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DIREITO ADMINISTRATIVO 2 Resumo - Parte 3 (Este material destina-se EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de aula, para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional, a legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.) RESUMO – PLANOS DE AULA 9/12 Controle da Administração Pública Definição: Entendemos como controle da Administração Pública a atividade estatal que tem por objetivo fiscalizar a atuação administrativa no exercício das suas funções. Classificação do Controle: 1. Quanto ao momento: A) preventivo B) concomitante ou Simultâneo C) posterior ou repressivo - Considerações importantes: - O S.T.F. firmou entendimento de que não cabe controle prévio de licitações e contratos pelo T.C.U. Considerou incabível que os Poderes Executivo e Judiciário em cada licitação, sejam obrigados a encaminhar previamente ao Tribunal de Contas os editais de licitação, bem como, ficar aguardando a aprovação ou não, da legalidade do certame. ( R.E. – 547063/ 1998) O caso analisou o art. 113, § 2º da Lei 8666/93: § 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 2 . Quanto ao Conteúdo: A) legalidade B) mérito - Considerações importantes: - O controle de legalidade pode ocorrer internamente no ambiente da Administração Pública ou externamente pelo Poder Legislativo ou Judiciário. - O controle de legalidade exercido pelo Poder Legislativo decorre de previsão constitucional (Art. 49, V). - O poder judiciário não exerce o controle de mérito administrativo, exceto nos seus próprios atos administrativos. - O controle de mérito tem por escopo apreciar a eficiência da Administração Pública. - O art. 49, X e art. 70 da CF/1988 atribui ao Poder legislativo a possibilidade de realizar o controle de mérito. - A presunção de legitimidade, a conveniência e a oportunidade do ato administrativo são capacidades da Administração Pública e envolve o controle de mérito. 3. Quanto ao âmbito (alcance): A) interno: o órgão que exerce o controle pertence a mesma estrutura administrativa. B) externo: o órgão que exerce o controle pertence a outra estrutura administrativa. - Considerações importantes: - O controle exercido por uma entidade da Administração Pública direta sobre uma entidade da Administração Pública indireta é um exemplo de controle externo. - O controle realizado pelo Senado Federal acerca da indicação feita pelo Presidente da República para o S.T.F. é um exemplo de controle externo. - O controle realizado pela C.G.U. sobre atos do Ministério da Educação é um exemplo de controle interno, porque se desenvolve na mesma estrutura do Poder Executivo, dois órgãos da Administração Pública Federal e direta. 4. Quanto ao Órgão: A) Executivo (administrativo) B) Legislativo C) Judiciário - Considerações importantes: - O controle exercido pela própria administração sobre seus atos decorre do poder de autotutela de que dispõe a Administração Pública. SÚMULA 473 DO STF A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL. - O controle administrativo é diferente do judicial e do político. Este controle segue os critérios administrativos. Pode ser exercido de ofício, independente de representação. Estes recursos podem produzir o efeito suspensivo ou devolutivo. - Exercício do Controle Administrativo ou Recursos Administrativos: a) Reclamação Administrativa é o instrumento pelo qual a pessoa física ou jurídica reclama todo e qualquer direito em face do Poder Público. Este recurso tem efeito suspensivo. DECRETO Nº 20.910, DE 06 DE JANEIRO DE 1932. Art. 6º O direito à reclamação administrativa, que não tiver prazo fixado em disposição de lei para ser formulada, prescreve em um ano a contar da data do ato ou fato do qual a mesma se originar. b) Representação: É o requerimento efetuado a Administração Pública com a finalidade de denunciar certa prática ilegal ou irregular. ( Exemplo: Ver o art. 74, § 2º da CF/ 1988) c) Pedido de Reconsideração: É o instrumento pelo qual a pessoa solicita o reexame de certo ato administrativo. O pedido deve ser efetuado a mesma autoridade que praticou o ato. Este recurso administrativo não tem efeito suspensivo. d) Recurso Hierárquico: É o pedido de reexame dirigido a autoridade superior hierárquica àquela que editou o ato. Este recurso, em regra, tem efeito devolutivo, mas, é possível o efeito suspensivo. Atenção: Este recurso tem fundamento principiológico e não pode ser recusado sob alegação de falta de legislação. (princípio da hierarquia) O Recurso Hierárquico pode ser: próprio (direcionado a autoridade imediatamente superior) ou impróprio (direcionado a autoridade que não integra a mesma estrutura administrativa). O recurso hierárquico impróprio só é possível se previsto em lei. e) Revisão: É o instrumento de recurso contra uma decisão punitiva com o objetivo de rever a punição aplicada ao agente. A revisão ocorre nos casos do exercício do Poder Disciplinar. A revisão requer fatos novos. Atenção: Não será admitida a revisão com aumento de penalidade (reformatio in pejus) Controle Finalístico: Ocorre quando a administração direta controla a administração indireta. * Ver a fiscalização do Poder Legislativo e do TCU – art. 49 e 70 ao 74 da CF/88 * Ver os Remédios Constitucionais – art. 5º incisos LXVIII ao LXXIII da CF/88
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