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Direito de Família: Conceitos e Casamento

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01/02/13
Direito de Família
Profº: Alessandro Segalla
Email: alessandro@segalla.adv.br
Plano do Semestre
Bibliografia: Curso de Direito Civil. Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva (2013) ou Manual de Direito das Familias. Maria Berenice Dias.
Verificação de Presença
Avaliação: aguardando novas confirmações.
Idéia de Família: “Família” é base da sociedade e merece amparo do Estado.
Sentido amplo: grupo de pessoas que se origina ou descende de um tronco ancestral comum (enfâse biológica);
Sentido restrito: grupo de pessoas formado entre pais e filhos;
Sentido comtemporâneo: conjunto de pessoas que se formou em razão do afeto (deveres de cuidado, carinho e proteção);
C.1) Lei 11.304/06 – art. 5º, III (Lei Maria da Penha).
C.2) Lei 8.069/90 – art. 25 (Lei que versa sobre o Estatuto da Criança e Adolescente).
Conceito e natureza do Direito de Família
Conceito: Direito de Família é o conjunto de regras e princípios que disciplinam os direitos e deveres pessoais e patrimôniais decorrentes das relações de parentesco, do casamento e da união estável, bem como disciplinam os instititutos assistenciais da tutela e curatela. 
Fontes Formais: (CF é “considerada fonte mais importante do Direito de Família”, CC “consigo um livro sobre o tema” e Leis extravagantes “Leis diversas foram adotadas acerca do tema”)
Visão constitucional/formas de família: (CF, art. 226 §§ 1º, 2º, 3º e 4º - artigo mais importante sobre o tema). No primeiro e segundo parágrafo menção expressa ao casamento (união formal - matrimonial), já no terceiro parágrafo menção á união estável (união informal - convivencial). No quarto parágrafo menção á relação monoparental .
Homossexuais: STF considerou a União Estável e, após, aplicou-se ao casamento. (?)
Não é positivado, e sim jurisprudência
Natureza Cogente: não habita o afastamento de sua incidência pelas partes interessadas.
Estado de Família (instransmissível, personalíssimo, irrenunciável, imprescrítivel e indivisível). Conceito: é a posição e a qualidade que um determinado sujeito titulariza em face de uma família e de seus membros.
05/02/13
Do Casamento (CC, arts. 1511 a 1582)
Breve Histórico
De 1500 a 1822 (Constituição Imperial Portuguesa): união formal -> família legítima, era indissolúvel,
A partir de 1891: República, o Estado e a Igreja formavam um só poder, casamentos religiosos geravam efeitos jurídicos. União formal que gerava família legítima, o casamento continuava a ser indissoluvel. Mas houve uma separação, o poder foi tirado da igreja, passou a ser civil.
EC 9/77, de 29/06/1977: o legislador adotou a dissolubilidade do casamento, a partir do artigo 226 (abaixo).
DCF, 88 – art. 226, § 6º
Fonte Constitucional (CF, art. 226, §§ 1º e 2º): família -> formação da sociedade.
Natureza Jurídica Direito Fundamental (CF, art. 5º e art. 60, § 4º, IV): o artigo 226, §§ 1º e 2º da Constituição Federal proclamam o casamento como um direito fundamental das pessoas, o que implica em dizer que não poderá sofrer a ação do poder constituinte derivado, que está impedido de abolí-lo.
Regulamentação Infraconstitucional (CC, arts. 1511 a 1582): regulamentação do csamento.
Teorias:
Contratualista: manifestação de vontade das partes (base ainda na idéia de união entre homem e mulher), foco desta visão é a manifestação de vontade, esta cria o vínculo.
Institucionalista/Supraindividualista: não se importa com manifestação de vontade, e sim com a regulamentação que o Estado institui o casamento. Não despreza a manifestação de vontade, mas entede que todas as demais regras são sempre instituídas pelo Estado. “As manifestações de vontade se limitariam á criação do vínculo matrimonial, vínculo este que seria submetido ás regras instituidas pelo Estado” (Alessandro Segalla).
Híbrida ou Eclética: para esta teoria, sem vontade não há casamento. Uma vez se apresentando vontade, deverão ser seguidas as regras instituídas pelo Estado.
Conceito atual: “Casamento é o negócio jurídico solene de direito de família, pelo qual duas pessoas estabelecem uma comunhão plena de vida, baseada na igualdade de direitos e deveres recíprocos de fidelidade, mútua assistência, coabitação, respeito e consideração mútuos, guarda, sustento e educação dos filhos”.
Elementos de Existência
Diversidade de sexos (CC, arts 1511 e 1514) STF, ADIN 4277 – DF (mais importante – união homoafetiva) / STJ, RESP 1.183378-RS (autorizou a habilitação de dois homens para casamento).
Consentimento (efetiva manifestação de vontade – CC, arts. 1514 e 1517 a 1520: é necessário o convergimento do casal para casamento, exteriorizada na celebração.
Celebração por autoridade (solenidade imprescindível) – CC, arts. 1533 a 1542: essencialmente deverá uma autoridade (investido de poderes – poder legal) ratificar o casamento.
Princípios
Liberdade da União (CF, art. 1º, III e 5º, caput): cabe aos noivos a decisão absoluta sobre qual modelo de família irão adotar, a liberdade da união é a prerrogativa que o ordenamento jurídico confere aos nubentes, para que se casem ou escolham outra forma de união;
Monogamia (CC, art. 1521, VI): exclusividade de relacionamento sexual e afetivo; * 
Comunhão de vida (CC, art. 1511): a partir do casamento se institui uma comunidade de obrigações e deveres. 
Finalidade
a)”Affectio Maritalis”: intenção de viverem juntos, não há rompimento por viagens a trabalho ou similares;
b) Amor: sentido jurídico, sinônimo de afeto. “O amor em sentido jurídico independe da mera atração sexual e encontra a sua manifestação mais veêmente na afeição, na solidariedade, na cumplicidade, na atração mútua e nas afeições pessoais”.
c)Companheirismo: representa ou indica que conjugês pretendem levar a diante um projeto de vida comum, a fim de satisfazer interesses mútuos.
08/02/13
Capacidade para o Casamento:
a)Princípio da Puberdade (16 anos, CC art. 1517) – Idade Núbio, 16 anos completos. “De acordo com o artigo 1517 do Código a capacidade matrimonial, também conhecida como Idade Núbio se dá aos 16 anos. No entanto, aos 16 anos a pessoa não adquirirá capacidade plena, pois para casar dependerá da autorização de seus pais ou representantes legais. Em caso de denegação da autorização, os filhos poderão pleitear o seu suprimento judicial, devendo provar que a negativa dos pais fora injusta, se o juiz negar autorização os filhos deverão aguardar o atingimento da maioridade civil”. (Alessandro Segalla)
b)Exceção ao Princípio da Puberdade – CC, Art. 1520)
A primeira exceção a este princípio está no 1º paragrafo deste artigo (evitar imposição de pena), revogada pela Lei 11105/05, que por sua vez revogou os artigos 106 e 107, inc. 7 e 8 do Código Penal. A segunda exceção trata da condição de gravidez. “A segunda exceção ao princípio relacionado se encontra no artigo 1520, segunda parte e autoriza o casamento antes da Idade Núbio em caso de gravidez”. (Alessandro Segalla) Por uma interpretação sistemática, esta autorização somente será viável se a garota tiver 15 anos, pois de acordo com o artigo 217, letra A do Código Penal, qualquer relação sexual com uma criança de 14 anos tipificará hipótese de estupro de vulnerável. Duas correntes existem e tentam justificar: a) a primeira corrente tenta justificar que o fato da gravidez autoriza o casamento da filha independentemente da anuência dos pais; b) para a segunda corrente, o casamento é autorizado, porém, continuará a ser imprescindível a autorização dos pais, uma vez que o objetivo é o de proteger o vulnerável.
Causas de Impedimento – CC, Arts. 1521 e 1522:
a)Conceito: “Impedimentos são circunstâncias taxativamente descritas em Lei e que impossibilitam a realização de determinado casamento”. (Alessandro Segalla)
b)Hipóteses Legais – CC, Art. 1521, I a VII: I - não podem casar os ascendentes com seus descendentes (seja parentesco natural ou civil); II – os afins em linha reta (afinidade: é o vinculo jurídico que se estabelece pelo casamentoou união estável entre um conjugê ou companheiro e os parentes do outro – ex. Genro e nora, padrasto e madrasta...); III – o adotante com quem foi conjugê do adotado e do adotado com quem foi do adotante; IV * – os irmãos unilaterais ou bilaterais e os demais colaterais até o 3º grau (segundo a doutrina, o Decreto Lei 3.200/41, autoriza o casamento de colaterais de 3º grau desde que apresentem um atestado médico subscrito por dois proffissionais que declararão que o casamento entre tios e sobrinhos não acarreta risco para os filhos); V – o adotado com filho do adotante; VI – não podem casar as pessoas casadas; VII – não podem casar o conjugê sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra seu consorte.
C)Consequência – CC, Art. 1548, II: nulidade, ver hipóteses de casamento putativo. 
Das Causas Suspensivas
Conceito: “Causas Suspensivas são as hipóteses ou circunstâncias que não impedem a realização de um casamennto, mas impõe aos nubentes o regime da separação obrigatório de bens”.
19/02/13
Das Causas Suspensivas (Continuação):
b) Hipóteses Legais – CC, art. 1.523
I – o viúvo ou a viúva que tiverem filhos do conjugê que faleceu, porém se casarem-se sem o invertário dos bens o regime deste casamento será o de separação de bens (evitar confusão patrimonial); evitar que os herdeiros do conjugê falecido sofram prejuízos decorrentes de eventual confusão patrimonial e os bens adquiridos durante o casamento anterior e aqueles que vierem a ser adquiridos durante o novo casamento;
II –“TURBACIO SANGUINIS” (denominação), tem por finalidade evitar que enventuais duvidas surgidas acerca da paternidade de uma criança nascida em até 10 meses da anulação de um casamento ou da morte de seu pai, possa vir a acarretar-lhe prejuízos patrimoniais. Dessa forma, impõe o legislador que o casamento seja realizado através da separação obrigatória de bens;
III – o divorciado antes da partilha dos bens do casal, neste inciso o legislador pretende evitar que a ausência de partilha gere confusão patrimonial entre os bens adquiridos no curso do primeiro casamento e aqueles que vierem a ser adquiridos no curso do segundo casamento. Daí a impossição do regime da separação orbigatória de bens.
IV – o tutor ou curador não deve casar com tutelado ou curatelado enquanto não cessar a tutela ou curatela e não forem adimplidas as respectivas contas. Finalidade de evitar que o tutor ou curador influenciem o tutelado ou curatelado a fim de burlarem a exigência legal de que prestem contas em razão da administração de bens alheios.
b)Consequência – CC, art. 1.641, I ( O CASAMENTO É APENAS IRREGULAR SE NÃO OBEDECIDAS AS HIPÓTESES ACIMA (não é nulo e nem anulável). 
Da Habilitação (CC, arts. 1.525 a 1.532)
a)Conceito: é o procedimento administrativo instaurado perantte o oficial de casamentos através do qual os noivos dão início aos preparativos para a realização do casamento civil, cabendo ao oficial verificar se os nubentes estão juridicamente aptos á celebração do matrimônio;
b)Finalidade: verificação de capacidade, impedimentos e causas suspensivas;
c)Fases:
c1)Apresentação de Documentos (art. 1.525, CC)
c2)Publicação de Editais – Proclamas (art. 1.527, caput, CC)
c3)Dever de esclarecimento (art. 1.528, CC)
c4) Oposição (arts. 1.529 e 1.530, CC): julgado pelo juiz da vara de registros públicos;
c5) Certificado por habilitação (arts. 1. 531 e 1.532, CC): diploma que confere aos nubentes o poder de celebrar a união – terá prazo de eficácia de 90 dias.
Celebração (arts. 1.533 a 1.538, CC) ( manifestação da vontade de casaram-se.
a)Conceito: é a cerimônia pública, na qual os nubentes manifestarão as suas vontades matrimoniais de forma positiva, livre e inequívoca e o presidente do ato os delarará casados;
b)Finalidade: verificar se os nubentes estão a participar da cerimônia por sua livre e espontânea vontade;
c)Fases:
c1)Designação de data, hora e local (art. 1.533, CC)
c2) Celebração na sede do cartório (art. 1.534, CC): 2 testemunhas
c3) Celebração fora da sede do cartório (art. 1.534, CC): 4 testemunhas
c4)Manifestação de vontade + Declaração Solene (arts. 1.514 e 1.535, CC): não basta a manifestação de ambos os noivos para que o casamento passe a existir, pois é necessário a declaração do oficial de casamentos;
c5) Registro (arts. 1.536 e 1.537, CC): mera formalidade, é a prova de que o casamento se realizou naquela data;
c6) Suspensão da Celebração (art. 1.538, CC): 3 hipóteses( se alguma das hipóteses ocorrem, o casamento será suspenso (recusa solene da vontade, se algum dos nubentes declarar que a vontade não é livre e espontânea e por fim, arrependimento de uma ou de ambas as partes). Não é possível a retratação no mesmo dia.
22/02/2013
Modalidades de Casamento
1.Casamento Religioso com Efeitos Civis: “é a união entre pessoas realizada perante ministro religioso, com o objetivo de constituir família e que poderá ocorrer com habilitação prévia ou sem habilitação prévia”. 
a)Com habilitação prévia – CC, art.1516, § 1º: nesta hipótese ocorrerá a habilitação dos noivos ao casamento, porém a cerimônia de celebração será presidida por um ministro religioso, que colherá as manifestações de vontade matrimoniais, registrará a solenidade no livro de casamentos e expedirá uma certidão comprobatória da realização do ato, a qual deverá ser levada ao oficial de casamentos perante o qual ocorreu a habilitação para que sejam outorgados efeitos civis desde a data da cerimônia religiosa.***
b)Sem habilitação Prévia – CC, art. 1516, § 2º: nesta hipótese, realizado um casamento religioso, poderão os conjugês tentar regularizá-lo a qualquer tempo, buscando outorgar-lhe efeitos civis. Para tanto, deverão procurar o oficial de csamentos competente, munidos da prova da realização do casamento religioso (certidão). Em seguida, deverão proceder á habilitação que uma vez concluída, emprestará ao casamento religioso efeitos civis com eficácia retroativa. 
2.Casamento em Caso de Urgência
a)Casamento em caso de moléstia grave – CC, art.1539, §§ 1º e 2º: é a união entre duas pessoas, na qual uma delas está acometida de moléstia grave que a impede de comparecer a celebração do casamento, razão pela qual o mesmo será realizado pelo oficial de casamentos no local onde o doente estiver. Nesta modalidade, haverá habilitação prévia ao casamento, porém, a cerimônia de celebração não poderá ser realizada de acordo com o planejado porque um dos noivos por ser portador de moléstia grave (análise casuística) está impedido de comparecer, razão pela qual o oficial de casamentos se desloca ao local em que está o doente e na presença de duas testemunhas, o celebra.
b)Casamento nuncupativo – CC, arts. 1540 e 1541: é a união entre duas pessoas em que uma delas está a correr grave risco de vida ou na iminência de morrer, razão pela qual não haverá tempo hábil a que se proceda a respectiva habilitação. Neste caso são os prórpios nubentes que celebram o casamento na presença de seis testemunhas, que não poderão ser parentes em linha reta ou colateral até segundo grau (é também conhecido pelos nomes de Piedoso ou In Articolo Mortis). Nos dez dias após sua celebração, as testemunhas deverão comparecer perante a autoridade judiciária mais próxima, para que ratifiquem ou não a realização do casamento, devendo declarar que foram convocadas pelo enfermo, que este parecia em perigo de vida, mas estava em seu juízo e que em sua presença os noivos declararam de livre e espontânea vontade que se recebiam como marido e mulher. Uma vez homologados os depoimentos, o casamento estará realizado desde a data de sua celebração.
3.Casamento mediante Procuração – CC, art. 1542, §§ 1º a 4º): é a união entre pessoas, na qual uma ou ambas se farão representar na cerimônia de celebração por procuradores, constituidos por instrumento público, que deverá conter cláusula com poderes especiais autorizando um mandatário a contrair o casamento com certa e determinadapessoa. A eficácia da procuração será de noventa dias.
Da Invalidade do Casamento (CC, arts. 1548 a 1564)
As invalidades na parte geral do Código Civil, sejam elas nulidades ou anulabilidades sempre terão o mesmo efeito e terão eficácia retroativa.
1.Das causas de nulidade
a)CC, art. 1548: I – Quando o sujeito que casou for enfermo mental sem discernimento; II – São nulos os casamentos que forem realizados com impedimentos (art. 1521, CC).
26/02/2013
Da Invalidade do Casamento (CC, 1548 a 1564)
1.Das Causas de Nulidade
a)CC. art. 1548: I - enfermo mental sem discernimento (não há assistência e nem representação – se posterior, o casamento é nulo) / II – com violação de impedimentos (pai com filha, casamento é nulo);
2.Das Causas de Anulabilidade
a)CC, art. 1550 (com razão de idade): I – é anulável o casamento daqueles que não completaram 16 anos (falsificação de identidade / quem pleiteia é o conjugê inocente, de boa-fé); II – idade núbbio com falta de autorização (dos pais ou responsáveis); se a noiva engravidar, a gravidez impede a anulabilidade, não é mais anulável o casamento;
*Exceção – CC, art.1551
b)CC, art. 1550 III (por vício da vontade): erro essencial sobre a pessoa e coação (começa a tratar do assunto neste artigo);
Conceito de erro essencial sobre a pessoa: é a falta de conhecimento por um dos conjugês, de qualidade ou circunstância relativa ao outro, que se acaso tivesse sido conhecida impediria a realização de determinado casamento.
b1)CC, art. 1557, I a IV – erro essencial sobre a pessoa: I – o que diz reespeito a sua identidade, honra e boa fama, que depois de descobertos, tornam insuportável a vida em comum; II – ignorância de crime anterior ao casamento, que por sua natureza torne insuportável a vida conjugal; III – quando houver a ignorância anterior ao casamento de defeito físico irremediável ou de moléstia grave e transmissível, capaz de por em risco a saúde do outro conjugê ou da sua descendência (impotência generandi ( esterilidade ( não leva a anulação do casamento // impotêcia coeundi – instrumental ( leva a anulação do casamento). “ Na visão do Código Civil, a expressão defeito físico irremediável indica todo e qualquer problema que representa obstáculo á consumação do casamento (relações sexuais ou coabitação). Com relação aos homens, a doutrina considera que apenas a impotência instrumental “coeundi” é que levaria á anulação de um casamento”; Moléstia grave é toda doença capaz de colocar em risco a vida ou a saúde do outro conjugê ou da sua descendência; IV – ignorância anterior ao casamento de doença mental grave que torne insuportável a vida em casamento (ex. Esquizofrenia ou Bipolaridade);
b2)CC, art. 1558 – Coação: “Coação é a ameaça de mal considerável e iminente para a vida, saúde e a honra de um dos nubentes ou da sua família “;
*Atenção – CC, art. 1559: de acordo com este artigo, não mais será possível ao conjugê enganado, pleitear a anulação de um casamento se ciente das hipóteses dos artigos 1557 (I e II) e 1558 do Código Civil, tiverem coabitado com o conjugê que o enganou ou que o coagiu (significa perdão);
c)CC, art. 1550, IV (vício de consentimento): o sujeito se encontra incapaz de consentir o seu consentimento (ex. Bêbado – causa transitória); 
d)CC, art. 1550, V (revogação de mandato): hipótese de casamento por procuração – “o Código Civil torna anulável o casamento celebrado com a participação de um mandatário ou procurador, cujo os poderes já haviam sido revogados pelo mandante”.
e)CC, art. 1550, VI (incompetência da autoridade celebrante): trata de incompetência relativa; Segundo o artigo 1550 VI, a incompetência da autoridade que levará á anulabilidade do casamento é a relativa ou territorial, de modo que o juiz de casamentos celebrou um matrimônio fora da sua circunscrição territorial;
*Exceção – CC, art. 1554: se o casamento for celebrado e registrado no livro de casamentos (autoridade incompetente), os registro convalidará o casamento anulável (aplicação da teoria da aparência).
05/03/13
Prazos de Anulação do Casamento
a)CC, art. 1550, I – 180 dias – CC, art. 1560, § 1º: por idade; Como regra geral, decorrente do artigo 1560 “caput do Código Civil, os prazos de anulabilidade de um casamento começam a fluir a partir da sua celebração. As hipóteses de anulação previstas no artigo 1550, I e II, terão o início de fluência do prazo decadencial de invalidação do casamento quando o conjugê menor de 16 anos vier a completar esta idade e para os pais ou representantes legais do menor, quando o casamento vier a ser celebrado.
b)CC, art. 1550, II – 180 dias: por falta de autorização; Como regra geral, decorrente do artigo 1560 “caput do Código Civil, os prazos de anulabilidade de um casamento começam a fluir a partir da sua celebração. As hipóteses de anulação previstas no artigo 1550, I e II, terão o início de fluência do prazo decadencial de invalidação do casamento quando o conjugê menor de 16 anos vier a completar esta idade e para os pais ou representantes legais do menor, quando o casamento vier a ser celebrado.
c)CC, art. 1550, III (erro 3 anos e coação 4 anos)
d)CC, art. 1550, IV – 180 dias: o conjugê que está temporariamente impossibilitado de manifestar seu consentimento;
e)CC, art. 1550, V – 180 dias – CC, art. 1560, § 2º: revogação do mandato (caso de casamento por procuração);
f)CC, art. 1550, VI – 2 anos: incompetência da parte celebrante (relativa).
Do Casamento Putativo(CC, arts. 1561 a 1564)
1.Conceito: é o matrimônio nulo ou anulável, mas que foi contraído de boa-fé por um ou ambos os conjugês, razão pela qual a ordem jurídica atribui efeitos ao casamento viciado como se válido fosse, em proteção do conjugê de boa-fé.
2.Consequências: o casamento putativo poderá gerar três situações distintas entre os conjugês: 
a)Entre os conjugês (CC, arts. 1561 a 1564): I.Se ambos os conjugês estiverem de má-fé, uma vez decretada a invalidade do casamento, cada qual será reposto ao estado anterior ao do matrimônio, sendo certo que entre os conjugês não haverá a aquisição de qualquer vantagem patrimonial (casa um levará consigo o patrimônio que titulariza como se não tivessem casado); II.Ambos os conjugês estão de boa-fé, nesta hipótese em proteção á boa-fé dos conjugês a invalidade do casamento será reconhecida, porém, o juiz decretará a partinha dos bens do casal “como se casados fossem”, situação esta semelhante a de um divórcio. A partilha será realizada atribuindo a cada conjugê a cota ou fração ideal a que teria direito sobre o patrimônio comum; III.Um dos conjugês está de má-fé, nesta situação o Código Civil determina que o conjugê de má-fé perca todas as vantagens que poderiam haver do conjugê inocente, razão pela qual o inocente participará do patrimônio levado ao casamento pelo conjugê culpado, mas o conjugê culpado nada receberá do inocente.*Tanto o casamento nulo ou o casamento anulável serão desconstituídos retroativamente.
b)Entre os conjugês e terceiros (CC, art. 1563): De acordo com o artigo 1163 do Código Civil, ainda que um casamento sejá inválido, todos os negócios realizados entre os conjugês e terceiros de boa-fé, serão considerados válidos em respeito ao princípio da segurança jurídica (o Código Civil apenas considera válidos os negócios realizados a título oneroso, nada dizendo sobre os negócios realizados a título gratuito).
Da Prova do Casamento
a)Direta – CC, art. 1543, “caput”: como regra geralCOMO REGRA GERAL, UM CASAMENTO SOMENTE PODERÁ SER DEMONSTRADO a partir da exibição da competente certidão, extraída pela autoridade celebrante do livro de registro de casamento. 
b)Indireta – CC, art. 1543, pár. Único (justificação cautelar – CPC, arts. 861 a 866): Porém, se o registro da celebração tiver perecido ou extraviado de modo a ser impossível obter a certidão de casamento, o código permite que os conjugês demonstrem a existência do seu casamento através de um procedimento cautelar denominado justificação, que é previsto nosartigos 861 exemplos ( passaporte, carteira de trabalho, declaração de imposto de renda, etc. reconhecida a existência do casamento, o juiz mandará registrar a sentença que terá eficácia retroativa á data da celebração.
08/03/13
Da Eficácia do Casamento
1.Casamento – Sociedade conjugal ( é o ente despersonalizado originado de um casamento e que atribui aos conjugês que dele participam uma relação jurídica e a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família, impondo-lhes direitos e deveres pessoais e patrimoniais. São deveres pessoais da sociedade conjugal: fidelidade recíproca, vida em comum no domicílio conjugal, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos, bem como o respeito e consideração mútuos. Por sua vez, os direitos e deveres patrimôniais tem por finalidade regulamentar a aquisição, modificação e alienação de bens titularizados pelos conjugês individualmente ou em conjunto.
-Vínculo conjugal( é a relação jurídica que se estabelece entre os conjugês e que os impede de casar novamente enquanto permanecerem formalmente casados.
2.Efeitos: Pessoais e Patrimoniais
3.Dos efeitos Pessoais
a)Fidelidade (CC, art. 1566, I): é manter relações sexuais exclusivas com seu conjugê; (conceito ultrapassado para a época atual)
b)Vida em Comum do domicílio conjugal (CC, art. 1566, II) * CC, art. 1569: coabitação no sentido de morar sob o mesmo teto; manter regulares relaçõs sexuais; (termo plurívoco)
c)Mútua assistência (CC, art. 1566, III): dever de cunho material e imaterial, representa o dever imposto ao casal de suportar os encargos da família e prestar solidariedade recíproca nos momentos de necessidade;
d)Sustento, guarda e educação dos filhos (art. 1566, IV): *é dever dos pais ;
e)Respeito e consideração mútuos (art. 1566, V): é o dever de respeitar a incolumidade físico-psíquica do outro conjugê;
f)Acrescentar, ao seu sobrenome, o do outro (art. 1566, 1§)
g)Direção da sociedade conjugal (CC, art. 1567): exemplo dado em aula foi a condição de religião diversa entre conjugês, leva a separação em alguns casos;
h)Planejamento Familiar (art. 1565, §2º) *CF, art. 226, §7º: é um direito fundamental, tutelado pela CF e permite ao casal escolher se filhos terão, quantos terão e quando terão por sua livre escolha; (Adultério Casto: inseminação artificial feita pela mulher sem autorização do conjugê).
15/03/2013
Direito Patrimonial
1.Regime de Bens entre os conjugês
1.1 – Conceito: é o conjunto de regras e princípios que regulamenta a aquisição, a administração e a alienação dos bens titularizados por cada um dos conjugês (bens particulares) em regime de copropriedade (bens comuns) estabelecendo as consequencias jurídicas entre os conjugês e entre os conjugês e terceiros.
1.2 – Principios
a)Variedade e de Regimes: vários são os regimes que o legislador colocou á disposição dos conjugês.
b)Liberdade de escolha (pacto antenupcial) – CC, arts. 1639: os nubentes tem a prerrogativa de escolher o regime que melhor atenta os seus interesses, salvo disposição em contrário.
c)Mutabilidade motivada – CC, art. 1639, § 2ª: 
1.3 Divisão dos Regimes
a) Regime legal Supletivo – CC, art. 1640: Comunhão Parcial de bens, o legislador “escolhe “ para os conjugês;
b)Regimes legais Facultativos
b.1) Comunhão Universal
b.2)Separação de bens: o código civil denomina de separação absoluta ou total apenas aquela que foi realizada por convenção dos conjugês. Logo, as expressões “separação total” ou “separação absoluta” não são sinônimas de separação obrigatória;
b.3)Participação final nos aquestos
1.4 – Os Regimes de bens
a)Separação:
Absoluta, total ou convencional – CC, arts. 1687 e 1688: neste regime, cada conjugê conserva a plena propriedade á integral administração e a fruição dos próprios bens. Envolve todos os bens presentes e futuros, frutos e rendimentos, conferindo autonomia a cada um na gestão do próprio patrimônio. Nesta hipótese, cada conjugê é livre para dispor e administrar o próprio patrimônio; neste regime, se os conjugês pretenderem adquirir patrimônio comum, deverão fazê-lo em nome dos dois;
Obrigatória – CC, art. 1641 e Súmula 377, STF: um dos nubentes deve possuir mais de 70 anos; art. 1523 (violação de causas suspensivas); devem casar-se nesse regime todos aqueles que dependeram de autorização judicial para casar; a Súmula 377 do STF, fez com que a separação obrigatória se tornasse uma comunhão parcial de bens (os bens adquiridos também passam a ser do outro conjugê).” No regime da separação obrigatória, Súmula 377 do STF, que ainda está em vigor, determina que os bens que forem adquiridos onerosamente durante a sociedade conjugal serão titularizados por ambos os conjugês, ainda que estiverem em nome de apenas um deles”; Neste regime, os bens que cada conjugê possuiam ao casar-se serão titularizados com exclusividade por cada um. Nesta hipótese, se o titular quiser alienar o patrimônio imobiliário exclusivo deverá obter a vênia conjugal (CC, art. 1647). Porém, se o bem tiver sido adquirido onerosamente por qualquer um dos conjugês durante o casamento, o conjugê não adquirente tornar-se-á coproprietário de maneira que qualquer alienação deverá contar com a sua manifestação de vontade. 
b)Comunhão Parcial (CC, arts 1658 a 1666): nos regimes de comunhão, os conjugÊs estabelem entre si a copropriedade dos bens comuns. Copropriedade esta que será indissolúvel durante o casamento. Por conta disso, o regime da cunhão não se confunde com o condomínio tradicional do direito das coisas, no qual cada condômino titulariza cota ou fração ideal determinada, podendo dissolvê-lo a qualquer momento. 
b1.)Conceito: no regime da comunhão parcial, formam-se três massas patrimôniais, as dos bens particulares de cada conjugês e a dos bens comuns , uma vez que cada conjugê conserva a plena propriedade dos bens titularizados antes do casamento, estabelecendo-se a comunhão daqueles adquiridos durante a sociedade conjugal, exceto se houver expressa exclusão.
b2.)Administração – CC, art. 1663
19/03/13
2.Da Comunhão Parcial
a)Conceito: é o regime de bens que estipula 3 massas patrimoniais, as bens particulares de cada um dos conjugês e as de bens comuns. Neste regime, cada conjugê titularizará a plena propriedade dos bens que possuía ao casar e titularizará em regime de comunhão os bens adquiridos após o casamento, salvo se houver expressa exclusão;
b)Administração dos Bens Comuns: a administração dos bens comuns será realizada pelo casal e a administração dos bens particulares caberá ao seu respectivo titular. De acordo com o artigo 1647, I do código civil, os bens particlares de cada conjugê se forem imóveis não poderão ser alienados ou onerados sem que haja a autorização do conjugê não proprietário. Esta autorização não será necessária em caso de aquisição de bens, mas apenas na hipótese de alienação.
c)Estrutura:
c1.)Bens Incluídos na Comunhão – CC, art. 1660, I (Aquestos, que são os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento por qualquer um dos conjugês; II - bens adquiridos por fato eventual, aleatóriamente a exemplo de prêmio de loterias, sorteios, acessões naturais ex.; III – bens adquiridos por doação, herança ou legado em favor de ambos os conjugês. Os bens adquiridos a título gratuito, por doação ou por sucessão, em favor de apenas um dos conjugês, fará parte de seu patrimônio particular, só havendo comunhão se a trasmissão tiver sido realizada em favor de ambos; IV – as benfeitorias em bens particulares de cada conjugê, essas se comunicam a ambos os conjugês; V – trata dos frutos, que são bens acessórios, consistentes em vantagens, uma coisa gera periodicamente, representando vantagens ao seu titular e sem que a coisa geradora perca sua substância. De acordo com este inciso, os frutos de bens particulares ou comuns que se vencerem durante o casamento, serão titularizados por ambos os conjugês) art. 1662: salvo prova em contrário, os bens móveis adquiridosdurante o casamento, ainda que em subrogação de bens particulares, serão considerados de ambos os conjugês.
c2.)Bens Excluídos da Comunhão – CC, arts. 1659, (I - os bens que cada conjugê possuía ao casar e aqueles adquiridos por cada um deles por doação ou por sucessão e os subrogados em seu lugar; II – o dinheiro vem carimbado; III – as dívidas que cada um titularizada antes do casamento se manterão como pessoais; IV – obrigações decorrentes de atos ilícitos, salvo revertido em benefício do casal. Ainda que um dos conjugês não tenha participado do ilícito, será ele responsabilizado pela parcela que reverteu em seu proveito ou em benefício do casal; V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI – proventos do trabalho pessoal de cada conjugê, o direito de receber salários ou vencimentos será apenas do conjugê que trabalhou. As coisas que forem adquiridas com os salários serão de ambos os conjugês. Nesta hipótese, se um dos conjugês vier a receber salários ou remuneração em atraso em virtude de condenação da justiça do trabalho, estas verbas terão natureza indenizatória, razão pela qual entrarão na comunhao; VII – pensões são as quantias pagas mensalmente a alguem para a sua subsistência; meio soldo é a metade do soldo que o Estado paga aos militares reformados; montepios são a pensão devida pelo instituto previdênciário aos herdeiros do falecido. Art. 1661 – todos os bens que forem adquiridos por uma causa anterior ao casamento serão incomunicáveis, 
d)Dívidas – CC, arts. 1664 e 1666)
22/03/13
Da Comunhão Universal (CC, arts. 1667 a 1771)
a)Conceito: neste regime de bens, comunicam-se todos os bens anteriores e posterios ao casamento, ainda que tentam
b)Administração: é igual a da comunhão parcial, bens comuns são administrados pelos dois e bens particulares, por cada cônjuge.
c)Bens Incluídos na Comunhão (CC, art. 1667): na comunhão universal, os bens doados ou transmitidos 
d)Dívidas (CC, 1664, 1666 e 1671): dívidas contraidas por um dos cônjuges para atender aos encargos da família serão dos dois. 
*Atenção: CC, art. 1669 (divisão dos bens): OS FRUTOS DE BENS COMUNS OU PARTIculares, quando percebidos ou vencidos durante o casamento se comunicam a ambos os cônjuges.
Participação Final nos Aquestos 
No regime da comunhão universal, as dividas contraidas para supiortar os encargos da família serão de ambos oos conjuges. Enquanto as dívidas contraidas na administração de bens particulares, serão apenas de seu títular. Em razão disso, o artigo 1671, do CC declara que extinta a comunão universal e realizada a partilha de bens, a responsabilidade dos conjuges pelos credores do outro estará extinta.
26/03/13
Continuação:
Da Participação Final nos Aquestos (CC, arts. 1672 a 1693)
a)Conceito (CC, arts. 1672 e 1673): neste regime cada cônjuge titulariza patrimônio próprio (composto por bens adquiridos antes do casamento), mas titularizará á época da dissolução da sociedade conjugal direito á metade dos créditos gerados pela aquisição de bens a título oneroso na constância do casamento;
b)Administração (CC, arts. 1673, p. único e 1656): o patrimônio particular de cada cônjuge será administrado pelo seu respectivo titular; os bens aquestos adquiridos por cada cônjuge durante o casamento serão também administrados pelo seu respectivo titular; se os bens particulares dos cônjuges forem também compostos por bens imóveis, estes poderão ser livremente alienados ou onerados se houver expressa autorização no pacto anti-nupcial. Tal exceção não existirá se os bens imóveis forem aquestos; se os bens aquestos forem móveis, não haverá a necessidade, em regra, de que o cônjuge não titular manifeste vênia conjugal, o mesmo ocorrendo com os bens móveis particulares.
*A subrogação de bens poderá implicar na substituição de bens móveis ou imóveis por dinheiro, mantendo a quantia recebida a mesma natureza jurídica do bem substituido.
c)Estrutura
c.1)Bens Incluídos: todos os bens móveis e imóveis adquiridos onerosamente por qualquer um dos cônjuges na constância da sociedade conjugal;
c.2)Bens Excluídos (CC, art. 1674): a) bens particulares de cada cônjuge e os subrogados em seu lugar; b) os que sobrevierem a cada cônjuge durante a sociedade conjugal por successão ou liberalidade (doação); c) as dívidas relativas a estes bens.
*Ver a presunção dos móveis – CC, art. 1674, p. único
c.3)Alienação de Aquestos (CC, arts. 1675 e 1676): é permitida neste regime de bens. Se os bens aquestos forem imóveis, sempre haverá a necessidade de vênia conjugal. Da mesma forma, se os bens aquestos forem móveis, o seu titular somente poderá doá-los se houver expressa autorização do outro cônjuge nos termos do artigo 1647, IV do Código Civil. Se a doação ocorrer sem que tenha havido vênia conjugal, cônjuge prejudicado poderá reivindicar o bem doado porque lesivo a sua participação final nos aquestos. Porém, se for impossível a reivindicátoria em razão da proteção a terceiros de boa-fé ou se o preferir o cônjuge prejudicado, poderá incluir o valor relativo ao bem doado ao montante dos aquestos que serão partilhados em virtude de dissolução da sociedade conjugal.
c.4)Partilha dos Aquestos: quando ocorrer a dissolução da sociedade conjugal, deverão ser computados os montantes dos aquestos de cada cônjuge. Após o computo deverá ser promovida a subtração dos aquestos de menor valor daqueles de maior valor. O saldo resultante deste cálculo representará o crédito no qual participará o cônjuge que tiver gerado os bens aquestos de menor valor, razão pela qual, este saldo será dividido em favor de ambos os cônjuges. Se o cônjuge devedor não tiver meios suficientes para pagar o credor em dinheiro, poderá o seu crédito recair em cota ou fração ideal de bem do devedor á título de condomínio. Se isto não for possível, um dos bens do devedor será alienado para que o crédito do credor possa vir a ser satisfeito.
02/04/13
Da Administração e Alienação de Bens
A finalidade do artigo 1647 do Código Civil é a de permitir que os cônjuges casados nos regimes de comunhão de bens e de participaão final dos aquestos, exerçam a fiscalização recíproca sobre atos e negócios jurídicos que possam vir a afetar a situação patrimonial da família, portanto, o código passou a exigir que determinados atos ou negócios jurídicos só sejam formalizados por um dos cônjuges se o outro expressamente autorizar, ainda que versarem sobre bens particulares. 
As hipóteses do art. 1647, CC: O inciso I do artigo 1647 versa sobre as hipóteses de alienação ou oneração de bens imóveis. Alienar bens imóveis significa transmití-los a qualquer título, gerando a transferência da propriedade (compra e venda ou doação). Onerar por sua vez, indica a idéia de instituir ônus real sobre o imóvel, exemplo dá-lo em hipotéca. No inciso II, segundo a doutrina, o Código exige que o cônjuge não proprietário autorize o outro a pleitear em juízo demandas que tenham por fundamento bens imóveis. Segundo a doutrina, isto se faria necessário porque eventual derrota do cônjuge que ingressou com a demanda teria consequencia equivalente a perda da prorpriedade imóvel, razão pela qual a autorização se faria necessária. Inciso III, é necessário autorização do outro para que um dos cônjuges prestem fiança ou aval. Nesta hipótese, o Código exige que a prestação de fiança ou aval sejam autorizados pelo outro cônjuge (ver o artigo 655, “B”); Inciso IV, segunda parte é relativa á participação final dos aquestos. Nesta hipótese, em se tratando de bem aquesto, qualquer doação deverá ser precedida de autorização do cônjuge não doador. Caso o contrário, o cônjuge prejudicado poderá buscar a invalidação futura desta doação.
Suprimento da Outorga – art. 1648, CC: de acordo com este artigo, o cônjuge que vier a rucusar sem justa causa a vênia conjugal, poderá vir a ter a sua recusa suprida por autorização judicial, cujas razões serão examinadas com exclusividade pelo Poder Judiciário (Ação de Suprimento de Outorga Conjugal).Anulabilidade por falta de outorga – art. 1649, CC: abaixo
Legitimidade – art. 1650, CC: abaixo
C e D ( Conforme os artigos acima, se os atos ou negócios indicados no artigo 1647 forem realizados sem vênia conjugal, a consequência será a da anulabilidade que poderá ser pleiteada pelo cônjuge prejudicado ou por seus herdeiros no prazo de até dois anos a partir da dissolução da sociedade conjugal. Porém, se não for possível anular o ato ou negócio jurídico em razão da proteção á terceiro de boa-fé, o único caminho facultado ao cônjuge prejudicado será o das perdas e danos contra o cônjuge infrator nos termos do artigo 182 do Código Civil.
05/04/13
Continuação:
c)A alienação de aquestos é permitida neste regime de bens. So os bens aquestos forem imóveis sempre haverá a necessidade de vênia conjugal. Da mesma forma, se os bens aquestos forem bens móveis o seu titular somente poderá doá-los se houver expressa autorização do outro conjugê, nos termos do artigo 1647, IV do CC. Se a doação ocorrer sem que tenha havido vênia conjugal, o conjugê prejudicado poderá reivindicar o bem doado porque lesivo a sua participação final nos aquestos, porem, se for impossivel a reinvindcatória em razão da proteção a terceiro de boa fé, ou se preferir o valor relativo ao bem doado ao montante dos aquestos que serão partilhados em virtude da dissolução da sociedade conjugal.
c.1 quando ocorrer a dissolução da sociedade conjugal, deverão ser computados os montantes dos aquestos de cada conjuge. Após o computo, deverá ser promovida a sua subtração dos aquestos de menor valor em relação à aqueles de menor valor, e o saldo resultante deste cálculo, representará o crédito no qual o conjuge que tiver gerado os bens aquestos de menor valor, razão pelo qual, este saldo será dividido em favor de ambos. Se o conjuge devedor não tiver meios suficientes para pagar o credor em dinheiro, poderá o seu crédito recair sobre fração ou quota ideal de bem deste, a titulo de condominio. Se isso não for possivel, um dos bens do devedor será alienado para que o crédito possa vir a ser safisfeito.
09/04/2013
Da União Estável (CC, arts. 1723 á 1727)
A União Estável que a CF protegeu e contemplou em seu artigo 226, § 3º, corresponde á idéia que vigorava antes da CF/88 de concubinato puro, que significava a relação entre homem e mulher que viviam como se casados fossem, mas sem que tivessem estabelecido uma relação afetiva formal.
1.Conceito: é a entidade familiar estabelecida entre duas pessoas, em decorrência da convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituição de família. De acordo com o Direito brasileiro, o intérprete deverá tomar cuidado, pois não é o nome ou o contrato eventuamente firmado pelas partes que estabelece se entre ambos há uma união estável, mas sim a conduta do casal que passa a se comportar como se casamento houvesse.
1.1Pressupostos de Constituição
a)Convivência Pública: é o relacionamento afetivo ostensivo, notório, que se passa aos olhos de todos como se os conviventes fossem casados;
b)Continuidade: o relacionamento afetivo não poderá sofrer paralisações indeterminadas ou soluções de continuidade, não há prazo relacionado á continuidade mensurado em lei;
c)Durabilidade: pressupõe estabilidade, isto é, aquela relação entre as duas pessoas não é algo meramente passageiro, poderiam normalmente se casar; 
d)Objetivo de Constuição da Família (“animus familiae”): é a reunião dos pressupostos da convivência pública, da continuidade e da durabilidade, em razão dos quais será presumido se os pressupostos citados estiverem presentes;
e)Inexistência de Impedimentos Matrimoniais (CC, art. 1723, § 1º e art. 1521): *esta hipótese não será aplicável se os conviventes já estiverem separados de fato ou de direito. Sendo certo que as causas suspensivas á celebração de um casamento não proibirão a configuração de uma união estável nos termos do artigo 1723,§ 2º, CC.
Não Configuram União Estável
a)Concubinato (CC, art. 1727): são as relações afetivas estabelecidas entre duas pessoas que convivem de forma pública, contínua e duradoura, mas que se encontram impedidas de casar;
b)Namoro: é a relação afetiva, não eventual entre duas pessoas sem o objetivo de constituição de família.
Das Relações Pessoais – Direitos e deveres dos companheiros (CC, art. 1724)
Lealdade: significa seriedade, transparência, franqueza e informação. Segundo a doutrina, o dever de lealdade inclui o de fidelidade. A lealdade na união estável pressupõe a não manutenção de uma união estável paralela e a não manutenção de relações sexuais com terceiros.
Respeito e Assistência: Respeito é o dever de não ofender a integridade físico-psíquica do outro companheiro. Assistência indica o auxílio material, moral e espiritual;
Guarda, sustento e educação dos filhos: estes deveres não decorrem da união estável, mas sim do nascimento com vida, da adoção ou da parentalidade sócio-afetiva.
16/04/2013
Reforço: Existência, Validade e Eficácia
O direito se preocupa com fatos jurídicos. Fatos da vida social e que geram fatos jurídicos.
Existência (plano do ser): agentes, vontade, objeto, forma;
Validade (plano do valor jurídico): capacidade, séria e sem defeitos, lícito possível determinado ou determinável, escrita ou não defesa em lei;
Eficácia (plano da exigibilidade): produz efeitos, geração de direito ( dever, condição termo ou encargo.
Invalidade
-Nulidade: eficácia “ex tunc” ( sentença, decisão interlocutória ou “de ofício”
-Anulabilidade: eficácia “ex tunc” ( Sentença de anulabilidade
*Ambos no 182, CC
19/04/13
Continuação da matéria anterior:
d)Partilha de bens: regime patrimonial ( No regime da união estável, aplicam-se aos conviventes as regras da comunhão parcial se entre embos não tiver sido manifestada estipulação diversa em contrato escrito. É por esta razão, que o artigo 1725 do código estabelece que as regras da comunhão parcial só serão aplicadas a união estável “no que couberem”. Em razão disso, deve – se entender que o artigo 1647 do código (o da vênia conjugal) não se aplicará ás uniões estáveis.
e)Gera vínculo de afinidade (CC, art. 1595): conceito de afinidade ( é o vínculo jurídico que se estabelece entre um companheiro e os parentes do outro, nos termos do artigo 1595 do código civil.
1.5 Da conversão da União Estável em Casamento – CC, art. 1726: provimento 10 da corregedoria geral de justiça. Tem que haver expresso requerimento de ambos os companheiros; publicação dos proclamas; passados 15 dias dos proclamas, a união estável é convertida em casamento, ficando dispensada a celebração. A conversão não interfere nas relações jurídicas que foram estabelecidas pelos companheiros no período da união estável, portanto, gerará efeitos “ex nunc”.
1.6 Extinção:
-Consensual: distrato ( forma particular/forma pública
-Litigiosa ( existência da união estável + partilha dos bens comuns (somente judicial)
Se os companheiros pretenderem dissolver uma união estável, havendo consenso de ambos, a relação poderá ser desfeita pela via consensual atravéss de um distrato. Porém, se a situação for litigiosa, o único caminho será o da dissolução judicial. Se o litígio versar sobre a propria existencia da união estável, o companheiro que pretender o reconhecimento deverá ingressar com uma ação declaratória de união estável e se o caso, cumula-lá com pedido de partilha de bens. Se o litígio apenas versar sobre a partilha dos bens, a única demanda a ser ajuizada será a de partilha. Quanto ás demais questões decorrentes da união estável (guarda de filhos, pensão alimentícia, dentre outras), poderão vir a ser discutidas em demandas autonomas.
*É possivel estabelecer se uma união estável, simultâneamente a um casamento quando os conjugês não estiverem separados de fato?
R: Para o STJ não, uma vez que as pessoas impedidas de casar não podem estabelecer uma união estável. Recurso Especial 1096 539 do Rio Grande do Sul,julgado em 27/03/2012.
*É possivel de se estabelecer vínculos jurídicos atraves de uniões estáveis simultâneas ou paralelas?
R: Para o STJ não, pois isso implicaria em desconsiderar-se o dever pessoal de lealdade, o que o sistema jurídico não toleraria. Recurso Especial 912926 do Rio Grande do Sul, julgado em 22/02/2011.
23/04/2013
Das Relações de Parentesco (CC, arts. 1591 a 1595)
Definição – CC, art. 1593: é a relação jurídica que vinculas umas pessoas ás outras em decorrência da consanguínidade da afinidade ou da adoção. Em síntese, o direito brasileeiro considera parentes todas as pessoas que se originaram de um tronco ancestral comum.
Classificação
Situação Anterior a CF/88
a)Legítimo: era o vínculo jurídico que decorria de pessoas casadas
b)Ilegítimo: era o parentesco que decorria de pessoas não casadas
-Naturais (poderia ser legitimado): era o que decorria de pessoas não casadas mas que não se encontravam impedidas de casar. Ex. Namorado que engravidou a namorada
-Espurios (decorrente de pessoas que não estavam casadas e que se encontravam impedidas de casar): incestuosos (quando entre o homem e a mulher havia um parentesco próximo, de modo que o seu filho seria fruto de um incesto) ou adulterinos (se estabelecia entre uma pessoa casada e terceiro).
2.2 Situação posterior a CF/88
a)Parentesco Natural ou consanguíneo – CC, art. 1593 (2ª parte): quando os parentes tiverem entre si laços biológicos, fato biológico da procriação.
b)Parentesco por afinidade – CC, art. 1595: Afinidade é o vínculo que se estabelece entre um conjugê ou companheiro e os parentes do outro, nos termos do artigo 1595 do código civil. No direito brasileiro a afinidade se limita aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do conjugê ou companheiro, sendo certo que na linha reta o vínculo não se dissolve com o fim do casamento ou da união estável.
c)Parentesco civil – CC, art. 1593 (2ª parte): é aquele que decorre da lei. Em outras palavras, é aquele que decorre da adoção ou de outra origem.
Estrutura do Parentesco
Linha: é a série de pessoas que derivam de um mesmo progenitor, que se denomina tronco;
3.1.1Linha reta: é aquela que se estabelece entre pessoas que descendem umas das outras e se colocam na posição de ascendentes e descendentes. Linha reta vai ao infinito.
3.1.2 Linha colateral, oblíqua ou transversal: colateral é aquela que se estabelece entre pessoas que não descendem umas das outras, mas provém de um tronco ancestral comum. Ex. Pai em relação ao filho. 
3.2 Grau: é a distância que separa uma geração da outra, fixando a distância entre gerador e gerado.
a)Contagem de graus – CC, art. 1594: os graus serão contados na linha reta pelo número de gerações e na linha colateral também pelo número de gerações, porém, subindo de um dos parentes até o ascendente comum descendo-se posteriormente até que seja encontrado o outro parente. Vai até o 4º grau. 
*Na linha colateral não há parente em 1º grau.
07/05/2013
Da Filiação (CC, arts. 1596 a 1606)
1.Conceito: é a relação jurídica que se estabelece diretamente entre pessoas que descendem umas das outras em decorrência do fato biológico da procriação, do fato jurídico da adoção ou em decorrência de qualquer outra origem prevista em Lei.
2.Princípios
a)Igualdade entre filhos (CF, art. 227, § 6º + art. 1596): estabelece que independentemente da origem da filiação, todos os filhos deverão receber do legislador tratamento isonômico, bem como titularizarão os mesmos direitos e deveres, vedada qualquer forma de discriminação.
b)Afetividade (CF, art. 1º, III e art. 3º, I) ( Ver art. 226, § 7º, CF ( P. da Paternidade Resp.: o princípio da afetividade se fundamenta na presunção de que os pais nutrem pelos filhos sentimentos de amor, carinho, cuidado e proteção, sendo irrelevante para o sistema jurídico se estes valores são verdadeiros ou não. Em razão disso, o artigo 226, § 7º da CF previu o princípio da paternidade responsável, dispondo que caberá aos pais a decisão sobre se terão filhos, quantos desejam ter e quando irão tê-los. Por conta disso, quando os pais procriam, adotam uma criança ou praticam atos próprios de pais, manifestam “vontade procriacional”, vontade esta que se torna irrevogável a partir da exteriorização e os torna responsáveis pelos seus filhos.
3.Espécies
a)Consanguínea ou natural: decorre do fato biológico da procriação;
b)Civil: decorre da adoção;
c) Decorrente de outra origem: é toda aquela que não é consanguínea ou civil, inseminação artificial ou socioafetividade.
4.Presunções de Paternidade – CC, art. 1597, I a V: de acordo com o sistema do código civil, as presunções do artigo 1597 só seriam aplicáveis ao marido da mãe que tivesse gerado o filho na constância do casamento, sob a presunção de que será pai o marido da mãe. Porém, a jurisprudência do STJ tem começado a entender que a presunção do inciso II, deste mesmo artigo, se aplicaria também á união estável. I - Por convivência conjugal deve ser considerada a coabitação do casal; III – inseminação artificial que se utiliza do material genético do marido e da mulher que por alguma razão não podem gerar a criança através da procriação natural; IV – embriões excedentários são aqueles gerados em procedimento de inseminação artificial homóloga, mas que não foram utilizados; V – esta modalidade de inseminação se utiliza de material genético da mãe e de terceira pessoa que não é o marido da mãe. Nesta hipótese, a mulher casada somente poderá se submeter á inseminação artificial se o seu marido tiver dado autorização prévia ao procedimento. Sem esta autorização prévia, a mulher praticará o denominado “adultério casto”.
5.Questões Relativas á Presunção
a)Prova – CC, art. 1603: certidão de nascimento, como regra geral, que se funda no princípio da verdade registral;
b)Não basta o adultério da mulher ou a confissão materna para excluir as presunções – CC, art. 1600 e 1602: pelo sistema do código civil, ainda que a mulher adultera confesse o seu ilícito, tal confissão não afasta a presunção do artigo 1597, para não prejudicar o filho. 
c)A prova da impotência do marido á época da concepção afasta a presunção (CC, art. 1599): impotência GENERANDI, no caso em questão. 
d)O art. 1604, CC: NÃO É POSSIVEL REIVINDICAR ESTADO CONTRÁRIO AO QUE DECORRE DO REGISTRO DE NASCIMENTO, SALVO SE PROVAR ERRO OU FALSIDADE DO REGISTRO. Quem registra como seu um filho que não é seu, sabendo que não é seu, automaticamente e irrevogávelmente se torna pai.
10/05/13
Do Reconhecimento De Filhos havidos fora do Casamento – CC, arts. 1607 a 1617
Conceito
É o ato juridico em sentido estrito pelo qual se declara a filiação estabelecida juridicamemte o parentesco entre o pai, a mãe e seu filho.
Natureza juridica
Ato juridico em sentido estrito de natureza declaratória. Somente se aplica quando o filho não tiver sido reconhecido. O ato juridico em sentido estrito é a conduta humana juridicamente relevante que gera consequências juridicas pré determinada na lei. Nesta hipótese o sujeito que pratica a conduta não terá liberdade de escolher os efeitos juridicos que a sua manifestação de vontade irá gerar, pois esse efeitos já foram pré determinados pelo legislador.

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