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MATURAÇÃO DE FRUTAS Eduardo Santos João Pedro Mattiello Matheus Spagiari Ricardo Cavalheiro Departamento de Ciências dos Alimentos, Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av Bento Gonçalves nº 9500, CEP 91540-000, Porto Alegre-RS, Brasil. Porto Alegre, 27 de Novembro de 2013. ________________________________________________________________________________________________ Objetivo Este trabalho tem como objetivo verificar as alterações bioquímicas e fisiológicas em vegetais e avaliar o efeito da atmosfera sobre o processo de maturação em frutas. ________________________________________________________________________________________________ Introdução � Nas angiospermas encontramos os frutos, que são formados pelo pericarpo e pela semente. Além de o fruto fazer parte da dieta alimentar de alguns animais, este tem como função principal garantir a continuidade da espécie vegetal; onde o seu amadurecimento está relacionado com o fato das sementes estarem prontas para germinar e darem origem a uma nova planta. O amadurecimento de alguns frutos, denominados climatéricos, é estimulado pelo fitormônio etileno. O etileno um de seus efeitos (abscisão foliar) observado pela primeira vez no século XIX em árvores que perdiam suas folhas. O etileno é conhecido por ser o hormônio de maturação das frutas e é produzido pelos frutos verdes durante a respiração em uma rota paralela a glicólise. As plantas produzem etileno em diversos tecidos em resposta a estímulos como do calor e de cortes. Esse processo é observado durante certas condições de desenvolvimento para orientar a germinação das sementes, a mudança de cor das folhas e o fenecimento das pétalas das flores. As frutas já maduras possuem a capacidade de produzir e consequentemente liberar etileno, reação na qual o amido é convertido em açúcar. Desta forma, o etileno libertado por uma fruta induz o amadurecimento de outra que esteja próxima, compartilhando o mesmo ambiente. O Etileno é normalmente produzido em quantidades pequenas pela maioria das frutas e também pelos vegetais. Bananas, peras, maçãs, pêssegos e melões, por exemplo, produzem quantidades mais elevadas pelo que são capazes de induzir um amadurecimento mais rápido que outras frutas. O efeito da temperatura pode ser percebido claramente na ação do etileno, onde se torna mais lenta a temperaturas baixas, e mais rápida onde apresenta temperaturas mais elevadas, fazendo com as frutas amadureçam mais rápido. Algumas características das frutas serão modificadas com a maturação, são estas: Carboidratos: o amido será convertido em açúcar. Ácidos: diminuem sua concentração com o decorrer do amadurecimento. Cor: com a maturação a clorofila se modifica, obtendo outras cores característica de cada fruta. Textura: pode se perceber que a frutas ficaram com aspecto mais amolecido com o amadurecimento. Procedimento Experimental Primeiramente anotaram-se os dados dos respectivos frutos a serem utilizados no procedimento, como a massa, textura, cor e aroma (papel, plástico, plástico + banana madura, controle). Para esse procedimento utilizou-se uma fruta verde de cada tipo (maçã, banana, laranja e tomate) para cada um dos tratamentos. A tabela 1 demonstra como foi à maneira de conduzir as frutas no experimento. Tabela 1: Distribuição do experimento Frutas Embalagem Modo de Embalagem 1 fruta verde Papel (1) Fechar a abertura com fita 1 fruta verde Plástico (2) Fechar a abertura com nó 1 fruta verde + 1 banana madura Plástico (3) Fechar a abertura com nó 1 fruta verde Papel (4) A temperatura ambiente As amostras foram mantidas durante uma semana, com o objetivo de verificar o efeito da atmosfera sobre a maturação do fruto. Ao final de uma semana foram observados os mesmos fatores do inicio do procedimento (massa, textura, cor e aroma) sobre condições diferentes. Para visualizar o efeito da atmosfera nos diferentes frutos foram cortadas fatias dos mesmos e acrescentada uma gota de lugol e anotou-se a cor formada, inclusive a intensidade da coloração. Resultados Os valores referentes a massa das frutas no momento antes de iniciar-se o processo de maturação está descrito na tabela 2. Tabela 2: Valores iniciais de massa do processo em gramas Maçã Banana Tomate Laranja 1 187,64 113,34 131,72 210,10 2 159,34 130,72 108,32 227,08 3 156,98 131,92 87,31 248,02 4 169,03 110,56 124,78 164,64 Os fatores respectivos a coloração, textura e aroma de todos os frutos apresentaram aspectos normais para as frutas no estado em que se encontravam. Após uma semana de procedimento obtivemos os seguintes valores para a massa dos frutos, onde serão descritos na tabela 3. Tabela 3: Valores finais de massa do processo em gramas Maçã Banana Tomate Laranja 1 183,92 103,91 127,40 203,36 2 159,12 130,15 108,04 227,42 3 156,94 130,16 87,07 247,85 4 165,15 102,01 119,27 126,74 Em relação ao aroma, coloração e textura apresentaram uma pequena alteração nesses parâmetros, onde a qualidade da fruta tornou-se inferior ao que era antes do inicio do processo. Ao teste do lugol as frutas apresentaram uma coloração azulada responsável pela presença de amido nos frutas e em algumas frutas a coloração avermelhada foi notada, pela presença de dextrina. Conclusões Com os testes realizados podemos concluir que a atmosfera em que se encontram os frutos pode alterar o tempo de maturação dos mesmos, e consequentemente o modo de tratamento que devem ter para poderem ser estocadas até o consumo, sem que interferência no aroma, coloração e textura. Referências Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pab/v37n4/9078. acessado em 23 de novembro de 2013. Disponível em http://www.mudi.uem.br/arqmudi/volume_10/numero_02/5-SERT.pdf. acessado em 25 de novembro de 2013.
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