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RESUMO DO CONTEUDO DE TRABALHO II

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AULA 2 - 29.07.16
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABAHO
Art. 442 e 443, CLT
O contrato de trabalho pode ser ajustado verbal, escrito, expressa ou tacitamente com prazo determinado ou indeterminado.
A cessação do contrato não é interessante para a sociedade. O interesse social está na manutenção dos contratos de trabalho.
Desemprego – aumento da taxa de exclusão
PRINCÍPIOS MAIS REVELANTES NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Obs.: todos os demais princípios são aplicáveis ao momento da extinção, aqui serão estudados apenas os princípios mais relevantes.
Princípio da Continuidade da Relação de Emprego
Integração do trabalhador na estrutura e dinâmica da empresa
Fatores de atenuação do princípio:
Art. 447 e 487 CLT
Substituição da estabilidade decenal pelo FGTS (1967)
Fatores de valorização do princípio: 
Proporcionalidade do aviso prévio (lei n° 12506/2011 e art. 7° XXI, CF).
A constituição de 19898 estabeleceu a obrigatoriedade do FGTS (antes não era).
Com a EC/72 e LC 150/2015 houve a extensão do FGTS para o trabalhador doméstico
Princípio das Presunções Favoráveis ao Trabalhador
Esse princípio informa que se presume indeterminada no tempo a duração da relação de trabalho, caso não comprovado tratar-se de contrato a termo, os quais são excepcionalmente autorizados na ordem justrabalhistas.
Excepcionalidade dos contratos a termo – presunção favorável.
Presunção: “ajustados por prazo indeterminado” (continuidade).
Súmula nº 212 do TST
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
A súmula 212 alega o princípio das presunções e o da continuidade
De acordo com o princípio, presume-se ter ocorrido a forma de ruptura contratual mais vantajosa ao trabalhador, que lhe assegure o máximo de verbas rescisórias, no caso a dispensa injusta ou ainda, sem justa causa.
Princípio da Norma Mais Favorável
É o princípio que melhor busca atender o objetivo central do Direito do Trabalho, que é o de elevar as condições de pactuação da força de trabalho no mercado. 
Esse princípio informa que o operador jurídico, que esteja diante de diplomas ou regras conflitantes, deve considerar prevalecer aquele que melhor se ajuste aos outros princípios justrabalhistas.
 Incide sobre as normas conflitantes e também sobre sua interpretação.
AULA 3 – 01.08.16
MODALIDADES DE EXTINÇÃO CONTRATUAL
Classificação Civilista
Extinção normal: se dá com a execução plena do pacto contratual, através do alcance de seu termo final.
Extinção anormal: se dá com o rompimento do contrato antes do esgotamento pleno de seus efeitos.
Críticas: essa classificação não está adaptada aos princípios do direito do trabalho, pois pressupõe como regra o contrato determinado, em detrimento da continuidade da relação de emprego. Além disso, essa classificação mostra-se restrita em relação à vasta gama de situações de cessação do contrato de trabalho.
Classificação segundo as causas de extinção:
Verifica-se de acordo com a atitude dos sujeitos
Decorrente de fatores que envolvam a conduta do empregado: demissão e dispensa por justa causa.
A demissão é ato potestativo do empregado, portanto é errado dizer que empregador demitiu o empregado.
Decorrente de fatores que envolvam a conduta do empregador: dispensa sem justa causa e rescisão indireta.
A dispensa é ato potestativo do empregador. Dispensa sem justa causa é equivalente à dispensa imotivada. A Rescisão indireta é a “justa causa do empregador”.
Decorrente de fatores excepcionais (extravolitivos): nulidade contratual (sem concurso ou obj. ilícito), aposentadoria compulsória, extinção da estabilidade por força maior, morte do empregador (pessoa natural) ou empregado e a falência.
Esses fatores estão fora da conduta de ambas as partes 
Última classificação
Resilição – exercício lícito da vontade das partes 
Demissão e dispensa sem justa causa
Resolução - descumprimento faltoso
Dispensa com justa causa e rescisão indireta
Rescisão – nulidade contratual 
Atividade ilícita (OJ 199, SDI-I, TST), contratação sem concurso (SÚMULA 363, TST).
4° grupo – residual
Aposentadoria compulsória, extinção da estabilidade por força maior, morte do empregador (pessoa natural) ou empregado e a falência.
EFEITOS DA EXTINÇÃO CONTRATUAL
Importante saber: Qual a modalidade contratual, por prazo determinado ou indeterminado? Qual a modalidade de ruptura contratual?
Extinção dos contratos por prazo: DETERMINADO.
Verbas rescisórias: são aquelas decorrentes da extinção contratual
Extinção normal
Levantamento do FGTS – art. 18 caput e 20, I e IX da Lei n° 8036/1990
Obs.: aqui não há a incidência da multa de 40%, apenas o levantamento do valor dos depósitos mensais referente ao período contratual.
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974;
13° salário proporcional – art. 1° e 7°, Dec. N° 57.155/65
Art. 7º Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho, salvo na hipótese de rescisão com justa causa, o empregado receberá a gratificação devida, nos termos do art. 1º, calculada sôbre a remuneração do respectivo mês.
        Parágrafo único. Se a extinção do contrato de trabalho ocorrer antes do pagamento de que se trata o art. 1º, o empregador poderá compensar o adiantamento mencionado no art. 3º, com o valor da gratificação devida na hipótese de rescisão.
Férias proporcionais + 1/3 – art. 147, CLT e súmula 328, TST.
O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII.
O 1/3 é uma remuneração extra em razão das férias prevista na CF/88
Saldo de salário (se houver).
AULA 4 – 05.08.16 – CONTINUAÇÃO
Extinção anormal
Depende de quem deu causa à extinção
Cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada (ou cláusula de antecipação de término contratual).
b.1) Dispensa antecipada por ato empresarial
Sem cláusula: 
Verbas rescisórias da extinção normal;
Indenização do art. 479, CLT;
Multa de 40% do FGTS.
O empregado tem direito à metade da remuneração que teria direito se o contrato tivesse ido até o fim do prazo estipulado. E essa indenização é específica dos contratos determinados.
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. (Vide Lei nº 9.601, de 1998)
Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
Súmula nº 125 do TST
O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto nº 59.820, de 20.12.1966.
Havia divergência doutrinária em relação à aplicação da indenização prevista no art. 479 concomitantemente com a multa dos 40%. A súmula pacificou o entendimento de que a aplicação das verbas citadas não ocasionam bis in idem, pois atendem objetivos distintos no momento da extinção. 
Com cláusula: aplica-se o que vigora para os contratos indeterminados
Levantamento do FGTS
13° salário proporcional
Fériasproporcionais + 1/3
40% do FGTS
Aviso prévio (30 dias)
O aviso prévio integra o contrato de trabalho para todos os fins. Projeção do término do contrato.
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
Não haverá a indenização do art. 479, CLT.
Na justa causa do empregador não dá ensejo à verba rescisória, exceto se se trará de direito adquirido, p. ex. férias não gozadas pelo empregado.
É interessante a presença da cláusula em contratos determinados extensos, pois reduz o ônus de uma eventual ruptura contratual antecipada por interesse de qualquer das duas partes contratuais.
b.2) Pedido de demissão antecipado
Sem cláusula: 
13° proporcional
Férias proporcionais + 1/3
Não haverá saque do FGTS
O empregado deve efetuar o pagamento dos prejuízos devidamente comprovados ao empregador. Essa indenização é limitada ao que o empregado receberia na mesma condição – Art 479 e 480, CLT.
Súmula nº 261 do TST
O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais.
Com cláusula: Art. 481, CLT. 
13° salário proporcional 
Férias proporcionais +1/3
Aviso prévio (desconto dos 30 dias)
Não haverá indenização do art. 480, CLT. 
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
Rescisão indireta: o empregado vai receber como se fosse uma dispensa antecipada por ato empresarial.
Extinção dos contratos por prazo: INDETERMINADO.
É a regra geral do direito do trabalho
Modalidades/parcelas rescisórias
Dispensa sem justa causa (dispensa injusta ou ainda dispensa arbitrária):
Levantamento do FGTS + multa de 40%
13° salário proporcional
Férias proporcionais +1/3 do salário
Aviso prévio proporcional (Lei n° 12506/11)
10% contribuição social (Art. 1°, LC n° 110/01)
Indenização adicional (Art. 9° Lei nº 7238/1984)
A parcela de 10% de contribuição social não se destina ao empregado
A indenização adicional diz respeito ao trintídeo anterior à data-base.
Súmula nº 314 do TST
Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à data-base, observado a Súmula nº 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis nºs 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984. 
Súmula nº 182 do TST
O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979.
Súmula nº 242 do TST
A indenização adicional, prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979 e no art. 9º da Lei nº 7.238, de 28.10.1984, corresponde ao salário mensal, no valor devido na data da comunicação do despedimento, integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo mês, não sendo computável a gratificação natalina. 
AULA 5 – 08.08.16
Obrigações acessórias:
Vale não só para a dispensa sem justa causa
Baixa na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)*
Emissão do Termo Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT)* + código de saque do FGTS
Emissão das guias Comunicação de Dispensa/Seguro Desemprego
* Tem que ser dado em qualquer modalidade de extinção
Art. 8º CLT + súmula 389, II, TST
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 
b) Pedido de demissão
13º salário proporcional
Férias proporcionais + 1/3
Saldo de salário
Não haverá FGTS
Art. 7º, XXI, CF + Art. 487, §2º, CLT + Art. 488, CLT
O aviso prévio é um direito de ambas as partes. Nessa modalidade o aviso prévio não é indenizável.
Não tem proporcionalidade do aviso prévio.
Art. 7º, CF
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
O inciso I desse artigo não foi recepcionado pela CF
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.
No pedido de demissão a regra do Art. 488 não é aplicada. Não é possível imputar esse ônus ao empregador.
Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.
Súmula nº 276 do TST
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego .
c) Distrato – Resilição bilateral
Ambas as partes decidem terminar o contrato de trabalho. Inviável do ponto de vista técnico-jurídico em razão da indisponibilidade de algumas verbas rescisórias.
Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
Figura mais próxima do distrato: Plano de Demissão Voluntária (PDV) – são recebidas as parcelas de dispensa injusta (sem justa causa) + Montante pecuniário significativo.
O empregado não abre mão das verbas. Incentiva a demissão.
Vantagem para o empregador: não há pressão em relação a garantias de emprego (se feita por acordo coletivo), ação voluntária do próprio empregado.
Mecanismo de incentivo financeiro oferecido pelo empregador
Eficácia liberatória: cláusula geral de quitação do PDV tem validade? Divergência doutrinária. Negociação coletiva.
OJ. 270, SDI-I, TST
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.
Súmula nº 330 do TST
A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo.
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.
d) Dispensa por justa causa – suprime do trabalhador o direito a quaisquer parcelas (estritamente) rescisórias
Verbas vencidas (direito adquirido)
Baixa na CTPS – art. 29, §4º, CLT
§ 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Enseja dano moral se feitas anotações que prejudiquem o empregado
Entrega TRCT
e) Rescisão indireta (Infração Empresarial)
(TODAS) Verbas rescisórias da dispensa injusta – art. 483, CLT
AULA 6 – 12.08.16
f) Ruptura por culpa recíproca – supõe decisão judicial
Redução da indenização do FGTS para 20%.
50% do A.P
50% do 13º salário
50% das férias proporcionais + 1/3
A lei exige que essa redução seja feita pelo juizdo trabalho, pois não é permitido a autocomposição entre as partes. 
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
Lei 8036/90 
Art. 18. (...) § 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento.
Súmula nº 14 do TST
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
Não há seguro desemprego, pois o empregado também deu causa à extinção.
g) Extinção da empresa ou estabelecimento
Art. 2º, CLT
Verbas rescisórias da dispensa injusta (inclusive aviso prévio)
Extinção da empresa por força maior – art. 501, §5º, 502, CLT
Súmula nº 44 do TST
A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
20% da indenização do FGTS
Não haverá aviso prévio
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.
§ 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.
Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido, uma indenização na forma seguinte:
I - sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478;
II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem justa causa;
III - havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere o art. 479 desta Lei, reduzida igualmente à metade.
Decorrente de falência
Verbas da dispensa sem justa causa (injusta)
Isenção: massa falida pagamento das multas rescisórias do art. 477 e do art. 467, CLT (multas decorrente do atraso do pagamento).
Súmula nº 388 do TST
A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT.
h) Morte do empregador (pessoa natural - extinção da empresa)
Verbas da dispensa injusta (mas há divergências na doutrina)
É opção do empregado optar por continuar trabalhando ou não em caso de morte do empregador que a empresa continue funcionando pelos herdeiros. Nesse caso não haverá aviso prévio e indenização de 40% do FGTS.
Art.483 (...) § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
Art. 485 - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os art. 477 e 497.
Art. 18, §1º e 20 da Lei nº 8036/90 
Extinção do contrato – fato do príncipe
Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável.
Ato praticado por Pessoa Jurídica de Direito Público (estados, municípios, união...)
Art. 114, I, CF (citação do órgão)
A indenização de 40% do FGTS fica a cargo da PJDP.
As demais verbas são pagas pelo empregador
Em decorrência da imprevisibilidade não há o pagamento do aviso prévio.
PENALIDADES – PAGAMENTO RESCISÓRIO
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. (REVOGADO TACITAMENTE)
§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. 
 Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".
Contrato determinado ou no contrato por prazo indeterminado com aviso prévio cumprido: primeiro dia útil ao término do contrato.
Contrato por prazo indeterminado com aviso prévio não cumprido: até o 10º dia da data da notificação da demissão.
BTN: bônus do tesouro nacional. Multa não paga ao empregado.
MULTA (do 477, CLT): um salário do empregado (e não o mínimo).
MULTA (do 467, CLT): A parte incontroversa das verbas rescisórias entre as partes deve ser paga sob pena de sofrer multa de 50%.
Todas as multas devem ser cobradas na petição inicial.
Obs.: parte controversa: verbas discutidas; parte incontroversa: verbas já devidas. 
AULA 7 - 15.08.16
PRAZOS PARA PAGAMENTO
Art. 477, §6º e 8º
1º dia útil imediato ao término do contrato 
10 dias corridos contados da data da comunicação
Desrespeito (multa): salário do empregado + multa de 160 BTN
Excludente de ilicitude: empregado que der causa a mora.
Reconhecimento judicial do vínculo empregatício: se o vínculo for reconhecimento em juízo não prejudica a incidência da multa
OJ 238, SDI-I, TST 
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa jurídica de direito público que não observa o prazo para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a qualquer particular, em direitos e obrigações, despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um contrato de emprego.
Não há motivo para dar tratamento diferenciado em relação à multa à pessoa jurídica de direito público.
Isenta a massa falida das multas do art. 477 e 467. 
Art. 467, CLT 
Desrespeito – pagamento das verbas acrescidas de 50%
PJDP (resp. subsidiária)
OJ 351, SDI-I, TST
Incabível a multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, quando houver fundada controvérsia quanto à existência da obrigação
cujo inadimplemento gerou a multa. 
Fato gerador da multa – art. 477, §8º, CLT (atraso no pagamento) – A homologação do TRCT (no sindicato ou não), como fato gerador das multas, é divergente na doutrina, mas atualmente a não homologação tem ensejado as multas.
Súmula nº 330 do TST – EFICÁCIA LIBERATÓTIA
A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, consequentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo.
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.
Art. 477 (...) § 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.
FORMALIDADESRESCISÓRIAS
Objetivo: isenção e transparência. A isenção deve ser válida, eficaz e produtiva (de efeitos).
Art. 477, §1º e 3º, Art. 500, CLT
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho.
Empregado estabilidade provisória (garantia de emprego)
Se houver previsão em acordo ou convenção coletiva o empregado com menos de 1 ano de serviço pode ter como obrigatória a homologação no sindicato
Pedido de demissão/quitação da rescisão + de 1 ano de serviço na empresa
Art. 439, CLT – menor de 18 anos não pode quitar as verbas da rescisão contratual sem assistência do responsável legal, ele pode dar quitação apenas das parcelas recebidas ao longo do contrato. Se ele tiver + de um ano na empresa a rescisão ainda deve ser homologada (dupla assistência).
A maioridade trabalhista só é atingida completados os 18 anos de idade, mesmo com a emancipação. 
Art. 7º, XXXIII, CF
Súmula nº 379 do TST – dirigente sindical
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
Art. 477, §7º, CLT – ato de assistência sem ônus às partes
§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador.
Art. 477, §4º, CLT – meios de pagamento:
Dinheiro
Cheque
Depósitos em conta corrente 
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado
Se a dívida decorrer da relação de trabalho, se for uma dívida civil não há compensação nas verbas rescisórias.
AULA 8 – 19.08.16
DESPEDIDAS INDIVIDUAIS X COLETIVAS
Dispensa coletiva: características:
Único motivo, p. ex. crise econômica.
Pluralidade de contratos sem substituição de empregados (grupo significativo de trabalhadores)
A análise do grupo significativo deve ser feita no caso concreto, é um critério relativamente objetivo.
Desligamento simultâneo
Todas as dispensas coletivas só serão válidas se houver uma negociação coletiva, uma intervenção direta do sindicato. Imprescindibilidade da negociação coletiva - precedente: 
Decisão 10/08/09 (caso Embraer X sindicato dos trabalhadores metalúrgicos de São José dos Campos)
Dissídio coletivo nº 00309.2009.000.15.00-4
Quando não há negociação coletiva a justiça do trabalho pode decretar a reversão da dispensa.
Forte impacto social
Art. 7º, XXVI, CF
Art. 8º, III, VI, CF
Convenção nº 154, OIT, art. 2º ratificada – Dec. Nº 1256/94
Convenção nº 158, OIT, Art. 13, §1º - não ratificada
Apesar da ausência de legislação específica sobre a obrigatoriedade da negociação coletiva, essa ideia pode ser entendida pelos princípios do direito do trabalho.
AVISO PRÉVIO
O aviso prévio é um pré-aviso, é uma comunicação da resilição do contrato por parte do empregado ou do empregador.
Natureza jurídica tridimensional – o A.P pode ser enxergado sob três aspectos:
É uma declaração de vontade de terminar o contrato de trabalho
Comunicação com antecedência à parte contrária
Prazo de término do contrato de trabalho
Deve haver sempre a integração do aviso prévio no contrato de trabalho. Este é considerado contrato de trabalho para todos os fins. Isto é, último dia do contrato de trabalho é o ultimo dia do aviso prévio com a proporcionalidade prevista na lei. 
CLT
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
OJ’s 82 e 83 SDI-I, TST
82. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997)
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.
83. AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO (inserida em 28.04.1997)
A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art. 487, § 1º, da CLT.
Súmula nº 203 do TST
A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais.
Contratos a termo o aviso prévio é excepcional como regra – com a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão (art. 481, CLT) aplica-se os princípios da rescisão de um contrato indeterminado incidindo, portanto o aviso prévio.
Art. 7, XXI, CF – prazo mínimo 30 dias. 
Lei nº 12506/11 – 13/10/11
Súmula nº 380 do TST
AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 122 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. (ex-OJ nº 122 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
Modalidades de aviso prévio
Trabalhado 
Indenizado (o aviso prévio “cumprido em casa” se encaixa aqui)
Modalidade de cumprimento: art. 488, CLT
Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 7.093, de 25.4.1983)
Súmula nº 230 do TST
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
A negociação entre as partes para o cumprimento das 2h previstas no art. 488 é ilegal pois vai de encontro com o objetivo desse artigo, pois o empregado não terá oportunidade para procurar outro emprego.
CLT
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado.
A reconsideração deve ser feita antes do termo do aviso, se não houver não transmuda o pedido de demissão. 
Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.
Súmula nº 73 do TST - transmudação da modalidade de rescisão para dispensa com justa causa.
A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisóriasde natureza indenizatória.
Súmula nº 276 do TST – não se aplica ao pedido de demissão
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.
A obtenção de novo emprego supre a necessidade de indenização do aviso prévio. Mesmo na dispensa sem justa causa, se o empregado obter novo emprego ele não recebe o A.P. Direito X dever do aviso prévio nas modalidades de rescisão.
AULA 9 – 20.08.16 (SÁBADO)
CONTINUAÇÃO AVISO PRÉVIO
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.218, de 11.4.2001)
§ 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Súmula nº 305 do TST
O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS.
OJ 14, SDI-I, TST
Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
Súmula nº 354 do TST – GORJETAS
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
Valor do aviso prévio: salário mensal + todas parcelas habituais pagas ao empregado (horas extras, adicionais etc)
As gorjetas não são parcelas pagas pelo empregador, por isso não é levando em conta para o cálculo do aviso prévio.
DISPENSA ARBITRÁRIA – LIMITAÇÕES
A dispensa arbitrária é a regra geral, mas há situações que o empregador só pode dispensar o empregado por justa causa. 
Art. 7º, I, CF – norma de eficácia limitada. 
A proteção contra a dispensa arbitrária prevista na constituição para ter eficácia plena depende de lei complementar Não é possível dizer que há essa proteção no ordenamento justrabalhista.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
CF - ADCT
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966;
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 
Garantias de emprego 
As garantias de emprego também são chamadas de estabilidade provisória, mas essa nomenclatura não está tecnicamente certa, pois a ideia de estabilidade é sempre definitiva. 
Garantia de emprego – gestante 
Art. 10, II, ADCT
A garantia de emprego da gestante vai da confirmação da gravidez (1º fato gerador), isto é da data da concepção, até cinco meses após o parto (2º fato gerador).
Confirmação da gravidez até os meses após o parto:
A confirmação da gravidez se dá na data da concepção;
O parto é considerado a partir do 23ª semana da gravidez, ainda que a criança nasça morta ou ocorra aborto não criminoso.
Parto – dar À luz – Instrução normativa nº 11 INSS, 20/09/06 – Art. 236, §2º - 23ª semana.
Art. 236. O salário-maternidade é devido à segurada empregada, à trabalhadora avulsa, à empregada doméstica, à contribuinte individual, à facultativa e à segurada especial, durante 120 (cento e vinte) dias, com início até 28 (vinte e oito) dias anteriores ao parto e término 91 (noventa e um) dias depois dele, considerando, inclusive, o dia do parto.
§ 1º O parto é considerado como fato gerador do salário-maternidade, bem como a adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
§ 2º Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.
Aplica-se à empregada doméstica também.
A garantia de emprego em caso de aborto só é válida se o aborto ocorrer após a 23ª semana de gravidez.
Se a empregada pede demissão, a garantia não se aplica, pois é uma garantia contra a dispensa arbitrária.
Há possibilidade de converter a garantia de emprego em indenização substitutiva, quando a reintegração não for mais possível, ainda que passado o prazo da garantia, se ocorrer dispensa pelo desconhecimento da gravidez.
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
OJ 399 SDI-I, TST 
O ajuizamento de ação trabalhista após decorrido o período de garantia de emprego não configura abuso do exercício do direito de ação, pois este está submetido apenas ao prazo prescricional inscrito no art. 7º, XXIX, da CF/1988, sendo devida a indenização desde a dispensa até a data do término do período estabilitário.
Ação ajuizada depois de expirado o prazo de estabilidade? Súmula 244 c/c 396, TST
Súmula nº 244 do TST
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
 III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
Aplicável aos contratos por prazo determinado – indeterminação?
A jurisprudência admite a garantia mesmo no caso de contrato determinado.
Há divergências doutrinárias acerca dos efeitos da garantia de emprego no contrato determinado. Alguns defendem que ocorre prorrogação do contrato determinado e outros admitem a indeterminação do contrato.
Súmula nº 396 do TST
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
Estabilidade # licença maternidade (120 dias)
A licença maternidade é hipótese de interrupção sui generes do contrato, pois quem custeia é o INSS, mas continua sendo considerado hipóteses de interrupção.
A licença é de 180 dias apensa na hipótese da empresa ser participante do programa empresa cidadã.
No caso de doção ou guarda de crianças não há garantia gestante pela ausência os fatos geradores, mas aplica-se a licença maternidade. 
AULA 10 – 22.08.16
Garantia de emprego - dirigente sindical
Aqui, o destinatário final é a categoria e não somente o empregado dirigente.
Inamovibilidade – Art. 469, CLT, Súmula 369, TST.
Inquérito judicial (ainda que supostamente haja justa causa)
Estabilidade/garantia de empregoArt. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. 
 § 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita. 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
§ 4º - Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei.
§ 5º - Para os fins dêste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à emprêsa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a êste, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do 
§ 6º - A emprêsa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe a sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à penalidade prevista na letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. 
Súmula nº 369 do TST
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Súmula nº 379 do TST
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. 
Destinatário final: categoria profissional
Fatos geradores da garantia:
Registro da candidatura
Eleição
Estende-se ao titular e ao suplente.
Art. 8º, inciso VIII, CF.
O tempo do mandato do dirigente sindical não está previamente estipulado, varia de acordo com o sindicato. NÃO É POSSÍVEL PREVER O PERÍODO DA GARANTIA (diferente do dirigente da CIPA).
Registro da candidatura: comunicação
Art. 543, §5º, CLT – 24h
O desconhecimento não afasta a garantia – súmula 369, I, TST
Composição do sindicato: art. 522, CLT.
Limitação da garantia para o sindicato: 7 dirigentes e 7 suplentes
OJ, 365 e 369, SDI-I, TST
365. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA (DJ 20, 21 e 23.05.2008) 
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
369. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICÁVEL. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)
 O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
Empregados de categoria diferenciada – súmula 369, TST. 
O sindicato pelo qual foi eleito dirigente deve ser pertinente à atividade exercida na empresa.
O registro da candidatura durante o período de A.P. não lhe assegura a estabilidade.
Garantia de emprego – Membro da CIPA
Nem todos os empregados membros da CIPA são beneficiados com a garantia, apenas aqueles eleitos.
Destinatário: categoria profissional
Constituição Paritária
Portaria nº 3214/78, MTR
NR 05
Art. 164, CLT: representantes dos empregados. 
Eleição: §§1º, 2º e 5º
Início: registro da candidatura até 1 anos após o mandato (registro e eleição)
Dispensada a comunicação ao empregador.
Art. 165, CLT – dispensa arbitrária – conceito diferente para os membros da CIPA.
Reintegração X indenização substitutiva (nos casos que não é possível a reintegração). 
Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. 
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s).
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. 
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. 
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. 
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. 
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. 
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. O empregador deve comprovar o motivo!
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado
ADCT
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
Súmula nº 339 do TST – titular e suplente
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de serquando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003).
AULA 11 – 29.08.16
GARANTIA DE EMPREGO ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA
Início: alta médica decretada pelo INSS – cessação auxílio doença 
Prazo: 12 meses após a cessação do benefício
Lei nº 8213/91
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Pressupostos: afastamento superior a 15 dias e percepção do auxílio doença acidentário. 
Auxílio doença comum X Auxílio doença acidentário (DO INSS)
O auxílio doença comum oferecido pela Previdência não é pressuposto para a garantia de emprego, apenas o auxílio doença acidentário!
Auxílio doença acidentário X Auxílio acidente 
O auxílio doença acidentário é recebido pelo empregado pelo INSS após 15 dias de afastamento do trabalho.
O auxílio acidente é recebido pelo empregado que retorna debilitado ao trabalho
Contrato de trabalho suspenso 
Lei nº 8036/90
Art. 15. (...)
§ 5º  O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
Dec. nº 99.684/90
Art. 28. O depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também nos casos de interrupção (sui generis) do contrato de trabalho prevista em lei, tais como:
III - licença por acidente de trabalho;
O depósito do FGTS é obrigatório na licença por acidente de trabalho.
Lei nº 8213/91 – art. 19 a 23
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço* de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Acidente de trabalho típico* – ocorre por força do trabalho
Acidente não típico (art. 21) – ocorre no intervalo por motivo de força maior ou durante o trajeto (casa-trabalho, trabalho-casa). 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, (...)
II - doença do trabalho (...)
São equiparadas ao acidente do trabalho para os fins da garantia de emprego acidentário as doenças ocupacionais em decorrência do trabalho. Doença profissional adquirida devido à função (p. ex. LER). Doença do trabalho adquirida em função das condições do trabalho que exerce (p. ex. perda auditiva em razão dos ruídos).
Doença profissional - nexo de causalidade com a função
Doença do trabalho – origem no meio ambiente do trabalho
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
CLT
Art. 30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado.
Súmula nº 378 do TST
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. 
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. 
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
GARANTIA DO TRABALHADOR REABILITADO OU DO DEFICIENTE HABILITADO
Garantia indireta, não é propriamente dita uma garantia de emprego, garantia para a sociedade, oportunidade para os deficientes. A empresa só pode dispensar um empregado reabilitado ( ou deficiente) se contratar outro em igual condição.
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados...........................................................................................2%;
II - de 201 a 500......................................................................................................3%;
III - de 501 a 1.000..................................................................................................4%;
IV - de 1.001 em diante. .........................................................................................5%.
§ 1o A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social.
GARANTIA REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES CONSELHO CURADOR DO FGTS
Lei n. 8036/90
Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo.
AULA 12 – 02.09.16
GARANTIA – REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES – CONS. CURADOR DO FGTS
Lei nº 8036/90
Art. 3o  O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo.
§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato (2 anos) de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical.
Fiscalização do recolhimento das contas do FGTS
A garantia em relação ao membro da CIPA não se estende para as outras modalidades de garantia no que diz respeito aos motivos específicos de falta grave (art. 165).
GARANTIAS – TRABALHADORES EM ATIVIDADE NOS CONSELHO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL
Art. 295, II, b, Dec. 3048/99 “da nomeação até 1 ano após o término do mandato”.
Art. 295. O Conselho Nacional de Previdência Social, órgão superior de deliberação colegiada, terá como membros:
I - seis representantes do Governo Federal; e
II - nove representantes da sociedade civil, sendo:
a) três representantes dos aposentados e pensionistas;
b) três representantes dos trabalhadores em atividade; e
c) três representantes dos empregadores.
§ 1º Os membros do Conselho Nacional de Previdência Social e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez.
Art. 301. Aos membros do Conselho Nacional de Previdência Social, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada mediante processo judicial.
Detém garantia de emprego da nomeação até um ano após o término do mandato, inclusive suplentes.
GARANTIA – EMPREGADOS ELEITOS DIRETORES DE SOCIEDADE COOPERATIVAS
Lei nº 5764/71
Art. 55. Os empregados de empresasque sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Registro da candidatura – até 1 ano após o término do mandato
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
OJ 253, SDI-I, TST
O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.
Não incluem os suplentes
Art. 4º Lei nº 5764/71 
Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características (...)
PRECEDENTES NORMATIVOS – TST
Nº 77 EMPREGADO TRANSFERIDO. GARANTIA DE EMPREGO (positivo)
Assegura-se ao empregado transferido, na forma do art. 469 da CLT, a garantia de emprego por 1 (um) ano após a data da transferência.
O empregado precisa de um tempo para a reorganização da sua vida no novo lugar de moradia e emprego.
Nº 80 SERVIÇO MILITAR. GARANTIA DE EMPREGO AO ALISTANDO (positivo)
Garante-se o emprego do alistando, desde a data da incorporação no serviço militar até 30 dias após a baixa.
Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo)
Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia.
Garantia de emprego – portadores do vírus HIV
Súmula nº 443 do TST
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.
Convenção 122/64, OIT, Recomendação 200/10.
Inversão do ônus da prova /presunção. O empregador tem que provar que a dispensa não foi discriminatória, isto é, ele deve imputar um motivo plausível para justificar a dispensa. A alegação do desconhecimento da doença pelo empregador não tem sido aceita como justificativa para a dispensa. 
Essa garantia não tem prazo para acabar, pois a AIDS não tem cura, assim como outras doenças sexualmente transmissíveis.
DISPENSA POR JUSTA CAUSA
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: ROL EXEMPLIFICATIVO
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. 
REQUISITOS DE VALIDADE:
Tipicidade: é necessário o enquadramento da conduta do empregado a uma das hipóteses previamente prevista em lei, mas há a plasticidade dessas hipóteses, tendo em vista a redação genérica dada pelo legislador. 
Gravidade: a conduta deve grave o suficiente, a justa causa é a penalidade mais grave prevista na legislação justrabalhista. A gradação punitiva não é obrigatória.
Nexo causal entre a falta e a pena.
Proporcionalidade: gradação punitiva (advertência, suspensão disciplinar, art. 474 CLT e demissão). A gradação é necessária quando couber no caso concreto, tem caráter pedagógico.
AULA 13 – 09.09.16
CONTINUAÇÃO
Singularidade: princípio do “non bis in idem”
Imediaticidade: o empregador deve punir o empregado que comete a falta imediatamente. Evita o perdão tácito. A imediaticidade também é caracterizada quando é instaurado um procedimento de apuração dos fatos, no caso de uma empresa grande.
Inalteração da punição: tem relação com a singularidade, garante uma segurança para o empregado
Ausência de discriminação
Caráter pedagógico da punição
ART. 482, CLT – JUSTA CAUSA
Enquadramento multifacetário
a) ato de improbidade;
Ato de desonestidade (furto e atestado falso p. ex.)
Godinho defende que o ato deve ter necessariamente natureza patrimonial
A jurisprudência entende que o ato pode ter qualquer intenção desonesta não restrita à natureza patrimonial. Essa discussão não é pacífica.
incontinência de conduta ou mau procedimento;
A incontinência de conduta é considerada uma espécie de mau procedimento, tem necessariamente natureza sexual. 
Teoria da irradiação do estabelecimento patronal (p. ex. gerente de banco que tem contato de cliente a assedia e manda imagens pornográficas, empregado vestido com uniforme da empresa que pratica violência em bar). Só é possível identificar essa teoria no caso concreto, em que o empregado pratica atos de incontinência fora do estabelecimento patronal, mas que vinculem a empresa de alguma forma.
Mau procedimento tem natureza residual. É um ato deseducado; fere as normas de convivência mínimas; causa constrangimento.
Assédio moral – ato de perseguição reiterado de um funcionário com outro.
Gradação punitiva
negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
O ato de concorrência dispensa a habitualidade
A negociação que cause prejuízo ao serviço deve ser habitual p. ex. empregado que vende produtos diversos no expediente de trabalho. Deve haver gradação punitiva.
Cláusula de exclusividade prevista no contrato – o empregado não pode oferecer seus serviços fora da empresa ainda que não haja concorrência. Isso não ocorre p. ex. com uma manicure que oferece seus serviços fora do salão onde trabalha no dia em que não esteja trabalhando.
AULA 14 – 12.09.16
CONTINUAÇÃO
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
Crimes sem relação com o trabalho
Prisão cautelar – suspensão do contrato
Requisitos: transito em julgado +que não tenha havido suspensão da execução da pena
Ainda que o empregado cumpra pena em regime semiaberto, não é possível dispensá-lo por justa causa, pois a pena não impede que ele trabalhe. 
A justa causa nesse caso se for incompatível com o trabalho. 
e) desídia no desempenho das respectivas funções;.
Desídia: desleixo/falta de comprometimento
A conduta deve ser intencional, é diferente de incompetência. Se o empregador constata a falta de comprometimento desde o começo do contrato de trabalho, não configura o desleixo, mas sim incompetência. 
Há uma prática reiterada da conduta, ocasionando a gradação punitiva. 
embriaguez habitual ou em serviço;
Há duas hipóteses: embriaguez habitual e a embriaguez em serviço.
A embriaguez em serviço não precisa ser habitual, pois já é relevante o suficiente. P. ex. motorista de van que bebe durante o expediente. 
A embriaguez habitual deve trazer algum prejuízo no desempenho das funções.
Embriaguez – substância entorpecenteA constatação da síndrome da dependência alcoólica (ou química) é óbice à dispensa com justa causa. Deve haver a suspensão do contrato e um posterior afastamento do empregado.
Violação ao segredo da empresa
Aqui, são informações confidenciais fornecidas pelo empregado a alguém que tragam prejuízo para a empresa. 
Ato de indisciplina ou de insubordinação
Descumprimento injustificado de ordem patronal
A natureza da ordem difere a indisciplina da insubordinação
Indisciplina: ordens gerais/impessoais.
Insubordinação: ordens específicas/emprego determinado. 
Ordens lícitas X Direito de resistência: o ato de indisciplina só se aplica no caso de ordens lícitas, caso contrário o empregado tem o direito de resistência e pode descumprir a ordem que seja ilícita ou contra a moral e os bons costumes. 
Abandono de emprego
Elemento objetivo: afastamento propriamente dito
Elemento subjetivo: animus abandonandi, intenção de abandonar o emprego. 
Afastamento superior a 30 dias após a cessação de qualquer benefício.
Presunção relativa de abandono quando o empregador constata que o empregado já está em outro emprego p. ex. 
Súmula nº 32 do TST - aplicação analógica
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.
ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem.
No serviço: contra qualquer pessoa 
Teoria da irradiação do estabelecimento patronal 
Excludente de ilicitude: legítima defesa proporcional até a cessação da violência 
ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Fora (e dentro) do trabalho: contra o empregador ou superior hierárquico
Excludente de ilicitude: legítima defesa até a cessação da violência
Prática constante de jogos de azar.
Não foi recepcionado pela CF de 1988

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