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BUYER PERSONA CONHECENDO SEU CLIENTE IDEAL 3 4 6 8 9 11 11 13 13 15 17 INTRODUÇÃO PRIMEIRAMENTE, O QUE É PERSONA? E UMA BUYER PERSONA, O QUE É E POR QUE CRIAR? ENTÃO, COMO CRIAR SUA BUYER PERSONA? Exemplo de dados do cliente ideal COMO APLICAR BUYER PERSONAS NA ESTRUTURA DE VENDAS DA SUA EMPRESA Buyer Personas no contexto do Marketing de Conteúdo EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE BUYER PERSONAS Buyer Personas para projeto de pacientes crônicos Buyer Persona para melhorar o serviço de uma concessionária de energia CONCLUSÃO SUMÁRIO 3BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . As pesquisas tradicionais de marketing muitas vezes não revelam as ameaças de um determinado cenário de negócios. O Design Thinking, por outro lado, se diferencia porque não parte de soluções prontas e traz uma visão holística para a inovação. O método busca um entendimento integral dos fenômenos: equipes multidisciplinares de projeto seguem um processo, entendendo os consumidores, funcionários e fornecedores no contexto onde se encontram; em seguida, cocriam soluções e prototipam rapidamente para entender melhor as necessidades e anseios, gerando, ao final, soluções inusitadas e inovadoras. No Design Thinking, a arte se junta à ciência e à tecnologia para encontrar soluções de negócio. São utilizadas ferramentas provenientes de diversas áreas, tais como vídeos, encenações, representações visuais, metáforas e músicas junto com estatística, planilhas e métodos de gerência para abordar os mais difíceis problemas de negócio e gerar inovação. Neste livro você vai conhecer uma das ferramentas mais utilizadas em projetos pautados no Design Thinking: a de Personas. Mais especificamente, apresentaremos a ferramenta Buyer Personas – uma poderosa aliada para compreender melhor a sua própria oferta e o seu consumidor, e, assim, planejar mais assertivamente sua comunicação e sua venda. INTRODUÇÃO 4BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Personas são personagens fictícios que representam diferentes tipos de usuários para um possível produto ou serviço. Elas são criadas a partir de dados qualitativos, oriundos de pesquisa de campo, e representam desejos, motivações, expectativas e necessidades de um grupo real de usuários. A ferramenta pode ser usada em diversos estágios de um projeto, mas é especialmente útil nas fases de geração e de validação de ideias. Você já se perguntou se está fazendo marketing para as pessoas certas? Se você sabe exatamente quem é essa pessoa, poderá entregar algo simples, mas que atenda à necessidade dela, atingindo em cheio o ponto. Ao criarmos novas soluções, tendemos a focar em nossas próprias necessidades e desejos, o que muitas vezes leva ao desenho de produtos e serviços que não se adequam ao usuário. É aí que reside o maior valor da ferramenta de Personas: ela ajuda a equipe de projeto a criar empatia e direciona as soluções para o sentido dos usuários, orientando o olhar para as necessidades e desejos daqueles que irão consumir o que está sendo projetado. PRIMEIRAMENTE, O QUE É PERSONA? VEJA TAMBÉM: EMPATIA: UM QUESITO FUNDAMENTAL PARA A INOVAÇÃO CORPORATIVA - WEBINAR MJV 5BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Uma persona é desenhada a partir de padrões e perfis extremos observados na pesquisa. Isso acontece para que os criadores do produto, serviço ou campanha possam guiar com clareza seu planejamento. Os perfis representam as características e aspectos demográficos de um grupo de pessoas, como sexo, faixa etária e classe social, bem como perfis comportamentais, como hábitos, frustrações, valores e necessidades. Para personificar o arquétipo, são atribuídos um nome e uma história que deixe claro o seu posicionamento frente ao tema de projeto. Abaixo, você conhecerá o exemplo da persona Pedro, criada em um projeto relativo ao universo do ciclismo. Pedro, 28 anos Analista administrativo – Trabalha em um banco no Centro do Rio de Janeiro, mora em Copacabana e vai diariamente de um ponto a outro de bicicleta. – Tem uma relação de afeto com a “magrela”. – A falta de infraestrutura da cidade é uma grande frustração: “tenho que trocar diversas peças toda hora, é um gasto excessivo!” – Prefere realizar compras online, mas, no caso de peças para a bicicleta, desconfia: “Preciso ter as peças em mãos para comprovar que são de qualidade”. 6BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . E UMA BUYER PERSONA, O QUE É E POR QUE CRIAR? Buyer Personas são as personas criadas para representar grupos de consumidores de um produto ou serviço. Seriam os clientes ideais, aqueles que se quer conquistar ou atrair. Elas são criadas para nos aproximar dos clientes reais, conectando nossos negócios às suas necessidades e aspirações, possibilitando, assim, que nos tornemos relevantes para eles. Essa técnica extrai o melhor do design, pois são retirados inputs dos usuários, que trazem inspirações assertivas para o trabalho de marketing. Se você separar um tempo para criar sua(s) Buyer Persona(s), sua campanha de marketing será realizada para o público específico que tem intenção de se tornar seu cliente. Os resultados tendem a ser muito mais significativos! Buyer Persona é uma técnica muito importante para quem está, por exemplo, gerando conteúdo e precisa conhecer bem o público com quem está trabalhando e se manter sempre relevante. Afinal, um bom conteúdo não é simplesmente bem escrito, bem apresentado, mas também feito para o público certo no momento em que ele mais precisa. Isso significa gerar valor. 7BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Veja a nossa animação sobre a criação de Buyer Personas! O uso de Buyer Personas para guiar a criação de conteúdo em Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo é um bom exemplo a colocar, já que, quando criamos conteúdo, fica muito clara a necessidade de segmentação na hora de guiar as escolhas editoriais. Por exemplo: – O meu público vê vídeos? – Está presente nas redes sociais? – Volta de carro pra casa ouvindo rádio? – Navega pela internet através do celular? O segredo das Buyer Personas é que elas geram empatia: o usuário é visto como João, Bia, Pedro, que possui uma vida, uma idade, uma rotina diária. Assim, entende-se como esse homem ou mulher pode chegar até sua empresa de uma forma natural para ele/ela. Ao pensar dessa forma, cria-se um ciclo virtuoso e lucrativo que permite direcionar os esforços de forma eficiente e baseada nas características de um público real. Enquanto Buyer Personas são representações de seus clientesideais, chamamos de personas negativas a representação daquelas pessoas que sua empresa não quer ter como cliente. Essas pessoas podem ser, por exemplo, profissionais que são muito avançados para o seu produto ou serviço, estudantes que estão adquirindo seu conteúdo apenas para fins acadêmicos, ou potenciais clientes que são muito caros para tornarem-se clientes e o lucro não é compensatório. 8BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . ENTÃO, COMO CRIAR SUA BUYER PERSONA? Para a criação de Buyer Personas é fundamental que seja feita, anteriormente, uma imersão no universo dos usuários. Isso pode ser feito por meio de várias técnicas inerentes ao Design Thinking, tais como sombra, entrevistas semiestruturadas, um dia na vida, cliente oculto, entre outras. A estratégia de vendas não pode basear-se somente em suposições. Mas os clientes também não podem ser vistos como meros números em um banco de dados. Embora os dados quantitativos sejam fundamentais em quaisquer processos de tomada de decisão, eles podem e devem ser complementados com o conhecimento das necessidades inconscientes e não reveladas. Por isso, realiza-se uma pesquisa baseada na etnografia, que é o estudo da cultura dos povos e dos seus processos de interação social: os conhecimentos, as ideias, técnicas, habilidades, normas de comportamento e hábitos de vida social. Em conjunto com as pesquisas quantitativas - provenientes, por exemplo, de ciência de dados, ou Data Science -, focadas em grandes amostras, a pesquisa etnográfica permite aprofundar os aspectos mais complexos, além do que os entrevistados pensam, fazem (ou o que dizem fazer) e sentem, revelando descobertas inesperadas que outros tipos de pesquisa dificilmente poderiam obter. USE TAMBÉM: TOOLKIT FERRAMENTAS DO DESIGN THINKING - MJV LEIA TAMBÉM: BUSINESS INTELIGENCE + DESIGN THINKING: UMA NOVA ABORDAGEM - E-BOOK MJV 9BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Isso permite criar um quadro mais amplo do contexto, trazendo novos insights e inspirações para o processo de inovação. Vale ressaltar, também, que ao imergir nos objetivos mercadológicos de uma empresa, nota-se que quase sempre há um foco. Por isso, na maioria dos casos é mais interessante não criar muitas personas para não perder de vista o cliente ideal. EXEMPLO DE DADOS DO CLIENTE IDEAL As perguntas a seguir podem ajudar você a entender sua Buyer Persona: Básico – Qual o nome da sua persona? – Qual a idade? Qual seu sexo? Onde nasceu? – Onde cresceu? Vive em área rural, subúrbio ou em área urbana? – Em que tipo de residência viveu na infância? – Qual o trabalho da sua mãe? E do pai? – Os pais ainda estão casados? Eles são pais mais liberais, mais autoritários ou o meio termo? – Ele possui irmãos ou irmãs? Qual é a sua etnia? – Quais eram as atividades/brincadeiras favoritas quando criança? – Quais são as lembranças de infância favoritas? Nível de instrução – Qual tipo de escola frequentou? – Qual era sua matéria favorita na escola? – As suas notas na escola eram boas, médias ou ruins? – Gosta de aprender coisas novas? – Tinha muitos amigos, alguns amigos próximos, ou nem possuía amigos? – Tinha problemas na escola? – Fez faculdade? Qual curso fez? Qual faculdade fez? Pública ou privada? – Gostou do curso que escolheu? Currículo – Qual foi o seu primeiro emprego? Qual o seu emprego atual? Como chegou ao cargo atual? – Quanto tempo em média permanece no mesmo emprego? Qual o salário atual? 10BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . – Acha que está sendo pago de forma justa? Gosta do chefe, e dos seus colegas de trabalho? Gosta do trabalho que faz? – Quais os desafios que enfrenta no trabalho? – Qual o trabalho dos sonhos? Como planeja conseguir esse trabalho? – Quando planeja aposentar? Situação – Qual a cidade que vive? Qual o tipo de residência? – Mora com quem? Está feliz com a situação atual? – Qual é seu patrimônio líquido? Possui dívidas? Costuma comprar coisas de maneira cuidadosa e analítica ou ele é solto com o seu dinheiro? Vida pessoal – Qual sua orientação sexual? É religioso? – Qual sua orientação política? – Faz esforços para ser saudável e ficar em forma? – Se preocupa com a aparência? – Quais são seus hobbies? – Qual o programa de tv favorito? – É introvertido ou extrovertido? – Otimista ou pessimista? É uma pessoa mais lógica e analítica ou criativa e intuitiva? – É tranquilo ou inquieto? É uma pessoa prática ou está sempre pensando? – Ele prefere seguir as regras ou gosta de situações que sejam desafiadoras? – Ele gosta de arriscar ou de segurança? – Ele é inovador ou uma pessoa que tende a ser de acordo com a maioria? – É espontâneo ou prefere planos pré determinados? – Ele é motivado pelos próprios esforços ou pelo que os outros pensam de seus esforços? – O quão afetado emocionalmente ele é pelos julgamentos das outras pessoas? Então, são muitas questões, não é? Pois essas são apenas algumas das possibilidades. O questionário irá se adequar ao projeto, ao público e será reforçado com dados de consumo específicos. 11BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . A partir dos dados da pesquisa etnográfica, são identificadas diferentes polaridades de características dos usuários. Estas podem variar desde aspectos demográficos como sexo, faixa etária e classe social, como já explicado, até perfis comportamentais - por exemplo, se o indivíduo é independente com relação ao cuidado da saúde ou se depende de familiares na gestão de suas doenças. Depois de identificar todas as polaridades, compõem-se os personagens combinando esses aspectos e usando como referência os perfis identificados em campo. Assim, cria-se um grupo de personas com características significativamente diferentes, que representem perfis extremos de usuários do produto ou serviço analisado. A seguir, veja um exemplo de aplicação prática da estratégia de Marketing de Conteúdo, conforme citamos anteriormente. BUYER PERSONAS NO CONTEXTO DO MARKETING DE CONTEÚDO Marketing de Conteúdo designa uma estratégia na qual o conteúdo é criado e distribuído com o objetivo de engajar um público definido. Por isso, gerar buzz na internet é cada vez mais importante e desafiador, visto que as pessoas podem escolher entre uma infinidade de canais para acessar. Então, para as empresas aparecerem, elas têm que gerar conteúdo de qualidade focado em atrair as pessoas certas. O modo tradicional é que as empresas paguem para anunciar: seja um vídeo, um banner, promoção na rede social, isto é, façam publicidade. O problema é que, além de interromper o usuário, com o tempo essa mensagem fica cada vez mais cara e deficiente, considerando-se que o material do Marketing COMO APLICAR BUYER PERSONAS NA ESTRUTURA DE VENDAS DA SUA EMPRESA 12BU YE R P ER S O N A C O N HEC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . de Conteúdo é consumido voluntariamente quando bem ofertado. Outro problema do anúncio pago é que a mensagem simplesmente desaparece a partir do momento em que o investimento é suspenso. Já o Marketing de Conteúdo funciona na lógica oposta: o produto é vendido por meio de um blog post criado e otimizado de modo a usar a busca orgânica do Google e de outros buscadores para fazer com que o público encontre e leia esse conteúdo ao digitar as palavras-chaves. Desta maneira, as pessoas estão indo até sua marca por vontade própria, o que aumenta as chances de elas gostarem e se engajarem. Se sua empresa continua gerando conteúdo de qualidade, o natural é que as pessoas que gostem indiquem-no aos amigos, e o assunto ganha relevância justamente porque foi indicado, sendo levado mais a sério do que se fosse meramente um banner. E é nesse ponto em que conhecer bem o foco de vendas se torna indispensável: para gastar menos com propaganda. Por tudo isso é que a estratégia de conteúdo é um caminho muito importante a ser trabalhado cada vez mais. E com o auxílio da inteligência gerada pela ferramenta Buyer Personas, é possível que a interatividade gerada pelo processo gere inputs para as ações de marketing tradicionais. 13BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . BUYER PERSONAS PARA PROJETO DE PACIENTES CRÔNICOS Em um determinado projeto que visava desenvolver no ramo de seguros de saúde métodos inovadores de monitoramento de pacientes crônicos, foi utilizado o processo de Design Thinking, iniciando-se pela Imersão, para obter conhecimento a respeito do desafio proposto. Como o projeto dizia respeito a diversos perfis de pacientes crônicos, era preciso conhecê-los profundamente. Com a análise adequada dos dados de pesquisa, foi possível identificar seis aspectos, eixos ou padrões de comportamento: 1 – Independente / dependente: o paciente depende de outras pessoas para tomar os remédios, marcar consultas e cuidar da saúde? 2 – Negação da doença / aceitação da doença: como ele lida com sua condição? Aceita ou nega? 3 – Desregrado / regrado: toma os remédios na hora certa? Faz exercícios? Vai ao médico regularmente? 4 – Tecnológico / não tecnológico: usa equipamentos tecnológicos? Aceita o auxílio da tecnologia durante o tratamento? 5 – Procura informações / não procura informações: procura mais informações sobre a doença e o tratamento? 6 – Relação médico profissional / relação médico pessoa: o paciente se relaciona com o médico de forma emocional ou racional? Estabelece alguma espécie de vínculo com ele? EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE BUYER PERSONAS 14BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . A partir da compreensão desses padrões, foram criadas cinco Buyer Personas para facilitar a criação e o julgamento das soluções. Um exemplo é Rogério, jovem preguiçoso e desinformado, estudante de hotelaria, 24 anos, que foi diagnosticado hipertenso aos 18. A obesidade, segundo a família, é a causa da doença, que até o momento se manifestou apenas através de ocasionais dores de cabeça. O pai do estudante, também hipertenso, infartou aos 46 anos, mas nem por isso passou a se preocupar com o peso e a alimentação. Em sua casa, Rogério aprendeu que só se deve recorrer a profissionais de saúde em último caso: “Pô, se meu pai que sofre do coração e tem mais do que o dobro da minha idade não vai ao médico, por que eu iria? Quando tenho algum sintoma, tomo o remédio e pronto. Pra mim, ser hipertenso é ter de tomar um comprimido quando tenho dor de cabeça. De resto, vida normal”. Rogério quase nunca mede a pressão, mas talvez se houvesse uma maneira menos “trabalhosa” e mais tecnológica de monitorar a hipertensão ou de estar em contato com os médicos, isso atenderia à sua limitada capacidade de dedicação à doença. Enquanto essa solução não é possível, não existem, para Rogério, razões para dispensar atenção com nada além da faculdade e a variedade das guloseimas que consome aos finais de semana, enquanto assiste TV. Compreender a situação de Rogério foi fundamental para poder criar formas de estimular pessoas como ele a cuidarem melhor do seu problema de saúde. Assim como ele, muitos outros pacientes crônicos procrastinam as transformações de seus hábitos e o monitoramento adequado da sua saúde em geral, o que aumenta os riscos tanto para o plano de saúde quanto para os pacientes. A partir da criação das cinco Buyer Personas, foi possível desenvolver novas estratégias de relacionamento com os perfis identificados, visando, no caso de pessoas como Rogério, estimular que mantenham os cuidados preventivos necessários. 15BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Para as seguradoras de saúde, por exemplo, essas informações podem ser muito valiosas e servir na análise de riscos e/ou na formatação de produtos ou serviços mais adequados às necessidades de segurados com doenças crônicas. BUYER PERSONA PARA MELHORAR O SERVIÇO DE UMA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA Em um projeto desenvolvido para uma concessionária de energia que pretendia melhorar sua maneira de ofertar produtos financeiros, a equipe percorreu dez cidades onde a empresa possuía lojas, a fim de conhecer os diferentes perfis de seus usuários. Apesar de viverem em realidades distintas, percebeu-se que os clientes das diversas regiões possuíam valores e problemas muito semelhantes em se tratando da prestação de serviço em questão. A partir desta constatação, foi possível sintetizar o principal perfil de cliente-alvo em apenas uma Buyer Persona, o Wanderley. Com o intuito de resumir a grande quantidade de achados de campo, e de modo a facilitar a visualização dos muitos aspectos deste “consumidor padrão”, desenvolveu-se o que chama-se em Design Thinking de Mapa de Empatia. Nele, foi exposta a maneira como o Wanderley fala, ouve, enxerga e pensa, não somente em relação aos aspectos de sua vida, como também quanto à concessionária de energia. 16BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . O desenvolvimento do mapa, além de transformar-se numa importante ferramenta de consulta para a empresa contratante a respeito de como pensa e age seu cliente, foi essencial para compreender que comportamento o usuário tem em relação à concessionária. Um exemplo interessante, que influenciou inclusive na ideação, deve-se à sua percepção sobre hierarquia: constatou-se que o consumidor demonstrava maior respeito quando o funcionário estava mais bem vestido e utilizando um discurso mais impositivo, comportamento também identificado em seu ambiente de trabalho e na interação com seus vizinhos. Esse conhecimento sobre o psiquismo da Buyer Personaidentificada como Wanderley auxiliou a empresa a criar um padrão de atendimento que corresponda às expectativas intrínsecas desse tipo de cliente, sem que isso prejudique os anseios dos demais. Mais um exemplo de como as Buyer Personas podem ajudar a nortear inclusive formas de atender um tipo específico de pessoas sem ferir o desejo das demais. 17BU YE R P ER S O N A C O N H EC EN D O S EU C LI EN TE ID EA L | M JV T EC N O LO G IA E IN O VA ÇÃ O . T O D O S O S D IR EI TO S R ES ER VA D O S . Siga-nos nas redes! Com este material, pretendemos ajudar não apenas a compreender o mecanismo de Buyer Personas, mas também a entender a importância de conhecer seus usuários para inovar constantemente, conhecendo as mudanças comportamentais rotineiras. A ferramenta Buyer Personas pode ser aplicada a todos os tipos de negócios. Entender o comportamento de compra do possível cliente da sua empresa é a melhor forma de entregar comunicações, produtos e serviços mais eficientes. As Buyer Personas são resultados de um estudo que se consolida em um guia rápido para conhecer as características, hábitos, frustrações, valores e necessidades dos clientes em potencial, para, então, criar maneiras de vender de forma mais fluida e efetiva. Personas detalhadas vão ajudá-lo a determinar como otimizar o tempo, orientar o desenvolvimento de inovação em produtos ou serviços e alinhar toda a sua empresa em uma visão empática e direcionada. Dessa forma, a organização será mais capaz de atrair clientes para o negócio. O resultado, por fim, é bem tangível: obter um retorno sobre investimento (ROI) muito maior e conquistar resiliência em relação às mudanças que ocorrem no mercado. Esperamos que as dicas ajudem sua empresa a alcançar resultados! CONCLUSÃO TRANSFORMANDO NEGÓCIOS COM DESIGN THINKING E ESTRATÉGIAS DIGITAIS Desde 1997, a MJV Technology & Innovation trabalha com algumas das maiores empresas do mundo em seus desafios de negócio. Com escritórios na Europa, Estados Unidos e América Latina, a consultoria conta hoje com uma equipe multidisciplinar de mais de 300 profissionais. A MJV é composta por três pilares, estruturados em completa sinergia: INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS: desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras para reduzir custos, aumentar lucros e gerar novos modelos de negócio. CONSULTORIA EM TECNOLOGIA: desenvolvimento e implementação de serviços personalizados de Business Intelligence (B.I.), TI e Internet das Coisas (Internet of Things). ESTRATÉGIA DIGITAL: Desenvolvimento e implementação de estratégia corporativa e experiência do usuário de forma que o “ser digital” e o “pensar digital” se tornem intrínsecos ao modelo de negócio. Acreditamos que a inovação resulta da combinação entre princípios de design e tecnologia. Para nós, empatia, criatividade e processos centrados no usuário levam a soluções relevantes e de impacto, que geram real valor para o negócio. Desafios distintos demandam abordagens distintas. Por isso, combinamos diferentes expertises – Design Thinking, Design de serviços, Gamificação, User Experience, Big Data, Metodologia Lean, Internet das Coisas, entre outras – com o intuito de transformar desafios complexos em soluções inovadoras. Internet das Coisas, entre outras – com o intuito de transformar desafios complexos em soluções inovadoras. SOBRE A MJV MAURÍCIO VIANNA CEO Global mvianna@mjvinnovation.com YSMAR VIANNA Presidente yvianna@mjvinnovation.com WWW.MJV.COM.BR LONDRES 25-27 Horsell Road N5 1XL Londres Reino Unido +44 20 3586 1233 ATLANTA 75 5th Street NW Suite 424 Atlanta, GA 30308 – Estados Unidos +1 404 771 7187 BARUERI Av. Sagitário, 138 – Gr. 2205 Alphaville Conde II – Barueri 06473-073 – Brasil +55 11 2898 4731 RIO DE JANEIRO Av. Marechal Câmara, 160 Gr. 206 – Centro – Rio de Janeiro 20020-080 – Brasil +55 21 2532 6423 SÃO PAULO Rua Helena, 280 – Gr. 306 Vila Olimpia – São Paulo 04552-050 – Brasil +55 11 3045 0536
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