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Aula nocoes de direito consumidor

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Unidade 3: AS QUESTÕES CONSUMERISTAS
OBS: As relações de consumo são amparadas pela lei 8078/90. = CDC ou CDPC (Código de Defesa do Consumidor ou Código de Defesa e Proteção do Consumidor)
É também preceito constitucional. Norma de ordem pública, caráter constitucional. Artigo 5ᵒ inciso XXXII da Constituição Federal.
3.1. O CONSUMIDOR:
Previsto nos artigos 2º, 17 e 29 do CDC
Artigo 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Consumidor: 
Será tanto a pessoa física como a jurídica (Pode ser microempresa ou multinacional, fundação, associação ...)
Consumidor: 
Será aquele que compra e também o que não comprou, mas consome.
Exemplo: Pedro, aniversariante, compra cerveja para oferecer aos amigos na festa de seu aniversário. Pedro e os que tomarem cerveja na festa serão considerados consumidores.
Destinatário Final: 
Consumidor será aquele que utiliza o produto. A compra não é realizada para revenda ou para intermediar uma produção. A finalidade aqui é o consumo/utilização do produto.
Quando o bem for utilizado/comprado ou adquirido para produção, para revenda não será aplicado o CDC. Não será destinatário final.
Exemplos:
Há relação de consumo/consumidor
Adriana compra carro de concessionária para sua utilização.
Pessoa Jurídica X compra veículo para seu diretor usar.
Não há relação de consumo. 
Concessionária adquire automóvel da montadora como intermediária para posterior venda ao consumidor.
Montadora adquire peças para montar veículos.
CONSUMIDOR – COLETIVIDADE DE PESSOAS:
1ª Hipótese)
Artigo 2º
Parágrafo único: Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
- São pessoas (coletividade) que de alguma forma são afetadas pela relação de consumo.
Atinge a coletividade, mas sem sofrer danos diretamente.
Exemplos: Condomínio quando contrata serviços.
Exemplos: Ações para defesa da coletividade (exemplo: Meio ambiente).
2ª Hipótese)
Artigo 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Vítimas do evento:
Não são consumidoras diretas, mas foram vítimas do evento, do acidente de consumo, ou seja, são vítimas de algum evento em que se apura responsabilidade civil objetiva, por fato do produto ou serviço que cause um acidente de consumo.
Exemplo: Acidente de avião. Queda de avião, os passageiros são consumidores diretos e são atingidos pelo evento (queda de avião – é um acidente de consumo)
Se este avião cai sobre residência e atinge a integridade e patrimônio de outras pessoas, essas serão vítimas do evento e podem ser equiparadas ao consumidor.
3ª Hipótese) 
Artigo 29: para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
- É o consumidor em potencial
- O capítulo referido no artigo trata das práticas comerciais.
Ocorrendo uma prática comercial danosa todos (toda coletividade), ainda que não haja qualquer identificação individual, todos estarão expostos a ela.
-Todos são consumidores em potencial e portanto devem estar protegidos.
Exemplo: Publicidade enganosa, ainda que ninguém reclame, pode haver um anúncio enganoso. O MP poderá reclamar contra em prol da coletividade.
3.2. FORNECEDOR:
Artigo 3º CDC: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
OBS: Para que uma pessoa seja considerada fornecedor é preciso que exerça a atividade de forma regular ou eventual.
Mas se realiza apenas uma venda não será considerada fornecedora.
Exemplo: Vende roupa regularmente – é fornecedor
	Vende roupa na época de natal – é fornecedor
Vende sua roupa – não é fornecedor.
Princípios e direitos básicos do consumidor:
Dignidade:
Proteção do consumidor como pessoa humana. É também princípio constitucional. É o princípio maior.
Está previsto no artigo 4º caput do CDC.
Artigo 4º: A Política nacional das relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...)
Proteção à vida, saúde e segurança:
Também está ligado ao princípio máximo da dignidade. Pressupõe um piso vital mínimo.
Também previsto no caput do artigo 4º e 6º inciso I do CDC.
Engloba:
Melhores condições de vida, ou seja, conforto material (serviços essenciais, medicamentos) e também lazer (bem estar moral ou psicológico)
Proteção e necessidade
Proteção pelo Estado em decorrência da necessidade do consumidor.
Exemplo: fornecimento de medicamento, alimento básicos.
 
Artigo 1º do CDC
“O presente Código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de odem pública e interesse social, nos termos dos arts 5º, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e artigo 48 de suas Disposições transitórias” 
Transparência
Dever de informar, dar conhecimento do conteúdo do contrato, do produto e serviço.
Artigos 4º, 6º inciso III e 46 do CDC.
Harmonia
Decorre de princípios constitucionais como isonomia, solidariedade. Se completa por princípios previstos também no CDC como equilíbrio e boa-fé (artigo 4º, inciso III do CDC). Artigo 4º caput e inciso III.
Vunerabilidade
Artigo 4º, inciso I CDC. Também ligada ao princípio constitucional da isonomia.
Consumidor é a parte mais fraca na relação de consumo.
Duas ordens de vulnerabilidade:
Ordem técnica (o fornecedor é quem possui conhecimento sobre a produção, forma e meio)
Ordem econômica (em regra o fornecedor possui melhores condições econômicas)
Liberdade de escolha
Está ligada ao princípio constitucional de liberdade (artigos 1º inciso III, 3º inciso I, 5º caput. da Constituição Federal)
Artigo 6º inciso II.
Intervenção do Estado 
Artigo 4º inciso II do CDC
O Estado intervêm para garantir ao consumidor acesso aos produtos, serviços essenciais, qualidade, adequação (segurança, durabilidade e desempenho).
Boa fé:
É agir com lealdade, honestidade. Contratantes comportam-se de forma fiel, com respeito. Sem causar lesão, sem abuso. Visa manter relação equilibrada, justa.
Artigos 4º, 51 inciso IV e parágrafo1º, inciso III.
Igualdade nas contratações
Decorre do princípio constitucional da isonomia ou igualdade. Artigo 5º da CF de 88. Artigo 6º inciso II do CDC.
Os consumidores devem ser tratados de forma igual pelos fornecedores. 
Exceção: Quando houver necessidades especiais. Exemplo: idoso, gestante, criança.
Dever de informar
Artigos 4º caput e 6º inciso II.
Está ligado ao princípio da transparência.
Dever do fornecedor de informar sobre o produto, serviço, riscos, preço, qualidade, características ... de forma clara e precisa.
Proteção contra publicidade enganosa ou abusiva
Artigo 6º inciso IV, 30, 36 e 38, 67 a 69 do CDC.
Publicidade anuncia, descreve, oferece, propaga, divulg produts e serviços e não deve ser enganosa(informação falsa, distorcida) nem abusiva (causa mal).
Proibição de práticas abusivas
Artigo 6º inciso IV CDC
Hipóteses do artigo 39, 40, 41, 42. (ler as hipóteses)CDC
É extrapolar o exercício do direito que se tem, exercê-lo de forma irregular, causando dano. Em decorrência desta proibição as cláusulas abusivas se tornam nulas.
Proibição de cláusulasabusivas
Artigo 6º inciso IV. Em decorrência do abuso do direito, as cláusulas abusivas são proibidas.
Hipóteses: Artigos 51 a 53.CDC
Princípio da Conservação
Artigo 6º inciso V e 51 parágrafo 2º do CDC
Existindo cláusulas abusivas, deve-se tentar mudar as cláusulas, mas manter ou conservar o contrato.
Modificação das cláusulas que estabeleçam prestações desproporcionais:
Modificar apenas estas cláusulas, não necessariamente extinguindo o contrato.
Artigo 4º inciso I e III, 6º inciso V, 51 inciso IV e parágrafo 1º 
Direito de revisão
Revisão de cláusulas que se tornem excessivamente onerosas.
Exemplo: Plano Real em que a moeda nacional possuía valor semelhante ao dólar. Vários contratos foram firmados em moeda estrangeira. Quando houve liberação do câmbio os valores aumentaram excessivamente, além do suportável. 
Artigo 4º, inciso I e III.
Prevenção e reparação de danos materiais e morais
Artigo 6º inciso VI
-É proibido o tarifamento. A reparação do dano (emergente ou dos lucros cessantes) deve ser integral.
-Prevenção (o consumidor pode ir a juízo requerer medidas cautelares, tutela antecipada)
- Reparação tanto material como moral – integral
- Reparação dos direitos do consumidor (individual) e também os coletivos 
Acesso à justiça
Artigo 6º inciso VII e VIII (inversão do ônus da prova)
Adequada e eficaz prestação de serviços públicos
Não basta que o serviço exista, é preciso que seja eficiente, que funcione.
Artigo 6, inciso X
Responsabilidade solidária
Os responsáveis são solidários, assim o consumidor pode escolher quem acionar. O acionado pode posteriormente, após indenizar o consumidor pleitear dos demais responsáveis.
Artigos 18 caput, 19, 25 e parágrafos, 34.

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