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Fichamento Ciencia, Poder e Etica

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Curso: Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Ciência, Pesquisa e Autoria
Aluna: Mila Figueiredo Palma
Professora: Euda Raposo
FICHAMENTO DE LEITURA DE CAPITULO
FOUREZ, Gerard. A Construção Das Ciências: Introdução À Filosofia E À Ética Das Ciências. 1. Ed. Editora Unesp, 1995.
SOBRE O AUTOR: Gérard Fourez , nascido de Janeiro de 16 e 1937 em Ghent , é um padre jesuíta e teólogo belga . Formado em física teórica , em filosofia e matemática , ele é a fonte do Departamento de Ciência, Filosofia e Sociedade da Universidade de Namur . hD em física teórica da Universidade de Maryland e é formado em filosofia e matemática obtida na Universidade Católica de Leuven , Gerard Fourez criado em 1969 pelo Departamento de Ciência, Filosofia e Sociedade da Universidade de Namur , onde que inclui o ensino filosofia da educação e ética da ciência . Em teologia , de frente para a crise de vocações e à escassez de sacerdotes oficiantes católicos, Gerard Fourez lamenta "a tendência para se referir a uma concepção bastante mágico do papel do sacerdote, que" devotada "" e considera que a coordenação deve ser considerada como "o reconhecimento e celebração do dom de Deus" e não como "a transmissão de um poder mágico" . Recordando que as interpretações da presença de Cristo na Eucaristia tomaram e estão a tomar diferentes formas em diferentes épocas e culturas. ele diz que o que ele Eucaristia lá, "é o compromisso da comunidade despertado pelo Espírito e do Evangelho " . Para ele, "é assim que, quando uma comunidade se reúne para comemorar - em palavras e ações - a boa notícia de Jesus Cristo, que celebra a Eucaristia, um sacerdote ordenado está presente ou não". (Wikipédia)
“O conhecimento é sempre uma representação daquilo que é possível fazer e, por conseguinte, representação daquilo que poderia ser objeto de uma decisão na sociedade” (p. 207)
 “ Com efeito, o termo política científica designa, na linguagem comum, dois tipos bem diferentes de política. Por um lado, fala-se por vezes de “política científica” para designar as atitudes e decisões políticas que se adotam visando a favorecer o desenvolvimento da ciência. (...) Além disso, fala-se também de uma “política científica” quando se quer tomar decisões políticas apoiadas, determinadas ou legitimadas pela pesquisa científica. Desse modo, um partido político fala de uma política científica quando pretende que a sua política utilize a ciência. Trata-se nesse caso de uma política pela ciência. ” (p. 208)
“Até que ponto o saber é determinante quando se deve tomar uma decisão, seja ela de ordem política ou ética? (p. 208)
“..., os objetivos não podem ser determinados racionalmente; a sua escolha cabe aos tomadores de decisão, guiados pelos seus valores. O lugar da racionalidade serie então a determinação dos meios, a dos fins será da esfera da pura liberdade” (p. 210) “ 
Em resumo, portanto, de acordo com o modelo tecnocrático, seriam os conhecimentos científicos (e portanto os “especialistas”) que determinariam as políticas a serem seguidas (objetivos e meios). O modelo decisionista, pelo contrário, distingue entre os fins e os meios; segundo esse modelo, os fins ou objetivos devem ser determinados pelos especialistas. O modelo pragmático- político, enfim, pressupões uma negociação e uma discussão na qual os conhecimentos e negociações sociopolíticas entram em consideração. ” (p. 211)
“O enfoque tecnocrático, ao pretender poder determinar a política (ou a ética) a ser seguida, graças ao conhecimento científico, comete um “abuso de saber”, pois, afinal, o conhecimento científico não é neutro” (p. 212)
 “Se a interdisciplinaridade pode corrigir certos defeitos da tecnocracia, ela não modifica a sua estrutura: recorrer a especialistas acreditando encontrar uma resposta “neutra” a problemas da sociedade é esquecer que esses especialistas apresentam um ponto de vista que é sempre particular. ” (p. 213)
A aparente neutralidade dos tecnocratas provém do fato de que as decisões importantes foram tomadas quando se adotou determinado paradigma disciplinar ou determinado método interdisciplinar. (p.213)
“O interesse do modelo decisionista é o de deixar o poder ao não especialistas, ao mesmo tempo em que reconhece que efetivamente há, a partir do momento em que as ciências se tornam mais complexas, duas classes de cidadãos. “ (p. 215)
“A escolha dos meios técnicos determina toda uma organização social, e não é indiferente em relação aos valores e aos fins. É essa impossibilidade final de distinguir de maneira adequada os meios e os fins que leva a uma interação entre o saber e as decisões éticas ou políticas” (p. 216)
“O modelo pragmático consiste em estabelecer estruturas de negociações entre diferentes espécies de interlocutores, alguns técnicos, outros não, de maneira a determinar, por meio de negociações sociopolíticas, as decisões que se deseja tomar. “ (p. 217)
“Tecnologia não é somente um conjunto de elementos materiais, mas também um sistema social. As escolhas tecnológicas determinam o tipo de vida social de um grupo: uma sociedade pode se tornar mais ou menos tecnocrática. ” (p. 218)
“Operação de reações públicas da comunidade científica, que faz questão de mostrar ao “bom povo” as maravilhas que os cientistas são capazes de produzir. ” (p. 221)
“A vulgarização visa a conferir às pessoas um certo poder. “ (p. 221)
“Com frequência, aquilo de que as pessoas necessitam para participar de maneira significativa nos debates ou nas decisões que lhes dizem respeito não é tanto de conhecimentos técnicos especializados.” (p. 222)
Gerard diz que o acumulo de conhecimento que cada pessoa tem cria um poder de tomar e fazer decisões, politicamente se voltando para a ética. Com efeito, o termo política científica designa, na linguagem comum, dois tipos bem diferentes de política. Por um lado, para designar as atitudes e decisões políticas que se adotam visando a favorecer o desenvolvimento da ciência. Por outro lado, quando se quer tomar decisões políticas apoiadas, determinadas ou legitimadas pela pesquisa científica. Ele diz que há um abuso de poder dos especialistas ao tomar decisões, o que acontece em algumas situações da vida, quando a pessoa não toma decisões visando a ética, e sim o que é melhor para ele, de acordo com a sua influência. E afinal, quem escolhe tal pessoa para tomar tais decisões? Existe uma seleção bem mais complexa no tomar dessa decisão que remete a formação do especialista. Desse modo, a sociedade que forma o especialista pois, é a sociedade que oferece a ele meios de especializações criados por experiências, e coloca ele na posição que se encontra nos dias de hoje.

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