classes ou raças umas das outras, fornecendo assim a base para a 
realização de cultivos localmente bem adaptados, além de um conjunto 
de genes para o posterior desenvolvimento de colheitas comerciais e da 
pecuária. Alguns habitats têm um número excepcionalmente alto de 
espécies, sendo geneticamente mais diversificados do que outros. São 
conhecidos como “hotspots de biodiversidade”. 
4. Serviços culturais são os benefícios materiais que as pessoas obtêm a partir 
do contato com os ecossistemas. Esses benefícios podem ser estéticos, 
espirituais e psicológicos. 
• Recreação e saúde mental e física: caminhar e praticar esportes em 
áreas verdes, mais do que manter a boa forma através do exercício 
físico, ajuda a relaxar. O papel de áreas verdes na conservação da saúde 
mental e física das pessoas tem sido gradativamente reconhecido, 
apesar das dificuldades de medi-lo. 
• Turismo: os ecossistemas e a biodiversidade desempenham 
importante papel para muitos tipos de turismo, o que, por sua vez, 
fornece consideráveis benefícios econômicos e é uma fonte de renda 
vital para muitas regiões. O turismo cultural e o ecoturismo podem, 
também, educar as pessoas a respeito da importância da diversidade 
biológica. 
• Apreciação estética e inspiração para a cultura, a arte e o design: a 
linguagem, o conhecimento e o ambiente natural estiveram 
intimamente ligados ao longo da história humana. Biodiversidade, 
ecossistemas e encostas naturais têm sido fontes de inspiração para a 
arte, para as culturas e, cada vez mais, para a ciência. 
• Experiência espiritual e senso de lugar: em muitas partes do mundo, 
elementos naturais, como florestas, cavernas ou montanhas 
específicas, são considerados sagrados ou têm algum significado 
religioso. A natureza é um elemento comum entre todas as grandes 
religiões, e o conhecimento tradicional associado aos costumes possui 
grande importância para a criação de um senso de pertencimento. 
Verifica-se, assim, que o conjunto de serviços ambientais representa o capital 
natural do planeta. No entanto, várias pesquisas e estudos realizados, 
principalmente a partir da segunda metade do século XX, demonstram que esse 
equilíbrio está em risco em diversas partes do mundo, podendo acarretar a escassez 
dos recursos naturais necessários para manter a vida humana na Terra. 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 7 de 45 
Segundo a Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM), 60% desses serviços estão em 
estágio acelerado de degradação. Nessa análise, cientistas de todo o mundo 
avaliaram as consequências que as mudanças nos ecossistemas causam ao bem-
estar humano e forneceram algumas bases científicas para orientar ações de 
melhoria na preservação dos ecossistemas e para promover o uso sustentável dos 
recursos naturais. 
Entre os problemas apontados no documento da AEM, estão as condições 
dramáticas de existência de várias espécies de peixes, a elevada vulnerabilidade de 
inúmeras pessoas que vivem em regiões secas, a queda da capacidade dos 
ecossistemas fornecerem água e as ameaças aos ecossistemas geradas pelas 
mudanças climáticas e pela poluição. Podemos destacar também que: 
• As atividades humanas levaram o planeta à beira de uma onda maciça de 
extinção de várias espécies animais e vegetais, ameaçando o nosso bem-estar. 
• As pressões sobre os ecossistemas aumentarão em escala global nas próximas 
décadas se as atitudes e os modelos de produção e de consumo não mudarem. 
• A tecnologia e o conhecimento de que dispomos hoje podem reduzir 
consideravelmente o impacto humano sobre os ecossistemas, mas utilizá-los 
em todo o seu potencial continuará difícil enquanto os serviços 
ecossistêmicos forem percebidos como gratuitos e ilimitados e não receberem 
o devido valor. 
• Esforços conjuntos de todos os setores da sociedade – governamentais, 
empresariais, institucionais, e até mesmo individuais – serão necessários para 
que o capital natural seja mais protegido. 
Assim, no atual contexto de escassez de muitos recursos naturais, decorrente das 
atividades humanas que estão usando os serviços ambientais em um ritmo 
extremamente intenso, verificasse o risco de não ser mais possível manter a 
capacidade dos ecossistemas de atenderem às necessidades das gerações futuras, 
fato que exige ações para minimização de impactos negativos, que podem fazer toda 
a diferença. 
Estes dados indicam, de forma bastante clara, que o desequilíbrio ecossistêmico 
pode colocar em risco a biodiversidade de determinado ecossistema, ou seja, a 
variedade do patrimônio genético vivo do planeta Terra e até mesmo a 
sobrevivência de sociedades humanas. 
 
 
 
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Cadeia trófica: também denominada cadeia alimentar, é processo por meio do qual 
as espécies que vivem em um mesmo ambiente se alimentam e servem de alimento 
umas às outras. 
Ciclos biogeoquímicos:são os percursos realizados por elementos químicos 
essenciais à vida – como nitrogênio, carbono, oxigênio – nos sistemas terrestres. É 
através destes ciclos que os elementos e compostos químicos são transferidos entre 
organismos e para diferentes partes do planeta. 
Ecossistema: ecossistemas são sistemas ecológicos constituídos por organismos 
vivos, chamados de bióticos, e elementos não vivos, chamados de abióticos, que 
estão interrelacionados. 
Elemento biótico: elementos bióticos são organismos vivos do ambiente, que 
correspondem às plantas, animais (incluindo o ser humano) e microrganismos. 
Elemento abiótico: elementos abióticos correspondem a elementos físicos e 
químicos do ambiente, tais como minerais, luz solar, água e gases. 
Fluxo de energia: consiste na fixação de energia solar na biomassa vegetal (plantas) 
por meio da fotossíntese, e sua transferência em vários níveis da cadeia alimentar, 
chegando até os seres humanos. 
Hotspot: a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta e as regiões 
que concentram os mais altos níveis de biodiversidade são os locais onde as ações de 
conservação são mais urgentes. Hotspot é, portanto, toda área prioritária para 
conservação, isto é, de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. 
Preservação: quer dizer proteção integral com intocabilidade para evitar perda de 
biodiversidade (espécie, ecossistema ou bioma) e para perenidade dos recursos 
naturais. 
Serviços ambientais: são os benefícios que os seres humanos obtêm da natureza e 
que são produzidos pelas interações que ocorrem no interior dos ecossistemas. 
 
 
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Dois pontos centrais que envolvem as mudanças climáticas são: 
• A emissão, cada vez mais crescente, de gases de efeito estufa; e 
• A influência do ser humano sobre essas alterações ambientais. 
O aumento da emissão de gases de efeito estufa gera um acréscimo na temperatura 
do planeta, intensificando o efeito do aquecimento global. O aumento de 
temperatura, por sua vez, gera inúmeros outros impactos ambientais, tais como 
derretimento de geleiras, aumento do nível dos oceanos, mudanças nos regimes de 
chuva, entre outros, que podem gerar outros impactos ambientais, formando um 
efeito dominó. 
As influências do ser humano nesse processo estão relacionadas às atividades que 
desenvolve, que ocasionam o aumento das emissões de gases de efeito estufa, 
sobretudo devido à queima de combustíveis fósseis, principalmente relacionada ao 
setor de transportes, à degradação de áreas florestais, às atividades industriais e às 
alterações no ambiente natural. 
O modelo de desenvolvimento atual, baseado em padrões de consumo cada vez mais 
elevados, tem gerado impactos com consequências profundas, como ampla 
degradação dos recursos naturais, mudanças climáticas e crises econômicas e 
sociais. Além disso, o estilo de vida urbano, com elevada demanda energética e 
elevada taxa de emissão de gases de efeito estufa, pode ser considerado um dos 
responsáveis pelos principais problemas ambientais globais, o aquecimento global. 
A questão do aquecimento global só começou a ganhar importância com a realização 
da Primeira Conferência Mundial sobre o Clima, em 1979, pela Organização 
Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas. Diante das evidências 
científicas sobre a possibilidade de mudanças no clima do Planeta, o Programa das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e a OMM criaram o Painel Intergovernamental 
sobre Mudanças do Clima – IPCC, durante a Primeira Conferência Climatológica 
Mundial, realizada em Toronto, em 1988. 
A principal meta da Convenção sobre Mudança do Clima é a estabilização das 
emissões de gases de efeito estufa, em níveis que evitem a interferência antrópica 
sobre o clima mundial. A Convenção é bastante ampla e depende de regulamentação 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 10 de 45 
por parte do Poder Executivo de cada um dos países, bem como de futuras 
negociações, que são realizadas no âmbito das Conferências das Partes – COPs. 
De acordo com o quarto relatório do IPCC, lançado em 2007, a concentração de gases 
de efeito estufa como o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso na atmosfera 
global tem aumentado como resultado de atividades humanas desde 1750. O 
aumento global da concentração de dióxido de carbono ocorre principalmente 
devido ao uso de combustível fóssil e à mudança no uso do solo, enquanto o aumento 
da concentração de gás metano e de óxido nitroso ocorre principalmente devido à 
agricultura. 
O efeito estufa é um fenômeno natural através do qual alguns gases atmosféricos 
(gases de efeito estufa) deixam passar luz solar, mas aprisionam o calor, como se a 
Terra fosse de fato uma estufa. Com isso, esses gases garantem o aquecimento e, 
consequentemente, a manutenção da temperatura na Terra. 
O aumento da concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera intensifica o 
efeito estufa, ou seja, a retenção de calor na atmosfera, o que gera o aquecimento 
global. 
As consequências das mudanças climáticas se refletem seja na agricultura – através 
do rendimento das colheitas, do aumento dos preços dos alimentos, do custo dos 
transportes, o que pode colocar em risco a segurança alimentar –, seja no mundo 
como um todo – com a destruição de ecossistemas, a redução de áreas congeladas, o 
aumento do nível do mar, a alteração nos regimes de chuvas, ocasionando secas em 
algumas localidades e, em outras, enchentes e deslizamentos. 
São muitos os desafios para que se consiga reduzir os impactos das mudanças 
climáticas. 
A redução das emissões dos gases de efeito estufa é uma questão chave neste 
contexto. Por envolver interesses econômicos e políticos, há a necessidade de uma 
mobilização das organizações internacionais. Contudo, até mesmo acordos feitos na 
esfera internacional necessitam ser negociados e implementados em âmbito 
nacional. 
O Protocolo de Quioto é um instrumento internacional, criado em 1997, que 
estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 
5% para o período de 2008 a 2012, tomando como base os valores das emissões 
registradas em 1990, com metas diferenciadas para cada país “desenvolvido”, 
enquanto os países em desenvolvimento, apesar de se comprometerem em reduzir 
as emissões, não possuem metas de redução formais. 
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Anhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 11 de 45 
Segundo as disposições do Protocolo, ele só poderia entrar em vigor quando 55% dos 
países que produzem, juntos, 55% das emissões de gases de efeito estufa aderissem 
a ele. 
O Protocolo já foi ratificado por 175 países, mas não conta com a adesão dos Estados 
Unidos (uma das maiores emissões de dióxido de carbono do mundo), além de 
outros grandes emissores, o que fez com que ele só pudesse entrar em vigor somente 
em 2005. 
Em 2012, foi aprovado o segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto, 
que vai de 2013 a 2020, cujas metas de redução correspondem a 18% de emissões 
dos países desenvolvidos em relação às taxas de 1990. Os Estados Unidos, Canadá, 
Japão, Rússia e Nova Zelândia não estão participando do segundo período, 
enfraquecendo o novo acordo. 
O Protocolo de Quioto propôs mecanismos para auxiliar os países a cumprir suas 
metas ambientais, dos quais se destaca o Mercado de Créditos de Carbono ou 
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Vamos ver como esse mercado 
funciona: 
A compra de créditos de carbono se dá de duas formas: 
• Mercadode projetos: compradores investem em projetos ou em empresas 
comprometidas com a redução das emissões de gases de efeito estufa. 
• Mercado de permissões: grandes empresas, como produtoras de energia, podem 
comprar permissões de emissões ao adquirir créditos de países que não têm limites 
ou que estão abaixo da meta estipulada. 
Estes mercados, contudo, perderam um pouco sua força devido à crise econômica 
mundial, que, por gerar menos produção, consequentemente gera menos emissões 
de gases de efeito estufa. Outro aspecto importante é o fato de que, em época de crise, 
considera-se que há outras prioridades que precisam ser solucionadas, e as questões 
ambientais ficam em segundo plano. 
Outra iniciativa internacional que visa estimular as empresas a adotarem políticas 
de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade é o Pacto Global, 
anunciado em 1999 no Fórum Econômico Mundial pelo então secretário-geral da 
Organização das Nações Unidas Kofi Annan. 
Essa iniciativa reúne empresas, agências da ONU, sindicatos, ONGs e outros tipos de 
parceiros para a construção de um mercado global mais inclusivo e igualitário, 
através de adesões voluntárias. 
O pacto prevê a adoção de alguns princípios, sendo eles: 
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• Princípios de Direitos Humanos: 
 
 
1. Respeitar e proteger os direitos humanos. 
2. Impedir violações dos direitos humanos. 
• Princípios de Direitos do Trabalho: 
3. Apoiar a liberdade de associação no trabalho. 
4. Abolir o trabalho forçado. 
5. Abolir o trabalho infantil. 
6. Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho. 
• Princípios de Proteção Ambiental: 
7. Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. 
8. Promover a responsabilidade ambiental. 
9. Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente. 
• Princípio Contra a Corrupção: 
10. Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e 
propina. 
Kofi Annan também propôs uma reunião de cúpula, que recebeu o nome de Cúpula 
do Milênio, realizada em 2000, que teve como resultado a Declaração do Milênio, a 
qual estabeleceu oito objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM), descritos 
como oito metas concretas a serem atingidas até 2015. 
Uma forma de contribuir para a redução dos impactos individuais no meio ambiente 
pode ocorrer através do cálculo da pegada ecológica. Mas, além da pegada ecológica, 
há também a pegada hídrica e a pegada de carbono. 
A pegada hídrica calcula a quantidade de água necessária para produzir os bens e 
serviços consumidos individualmente, por cada nação ou por tipo de produto e 
produção. 
 
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Antrópico – Aquilo que é relativo às ações do ser humano. 
Aquecimento Global – Alteração climática planetária, causada, segundo cientistas 
do IPCC, pelo aumento do efeito estufa. 
Efeito estufa – Fenômeno natural pelo qual alguns gases atmosféricos deixam passar 
a luz solar, mas aprisionam o calor e com isso garantem o aquecimento e, 
consequentemente, a manutenção da temperatura na Terra. 
Gases de efeito estufa – Substâncias gasosas que absorvem parte da radiação 
infravermelha, dificultando seu escape para o espaço, impedindo uma perda de calor 
para o espaço, mantendo a Terra aquecida. Entre estes gases destacam-se o dióxido 
de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), Perfluorcarbonetos 
(PFC’s) e também o vapor de água. 
Mudanças climáticas – Alterações no sistema climático do planeta, tais como 
variações de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos 
climáticos em relação às médias históricas, geradas pelo aquecimento global. 
 
 
 
 
Qual é a diferença entre “sustentabilidade” e “desenvolvimento sustentável”? 
Os termos “sustentabilidade” e “desenvolvimento sustentável” são, na realidade, 
complementares. O primeiro se relaciona ao fim, ao objetivo, ou seja, aonde se quer 
chegar, enquanto o segundo diz respeito ao meio, ou seja, à forma como se pretende 
chegar àquele objetivo. 
A sustentabilidade visa contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio de 
processos, sistemas ou interações cujas características permitam que eles ocorram 
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por certo período de tempo ou por tempo indeterminado. Nas últimas décadas, o 
termo tornou-se um princípio segundo o qual uso dos recursos naturais para a 
satisfação das necessidades presentes não deve comprometer a satisfação das 
necessidades das gerações futuras. Uma sociedade sustentável é aquela que não 
coloca em risco os recursos naturais – água, solo, vida vegetal, ar – dos quais depende. 
Assim, desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que segue os 
princípios da sustentabilidade, ou seja, é diferente de um modelo tradicional de 
crescimento, que se fundamenta, quase exclusivamente, em aspectos econômicos, 
como aumento da produção e consumo. 
Neste ponto, surge uma indagação importante: qual é a diferença entre crescimento 
e desenvolvimento econômico? 
O crescimento econômico é puramente o crescimento da economia, ou seja, é o 
aumento do Produto Interno Bruto (PIB), representado pelo aumento da produção 
em uma região estudada, por exemplo, em um município, estado ou país. Isso pode 
ou não se refletir em melhoria das condições daquela região. 
Já o desenvolvimento econômico está, obrigatoriamente, relacionado à melhoria de 
condições, tais como educação, saúde e renda de determinada região. É comum 
apontar a Revolução Industrial, que ocorreu no século XVIII, como um marco 
importante na intensificação dos problemas ambientais. Mas apenas a partir do 
século XX foram evidenciados registros da evolução da preocupação com problemas 
ambientais em âmbito global. Assim, a proposta do desenvolvimento sustentável 
considera a finitude dos recursos naturais e o fato de que muitos danos ambientais, 
que vêm sendo causados pelos seres humanos, têm se mostrado irreversíveis. 
Em 1972, em Estocolmo, na Suécia, ocorreu a primeira grande reunião 
internacional, em que lideranças mundiais discutiram questões relacionadas ao 
meio ambiente: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, 
que reuniu 113 países e 250 Organizações Não Governamentais e Organismos da 
ONU. Seu documento final, chamado de Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente 
Humano, apontava para a necessidade de defender e melhorar o ambiente humano 
para as atuais e próximas gerações, e começou a delinear o conceito de 
sustentabilidade. 
A partir daí teve início uma mobilização no âmbito da ONU e em vários países, o que 
levou à difusão de novas ideias em relação ao modelo de crescimento econômico 
fundamentado na exploração irrestrita dos recursos naturais. Neste momento, 
começa a crescer a consciência em relação a problemas, como degradação ambiental, 
poluição e a necessidade de se buscar um modelo capaz de assegurar o equilíbrio 
entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico. 
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Dando continuidade a essas discussões e debates, em 1983, a ONU criou a Comissão 
Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Comissão 
Brundtland, que teve como resultado a publicação do relatório Our Common Future 
(Nosso Futuro Comum), em 1987. Esse relatórioreforçava a crítica ao modelo de 
crescimento fundamentado na exploração excessiva de recursos naturais e difundiu 
o conceito de desenvolvimento sustentável, definindo-o como “aquele que satisfaz 
as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
suprir suas próprias necessidades”, que gradativamente passou a se tornar 
conhecido. 
Nos termos do relatório Nosso Futuro Comum, a definição de desenvolvimento 
sustentável envolve dois aspectos: 
• A ideia de que as necessidades, principalmente as essenciais, das 
pessoas mais pobres do mundo devem ser priorizadas. 
• As limitações impostas pelo estágio de desenvolvimento da tecnologia 
e pela organização social sobre a capacidade de o meio ambiente atender 
às necessidades do presente e do futuro. 
Desta forma, o conceito de desenvolvimento sustentável deve fundamentar as 
políticas públicas, de modo que os objetivos do desenvolvimento econômico e social 
sejam definidos em termos de sustentabilidade. Nesta perspectiva, os governos, as 
empresas e as organizações, ao planejarem e executarem suas ações, devem 
considerar o equilíbrio entre três aspectos, a saber: 
• Econômicos (crescimento e desenvolvimento da economia). 
• Sociais (atendimento das necessidades humanas). 
• Ambientais (capacidade de regeneração/recuperação do ambiente natural). 
Deste modo, considerando o desenvolvimento sustentável, os objetivos das políticas 
públicas devem: 
• Mudar a lógica do crescimento econômico, com enfoque exclusivamente 
produtivo para o desenvolvimento sustentável fundamentado na busca pela 
sinergia ótima entre as três dimensões da sustentabilidade. 
• Proporcionar acesso sistêmico às necessidades essenciais, por exemplo, 
emprego, alimentação, energia, água e saneamento básico. 
• Manter o crescimento populacional em níveis sustentáveis de convivência 
em um planeta com recursos escassos. 
• Preservar e fortalecer as fontes dos recursos naturais. 
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• Promover o desenvolvimento de tecnologias limpas e o gerenciamento de 
riscos socioambientais. 
• Integrar aspectos sociais e ambientais à economia. 
Outro evento de suma importância foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e o Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro em 1992 (conhecida 
como Rio-92 ou Eco 92) e aprovou a Agenda 21, um programa que deveria ser 
implementado pelos 175 países participantes, com o objetivo de incorporar os 
princípios do desenvolvimento sustentável em suas políticas públicas. 
A Agenda 21 corresponde a um plano de ação e planejamento global que deve ser 
adotado em nível internacional, nacional e local, além de envolver diversos atores 
sociais (governos, empresas, organismos internacionais e Organizações Não 
Governamentais) que podem cooperar para a solução dos problemas 
socioambientais. 
A Agenda 21 deve subsidiar ações em quatro dimensões: 
• Dimensão socioeconômica. 
• Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento. 
• Fortalecimento do papel dos grupos principais. 
• Meios de execução. 
Com base no documento global, cada país criou sua própria Agenda 21. No Brasil, 
foram definidas como ações prioritárias, a saber: 
• A implantação de programas de inclusão social. 
• A sustentabilidade urbana e rural. 
• A preservação dos recursos naturais e minerais. 
• A ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. 
Como um desdobramento, Agendas 21 estaduais, municipais e de organizações 
produtivas e prestadoras de serviço foram elaboradas, divulgadas e até mesmo 
implantadas. 
Em 1997, a ONU promoveu uma Conferência realizada no Rio de Janeiro, a qual ficou 
conhecida como Rio+5, com o objetivo de avaliar a implementação da Agenda 21. 
Em 2002, foi realizada a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável 
(conhecida como Rio+10), em Johanesburgo, com o mesmo objetivo de avaliar os 
avanços alcançados. Este encontro ocorreu em um momento turbulento, em razão 
do atentado terrorista ocorrido nos EUA em 2001. 
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Em 2012, foi realizada no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre 
Desenvolvimento Sustentável (conhecida como Rio+20), que buscou apontar 
estratégias para implementar o desenvolvimento sustentável, integrando 
plenamente a necessidade de promover prosperidade, bem-estar e proteção do meio 
ambiente. 
Nesses três encontros internacionais mencionados – 1997, 2002 e 2012 ‒, concluiu-
se que ocorreram poucos avanços em comparação ao pretendido, e que deveriam ser 
fortalecidas políticas e ações capazes de operar mudanças econômicas, políticas, 
sociais e culturais para viabilizar um novo modelo de desenvolvimento e 
organização social fundamentado na sustentabilidade. 
Contudo, a responsabilidade em relação ao futuro depende de mudanças de modelos 
e atitudes efetuadas no presente. Assim, vamos analisar com mais alguns detalhes o 
que abrange o desenvolvimento sustentável. 
Conforme mencionado anteriormente, o desenvolvimento sustentável está 
estruturado em três dimensões – Econômica, Ambiental e Social. Desta forma, deve 
ser economicamente viável, ambientalmente saudável e socialmente justo, 
conforme a ideia do tripé da sustentabilidade ou triple bottom line, de John 
Elkington (Figura 3.1): 
 
Figura 3.1 Tripé da sustentabilidade 
A ideia central de Elkington (2011) é que as organizações devem avaliar não apenas 
o desempenho financeiro, mas o impacto que causam sobre a sociedade em que 
atuam, já as organizações sustentáveis devem apresentar um retorno positivo nas 
três dimensões: econômica, ambiental e social, assim como os benefícios 
transferidos aos stakeholders. 
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A perspectiva social envolve um processo de desenvolvimento que gera um 
crescimento estável, com distribuição igualitária de renda, diminuindo as atuais 
diferenças entre os níveis sociais e melhorando as condições de vida das populações. 
A perspectiva econômica está relacionada à alocação e gestão mais eficiente dos 
recursos e a um fluxo regular de investimento público e privado, levando em 
consideração aspectos macrossociais, como o impacto do fluxo monetário entre 
empresas, governo e população, sendo de suma importância que a organização 
mantenha sua competitividade no mercado. 
A perspectiva ambiental tem como principal preocupação os impactos das 
atividades humanas sobre o ambiente. Assim, um modelo de negócios pautado na 
sustentabilidade deve desenvolver uma dinâmica com os stakeholders, propiciando 
maneiras por meio das quais os públicos afetados pela organização possam 
participar dos processos decisivos, gerando valores compartilhados entre todos os 
envolvidos. 
O termo stakeholders foi criado em 1984 pelo filósofo e professor norte-americano 
R. Edward Freemam, que o define como referente a qualquer pessoa que seja afetada 
– ou possa vir a ser afetada – pelo desempenho de uma organização (PEREIRA; SILVA; 
CARBONARI, 2011). 
Os stakeholders podem ser classificados em: 
 
• Stakeholders internos: os colaboradores, por exemplo. 
• Stakeholders da cadeia de valor: principalmente fornecedores e 
clientes. 
• Stakeholders externos: comunidades, investidores, ONGs, órgãos 
públicos, imprensa, entre outros. 
Em uma perspectiva mais ampla, são considerados stakeholders os cidadãos 
beneficiados pelo desenvolvimento, incluindo pessoas de baixa renda, grupos como 
mulheres, crianças, gruposétnicos, religiosos e as comunidades complexas nas 
quais vivem. 
Esse conceito também abrange governos, setor privado e sociedade civil – aí 
incluídos instituições de ensino superior e institutos de pesquisa, instituições 
religiosas, partidos políticos, a mídia e Organizações Não Governamentais (ONGs) 
em níveis local, estadual e nacional. Organismos internacionais e instituições 
financeiras, como a ONU e o Banco Mundial, também são stakeholders. 
Ao tomar a sustentabilidade como parâmetro e objetivo de suas atividades, as 
empresas modificam a maneira como se relacionam com os atores envolvidos em 
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seu processo de produção. Neste novo cenário, a sustentabilidade de uma empresa 
não se resume à dimensão econômica, ou seja, à capacidade de manter seu bom 
desempenho econômico ao longo do tempo, mas deve englobar também o respeito 
ao meio ambiente e a equidade social. 
A implementação de um modelo de negócios pautado pela sustentabilidade perpassa 
o desenvolvimento de uma dinâmica com os stakeholders, por meio da criação de 
ambientes nos quais os públicos afetados pelos negócios da empresa possam 
manifestar suas opiniões e visões de mundo, além de participarem de negociações e 
até da tomada de decisões. Além disso, a participação, muitas vezes, tem efeito 
multiplicador, promovendo o engajamento de um número maior de cidadãos, 
comunidades e organizações nos processos. 
Outro aspecto a considerar é que os investimentos feitos por uma organização em 
áreas afetadas por seu negócio recebem a denominação Investimento Social Privado, 
que se diferencia de ações assistencialistas, pois há uma preocupação com a 
obtenção de resultados, transformações e envolvimento da comunidade na qual a 
ação está se desenvolvendo. 
O Investimento Social Privado leva ao conceito de Responsabilidade Social 
Empresarial (RSE), que abrange duas dimensões: 
• Relação ética e transparente da empresa com todos os seus stakeholders. 
• Estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o 
desenvolvimento sustentável da sociedade. 
Um componente essencial para a prática da responsabilidade social e que contribui 
efetivamente para que as formas de desenvolvimento sejam mais sustentáveis é a 
atuação das Organizações Não Governamentais (ou ONGs), organizações sem fins 
lucrativos que têm como objetivo o desenvolvimento de atividades de interesse 
público. As ONGs surgiram pela ineficiência por parte do poder público em atender 
às necessidades da sociedade. 
 
 
Desenvolvimento Sustentável: modelo de desenvolvimento econômico que satisfaz 
as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
suprir suas próprias necessidades. 
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Investimento Social Privado: repasse voluntário de recursos privados de forma 
planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de 
interesse público. 
Sociedade Sustentável: aquela cujo desenvolvimento está integrado à natureza, com 
respeito à diversidade biológica e sociocultural, exercício responsável e consequente 
da cidadania e com a distribuição equitativa das riquezas. Desta forma, uma 
sociedade sustentável deve equilibrar o crescimento econômico com a preservação 
do meio ambiente, a distribuição das riquezas, a justiça social e a qualidade de vida. 
Stakeholder: refere-se a qualquer pessoa que seja afetada – ou possa vir a ser afetada 
– pelo desempenho de uma organização. 
Sustentabilidade: envolve uma relação equilibrada com o ambiente na sua 
totalidade, considerando as escolhas sobre as formas de produção, consumo, 
habitação, comunicação, alimentação, transporte e também os relacionamentos 
entre as pessoas e delas com o ambiente, considerando os valores éticos, solidários e 
democráticos. 
Tripé da Sustentabilidade: envolve a interação entre as três dimensões do 
desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental. Assim, um projeto de 
desenvolvimento deve ser economicamente viável, socialmente justo e 
ambientalmente adequado. 
 
 
Os desdobramentos dos investimentos sociais privados levam ao conceito de 
Responsabilidade Social Empresarial (ou RSE), que se refere às ações relativas à 
sustentabilidade de uma organização e deve envolver as dimensões econômica, 
ambiental e social. 
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial abrange duas dimensões: 
• Uma forma de gestão que seja definida pela relação ética e transparente da 
empresa com todos seus stakeholders. 
• O estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o 
desenvolvimento sustentável da sociedade, com a preservação dos recursos 
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ambientais e culturais, com o respeito à diversidade e com a promoção de 
ações que reduzam as desigualdades sociais. 
Desta forma, a RSE não se limita a investimentos que as empresas devem fazer em 
uma comunidade, pois abrange aspectos além da chamada Responsabilidade Social, 
que diz respeito apenas à dimensão social da sustentabilidade. 
No Brasil, a grande desigualdade social e a impossibilidade do Estado de atender às 
diversas demandas sociais impulsionaram o surgimento de entidades voltadas para 
a mobilização do setor privado, a partir dos anos 1980. 
Algumas delas são: 
• Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social: entidade que é 
referência entre os Institutos de Responsabilidade Social Empresarial, criado 
em 1998 por um grupo de empresários e executivos do setor privado, com o 
foco na sistematização de conhecimentos e desenvolvimento de ferramentas 
que auxiliem as empresas a analisarem suas práticas de gestão. 
• Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE): tendo como um 
de seus fundadores o famoso sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, foi criado 
em 1981 para democratizar as informações relativas à realidade econômica, 
política e social do Brasil. 
• Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE): existe informalmente 
desde 1989, mas foi formalizado em 1995, tornando-se referência no Brasil 
sobre investimento social privado. Atualmente, reúne 131 associados que 
investem cerca de R$ 2 bilhões por ano na área social. 
• Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS): fundado 
em 1997 como representante do World Business Council For Sustainable 
Development (WBCSD), esse conselho integra uma rede global de mais de 50 
conselhos nacionais que trabalham para disseminar uma nova forma de se 
fazer negócios no mundo. A associação WBCSD reúne cerca de 200 empresas 
que trabalham exclusivamente com negócios e desenvolvimento sustentável, 
fornecendo uma plataforma para que as empresas compartilhem 
conhecimentos, experiências e boas práticas de desenvolvimento sustentável. 
Para que esses institutos possam medir e monitorar o desempenho das organizações 
em relação à sustentabilidade, são utilizados os indicadores de sustentabilidade. Um 
indicador é uma ferramenta que permite obter informações sobre dada realidade, 
sintetizando diversos tipos de informação e retendo apenas o significado essencial 
dos aspectos analisados. Um indicador pode ser um dado individual ou um agregado 
de informações, mas deve possuir os seguintes atributos: 
• Ser simples de entender, apresentar quantificação estatística e lógica 
coerente, além de comunicar eficientemente o fenômeno analisado. 
Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiaisAnhanguera – Pedagogia – Responsabilidade Social e Meio Ambiente – Temas 1 ao 8.................................... Página 22 de 45 
Em uma organização, os indicadores de sustentabilidade são úteis para: 
• Trazer reflexão sobre temas que não são discutidos. 
• Identificar processos de gestão e de metas. 
• Explicitar o processo de aprendizado e a situação das empresas diante 
de suas falhas e pontos fracos. 
• Quantificar impactos diversos. 
• Oferecer transparência e consistência à prestação de contas. 
• Contextualizar e tanger o desempenho. 
• Permitir comparabilidade. 
• Evidenciar evoluções alcançadas. 
Um indicador, quando em conjunto com outro, pode aumentar a qualidade da 
informação, e, dependendo da forma como as informações se cruzam na composição 
do indicador, é possível analisar um contexto ou um cenário a partir de diversas 
dimensões de maneira sistêmica. 
Vejamos alguns indicadores corporativos de sustentabilidade utilizados 
atualmente: 
• Balanço Social IBASE/Betinho: possui um modelo de balanço social com 
dados expressos em valores financeiros ou dados de forma 
quantitativa. O balanço social é um demonstrativo que contém 
informações sobre projetos, benefícios e ações voltados para 
funcionários, investidores, analistas de mercado, acionistas e 
comunidade (isto é, stakeholders). 
• Indicadores Ethos de Responsabilidade Empresarial: seus indicadores 
são fundamentados em um sistema de avaliação do estágio em que se 
encontram as práticas de responsabilidade social em uma empresa, e os 
indicadores econômicos que não possuem relação com questões sociais 
e ambientais não são levados em consideração. A empresa deve 
preencher um questionário que embasará a avaliação de seu 
desempenho. 
• Relatório de Sustentabilidade Dow Jones (Dow Jones Sustainability 
Index World – DJSI): indicador de desempenho lançado em 1999 como 
o primeiro na área em que as empresas que constam desse indicador, 
que é indexado à bolsa de valores de Nova York, são consideradas (e 
classificadas) como as mais capazes de criar valor para os acionistas, por 
meio de gestão de riscos associada a fatores econômicos, ambientais e 
sociais. 
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Fatores Críticos para a Sustentabilidade 
Considerando o que foi exposto até o momento, se tivermos de elencar alguns 
fatores críticos para a sustentabilidade, eles serão: 
• Governança Corporativa: é o sistema por meio do qual as organizações 
são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo práticas e 
relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, 
diretoria, órgãos de controle (ou seja, os stakeholders). As boas práticas 
de Governança Corporativa convertem princípios em orientações 
objetivas, alinham interesses para preservar e melhorar o valor da 
organização, para facilitar seu acesso ao capital e, por fim, para 
contribuir à sua longevidade. 
• Consumo Responsável: tipo de consumo que não está relacionado 
apenas às compras, mas à avaliação do impacto ambiental, social e 
econômico de tudo o que consumimos, ou seja, a tudo o que 
“utilizamos” em todos os momentos do nosso dia, desde a hora que 
acordarmos (quando consumimos água, eletricidade, pasta de dente e 
sabonete, por exemplo) até o momento em que vamos dormir. 
• Processo Produtivo: os processos nas empresas necessitam ser 
remodelados com base em padrões mais sustentáveis. Entre os 
problemas fundamentais nos atuais padrões de produção, podemos 
citar o uso de materiais e processos que causam degradação ambiental 
e riscos para a saúde, ineficiência dos processos de produção, que gera 
desperdícios, falhas na consideração das externalidades negativas do 
processo produtivo no custo do produto, acesso aos recursos naturais 
de forma desigual, custos de transação significativamente mais 
elevados para pessoas de baixa renda. 
• Distribuição de Recursos Financeiros: é um fator essencial para a 
garantia de acesso a bens e serviços primordiais para a qualidade de 
vida. 
Norma Técnica ISO 26000 
Existe uma Norma Técnica que visa fornecer orientações sobre Responsabilidade 
Social para todos os tipos de organizações, chamada ISO 26000. É uma norma de 
diretrizes e de uso voluntário que não visa fins de certificação. Foi publicada em 
novembro de 2010, em Genebra (Suíça), após cinco anos de trabalho que envolveu 
cerca de 450 especialistas de 99 países. 
Seus objetivos são: 
• Auxiliar as organizações a contribuírem para o desenvolvimento 
sustentável e estimulá-las a irem além da conformidade legal. 
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• Promover uma compreensão comum da área de responsabilidade social 
e complementar outros instrumentos e iniciativas relacionados à 
responsabilidade social, e não substituí-los. 
A Responsabilidade Social pode ser individual, como vimos na Aula-Tema 2, quando 
estudamos a pegada ecológica, mas também é parte importante das organizações, 
que, por meio da Responsabilidade Social Empresarial, atuam de forma a abranger 
questões econômicas, ambientais e sociais. 
 
 
Indicadores de sustentabilidade: ferramenta que permite obter informações 
sobre dada realidade, por meio do monitoramento de seu desempenho em 
relação à sustentabilidade. 
Investimento social privado: investimento feito por uma organização na área 
social ou em comunidades de seu entorno ou por áreas por ela afetadas por seus 
negócios. O repasse de seus recursos privados é feito de forma voluntária, 
planejada e sistemática. Envolve a preocupação com a obtenção de resultados, as 
transformações, a ascensão social e o envolvimento da comunidade no 
desenvolvimento da ação. 
ISO: sigla em inglês para Organização Internacional de Normalização, sediada em 
Genebra, na Suíça. Criada em 1946, tem como associados órgãos de normalização 
de aproximadamente 160 países. A ISO tem como meta estabelecer normas que 
facilitem o comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, 
além de disseminar conhecimentos. Além da ISO 26000, suas normas mais 
conhecidas são a ISO 9000, para gestão da qualidade, e a ISO 14000, para gestão 
do meio ambiente. 
Norma Técnica: é um documento que estabelece diretrizes, regras e padrões para 
processos e produtos. Algumas normas podem gerar certificações. A certificação, 
por sua vez, é um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo, 
independente da relação comercial, com o objetivo de atestar publicamente que 
determinado produto ou serviço está em conformidade com os requisitos 
especificados. 
Stakeholders: pessoas particularmente afetadas ou que possam ser afetadas por 
uma organização (fornecedores, colaboradores, clientes, organizações etc.). 
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Segundo alguns economistas, o crescimento econômico é considerado sinônimo de 
prosperidade. Sob essa perspectiva, um país gerador de riqueza, com alta renda per 
capita, deveria colocar seus cidadãos em condições de fazer as melhores escolhas no 
âmbito econômico. Entretanto, a história da humanidade, principalmente nas 
últimas décadas, mostra que essa visão de mundo deve ser reavaliada. 
O relatorio Prosperity without Growth? The Transition to a Sustainable Economy 
(Prosperidade sem Crescimento? A Transição para uma Economia Sustentável), 
publicado em 2009 pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Reino Unido, 
traz informações importantes (PEREIRA; SILVA; CARBONARI, 2011): 
• O crescimento econômico tem provocadoprosperidade de forma desigual, já 
que 20% da população mundial detém 2% da riqueza gerada no mundo. 
• Nas últimas décadas, a economia mundial mais do que dobrou, mas 60% do 
ecossistema mundial foi degradado pela ação humana, direta ou 
indiretamente. 
• Enquanto os ricos se tornaram mais ricos, a renda per capita da classe média 
dos países do Ocidente já estava estagnada antes da crise financeira de 2008. 
Desta forma, este relatório traz algumas indagações importantes: 
• Que vantagens o modelo econômico atual poderia trazer a 9 bilhões de pessoas 
que desejam desfrutar da mesma qualidade de vida dos países desenvolvidos 
se, para isso, a economia mundial deveria crescer 15 vezes até 2050 e 40 vezes 
até o final deste século, sem deixar de lado a escassez dos recursos naturais 
provocada pela degradação do ecossistema? 
• O que almejamos para nossos pais, filhos, netos, amigos e colegas? 
Prosperidade de qualquer jeito ou prosperidade duradoura? 
Para entendermos esta situação complexa, vamos analisar a Economia Verde, que 
possui um papel importante a desempenhar nesta questão. 
A Economia Verde ou Nova Economia é aquela em que a produção, a distribuição e o 
consumo de bens e serviços ocorrem por meio de processos em que os recursos não 
são utilizados mais rapidamente do que a capacidade que a natureza tem de renová-
los. Por isso, também pode ser chamada de economia sustentável. A Nova Economia 
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promove um equilíbrio entre a vitalidade ambiental, social e econômica, apoiada em 
processos de produção que priorizem a sustentabilidade em todas as etapas, desde o 
emprego de recursos naturais até a reciclagem de bens já consumidos. 
A Nova Economia representa uma mudança de caráter disruptivo em relação aos 
paradigmas predominantes desde a Revolução Industrial do século XVIII, que 
resultaram em um modelo econômico e de desenvolvimento tecnológico 
fundamentado na exploração indiscriminada dos recursos naturais, no 
desenvolvimento tecnológico voltado para o aumento da produção e na expansão do 
consumo e do crédito não necessariamente responsáveis. 
Anthony Van Jones, advogado e escritor norte-americano, afirma que a economia 
norte-americana, a maior do mundo, vem se fundamentando nas últimas décadas 
em três falácias: no consumo em vez da produção; no crédito em vez da poupança; e 
na destruição ecológica em vez da recuperação do meio ambiente. Para ele, a crise da 
economia global – evidenciada pela crise de 2008-2009 – expõe essas falácias e os 
riscos inerentes a elas, pois atualmente milhões de norte-americanos estão no 
paraíso do consumo e no inferno do trabalho. 
A crise econômica de 2008-2009 foi um desdobramento da crise financeira 
internacional, desencadeada pela falência do banco de investimentos Lehman 
Brothers, nos Estados Unidos, causando um efeito dominó, que causou a quebra de 
outras grandes instituições financeiras norte-americanas e europeias. 
A origem dessa crise foi em 2001, quando o índice Nasdaq (que mede a variação de 
preços das ações de informática e telecomunicações) despencou em razão do 
“estouro da bolha da internet”. 
No início deste século, os negócios virtuais se expandiram e se fortaleceram, 
alimentando promessas de riquezas e possibilidades de negócios, atraindo muitos 
investidores, mas a onda de prosperidade não durou. A supervalorização de 
empresas e apostas em negócios malsucedidos causou o chamado “estouro da 
bolha”, levando pequenas empresas à falência e gerando prejuízos aos investidores. 
Para evitar maiores prejuízos, o Banco Central dos Estados Unidos passou a orientar 
os investimentos para o setor imobiliário, ampliando a oferta de dinheiro a duas 
agências de crédito imobiliário do país que financiavam imóveis para a população de 
baixa e média renda. Essas empresas concederam financiamentos de alto risco a 
famílias sem renda, sem emprego e sem patrimônio, e acabaram falindo, 
desencadeando uma crise que obrigou vários países europeus a concederem ajuda 
financeira a seus respectivos sistemas financeiros, gerando uma crise internacional. 
A natureza dessa crise mostrou que limitar e exagerar o foco da sociedade nos 
retornos de curto prazo, deixando cada vez mais distante a perspectiva de construir 
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um mundo melhor e mais justo, funciona como um empecilho para a prosperidade 
duradoura. 
Verifica-se que a Era Industrial possibilitou avanços tecnológicos que promoveram 
melhorias na condição de vida das pessoas e aumentaram seu grau de conforto, mas 
caracterizou-se pelo mito do progresso material ilimitado, ou seja, na crença de que 
não havia limites para a exploração dos recursos naturais. 
Esse modelo produtivo, fundamentado na exploração de combustíveis fósseis, 
tornou-se insustentável do ponto de vista ambiental, gerando uma série de 
problemas que ameaçam a sobrevivência dos seres vivos na Terra. Assim, o modelo 
econômico atual gera muitos resíduos, provoca altos níveis de poluição, 
dificultando a preservação ambiental e melhorias na qualidade de vida da 
população, além de provocar a instabilidade do sistema financeiro e exacerbar a 
situação de pobreza extrema no mundo. 
A transição para uma Nova Economia envolve muitos desafios, como a inclusão 
social, a criação de oportunidades sustentáveis para a melhoria da qualidade de vida 
da sociedade, a recuperação da harmonia com o meio ambiente no curto, médio e 
longo prazos, o papel mobilizador do governo e as decisões e os comportamentos dos 
indivíduos, mas o principal desafio é preparar profissionais para a incorporação de 
ações de sustentabilidade em larga escala e curto espaço de tempo para liderar as 
mudanças necessárias. 
É preciso reformular o modelo de negócios atual, que ainda se pauta em crenças e 
valores que se tornaram predominantes na sociedade. Algumas ideias e propostas 
demonstram de que maneira se pode resgatar – ou, de certa forma, implementar – a 
sustentabilidade: 
• Gerar energia por meio de fontes renováveis, como a solar, a eólica e a 
biomassa. 
• Produzir máquinas, equipamentos e insumos com base em processos 
recicláveis, remanufaturados ou renovados. 
• Zelar pela qualidade ambiental da biosfera, visando benefícios às gerações 
atuais e futuras. 
• Reconhecer que somos mais um organismo vivo entre todos os outros, e que 
as espécies dependem umas das outras e do meio ambiente. 
• Criar estratégias que permitam entender que um ecossistema saudável 
representa valores positivos. 
Na Nova Economia, um dos principais problemas é aumentar a oferta de Empregos 
Verdes, que envolvem desafios como eliminar certos tipos de emprego, como os que 
contribuem para o aumento da emissão de CO2 na atmosfera, e transformar alguns 
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empregos existentes em outros que valorizem o equilíbrio entre o planeta e o ser 
humano. 
Em outras palavras, de um lado, existe a pressão para a geração de postos de trabalho 
que melhorem as condições de vida das parcelas empobrecidas da população 
mundial. De outro lado, está ocorrendo um processo introdutório de transformação 
dos tipos de atividades a serem desempenhadas por essas pessoas, tendo em vista a 
necessidade de reverter processos e práticas que dificultam o alcance da 
prosperidade duradoura. 
O Emprego Verde pode ser definido então como aquele que contribui para preservar 
e melhorar a qualidade de vida do indivíduo, assimcomo a qualidade ambiental. São 
apresentadas, a seguir, algumas características dos Empregos Verdes: 
• Reduzir o consumo de energia e de matérias-primas. 
• Evitar as emissões de gases do efeito estufa. 
• Minimizar a geração de lixo e poluição. 
• Proteger e restaurar ecossistemas e serviços ambientais. 
Os Empregos Verdes já são uma realidade em várias partes do mundo e em muitos 
setores; já existem em segmentos e atividades incorporadas ao nosso cotidiano e 
estão disponíveis para todos os tipos de trabalhadores. Por exemplo, em atividades 
no campo das tecnologias ambientais, das fontes de energia renováveis, no 
ecoturismo e nas atividades de reciclagem. 
Áreas como a construção civil sustentável, transporte alternativo, fornecimento de 
energia, agricultura orgânica e serviços ambientais (como aqueles relacionados à 
conservação de recursos hídricos) estão entre as áreas de fonte potencial para a 
geração de empregos verdes. 
A expansão dos empregos verdes pode ser favorecida se os governos, as empresas e 
a sociedade civil se mobilizarem e assegurarem recursos suficientes para a transição 
rumo à Nova Economia. 
O ritmo de crescimento da oferta de empregos verdes na economia pode ser 
acelerado a partir do momento em que os setores com uso intensivo de energia e 
recursos naturais passarem a adotar um sistema de gestão integrada com base na 
Visão Sistêmica dos negócios. 
A Visão Sistêmica consiste em olhar para a realidade como um sistema, ou seja, um 
conjunto de partes interagentes e interdependentes que, no conjunto, formam um 
todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Em outras 
palavras, é possível afirmar que ela está relacionada com o entendimento e a 
valorização da interconexão entre as partes. 
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A visão sistêmica cria condições para a educação para a sustentabilidade florescer, 
ou seja, proporciona espaços formais e informais de ensino e aprendizagem para 
que, diante de problemas de qualquer ordem, as posturas individuais divergentes 
sejam substituídas por posturas coletivas inovadoras e orientadas para soluções 
sustentáveis. 
Partindo da visão da educação como um processo por meio do qual todos os seres 
humanos e sociedades podem alcançar seu potencial mais elevado, o conceito de 
educação para a sustentabilidade se delineia como uma nova perspectiva 
educacional que procura integrar todas as pessoas, para que elas assumam a 
responsabilidade de criar um futuro sustentável. 
A educação para a sustentabilidade configura-se na preparação de crianças, jovens e 
adultos para um novo modelo de civilização, o que implica o redirecionamento das 
dimensões econômicas, sociais, ambientais e culturais, possibilitando a formação de 
indivíduos que participem ativamente das diversas questões que envolvem a 
sociedade; além disto, ela envolve todas as áreas do conhecimento. 
A educação pode estimular as pessoas a lidarem de forma eficaz com as limitações 
dos recursos naturais, avaliando os limites e potenciais de suas decisões, conjugando 
ação e reflexão. 
Assim, as instituições de ensino superior (IES) possuem papel importante, já que 
podem contribuir para o desenvolvimento socioeconômico regional, pautado na 
sustentabilidade e na solução de problemas socioambientais por meio do diálogo 
com a comunidade e outros atores sociais. As instituições de ensino superior devem, 
assim, reinventar seus modelos pedagógicos, processos, tecnologias e 
produtos/serviços com foco na construção de um conhecimento que vise à inovação 
transformadora. 
Para tanto, é importante que a educação para a sustentabilidade se difunda ampla e 
rapidamente, tendo em vista a necessidade de preparar cidadãos responsáveis em 
um curto espaço de tempo, utilizando espaços formais e informais de aprendizagem, 
incluindo todos os atores sociais envolvidos de maneira produtiva. 
Este horizonte exige um esforço integrado e organizado, capaz de incorporar nos 
processos de formação temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, de 
maneira interdisciplinar e por meio de uma plataforma diversificada de 
aprendizagem. 
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Economia Verde: aquela em que a produção, a distribuição e o consumo de bens e 
serviços ocorrem por meio de processos em que os recursos NÃO são utilizados mais 
rapidamente do que a capacidade que a natureza tem de renová-los. 
Educação para a Sustentabilidade: conceito que integra o processo de educação para 
os três pilares que constituem a sustentabilidade: ambiental, social e econômico, 
contribuindo para a construção de sociedades sustentáveis, ecologicamente 
equilibradas e socialmente justas. 
Emprego Verde: consiste em postos de trabalho decente em atividades econômicas 
que contribuem significativamente para melhorar a qualidade ambiental. 
Nova Economia: aquela que promove um equilíbrio entre a vitalidade ambiental, 
social e econômica, apoiada na inovação que dê origem a processos de produção que 
priorizem a sustentabilidade em todas as etapas, desde o empréstimo de recursos 
naturais até a reciclagem de bens já consumidos. 
Visão Sistêmica: está relacionada à compreensão e valorização da interconexão 
entre as diversas partes que formam um conjunto. 
 
 
As questões ambientais passaram a fazer parte dos negócios das empresas devido à 
percepção de que a exploração intensa e inadequada dos recursos naturais gera um 
impasse para o desenvolvimento das sociedades, seja pelo esgotamento dos recursos 
naturais e/ou pelos problemas ambientais que surgiram desde a Revolução 
Industrial. 
As organizações vêm percebendo a necessidade de modificar seus modelos de 
negócios, através de uma atuação mais responsável e da criação de produtos e 
serviços que contribuam para a melhoria da sua performance socioambiental. 
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Dentre os elementos que devem ser considerados no planejamento, implementação 
e na utilização de modelos de sustentabilidade empresarial, destacam-se: 
• Sustentabilidade econômica: considerar as suas vantagens competitivas, os 
seus custos (fixos e variáveis), focar nos resultados, estudar e sempre 
considerar as alterações e o que ocorre no mercado, traçar metas reais e buscar 
alcançá-las, possuir uma estratégia de negócios bem definida. 
• Sustentabilidade ambiental: utilizar prioritariamente tecnologias limpas, 
praticar a reciclagem de materiais, utilizar os recursos naturais de forma 
sustentável, atender à legislação vigente, possuir um sistema de tratamento 
de efluentes e resíduos, utilizar produtos ecologicamente corretos e 
administrar os impactos gerados por suas atividades. 
• Sustentabilidade social: incorporar e promover práticas de responsabilidade 
social, auxiliar no crescimento comunitário, desenvolver os recursos 
humanos, promover, participar e apoiar a realização de projetos 
socioambientais. 
Dessa forma, pode-se considerar que os fatores essenciais para um modelo de 
sustentabilidade empresarial são: 
• Perfil da empresa: desempenho organizacional, estratégia e governança. 
• Forma de gestão da empresa: desempenho da organização em uma área 
específica. 
• Indicadores de desempenho: instrumento adotado para a verificação das suas 
performances no âmbito econômico, ambiental e social. 
Os indicadores de desempenho devem mensurar os impactos da organização em 
relação: 
• Aos sistemas sociais (práticas trabalhistas, direitos humanos,sociedade e 
responsabilidade por produtos e/ou serviços); 
• Às condições econômicas dos stakeholders (presença no mercado e 
responsabilidades indiretas); 
• E aos sistemas naturais vivos e não vivos (insumos, matérias-primas, 
consumo de energia e água, emissões de poluentes e resíduos, entre outros). 
Algumas práticas para que um profissional comprometido com a sustentabilidade 
se torne um líder são: 
• Ganhar e manter credibilidade. 
• Desenvolver e praticar a habilidade de dialogar. 
• Colaborar, educar e criar networking. 
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• Buscar colaboradores. 
• Influenciar formadores de opinião. 
• Utilizar iniciativas existentes. 
• Elaborar um plano para as oportunidades. 
Outro aspecto fundamental para se atuar com vistas à sustentabilidade é o 
empreendedorismo, cada vez mais real e concreto em várias partes do mundo, já que 
um empreendedor transforma ideias em oportunidades de negócio através da 
identificação e solução de problemas ou do atendimento de algum tipo de 
necessidade inexplorada. 
Dentre as oportunidades relacionadas ao desenvolvimento sustentável pode-se 
destacar áreas como a ecoeficiência, o consumo consciente, a educação ambiental, a 
reciclagem, a tecnologia limpa e a inclusão social. 
O empreendedor da sustentabilidade deve atuar de forma responsável, profissional 
e transparente no mercado. Ele possui algumas características que merecem 
destaque: 
• Assume riscos para inovar de forma sustentável. 
• Desenvolve atividades mobilizadoras que impactam positivamente no meio 
ambiente e na comunidade. 
• Constrói valores e princípios que prezam pela cultura da sustentabilidade e 
norteiam as estratégias perseguidas a curto, médio e longo prazo. 
• Encara a oportunidade como fator motivacional. 
Analisando as competências selecionadas, que vão ao encontro das práticas de 
liderança, percebesse que elas estão relacionadas ao papel central desse gestor, que 
deve compreender a organização e seu papel no ambiente macro, atuando como um 
“generalista estratégico” nas organizações. 
 
 
Empreendedor da Sustentabilidade: É aquele que consegue conciliar reflexão crítica 
com ação, através do desenvolvimento de inovações sustentáveis. 
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Empreendedorismo: Envolve o ato de empreender, ou seja, colocar em prática ideias, 
projetos e propostas para criar novas oportunidades ou aproveitar oportunidades 
existentes. 
Liderança: É o ato de influenciar, criar e manter relacionamentos baseados na 
confiança, de modo a obter o empenho de um indivíduo ou de um grupo para buscar 
objetivos e metas preestabelecidas. Envolve persuasão para que o indivíduo ou 
grupo faça o que o líder deseja, estando convencidos de que desejam fazê-lo. 
Modelo de Sustentabilidade Empresarial: É um modelo de negócios utilizado para 
criar produtos, serviços e procedimentos que contribuam para um resultado 
organizacional sustentável e promovam um enfoque no relacionamento com seus 
principais stakeholders. 
Performance socioambiental: É o desempenho de uma organização em âmbito 
ambiental, econômico e social. 
 
 
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a ciência e a tecnologia podem, sim, ser 
grandes aliadas na busca pela sustentabilidade. É claro que, para que o 
desenvolvimento de tecnologias sustentáveis seja útil, a sociedade (coletiva e 
individualmente) deve estar receptiva a essas tecnologias e agir de acordo com essa 
nova lógica de mercado, ou seja, da Economia Verde, ou Nova Economia, assunto 
que já foi abordado na Aula-Tema 5. 
Segundo o pensamento do francês Marc Giget, um dos mais reconhecidos 
especialistas em inovação da Europa, os recursos, instrumentos e mecanismos para 
esta Nova Economia já existem, e o caminho a seguir rumo à inovação sustentável 
deve estar ligado à cooperação entre as instituições de ensino e as empresas. 
Segundo Marc Giget, a cooperação é uma estratégia central para mudar a lógica da 
inovação, atualmente voltada para o desenvolvimento de produtos e processos que 
atendam às necessidades da lógica da economia tradicional, que é fundamentada no 
aumento da produtividade e do consumo, já que, ao contrário, a Nova Economia 
(Economia Verde) fundamenta-se na redução do consumismo exacerbado e na 
busca constante por um consumo sustentável, além da utilização responsável e mais 
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eficiente dos recursos naturais, humanos e financeiros. Esta cooperação consiste, 
efetivamente, em parcerias e diálogo entre diferentes instâncias da sociedade 
(governo, iniciativa privada, sociedade civil), e a educação é uma área decisiva nos 
processos de desenvolvimento da sustentabilidade e da inovação. 
Por meio da cooperação e da educação, pode-se realizar a transição para um modelo 
de economia mais sustentável, com a preparação de profissionais e líderes em 
sustentabilidade, tanto em relação à sua atuação no mercado de trabalho como 
também quanto à formação desses profissionais, tema que também já foi abordado 
detalhadamente na aula anterior. Porém, não podemos nos esquecer de que, neste 
contexto de transição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável, o 
desenvolvimento da economia é igualmente importante, conforme ressaltado pelo 
tripé do desenvolvimento sustentável, estudado na Aula-Tema 3. Quanto a isso, 
inevitavelmente a cooperação precisa considerar de modo estratégico a questão do 
financiamento de todo o processo, para que a sustentabilidade aconteça. 
Na busca pela manutenção de um desenvolvimento econômico que ocorra em 
harmonia com a sustentabilidade, as formas como os recursos serão 
disponibilizados devem ser revistas, para que haja infraestrutura, capital humano, 
principalmente pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica que possibilitem 
uma mudança efetiva. E, para que essa mudança seja efetiva, ela deve conciliar 
interesses das empresas, das instituições de ensino, das ONGs, dos governos, enfim, 
de todas as organizações e indivíduos que compõem a sociedade. 
Para que todo esse processo de cooperação e educação aconteça, o qual contempla 
concomitantemente a manutenção das estruturas vigentes e a preparação de 
espaços para a Nova Economia sem que ocorra uma solução de continuidade, o 
planejamento participativo é essencial. O planejamento é um processo por meio do 
qual é possível avaliar a realidade, as opções existentes, construir um referencial 
futuro, fazendo uma projeção dos resultados possíveis. É uma ferramenta 
administrativa, por meio da qual se busca a melhor forma possível de se alcançar 
alguns objetivos predefinidos. É um processo cíclico e prático das determinações de 
um plano, que garante continuidade por meio de constante realimentação de 
situações, resultados e soluções. 
O planejamento participativo implica agir coletivamente para mudar determinada 
realidade, podendo ser utilizado para induzir a consciência da responsabilidade 
individual na obtenção dos resultados. 
Também pressupõe uma nova maneira de estruturar as organizações que se difira 
dos modelos verticalizados e hierarquizados. Nesse processo de planejamento 
participativo, as estruturas são mais horizontais, permitindo uma melhor 
distribuição das responsabilidades e a democratização na tomada de decisões, 
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