Buscar

Pensadores Clássicos - Sócrates, Platão e Aristóteles

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
JÚLIA DE OLIVEIRA SALIM JOSÉ
PENSADORES CLÁSSICOS: 
SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
Florianópolis
2016
JÚLIA DE OLIVEIRA SALIM JOSÉ
PENSADORES CLÁSSICOS:
SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina na disciplina de Teoria do Conhecimento como pré-requisito para a conclusão do primeiro período.
Florianópolis
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 3
DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 4
SÓCRATES.............................................................................................. 4
Biografia......................................................................................................... 4
Ideias/ Teorias................................................................................................ 4
Método............................................................................................................ 5
Contribuições................................................................................................. 5
Obras............................................................................................................... 6
Curiosidades.................................................................................................. 6
PLATÃO...................................................................................................7
Biografia................................................................................................ 7 
Ideias/ Teorias....................................................................................... 7
Método.................................................................................................. 8
Contribuições........................................................................................ 9
Obras..................................................................................................... 9
Curiosidades.......................................................................................... 10
ARISTÓTELES.......................................................................................... 11
Biografia...............................................................................................11
Ideias/Teorias........................................................................................11
Método.................................................................................................12
Contribuições.......................................................................................12
Obras....................................................................................................14
Curiosidades........................................................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................16
INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz como objetivo a apresentação de três importantíssimos filósofos, que contribuíram ativamente para o conhecimento do mundo como temos hoje: Sócrates, Platão e Aristóteles. Através da apresentação de suas biografias, ideias, métodos, contribuições, obras e curiosidades, buscamos conhecer melhor esses expoentes da filosofia.
Sócrates, com sua célebre frase, “só sei que nada sei” (apud FILOSOFIA, Marilena Chaui. 2.ed.2015), traz para nós a importância do autoconhecimento, carcaterística importante para exercer a filosofia. Além disso, ele é considerado um dos maiores filósofos que contribuíram para a contemporaneidade, como afirma o historiador A.E. Taylor: [...] duas figuras históricas que exerceram a mais profunda influência na vida da humanidade – Jesus e Sócrates [...]” (apud SÓCRATES: VIDA E OBRA. Consultoria de José Américo Motta Pessanha).
Platão traz, com sua teoria das ideias, o idealismo, ainda muito presente em nossa sociedade. Mas, além disso, suas contribuições são muito importantes para a atualidade, principalmente seu pensamento avançado em relação à educação. “Platão é do mais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar” (apud Sérgio Augusto Sardi, professor da PUC-RS).
Já Aristóteles traz uma modernização do pensamento de ambos, contribuindo ainda mais para o pensamento da modernidade, inclusive chegando muito perto do modo como tratamos certos assuntos hoje. Por exemplo, temos sua observação metódica e curiosa de tudo o que o cercava, que nos deu base para a evolução da ciência até os dias de hoje.
Portanto, mesmo com poucos exemplos sobre a importância de Sócrates, Platão e Aristóteles, já não é mais possível negar a sua influência na contemporaneidade e a necessidade de um estudo sobre sua vida, obra e pensamento para se poder entender a evolução da nossa sociedade.
DESENVOLVIMENTO
 SÓCRATES	
Biografia
Nascido por volta do ano 470 a.C. em Atenas, Sócrates, filho de um escultor e de uma parteira, recebeu uma educação clássica para a época, envolvendo ginástica, música e gramática. Mesmo assim, optou por viver a idade adulta, na época do esplendor de Atenas e da democracia ateniense, de maneira humilde, ensinando gratuitamente em praça pública. Sobre sua juventude, pouco se sabe, uma vez que não há documentos históricos comprovando sua existência; há, somente, documentos de caráter filosófico ou poético que o trazem como personagem. O pouco que é conhecido de sua vida, além dos fatos acima citados, é seu casamento com Xantipa, com quem teve três filhos, e a figura de seu mestre, Aquelau. Sócrates morreu ao beber do veneno cicuta, sentença normal para a época e que, em sua opinião, era preferível em relação a ter que parar de filosofar ou ter que admitir estar errado em todas as suas afirmações anteriores. Só recebeu a sentença por ser acusado de corromper os jovens e de praticar o ateísmo, ou impiedade. Entretanto, ele acreditava tanto em um deus supremo que via os princípios universais de ordem e justiça como originários dele.
Ideias/Teorias
Sócrates definiu como ponto de partida para a prática da filosofia a confiança no homem como um ser racional e o reconhecimento de sua própria ignorância, e para se adquirir conhecimentos verdadeiros, o autoconhecimento. Assim, somente por meio da razão, envolvendo reflexão e o trabalho do pensamento, seria possível alcançar a purificação intelectual e a formulação de um conceito, o qual é universal e intemporal. Este conceito seria o que o pensamento conhece da essência, definição pura e verdadeira daquilo que algo é. Para ele, opiniões e percepções sensoriais são falsas, mentirosas, mutáveis, contraditórias e devem ser abandonadas, pois não são fontes confiáveis de conhecimento. Portanto, o filósofo, aquele que tem amor pela sabedoria e respeito pela verdade, não deveria levar em consideração as impressões fornecidas por nossos sentidos. 
Este filósofo trouxe como inovação dentro da história da filosofia o pensamento voltado para o homem, motivo pelo qual o período filosófico em que se encontra é chamado de socrático ou antropológico. Para ele, o homem devia, acima de tudo, preservar a integridade de sua alma conhecendo e praticando o bem, ou seja, conhecendo e fazendo o que dava felicidade ao seu ser e alma. Assim, ninguém comete um erro conscientemente; um homem o comete devido a sua ignorância a respeito do bem e do bom, que signficava ser útil para ser feliz. Por isso, os bens só eram úteis se trouxessem felicidade ao dono. Portanto, em uma filosofia antropológica voltada à felicidade, este conceito não podia deixar de ser universal, tornando o que é certo e errado para um, válido para todos.Método
Seu método, chamado simplesmente de método socrático, consiste em uma análise conceitual, ou seja, em fazer perguntas elaboradas com a finalidade de buscar a definição de determinada coisa, geralmente uma virtude ou qualidade moral. É um método complexo que pode ser dividido em duas partes complementares entre si: ironia e maiêutica. O primeiro passo é o diálogo, que, segundo ele, facilitava a argumentação. Depois, começava a etapa da ironia, que nada mais era do que elaboração de perguntas sobre o tema em discussão, procurando destruir o conceito formulado sem a presença da razão e da reflexão. Após a realização dessa primeira etapa, passa-se para a tentativa de criação de um novo conceito a partir dos erros do primeiro. Este passo chama-se maiêutica, que quer dizer parturejar, ou seja, realizar a ação de uma parteira. Assim, Sócrates acreditava que era possível mudar inteligentemente qualquer característica humana, inclusive a moral.
Contribuições
Apesar da longa distância temporal, algumas características de seu pensamento contribuíram para o conhecimento que temos hoje em várias áreas humanas. Entre essas, temos educação, filosofia, história e psicologia. Na área pedagógica, Sócrates contribuiu com a exaltação sem precedentes do conhecimento e com a visão da educação com o objetivo de desenvolver a capacidade cognitiva, além da concepção de que a melhor forma de se obter conhecimento é através da fala e de conversas. Na área filosófica, temos o desenvolvimento de questões a cerca da moral e da ética, que seriam continuadas por Aristóteles. Na área histórica, temos sua contribuição no fornecimento de um método que permitisse a compreensão de que todos podiam chegar a mesma conclusão baseada na razão a que chegaram figuras históricas. E, por último, na área psicológica, temos a grande ascensão da psicologia como uma área de importância.
Obras
Sócrates não deixou escritos que pudessem nos mostrar suas ideias e pensamentos, de modo que coube a outros filósofos a responsabilidade de nos passar tais informações a respeito dele. Entre eles, podemos citar os principais: Aristófanes, que o inseriu em algumas de suas comédias como “N’as Nuvens”, o satirizando; Platão, que chegou a dedicar um livro inteiro ao seu julgamento, “Apologia de Sócrates”, e que o colocou na maioria de seus diálogos; e Xenofonte, que exalta-o principalmente no livro “Memoráveis”.
Curiosidades
Sócrates acreditava que a escrita prejudicava a memória, motivo pelo qual não deixou escritos. Para ele, sua memória era sua característica mais importante, pois necessitava dela para realizar seu método e ser um parteiro de ideias, analogia que ele mesmo fazia com o fato de ser filósofo e sua mãe, uma parteira. 
O tribunal de Atenas dava sentenças com base nas sugestões dos juízes, mas ela só era definitiva depois que o réu se apresentava e discorria a respeito da sugestão. Quando, no julgamento de Sócrates, a pena de morte por cicuta foi sugerida pelo poeta Meleto, o filósofo, ao invés de propor uma multa ou uma pena mais branda, incitou os juízes a torná-la definitiva, inclusive ridicularizando-os.
 PLATÃO
Biografia
Platão (427 a.C. – 347 a.C.) nasceu em Atenas, filho de Ariston e Perictione, ou Potone, com o nome de Aristócles. Pertencente a uma família rica e muito envolvida com política, recebeu uma educação refinada destinada somente àqueles que participariam desta. Na adolescência, recebeu o apelido de Platão por conta de seu porte atlético e ombros largos. Por volta dos vinte anos, tornou-se aprendiz de Sócrates e participou ativamente de seu julgamento, fato que marcou sua filosofia e seu modo de ver a democracia. Após vivenciar a condenação de seu mestre e amigo, resolveu peregrinar pelo mundo, passando pelo Egito, Esparta e Itália, mas não somente por lá. Estima-se que tenha ficado fora por doze anos e que tenha retornado para Atenas com cerca de quarenta anos de idade. Ao retornar, tornou-se mestre de Aristóteles e de tantos outros, que eram ensinados em sua Academia, assim chamada por estar localizada no jardim do herói grago Academos. Morreu serenamente durante uma festa, na qual se afastou para um canto e simplesmente dormiu. Foi encontrado no dia seguinte e seu corpo, acompanhado por uma multidão até o túmulo.
Ideias/Teorias
Sua filosofia gira em torno da Teoria das Ideias, inventada por ele e que consiste em uma visão dicotômica da realidade, pois a divide em dois mundos: o mundo inteligível e o mundo sensível. Este é o mundo das aparências, realidade em que vivemos e que está sujeita a mudanças. Aquele é o mundo das ideias fundamentais, formas puras e imutáveis das coisas, e do conhecimento verdadeiro. O mundo sensível, como o próprio nome já diz, é captado por meio de nossos sentidos, fontes errôneas de conhecimento. Já o mundo inteligível só pode ser alcançado por meio da razão e contém as justificativas verdadeiras para os fenômenos que presenciamos no mundo sensível. Este é determinado pelo outro. 
Como decorrência dessa teoria, Platão via o homem como um ser dualista, uma vez que seu corpo, corruptível e mortal, vinha do mundo sensível e sua alma, imortal e pura, do mundo inteligível, para ser aprisionada em nosso corpo. Desse modo, a alma era o local onde se devia procurar o fundamento do conhecer, pois era onde estava todo o nosso conhecimento a respeito das formas ideias de tudo o que vemos na realidade em que vivemos. Esta outra teoria chama-se Teoria da Reminiscência.
A distinção entre as realidades projeta-se também no conhecimento. Platão definiu quatro formas ou graus de conhecimento em ordem crescente de superioridade filosófica: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. Os dois primeiros fazem parte do conhecimento sensível e os dois últimos, do conhecimento inteligível. Estes, os últimos, eram mais importantes filosoficamente porque seu objetivo era a busca da verdade, considerada por ele muito mais relevante que dogmas incontestáveis. Ele acreditava que, por meio dos conhecimentos, éramos capazes de controlar os instintos, a ganância e a violência e, conseguindo isso, tornávamos homens virtuosos. Assim, pela união entre conhecimento e virtude (“toda virtude é conhecimento”, dizia ele), a busca por ambos devia prosseguir pela vida inteira. 
Ainda, para ele, a filosofia seria um rigoroso e sistemático exame dos assuntos éticos, políticos, metafísicos e epistemológicos através de um método distintivo com base na razão e no raciocínio. Este seria uma operação mental discursiva, pautada pela lógica e que utiliza proposições para se extrair conclusões.
Método
O método platônico é um aperfeiçoamento do método socrático, que consistia na realização de perguntas para eliminar uma falsa candidata ao papel de verdade. Seu método chama-se Dialética e é caracterizado pelo diálogo entre duas ou mais pessoas, necessariamente com opiniões diferentes, em que o objetivo é chegar a verdade por meio de argumentos fundamentados. Baseia-se num diálogo porque ele acreditava que, ao entrarmos em um filosófico nos afastamos das opiniões e nos concentramos somente nas ideias, princípios inteligíveis que não sofrem geração ou corrupção e das quais as coisas são meras cópias imperfeitas. Desse modo, Platão acreditava que o conhecimento é resultado do convívio com diferentes visões através do diálogo racional e cordial. 
Contribuições
Platão foi um filósofo muito importante para a formulação de determinadas ciências como conhecemos hoje, notamente a educação e a política. Na educação, foi o precursor da pedagogia e da visão de que ela servia, junto com a filosofia, para relembrar nossa alma sobre os conhecimentos já adquiridos no mundo inteligível, ou seja, como Sócrates, ele acreditava que a educação tinha a função de fazer pensar. Além disso, ele via a educação como tarefa de toda a sociedade e era a favor do acesso universal ao ensino, com a mesma instrução para meninas e meninos. A educação visava testar as aptidõesdos alunos para que apenas os mais aptos ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. Dessa forma, a educação formava homens morais para viver em um Estado justo.
Na política, Platão é considerado o precursor da ciência política com a sua cidade ideal, Kallipólis. Para ele, não havia como não ser ideal, pois a justiça e a ordem estavam nesse plano. Em Kallipólis, a educação era federalizada, ou seja, era de responsabilidade do Estado e a família não existia enquanto comunidade, pois, para ele, a influência dos mais velhos era corruptora. Além disso, lá a hierarquia seria um trio descendente: filósofos, guerreiros e produtores. Os governantes precisavam conhecer os conceitos de Política e de Justiça e serem sábios para serem eleitos. O direito platônico, portanto, se confunde com a moral e é dependente da noção de justiça, considerada por ele como a virtude que atribuiria a cada um a sua parte, com base em sua competência específica. Ainda, o direito platônico era o regulador das relações sociais e buscava o bem. Ele não acreditava em leis positivadas, mas cedeu o obedecimento a elas desde que fossem feitas por filósofos.
Há, ainda, um pouco de sua contribuição em outras áreas. Ele é considerado o inventor da metafísica em decorrência de seu trabalho com a espiritualidade e a imortalidade da alma. E influenciou também na racionalização da fé cristã, através de Santo Agostinho, que o trouxe novamente à tona e declarou-o sua inspiração.
Obras
Platão escreveu, ao todo, trinta diálogos, os quais estão divididos em categorias: a primeira trata dos aporéticos e maiêuticos, que trazem questões propostas e não resolvidas, como nos livros Apologia de Sócrates, Hippias Maior, Eutifron e Mênon. A segunda são suas obras de transição: Teeteto, Fédon e Críton. A terceira e última categoria é a de maturidade, com as obras Crátilo, O Banquete, Górgias, A República e As Leis. Escreveu também algumas cartas.
Curiosidades
Sua obra sobreviveu praticamente intacta por mais de 2400 anos, além de ser responsável pelo nosso conhecimento de alguns filósofos que não deixaram escritos, ou que não tiveram seus escritos devidamente preservados, como Sócrates, Heráclito, Parmênides e Pitágoras. 
Alguns historiadores remontam sua descendência a Sólon, o famoso legislador de Atenas. Porém, ele é compravadamente descendente, por parte de mãe, de dois dos Trinta Tiranos: Cármides e Critias, motivo pelo qual fala com propriedade a respeito dos políticos e dos erros dos sistemas, inclusive da degeneração da democracia, causada pelo não obedecimento das leis e pela ignorância do povo.
Durante suas peregrinações, ao passar por Egito, teria ouvido um clérigo falar da Grécia como um país infante, sem tradição ou cultura. Além disso, sua ideia para a federalização da educação teria vindo de seu tempo em Esparta. E, na Itália, teria conhecido os pitagóricos. Na Judeia, teria chegado ao Ganges e aprendido a arte da meditação hindu. Na Sicília, durante três grandes viagens, teria tentado botar em prática suas teorias políticas, sem sucesso. Ainda sobre sua teoria política e sua cidade ideal, ele foi considerado por historiadores como o inventor do totalitarismo, devido a sua aristocracia dos filósofos.
No Renascimento, um sistema de ordenamento para suas obras foi criado, de modo que facilitasse a referência . Tal numeração foi feita a partir de uma obra canônica, a de Steppanhus.
Por último, se formos procurar no dicionário, o adjetivo platônico quer dizer alheio a interesses ou gozos materias. 
 ARISTÓTELES
Biografia
 	Aristóteles nasceu em Estágira, uma colônia jônica do reino da Macedônia, no norte da Grécia, no ano de 384 a.C. Foi educador de Alexandre, o grande conquistador macedônico, por dois anos. Ingressou na Academia de Platão aos 17 anos, onde ficou por 20 anos, como discípulo e posteriormente como professor, até a morte de seu mestre. Em 335 a.C., fundou sua escola, chamada de Liceu, por estar localizada no ginásio do templo Apolo Liceu ou Apolo Liceano, com a ajuda do conquistador macedônico filho do rei Felipe II. Teve duas esposas: Pítias e Hérpilis, com a qual teve um filho chamado Nicômaco, em homenagem ao seu pai, que era médico do rei Amintas II. Com a morte de Alexandre, O Grande, em 323 a.C., surgiu em Atenas, cidade onde estava localizada sua escola, uma corrente antimacedônica junto com o partido nacionalista fundado por Demóstenes. Devido a esses novos sentimentos e à acusação do sacerdote Eurimedote sobre impiedade, Aristóteles foi sentenciado a beber do veneno cicuta, mas, diferentemente de Sócrates, preferiu o exílio. Deixou o Liceu para um de seus discípulos, Teofrasto e fugiu para a ilha de Eubeia, onde, um ano depois, faleceu aos 62 anos, vítima de uma doença estomacal.
Ideias/Teorias
Aristóteles não herdou a Academia de Platão por rivalizar com a sua filosofia através de suas ideias controversas às de seu mestre. Ele acreditava que a essência das coisas estava nelas mesmas e em suas funções, e que só existia um mundo: o que nós vivemos. Além disso, não compactuava com a ideia de Platão de que as paixões humanas são ruins; para ele, elas somente são ruins quando viciosas e quando em excesso ou falta. Por isso, a virtude aristotélica é a justa medida entre esses opostos. Agir corretamente, portanto, seria um treino e hábito constante de dosar as paixões com um pouco de razão. Isto é, a ética aristotélica, capaz de nos levar ao caminho da felicidade, é a ética do comedimento, da justa medida, da moderação e do afastamento de todo e qualquer excesso. Ainda, Platão defendia o Inatismo, que afirmava que nascemos com os princípios racionais e as ideias inatas, e Aristóteles, o Empirismo, que prega que as ideias são adquiridas através da experiência. Além de todas essas diferenças, há mais uma sobre o conhecimento e as formas, ou graus, dele. Para Aristóteles, existem seis: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição e esses todos eram os formadores do conhecimento, sem hierarquia de importância. A única distinção que existe é entre intuição e as demais, pois aquela é a forma puramente intelectual. Entretanto, ambos defendiam um princípio de importância máxima nas cidades: a educação, que deveria, para ambos novamente, ser de responsabilidade do Estado.
Suas teorias são a Teoria dos Cinco Elementos e a Teoria das Causas. A primeira é uma adaptação da teoria dos quatro elementos acrescentando-se o éter, uma substância de origem divina que compõe a abóboda celeste visível: os planetas e as estrelas. Já a segunda trata das causas de todos os fenômenos e as elenca em quatro tipos: a causa material (de que é feita a coisa), a causa formal (o que lhe dá a forma), a causa eficiente (o que fez a coisa) e a causa final (o que lhe deu a forma). Para ele, era importante levar em consideração a primeira e a segunda causas porque a substância era definida por elas, ou seja, a substância era uma combinação da matéria (aquilo que a compõe) e da forma (aquilo que a distingue). Ele acreditava, ainda, em duas teorias errôneas: a do modelo cosmológico geocêntrico e a da abiogênese, que diz que a matéria bruta dá origem a seres vivos.
Método
Seu método, chamado de silogismo, consiste em fazer premissas com fatos e, a partir delas, chegar a conclusões lógicas, que somente serão verdadeiras se forem as únicas possíveis. Como exemplo clássico, temos as proposições formuladas sobre a mortalidade humana. Primeira premissa: todo homem é mortal. Segunda premissa: Aristóteles é homem. Conclusão: logo, Aristóteles é mortal.
É claro que tal método poderia trazer também falácias, que é como ele chama as conclusões falsas. Estas podem ser devido a premissas falsas ou com base em opiniões. 
Contribuições
Aristóteles tem contribuições extensas em muitas áreas do conhecimento humano moderno. Na ciência, como um todo, ele deu prestígio, que não existia em sua época porque os ofícios e teorias técnicas eram destinados aos escravos, sendo trabalhos e estudosindignos dos cidadãos atenienses. Outro motivo para a falta de prestígio era a divisão dicotômica da realidade de Platão, dizendo que a realidade que víamos era falsa e não deveria ser levada em consideração se o objetivo fosse adquirir conhecimentos. Por ser um observador metódico que buscava entender as causas de tudo que observava, contribuiu muito com a biologia, a lógica, a física, a metafísica, a educação, as artes e a política.
Na biologia, fez o primeiro sistema de separação, classificação e estudo dos animais em vertebrados e invertebrados com tanta organização e método que deixou até Charles Darwin impressionado. Classificou cerca de 500 classes diferentes, tendo dissecado aproximadamente 50. 
Sua contribuição na lógica foi com o primeiro sistema que permitiu distinguir conclusões falsas das exatas através de um conjunto de princípios e regras formais. É considerado, por isso, o inventor da lógica.
Na física, estudou os movimentos e os fenômenos ópticos. E na metafísica, deu o embasamento para a disciplina: o estudo dos objetos imateriais. Considerava essa disciplina como sendo parte da teologia.
Na educação, estabeleceu características do ensino de hoje, como o aprendizado por meio da imitação do exemplo dos adultos. Porém, acreditava que o Estado deveria vigiar e monitorar o aprendizado das crianças dentro de suas famílias para garantir que os pequenos tinham saúde e noções cívicas.
Para ele, as artes, em especial a tragédia, eram as responsáveis por nos fornecer as grandes noções sobre a vida através de experiências emocionais. Além disso, elas provocam o fenômeno da catarse, uma descarga de desordens emocionais que purifica nossa alma e reestabelece nosso humor.
Por último, temos política, que recebeu sua contribuição com uma listagem de 158 constituições de cidades ou países diferentes. Mesmo tendo posto em evidência o que caracterizava cada regime, evitou sempre mostrar suas preferências. Além disso, considerava a ordem como uma característica natural humana, ao invés de Platão, que acreditava que ela precisava ser criada. Para ele, era a ética que conduzia à política, pois governar era garantir aos cidadãos a vida plena e feliz eticamente alcançada. Via no homem um animal político, ou seja, o homem é um ser que somente consegue sobreviver em sociedade.
Obras
As obras aristotélicas foram divididas de vários jeitos diferentes, mas, no mundo técnico-acadêmico, a divisão mais aceita é a classificação por assuntos. Obras de lógica ou organon: “Categorias”, “Sobre a Interpretação”, “Os Analíticos” e “Os Tópicos”. Obras sobre física e a concepção do universo: “Física”, “Sobre o Céu”, “Sobre a Geração e a Corrupção” e “Meteorológicos”. Obras psicológicas e biológicas: “Sobre a Alma” e “Parva Naturalia e a História dos Animais”. Obras ético-políticas: “Ética a Eudemo”, “Ética a Nicômaco”, “Grande Moral”, “A Política” e “A Constituição de Atenas”. Obras sobre linguagem e estética: “Retórica” e “Poética”. Além de todas essas obras, há ainda alguns tratados de metafísica.
Curiosidades
Sua primeira esposa era irmã de Hérmias, tirano de Assos, um eunuco.
Gostava de observar minuciosamente a natureza, a sociedade e os indivíduos, organizando de uma forma verdadeiramente enciclopédica.
Organizou uma enciclopédia sobre todos os conhecimentos já adquiridos até a época em que viveu. 
A maior parte das obras que temos acesso hoje vieram de anotações para as suas aulas.
Sua escola era também chamada de Escola Peripatética devido ao seu modo de ensinar: dava lições em amena palestra enquanto passeava pelos caminhos do ginásio do templo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse trabalho, foram apresentadas muitas informações a respeito dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles, comprovando sua influência e também sua importância. Porém, ao mesmo tempo, em que focamos nos acertos desses filósofos, buscamos mostrar também seus erros, para que pudesse ser possível desmistificar a concepção de que os filósofos antigos foram deuses e/ou gênios. É claro que sua inteligência pode ser comprovada pelo número enorme de áreas de conhecimento em que influenciaram. Mas isso não quer dizer que tudo que falaram está certo. Como eles próprios expuseram, a razão e a reflexão são de suma importância para o conhecimento filosófico, que mostra uma forma especulativa de ver o mundo, ou seja, ele enxerga o nosso pensamento como falível e superável. Assim, com a própria filosofia aceitando uma possível falha, por que hoje vemos tantas pessoas mistificando o pensamento dos filósofos? 
Este questionamento é muito importante para o exercício da filosofia, pois é quase a mesma pergunta que os filósofos faziam a si próprios sobre os mitos, os deuses e também sobre as ordens vigentes, que nem sempre eram as melhores.
Portanto, esse presente trabalho buscou mostrar a importância desses três filósofos altamente influentes, porém, junto com esse objetivo, surgiu, no decorrer da pesquisa e da escrita, uma questão a cerca do tratamento 	que damos a filosofia. Enxergamos-na como uma nova religião, com dogmas quase incontestáveis, pois nos assustamos com a audácia da pessoa que se levanta e diz “Sócrates estava totalmente errado”, por exemplo, e isso tudo apesar de sabermos toda a teoria e toda a história de seu surgimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL, João Francisco Pereira. Epistemologia ou Teoria do Conhecimento em Platão. Disponível em: <brasilescola.uol.com.br/filosofia/epistemologia-ou-teoria-conhecimento-platao.htm>, Acesso em: 01/09/2016.
CABRAL, João Francisco P. Ironia e maiêutica de Sócrates. Disponível em: <brasilescola.com.br/filosofia/ironia-maieutica-socrates.htm>, Acesso em: 29/08/2016.
CARVALHO, Maria Cecília M. De. Construindo o Saber. 22.ed. São Paulo: Papirus, 2010.
COSTA, Keilla Renata. Platão. Disponível em: <meuartigo.brasilescola.uol.com.br/biografia/platao.htm>, Acesso em: 31/08/2016.
DUCLÓS, Miguel. Platão: Biografia e pensamentos. Disponível em: <www.consciencia.org/biografia-de-platao-quem-foi-platao>, Acesso em: 31/08/2016.
FERREIRA, Walace. Justiça e Direito em Platão, Aristóteles e Hobbes. Disponível em: <jus.com.br/artigos/23037/justica-e-direito-em-platao-aristoteles-e-hobbes>, Acesso em: 01/09/2016.
FERRARI, Márcio. Aristóteles. Disponível em: <educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/aristoteles-307025.shtml>, Acesso em: 02/09/2016.
FERRARI, Márcio. Platão. Disponível em: <educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/ platao-307607.shtm>, Acesso em: 31/08/2016.
FIGUEIREDO, Júlia Ferreira. A Concepção de educação na obra A República de Platão. 2012. 16 f. Monografia (graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2012.
FRANCIO, Fabio Gonçalez. Filosofia: Sócrates, Platão e Aristóteles. Disponível em: <www.webartigos.com/artigos/filosofia-socrates-platao-e-aristoteles/64623/>, Acesso em: 29/08/2016.
LANA, Carlos Roberto de. História da Ciência: A Contribuição de Aristóteles à Ciência. Disponível em: <educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/historia-da-ciencia-1-a-contribuicao-de-aristoteles-a-ciencia.htm>, Acesso em: 02/09/2016.
LOBO, Saulo Maurício Silva. O método socrático. Disponível em: <meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-metodo-socratico.htm>, Acesso em: 29/08/2016.
MACIEL, Willyans. Aristóteles. Disponível em: <www.infoescola.com/filosofia/aristoteles/>, Acesso em: 02/09/2016.
MACIEL, Willyans. Dialética. Disponível em: <www.infoescola.com/filosofia/dialetica>, Acesso em: 01/09/2016.
MACIEL, Willyans. Sócrates. Disponível em: <www.infoescola.com/filosofia/socrates>, Acesso em: 24/08/2016.
MACIEL, Willyans. Platão. Disponível em: <www.infoescola.com/filosofia/platao>, Acesso em: 31/08/2016.
MARCONTES, Danilo. Iniciação à filosofia: dos pré socráticos a Wittgenstein. 6.ed. São Paulo: Zahar, 2001.
MORATO, Mercia Diniz Silva. Platão: O filósofo das ideias. Disponível em: <monografias.brasilescola.uol.com.br/filosofia/platao-filosofo-das-ideias.htm>, Acesso em: 31/08/2016.
OLIVIERI,Antonio Carlos. Aristóteles: O mundo da experiência, as quatro causas, ética e política. Disponível em: <educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aristoteles-o-mundo-da-experiencia-as-quatro-causas-etica-e-politica.htm>, Acesso em: 02/09/2016.
OLIVIERI, Antonio Carlos. Filósofo grego: Sócrates. Disponível em: <educacao.uol.com.br/biografias/socrates.htm>, Acesso em: 24/08/2016.
OLIVIERI, Antonio Carlos. Sócrates: o método socrático e o parto das ideias. Disponível em: <educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/socrates-o-metodo-socratico-e-o-parto-das-ideias.htm>, Acesso em: 24/08/2016.
ORIOLO, Edson. A teoria do movimento em Aristóteles. Disponível em: <www.arautos.org/artigo/10943/a-teoria-do-movimento-em-aristoteles.html>, Acesso em: 02/09/2016.
PAULO, Sergio. Aristóteles. Disponível em: <www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/biografia.htm>, Acesso em: 02/09/2016. 
SILVA, José Cândido de. Ideias de Platão: As coisas mudam, mas seus problemas são eternos. Disponível em: <educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/ideias-de-platao-as-coisas-mudam-mas-seus-modelos-sao-eternos.htm>, Acesso em: 31/08/2016.
STRECKER, Heidi. Platão: A República e O Método Dialético. Disponível em: <educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/platao-1-a-republica-e-o-metodo-dialetico.htm>, Acesso em: 01/09/2016.

Continue navegando