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Trabalho - Morfologia de Microrganismos (fungos e bactérias)

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Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim 
Disciplina Microbiologia Ambiental - Engenharia Ambiental 
 
 
 
Trabalho: Morfologia de Microrganismos 
 
Podemos considerar microrganismos como organismos microscópicos os quais, em sua 
maioria, não podem ser observados a olho nu. Além disso, eles são seres ubíquos podendo habitar 
diversos ecossistemas e estabelecendo relações de mutualismo, parasitismo e comensalismo com 
outros organismos. 
Para que ocorra a síntese e desenvolvimento das funções normais dos componentes celulares, 
os microrganismos precisam de algumas substâncias nutritivas as quais são encontradas através 
de compostos orgânicos e/ou inorgânicos. A maioria dos microrganismos são benéficos de algum 
modo sendo responsáveis pela manutenção do planeta. Porém, cerca de 1% são patógenos, 
podendo causar danos aos outros organismos. 
 
Bactérias 
 
As bactérias são organismos procariontes e unicelulares, apresentando uma morfologia 
simples. São encontradas nas formas de cocos, bacilos e espiralados mais frequentemente, sendo 
essas usadas na área da saúde e indústria. Outras duas formas existentes são quadradas e 
estreladas, as quais raramente são encontradas. Essas formas podem ainda se agrupar formando 
diversos arranjos, como por exemplo diplococos e estafilococos. 
 
Figura 1. Morfologia das bactérias: (1) cocos; (2) bacilos; (3) vírgulas; (4) espirilos; (5) 
espiroquetas; (6) cocobacilos; (7) estrela; (8) quadrada. 
 
Fonte: portal.virtual.ufpb.br/ 
 
 
 
 
 
 Estrutura da célula bacteriana e suas funções 
A organização celular das bactérias apresenta-se de maneira simples por ela ser procariontes, 
não possuindo organelas. Uma importante característica é a ausência de carioteca e histonas no 
seu material genético. 
 
Figura 2. Estrutura celular bacteriana. 
 
Fonte: portal.virtual.ufpb.br/ 
 
A cápsula é composta por polissacarídeos ou polipeptídeos, servindo como estrutura 
antifagocitária. Suas funções consistem em aumentar a capacidade invasiva, participar da adesão 
celular e reservar água e nutrientes. 
O flagelo é constituído da proteína flagelina e possui um corpo basal, o qual une-se à 
membrana plasmática, um gancho, o qual é rígido e realiza movimentos giratórios, e um filamento 
longo. Sua principal função é dar movimento à célula. 
As fímbrias são constituídas da proteína pilina e se assemelham à pelos ao redor da parede 
celular, tendo como principal função a aderência às células dos hospedeiros. Algumas bactérias 
podem apresentar uma fímbria sexual, a qual conduz material genético durante a conjugação. 
A parede celular está presente na maioria das bactérias e pode variar em sua composição 
química, dividindo-as em grupos como, por exemplo, Gram positivas, Gram negativas e BAAR 
(bacilo álcool ácido resistente). As finalidades da parede celular são dar forma à célula e aumentar 
a resistência às adversidades da pressão osmótica. 
A membrana plasmática possui uma composição fosfolipídica a qual forma uma bicamada 
fluida bipolar, ou seja, na sua parte externa é hidrofílica e na sua parte interna, hidrofóbica. Ela é 
importante para controlar o fluxo de entrada e de saída de substâncias na célula (permeabilidade 
seletiva), para transportar elétrons e para produzir energia. Além disso, a membrana possui 
mesossomo que exerce importante função no processo de multiplicação bacteriana. 
Os plasmídeos estão presentes somente em algumas bactérias, podendo conter um ou mais. 
Sua composição apresenta DNA de fita dupla, circular e extracromossomais conferindo aos seus 
genes produção de enzima e toxina, resistência e fertilidade. Além disso, os plasmídeos são 
autoreplicativos e as bactérias podem recebê-los ou perdê-los sem prejudicar sua célula. 
As inclusões são depósitos de reserva como, por exemplo, os grânulos metacromáticos que 
reservam fosfato inorgânico. 
O citoplasma é uma substância aquosa na qual estão imersas proteínas e enzimas da célula 
como, por exemplo, os ribossomos e o material nuclear. 
Os ribossomos possuem aparência granular, podendo ter centenas a milhares deles no 
citoplasma celular. São proteínas (RNA ribossômico) com a função da síntese proteica. Os 
ribossomos podem ser um alvo importante para drogas antibacterianas. 
O material nuclear é constituído por uma fita dupla e circular de DNA, contendo todas as 
informações genéticas necessárias. Ele está disperso no citoplasma e não apresenta histonas e 
membrana nuclear. 
 Coloração de Gram 
A técnica criada por Hans Christian Gram permite categorizar as bactérias em dois grupos e 
ficou conhecida como coloração de Gram, sendo de grande importância para a taxonomia e 
identificação das bactérias. 
Essa técnica segue o seguinte mecanismo: Primeiramente, as células bacterianas são tratadas 
com cristal violeta corando-as de púrpura. Após, recebem uma solução de iodo formando um 
complexo cristal violeta iodo dentro da célula e na etapa seguinte, trata-se as células com um 
agente descolorante como álcool ou acetona. Por último, as células bacterianas recebem um 
contrastante, podendo ser safranina ou fucsina básica, para que o citoplasma de um dos tipos de 
bactérias seja corado de rosa. 
A análise do resultado da técnica é bem simples, bastando apenas observar a coloração que a 
célula ganha ao final da sequência. Se ela ficar na cor púrpura significa que trata-se de uma 
bactéria Gram positiva e se ela ficar na cor rosa, trata-se de uma bactéria Gram negativa. A 
principal diferença entre as duas é em sua membrana externa, como pode-se observar na figura a 
seguir. 
 
Figura 3. Diferença entre bactérias Gram positivas e Gram negativas. 
 
Fonte: aems.com.br/ 
Ao lado esquerdo da figura 2 está a Gram positiva que possui uma membrana externa formada 
apenas por peptideoglicano. Já ao lado direito encontra-se a Gram negativa, com uma membrana 
externa mais complexa formada por lipídeos, peptideoglicano delgado e o espaço periplasmático, 
os quais perdem a cor púrpura ao serem tratados com um agente descolorante. 
 
 
 Esporos bacterianos 
 
Apenas bactérias Gram positivas conseguem formar endósporos, os quais são estruturas 
produzidas quando elas se encontram em circunstâncias adversas. Cada célula pode gerar um 
endósporo e ao ocorrer a lise da célula vegetativa, ele é liberado passando a ser denominado 
esporo. Essa estrutura apresenta resistência à altas temperaturas (até 121ºC), à radiação e à 
substâncias químicas, podendo sobreviver por centenas de anos. 
As principais bactérias formadoras de esporos são dos gêneros Bacillus e Clostridium que, em 
condições adequadas, propiciam o esporo a germinar e gerar uma célula vegetativa. A estrutura 
do esporo contém conteúdo nuclear, proteínas e cálcio, sendo revestido por membrana interna, 
dupla camada de peptideoglicano e capa externa de proteína. 
 
Figura 4. Etapas para produção do esporo bacteriano. 
 
Fonte: aems.com.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fungos 
 
Os fungos são organismos eucariotos, aclorofilados e heterotróficos, podendo ser unicelulares 
ou pluricelulares. Em sua maioria são sapróbios sobre material em decomposição ou parasitos de 
plantas e animais. Esses microrganismos crescem facilmente em meios à base de carboidrato ou 
batata, sendo imóveis em seu habitat natural. 
Os fungos desempenham importante papel no processo de compostagem por serem 
organismos decompositores e na alimentação por serem fontes de proteína, vitamina e 
aminoácido. Podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colônias de dois 
tipos: leveduriformes e filamentosos. 
 
Figura 5. Comparação entre as colôniasde fungos filamentosos e de leveduras, 
respectivamente. 
 
Fonte: portal.virtual.ufpb.br/ 
 
Figura 6. Principais diferenças entre as colônias de leveduras e de bolores (filamentosas). 
 
Fonte: ufjf.br/ 
 
 
 Estrutura da célula fúngica e suas funções 
Os fungos possuem célula eucariótica sem clorofila e com os constituintes mostrados na figura 
a seguir. 
Figura 7. Estrutura celular fúngica. 
 
Fonte: ufjf.br/ 
 
A parede celular é formada principalmente por manoproteína, glucanas, quitina e de alguns 
lipídeos e pigmentos. Sua função é dar forma ao fungo, evitar o choque osmótico e abrigar 
antígenos. 
A membrana plasmática é constituída por uma camada hidrofóbica e outra hidrofílica, 
atuando como barreira semipermeável para transportar ativa e passivamente substâncias. Possui 
também esteróis e glicolipídeos, sendo esse segundo importante para aderência às células do 
hospedeiro. 
O núcleo possui o genoma fúngico, agrupado em cromossomos lineares e composto por DNA 
de dupla fita em hélice. Também possui histonas associadas ao seu DNA. 
Os ribossomos são compostos por RNA e proteínas e são responsáveis pela síntese proteica, 
ocorrendo no citoplasma da célula. 
A mitocôndria possui seu DNA e ribossomos próprios, sendo composta por membranas 
fosfolipídicas e responsável pela fosforilação oxidativa. 
O retículo endoplasmático é uma membrana distribuída por toda célula em forma de rede e 
está ligada à membrana nuclear, podendo ter os ribossomos aderidos à ela. 
O aparelho de Golgi agrega internamente membranas e armazena substâncias que serão 
excretadas pela célula e os vacúolos armazenam substâncias de reserva (glicogênio). 
 
 
 
 Fungos Filamentosos 
Os fungos filamentosos são organismos eucariontes e multicelulares estritamente aeróbios, 
formados por uma estrutura vegetativa denominada hifas. Sua dimensão fica entre 5 e 10 μm, 
possuindo um crescimento apical e reproduzindo-se, em sua maioria, através de esporos. Tem 
uma exigência de temperatura entre 0 e 62°C e não precisam de luz para se desenvolverem. 
Denominados também de bolores, esses organismos vivem na forma de saprófitas, 
desempenhando importante papel ao absorver matéria orgânica morta. Além disso, tem aplicações 
em antibióticos, esteróis, aromatizantes, alimentação, enzimas, entre outras. Porém, podem causar 
algumas doenças como, por exemplo, micoses e rinites. 
As colônias filamentosas podem ter aspecto seco, algodonoso, aveludado ou pulverulento e 
são formadas pelas hifas que são elementos multicelulares em forma de tubo, apresentando três 
tipos morfológicos. 
Figura 8. Morfologia das hifas: (a) não-septadas; (b) septadas com células mononucleadas; 
(c) septadas com células multinucleadas. 
 
Fonte: eq.ufrj.br/ 
As hifas podem desempenhar função de reprodução ou podem ser vegetativas. Quando 
formam um conjunto, esse é chamado de micélio e se subdivide em contínuo ou septado. 
Figura 9. Estrutura dos fungos filamentosos. 
 
Fonte: ufjf.br/ 
 Fungos Leveduriformes 
 
As leveduras são organismos eucariontes, unicelulares e aeróbios facultativos, frequentemente 
encontrados em morfologia oval, arredondada ou elíptica e podem formar pseudo-hifas. Seu 
comprimento varia entre 5 e 16 𝜇m e seu crescimento pode ser afetado por falta de nutrientes e 
vitaminas. 
A reprodução em leveduras ocorre de forma assexuada (mais comum), através do brotamento 
ou gemulação (multiplicação vegetativa), ou de forma sexuada, através da esporulação (formação 
de ascos) devido estresse. Seu desenvolvimento depende de fatores como as condições do meio, 
a aeração, a agitação, os nutrientes e acidez disponíveis e a temperatura. 
As aplicações desses microrganismos são diversas, tendo como alguns exemplos seu uso em 
fermento de pães, bebidas, etanol combustível, medicamentos, enzimas, entre outros. As colônias 
leveduriformes podem ser de três aspectos: úmido, cremoso ou pastoso. 
 
Figura 10. Diversidade de leveduras: (1) Saccharomyces em fase de brotamento; (2) Candida 
sp. com pseudo-hifas; (3) Candida albicans com pseudo-hifas e clamidósporos. 
 
Fonte: portal.virtual.ufpb.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
[1] NASCIMENTO, José Soares do. Biologia de Microrganismos: Introdução à Microbiologia. 
Disponível em: <http://portal.virtual.ufpb.br/biologia/novo_site/Biblioteca/Livro_4/6-
Biologia_de_Microrganismos.pdf>. Acesso em: 02 ago. 2016. 
 
[2] AEMS - FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS ALAGOAS. Morfologia e estrutura da 
célula bacteriana. Disponível em: 
<http://www.aems.com.br/download/arquivos/30946/morfologia_e_estrutura_da_celula_bacteri
ana_aula_ii.pdf>. Acesso em: 02 ago. 2016. 
 
[3] BORGES, Francis Moreira. Morfologia e citologia dos fungos. Disponível em: 
<http://www.ufjf.br/microbiologia/files/2014/08/morfologia-e-citologia-dos-fungos.pdf>. 
Acesso em: 16 ago. 2016. 
 
[4] UFRJ. Fungos Filamentosos. Disponível em: 
<http://www.eq.ufrj.br/biose/nukleo/aulas/Microbiol/eqb353_aula_04.pdf>. Acesso em: 16 ago. 
2016. 
 
[5] LOPES, Jorge José Corrêa. Metabolismo de leveduras e a fermentação etanólica. Araras: 
UFSCar. Disponível em: <http://www.cca.ufscar.br/~vico/2 monitoramento/3 
LEVEDURAS.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2016.

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