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AULA 7

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AULA 7
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
Prof. THIAGO SERRANO
CONCEITO
Para Caio Mário, “a concorrência de
pluralidade subjetiva e unidade objetiva é
da essência da solidariedade que numa
obrigação em que concorram vários
sujeitos ativos ou passivos haja unidade de
prestação, isto é, cada um dos credores
tem o poder de receber a dívida inteira, e
cada um dos devedores tem a obrigação
de solvê-la integralmente”.
SOLIDARIEDADE E 
INDIVISIBILIDADE
 A origem da obrigação solidária é puramente técnica.
 Art. 265, CC: A solidariedade não se presume; resulta
da lei ou da vontade das partes.
 Informativo 481, STJ: Diferenciação entre obrigação indivisível e
obrigação solidária.
 1. Relação objetiva X Relação subjetiva;
 2. A morte faz cessar a solidariedade, enquanto a indivisibilidade
subsistirá enquanto a prestação a suportar;
 3. Conversão da obrigação em perdas e danos faz cessar a
indivisibilidade, subsistindo a solidariedade.
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA
 Não há no Código Civil qualquer texto que a institua, só
restando a vontade ou a legislação esparsa como fonte
geradora.
 Ensina Sílvio de Salvo Venosa (2008, p. 107) que a
“importância prática desta modalidade das obrigações é
escassa, já que não tem outra utilidade se não servir como
mandato para recebimento de um crédito em comum, o
que pode ser feito por mandato típico”.
 O pagamento feito a qualquer credor, antes da prevenção
judicial, tem poder liberatório (art. 268, CC).
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA
 Art. 271, CC: Convertendo-se a prestação em perdas e
danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
 Mesmo convertendo-se a obrigação em perdas e danos
permanece a solidariedade. Nas obrigações indivisíveis a
conversão em perdas e danos transforma a obrigação em
divisível. Obrigação de dar (pagamento da quantia
devida).
 Art. 274, CC: O julgamento contrário a um dos credores
solidários não atinge os demais, mas o julgamento
favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal
que o devedor tenha direito de invocar em relação a
qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
2015)
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
PASSIVA
 Possibilidade de opção de demanda pelo credor (art.
275, CC).
 Possibilidade de chamamento ao processo dos
demais devedores solidários.
 Art. 130, CPC/2015: É admissível o chamamento ao
processo, requerido pelo réu: III - dos demais
devedores solidários, quando o credor exigir de um
ou de alguns o pagamento da dívida comum.
 Enunciado 348 da IV Jornada de Direito Civil.
 O p. único do art. 275, CC impede a supressio.
 Responsabilidade pelas perdas e danos (art. 279, CC).
RESPONSABILIDADE NA
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PASSIVA
 Art. 279, CC: Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos
devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o
equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
 Caso um imóvel seja locado a dois devedores tenha um débito de
10.000, o locador poderá cobrá-lo de qualquer um. Mas se um dos
locatários causou um incêndio no imóvel, gerando prejuízo de
100.000, apenas este responderá, além do valor da dívida. A dívida
locatícia, no entanto continua podendo ser cobrada de qualquer
um dos dois.
 Art. 280, CC: Todos os devedores respondem pelos juros da mora,
ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o
culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
REMISSÃO (= PERDÃO)
Na solidariedade ativa opera-se, efeito
geral, a extinção da obrigação (art. 272,
CC).
Na solidariedade passiva opera-se, efeito
geral, a extinção até a concorrência da
quantia remitida (art. 277, CC).
RENÚNCIA
A renúncia à solidariedade passiva não deve
ser confundida com a remissão da dívida, pois
exonerado um ou mais devedores, subsistirá a
solidariedade em relação aos demais
codevedores (art. 282, CC).
 Enunciado 350 da IV Jornada de Direito Civil:
“A renúncia à solidariedade diferencia-se da
remissão, em que o devedor fica inteiramente
liberado do vínculo obrigacional inclusive no
que tange ao rateio da quota do eventual
codevedor insolvente, nos termos do art. 284,
CC”.
MORTE
 Na solidariedade ativa os herdeiros do credor podem
exigir a totalidade da dívida em conjunto, mas
individualmente só poderão receber sua respectiva
quota parte (art. 270, CC).
 Na solidariedade passiva os herdeiros do devedor
devem pagar a totalidade da dívida em conjunto, mas
individualmente só deverão pagar de acordo com suas
respectivas quotas partes, sempre dentro das forças da
herança (art. 276, CC).
 Art. 1.997, CC: A herança responde pelo pagamento
das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só
respondem os herdeiros, cada qual em proporção da
parte que na herança lhe coube.
CONTRATO DE LOCAÇÃO 
E FIANÇA
Há solidariedade entre locadores e
locatários pela Lei 8.245/91.
Existência do benefício de ordem e a
possibilidade de sua renúncia.
A sub-rogação do fiador (arts. 831; 346, III;
285, CC).
A responsabilidade solidária dos fiadores.

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