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DIREITO DAS COISAS-10-2012

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DIREITO DAS COISAS – DIREITOS REAIS (RES)
INSTITUTAS DO IMPERADOR JUSTINIANO: LIVRO II; TÍTULO I: Da divisão das coisas e da qualidade delas.
CÓDIGO CIVIL: PARTE GERAL: LIVRO II – DOS BENS; TITULO ÚNICO: DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS.
CÓDIGO CIVIL: PARTE ESPECIAL: LIVRO III: DO DIREITO DAS COISAS
DIREITO OBJETIVO: NORMA.
DIREITO SUBJETIVO: ATRIBUI FACULDADES JURÍDICAS ÀS PESSOAS.
DIREITOS REAIS: recaem sobre coisas corpóreas e incorpóreas ou direitos (actio in rem) E PESSOAIS (actio in personam). 
Actio in rem: ação através da qual o titular do direito sobre a coisa, busca reavê-la.
Actio in personam: ação através da qual o credor de uma obrigação exige do devedor um dar, fazer ou não fazer.
DIREITO DAS COISAS (ou REAIS): 
É a parte do Direito “que regula o poder dos homens sobre os bens e os modos de sua utilização econômica” (Orlando Gomes);
“É o conjunto das normas que regulam as relações jurídicas entre os homens, em face das coisas corpóreas, capazes de satisfazer às suas necessidades e suscetíveis de apropriação” (Sílvio Rodrigues);
“É o conjunto de normas que regulam as relações jurídicas concernentes aos bens materiais ou imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem” (Maria Helena Diniz).
SUJEITOS DE DIREITOS: PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS 
COISA: objeto dos direitos das pessoas. É tudo que tem utilidade para o homem e que tem valor econômico.
OBJETO DO DIREITO: o objeto é a base material sobre a qual se assenta o direito subjetivo das pessoas.
Objetos do Direito:
1. O objeto do Direito pode ser a existência mesma da pessoa, seus atributos da personalidade. Tais direitos são considerados imateriais, e embora não tenham valor pecuniário, quando violados, podem ser avaliados em dinheiro (indenização).
2. O objeto do Direito pode ser uma atividade da pessoa; uma prestação; um fazer ou se abster de fazer algo. As ações humanas, como objeto do direito, traduzem-se no direito obrigacional, os quais ligam uma pessoa a outra através de um vínculo jurídico. São direitos subjetivos pessoais.
3. O objeto do Direito pode recair sobre coisas corpóreas (imóvel) ou incorpóreas (produtos do intelecto). 
DIREITO ROMANO: Da divisão das coisas e da qualidade delas.
I. Das coisas consideradas em relação a si mesmas:
1. CORPÓREAS: aquelas que podem ser percebidas por nossos sentidos (um automóvel, um animal, um livro). O direito de propriedade é adquirido mediante mancipatio. 
2. INCORPÓREAS: não tem existência tangível, mas tem existência jurídica; se prendem através da inteligencia (direito hereditário, usufruto. A aquisição da propriedade é feita mediante in iure cessio. 
3. IMOVÉIS: não podem ser transportadas de um lugar para outro. São adquiridos através de atos jurídicos solenes como a mancipatio (entre nós mediante transcrição do título no registro de imóveis). Sabe-se que os romanos distinguiam esta classe de coisas pelos prazos para o usucapião e pelo tipo de interdito pretoriano concedido.
4. MOVÉIS: podem ser transportadas de um lugar para outro. São adquiridos por tradição, ocupação, caça, pesca.
5. Semoventes: se deslocam por si mesmas (animal, escravo).
6. FUNGÍVEIS: as coisas que podem ser substituídas por outras do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Empréstimo: MUTUO tem como objeto coisas fungíveis. São consideradas pelo gênero (cereal, peças de máquinas, gado).
7. INFUNGÍVEIS: as que não admitem substituição por outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade Consideradas na sua individualidade. Empréstimo COMODATO tem como objeto coisas infungíveis (quadro do Portinari, escultura de Michelangelo).
8. CONSUMÍVEIS: coisas que se consomem com o primeiro uso. O uso importa destruição imediata (alimentos).
9. INCONSUMÍVEIS: podem ser usados reiteradamente, sem destruição na sua substancia.
10. DIVISÍVEIS: os que podem ser divididos em várias partes reais e distintas, sem alteração de sua substancia ou destinação econômica (terreno, bloco de mármore).
11. INDIVISÍVEIS: os que não se podem se partir sem alteração na sua substancia (escravo).
12. SINGULARES/SIMPLES: formam um todo orgânico independente: um animal, escravo.
13. COISA COMPOSTA: resulta da união mecânica de coisas simples que passam a formar um todo unitário (um navio, um carro).
14. COLETIVAS: coisas simples reunidas em um todo ideal (ovelha – que consideradas agregadas idealmente forma um todo - um rebanho). 
II. Dos bens considerados em relação a outras coisas:
1. PRINCIPAL: o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente (imóvel: terreno); que tem existência própria, independentemente de outras; 
2. ACESSÓRIO: está subordinada a principal; é parte desta (destacável ou não); a coisa que está unida a outra em uma relação de dependência.
Podem ter origem em fatos naturais (as terras de aluvião, os frutos das arvores) ou foram postos como acessórios por ato humano (semente/plantação, tijolo/edificação).
– O ACESSÓRIO SEGUE O PRINCIPAL –
III. Dos bens considerados quanto à sua comercialidade:
RES IN PATRIMONIO (bens que estão no comercio; bens suscetíveis de serem apropriadas e alienadas).
 RES EXTRA PATRIMONIO: não suscetíveis de apropriação.
1. Res divini iuris:
a) Res sacrae: coisas consagradas aos deuses superiores (templos, objetos de culto); pertencem aos deuses. Cerimônia de consagração (consegratio) e profanação (profanatio) (presença do pontífice, magistrado que executam um decisão do povo através de uma lei, plebiscito...
b) Res religiosae: coisas dos deuses inferiores, infernais ou deuses manes divinizados (sepulturas). O lugar da sepultura é aquele onde se encontra a cabeça do morto (através da qual é possível se fazer o reconhecimento).
c) Res sanctae: embora não consagradas aos deuses, pela importância, estavam sob sua proteção (portas e muros da cidade). A violação acarreta uma sanctio: pena de morte.
	
2) Res humani iuris:
a) Res communes omnium: coisas comuns a todos; que a natureza põe à disposição de todos (ar, mar, estrelas).
b) Res publicae: coisas públicas que pertencem ao populus, ao conjunto dos cives que formam a comunidade politicamente organizada, que as coloca a disposição de todos (ruas, praças, bibliotecas)
c) Res universitatis: coisas que pertencem às cidades, aos municípios (teatros, banhos públicos).
Código Civil:
Arts. 65 e 66.
Bens públicos: bens do domínio da União, dos Estados e dos Municípios.
I. De uso comum do povo (rios, estradas, ruas, praças)
II. De uso especial (edifícios, terrenos destinados a serviço ou a administração federal, estadual, municipal, autarquias) 
II. Dominicais (constituem o patrimônio do poder publico; patrimônio das pessoas jurídicas de direito público de cada entidade).
IV. Dos bens considerados quanto à ordem econômico-social romana: 
1. RES MANCIPI: bens de interesse social (coisas relevantes, valiosas). São adquiridas por atos jurídicos solenes do ius civile: mancipatio ou in iure cessio (escravo, casa, terreno)
2. RES NEC MANCIPI: coisas de interesse individual. São adquiridas pela traditio, entrega (mesa, cadeira).
DIREITOSA REAIS (ius in re) /PESSOAIS
CARACTERÍSTICAS:
Atribuem ao titular poder direto, direito subjetivo sobre a coisa objeto do direito.
Direitos absolutos que impõem a qualquer pessoa (erga omnes) o dever de abster-se a prática de atos que turbem o direito do titular de utilizar a coisa.
São direitos protegidos por ações reais (actiones in rem) voltadas contra quem quer que turbe o direito de utilização da coisa.
Dão ao titular o direito de seqüela, de perseguir a coisa e reave-la nas mãos de quem a detém.
Outorgam ao titular o direito de preferência, direito de afastar aqueles que reclamem a coisa com base em direito pessoal ou real posterior a do titular.
Constituem numerus clausus (número fechado). 
DIREITO REAIS SOBRE COISA ALHEIA IUS IN RE:
Direito de propriedade 
Iura in re aliena: direitos reaissobre coisa alheia (direitos reais limitados)
De gozo: 
Servidões prediais rurais: iter, actus, via, acueducto.
Servidões prediais urbanas: servidões de águas, servidões de paredes, servidões de luz.
Emphiteusis.
Superficies.
Sevidões pessoais:
a) Usufructus
b) Usus.
c) Habitação 
d) Operae servorum (serviços de escravos).
e) Operae alterius animalium (serviço de animais alheios).
De garantia:
Penhor.
Hipoteca.
EVOLUÇÃO DA PROPRIEDADE EM ROMA
1. Conceito: “faculdade natural de fazer o que quiser sobre a coisa, exceto aquilo que é vedado pela força ou pelo direito” D. I.5.pr).
TIPOS DE PROPRIEDADE
QUIRITÁRIA
BONITÁRIA (PRETORIANA)
PROVINCIAL
PEREGRINA
PROPRIEDADE QUIRITÁRIA
REQUISITOS:
Titular: cidadão romano, latino ou peregrino com ius commecii.
Objeto: coisa móvel ou imóvel situado na Itália ou nas províncias.
Não podiam ser objeto de propriedade os móveis ou imóveis do povo romano e do imperador.
Transferencia do direito de propriedade: através da mancipatio ou in iure cessio. 
Proteção: rei vindicatio.
PROPRIEDADE BONITARIA
REQUISITOS:
Tranferencia de uma res mancipi através da traditio
O alienante conserva o direito de propriedade sobre a coisa vendida.
O adquirente tem somente a posse da coisa adquirida com erro de forma
O adquirente adquire a propriedade quiritária sobre a coisa transcorridos dois ano (imóveis); um ano (móveis) de posse pacífica.
O proprietário/alienante pode reivindicar a coisa através da rei vindicatio (ação civil que protege juridicamente o proprietário de uma coisa.
O alienante tem direito a uma exceção de coisa vendida e entregue (actio rei venditae et traditae), mas se perder a posse não dispõe de proteção para recuperá-la.
Actio Publiciana.
PROPRIEDADE PROVINCIAL
As terras situadas nas províncias são de propriedade do povo romano ou do imperador (províncias senatoriais e imperiais) que são dadas em posse para exploração mediante pagamento de stipendium ou tributum.
Uma lex agraria de III a.C. (Baebia?) transforma a posse das terras das 30 tribos de Roma em propriedade.
Depois da Guerra Social que concedeu a cidadania romana às comunidades itálicas o solo italicum passou a ser objeto de propriedade privada.
Edito de Caracala 212 d.C. desaparece a distinção entre solo itálico e provincial.
Sob Justiniano há uma só forma de propriedade: dominium ou proprietas.
PROPRIEDADE PEREGRINA
Estrangeiros não podem ser proprietários ex iure Quiritium ainda que tenham ius commercci. 
A Propriedade peregrina é protegida pelos pretores peregrinos e governadores de províncias através de ações análogas as que protegem o domínio quiritário.
Com a constitutio Antoniniana desparece a condição jurídica de peregrinos.
MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
GAIO (Institutas, 65); JUSTINIANO
Modos de aquisição da propriedade iuris civilis (cidadãos romanos): mancipatio, in iure cessio, usucapio.
Modos de aquisição da propriedade iuris naturalis (cidadãos romanos e estrangeiros): ocupação, acessão, especificação, tradição e aquisição de frutos.
MODERNAMENTE
1. Modos de aquisição da propriedade A TÍTULO ORIGINÁRIO:
Ocupação;
acessão;
especificação;
aquisição de tesouros e de frutos;
aquisição de frutos;
adjudicatio;
ex lege (não há precedente de direito de propriedade).
2. Modos de aquisição da propriedade A TÍTULO DERIVADO: (existe conexão entre o direito de propriedade precedente e o que surge).
Mancipatio;
 in iure cessio;
 Traditio.
A TÍTULO ORIGINÁRIO:
OCUPAÇÃO: apreensão de uma coisa sem dono com a intenção de tê-la como própria
Res nullius: ilhas surgidas no mar, coisas móveis encontradas a beira mar, pesca, caça de animais selvagens e animais domesticados que perderam o hábito de retornar a casa.
Doutrina: 
Trebácio entendia que o caçador que ferisse o animal e que o estivesse perseguindo já detinha a propriedade sobre o animal e que cometeria furto aquele que se apoderasse do animal enquanto perseguido. 
Justiniano entendeu que a aquisição da propriedade se verificava com a apreensão da coisa, ainda que em propriedade alheia e contra a vontade do proprietário do terreno (que podia ser indenizado judicialmente por danos eventualmente causados).
Res derelictae: coisas intencionalmente abandonadas.
Res hostium: coisas que pertenciam aos inimigos de Roma: povos em guerra com Roma e, em tempos de paz, povos que não tinham tratados de amizade com os romanos. As res hostes pertenciam a quem ocupasse primeiro, exceto se se tratasse de presa de guerra (pertenciam ao povo romano).
ACESSÃO por causas naturais: aquisição da propriedade ocorre quando uma coisa alheia se junta, natural ou artificialmente, passando a formar um todo com esta. O acessório segue o principal.
Acessão de coisa imóvel a coisa imóvel:
Aluvião (alluvio): ocorre quando as águas de um rio vão, lenta e imperceptivelmente, retirando terra de um imóvel depositando em um imóvel ribeirinho. Torna-se proprietário o dono do imóvel acrescido.
Avulsão (avulsio): ocorre quando um rio separa um bloco de terra subitamente de um terreno ribeirinho e a leva sobre terreno da outra margem.
Leito abandonado do rio (alveus derelictus): ocorre quando o rio seca ou muda de curso. O leito abandonado acede aos terrenos ribeirinhos, tornando-se de propriedade dos donos desses terrenos. 
Ilha nascida em um rio (insula in flumine nata): quando se forma uma ilha no meio de um rio a propriedade desta é adquirida por acessão pelos proprietários dos terrenos ribeirinhos. Art. 1.248 a 1.250 do CC.
 Acessão de coisa móvel a coisa móvel: a coisa móvel se incorpora a outra coisa móvel. O acessório segue o principal.
Escritura: o dono do pergaminho torna-se proprietário do que outro escreveu neste. 
Pintura: Justiniano entendeu que quando alguém pintava um quadro em tela alheia tornava-se proprietário o pintor. No caso de pintura mural faz-se proprietário o dono do muro.
Textura: Torna-se proprietário por acessão o dono do tecido bordado com fios alheios. 
Soldadura: ocorre quando dois pedaços de um mesmo metal se soldam sem a intervenção de outro material. Torna-se proprietário o dono da coisa principal (solda de um braço em uma estátua de bronze). 
 Acessão de coisa móvel a coisa imóvel: ocorre quando um bem móvel se incorpora a um bem imóvel:
Semeadura: a acessão ocorre quando alguém semeia em terreno alheio. Torna-se proprietário o dono do terreno desde o momento da semeadura.
Plantação: a acessão se dá quando alguém planta uma árvore em terreno de outro. Adquire a propriedade o dono do terreno desde o momento em que a árvore cria raízes no terreno alheio.
Edificação: quando alguém constrói um edifício com material alheio, em terreno próprio ou com material próprio em terreno alheio, torna-se proprietário o dono do solo, se a construção é estável e definitiva.
ESPECIFICAÇÃO: é uma forma de aquisição de propriedade que consiste na transformação de uma matéria prima em uma coisa nova, distinta e com função econômico-social própria. Ocorre quando alguém (especificador) que não é proprietário faz coisa nova com matéria prima alheia.
Justiniano: 
Quando a coisa não pode retornar a forma original torna-se proprietário o especificador, ex: vinho em relação a uva.
Quando a coisa pode retornar a forma original torna-se proprietário o dono da matéria prima. Ex: barra de prata transformado em vaso de prata.
Em ambos os casos se parte da matéria prima é do especificador a coisa nova lhe pertence.
AQUISIÇÃO DE TESOURO: “tesouro é um velho depósito de dinheiro, do qual não resta lembrança, de modo que já não tem dono” (Paulo, D XLI, 1, 31, 1).
Adriano estabeleceu, por constituição imperial, que se o tesouro fosse encontrado em coisa alheia sem que o descobridor o tivesse procurado, adquiria a metade; se o local fosse religioso ou sagrado o descobridor adquiria integralmente apropriedade.
AQUISIÇÃO DE FRUTOS: o possuidor de boa fé adquire os frutos da coisa destacada que não lhe pertence (enfiteuta, usufrutuário, locatário).
ADIJUDICATIO: ocorre quando ocorre ações divisórias que atribuem ao juiz o poder de transferir a propriedade de uma coisa singular ou de parte de uma coisa comum aqueles interessados na divisão desta. 
AQUISIÇÃO EX LEGE: Marco Aurélio que um condômino que não pagasse dentro de quatro meses as despesas que fizera para restaurar a casa comum, perdia a cota para aquele onerado com as despesas. Valentiniano, Teodósio e Arcádio estabeleceram que aquele que invadisse violentamente imóvel próprio que estivesse na posse de outro perderia a propriedade para o possuidor.
MODOS AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE A TITULO DERIVADO
MANCIPATIO
IN IURE CESSIO
TRADITIO
MANCIPATIO: Modo derivado de aquisição do direito de propriedade ₋ ex iure Quiritium - das res mancipi. Negócio jurídico solene iuris civilis utilizado por cidadãos romanos, latinos ou peregrinos que tivessem o ius commercii.
MANCIPATIO: ato jurídico solene celebrado na presença de 5 testemunhas (cidadãos romanos púberes), de um porta balança (libiprens), o proprietário e o adquirente que pronuncia a formula solene: “ Digo que este escravo é meu conforme o direito dos Quirites, e que o comprei com este bronze e esta balança”. A seguir toca um dos pratos da balança com uma peça de bronze e entrega a peça ao alienante a título de preço.
DIREITO CLÁSSICO: a mancipatio tornou-se um negocio jurídico abstrato que era usado para transferência de propriedade res mancipi ou para transferir poderes sobre coisas e pessoas.
JUSTINIANO: a mancipatio desaparece em razão do desaparecimento da diferença entre as res mancipi e res nec mancipi e da substituição, mediante interpolações, por palavras como: traditio e traditionem accipere.
IN IURE CESSIO: forma de aquisição da propriedade quiritária a titulo derivado das res mancipi e res nec mancipi. Ato jurídico solene celebrado diante do magistrado. O adquirente reivindica a coisa que pretende adquirir. A seguir a palavra é dada ao alienante, que não contesta a reivindicação e o pretor adjudica a coisa ao adquirente, que se torna proprietário quiritário. Trata-se de um processo simulado, fictício.
TRADITIO (entrega): modo de aquisição de propriedade a titulo derivado. Trata-se da transferência da posse da coisa por uma pessoa – tradens - para outra – accipiens – com a intenção de transferir a propriedade da coisa, com base em uma causa jurídica (justa causa).
REQUISITOS: a) transferência da posse; b) res in commecii. Res nec mancipi, coisa corpórea; c) intenção de transferir a propriedade; d) justa causa (contrato de compra e venda precedente).
JjUSTINIANO: traditio simbólica (entrega das chaves de um comércio para a aquisição da propriedade das mercadorias, entrega de documento escrito que prova a existência do negócio); traditio longa manu; traditio brevi manu queocorre quando o adquirente que já detem a coisa, passa a ter a propriedade pela simples vontade do alienante (adquirente que era locatário).

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