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Aula 6 Obrigação quanto ao seu cumprimento

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Direito Civil III - Obrigações
 Prof. Ana Paula Mansano Baptista
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Obrigação de Execução Instantânea, Diferida e Continuada
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Classificação das obrigações quanto ao momento em que devem ser cumpridas: 
Obrigação de execução instantânea: consuma num só ato (compra e venda à vista).
Obrigação de execução diferida: o cumprimento também deve ser realizado em um só ato, mas em momento futuro.
Obrigação continuada: cumpre-se por meio de atos reiterados (compra e venda à prazo).
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Quanto a esse aspecto, as obrigações podem ser: 
Puras e Simples;
Condicionais;
A termo;
Modais ou com encargo.
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São as não sujeitas a condição, termo ou encargo e que produzem efeitos imediatos, logo que contraídas.
Como sucede normalmente nos negócios inter vivos, e pode ocorrer também nos negócios causa mortis
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São condicionais as obrigações cujo efeito está condicionado um evento futuro e incerto. 
Condição é o acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do NJ (art. 121), sendo que da sua ocorrência depende o nascimento ou extinção de um direito.
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Obrigações a termo (ou a prazo) é aquela que as partes subordinam os efeitos do NJ a um evento futuro e certo. 
Termo é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do NJ.
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Obrigação modal, com encargo ou onerosa é a que se encontra onerada por clausula acessória, que impõe um ônus ao beneficiário de determinada relação jurídica. 
Trata-se de pacto acessório às liberalidades (doações, testamentos), pelo qual se impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário.
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Líquida é a obrigação certa, quanto à sua existência, e determinada, quando ao seu objeto.
Pode ser um valor em dinheiro (específico);
Pode ser também, a entrega ou restituição de um objeto certo, como um veículo, ou determinada quantidade de cereal.
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Ilíquida é a obrigação quando, o seu objeto depende de prévia apuração, pois o valor ou o montante apresenta-se incerto.
Deve ela converter-se em obrigação líquida para que possa ser cumprida pelo devedor.
Essa conversão se obtém em juízo pelo processo de liquidação, quando a sentença não fixar o valor da condenação ou não lhe individualizar o objeto (art. 586, CPC).
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Para iniciar a execução da sentença ou do acordo, é necessário proceder a sua liquidação, cuja finalidade é apurar o quantum debeatur.
Processo de liquidação tem natureza cognitiva, é dotado de autonomia em relação ao processo de execução e de conhecimento (no qual o título foi gerado).
Como regra, a liquidação antecede a execução.
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Espécies: 
Mediante memória discriminada do cálculo;
Por arbitramento;
Por artigos.
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Apresentação de memória discriminada do cálculo: 
art. 475-J do CPC - deverá o credor requer o cumprimento da sentença, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo (não necessitando mais do processo autônomo e intermediário da liquidação, e o credor poderá desde logo dar inicio à execução).
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Por Arbitramento: art. 475-C do CPC: é aquela realizada por meio de um perito nomeado pelo juiz. 
A apuração do quantum depende exclusivamente da avaliação da coisa, um serviço prestado ou um prejuízo, a ser feita por quem tenha conhecimento técnico.
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Por Artigos: a liquidação é feita por artigos quando houver a necessidade de alegar e provar fato novo para apurar o valor da condenação (art. 475-E)
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MORA: importante efeito da distinção entre obrigações liquidas e ilíquidas se verifica no tocante à mora.
Dispõe o art. 397 do CC: que o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
CÔMPUTO DE JUROS: segundo dispõe o art. 497 do CC, ainda que não se alege prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora desde que o montante do débito tenha se tornado líquido;
COMPENSAÇÃO: art. 369 do CC, as compensações efetuam-se entre dividas líquidas, vencidas e de coisa fungíveis.
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IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO: a pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos (art. 352 CC).
FIANÇA: as dividas futuras, sejam líquidas ou ilíquidas, podem ser objeto de fiança. Mas o fiador, neste caso, diz o art. 821, do CC, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do devedor principal.
TITULO EXECUTIVO: o titulo executivo judicial há de ser sempre líquido para ensejar a execução.
FALENCIA: a falência do devedor ou comerciante só pode ser decretada se o pedido estiver fundado em obrigação líquida, materializada em título ou títulos executivos.
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PRINCIPAIS: subsistem por si, sem depender de qualquer outra, como a de entregar a coisa no contrato de compra e venda.
ACESSÓRIA: tem sua existência subordinada a outra relação jurídica, ou seja, dependem da obrigação principal. É o caso por exemplo, da fiança, da clausula penal e dos juros.
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Princípio de que o Acessório segue o principal;
A invalidade da obrigação principal, implica a das obrigações acessórias, art. 184 CC.
Prescrita a obrigação principal, ficam prescrita também as acessórias.
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Espécies de Obrigação Acessória:
Direitos reais de garantia (penhor, anticrese, hipoteca), que sempre pressupõe a existência de um direito de crédito.
Direito de evicção, obrigação do vendedor de resguardar o comprador contra os riscos da alienação;
Vícios redibitórios, visto que a obrigação de por ele responder depende de outra obrigação;
Cláusula penal: um pacto acessório que estipula uma multa para hipótese de inadimplemento.
Cláusula compromissória:as partes se obrigam a submeter-se a decisão de um juiz arbitral. 
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O caráter acessório ou principal da obrigação é uma qualidade que pode advir da vontade das partes ou da lei
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