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Relatório - Saneamento Básico

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Conceito saneamento básico
O saneamento básico é a medida de saúde pública mais eficaz em prevenir doenças e reduzir gastos hospitalares, ou redireciona-los. Além de reduzir drasticamente a mortalidade infantil e aumentar a expectativa de vida de uma comunidade, fator que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um país.
O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais são o conjunto de serviços de infra-estruturas e instalações operacionais que melhoram a vida da comunidade.  É importante que também sejam tomadas medidas para educar a comunidade para a conservação ambiental.
A água é um dos elementos do meio ambiente. Isso faz com que se aplique à água o enunciado do caput do art.225 da Constituição Federal: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo...”
A Lei federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas em matéria ambiental, em seu art.54, tipifica o crime de poluição. Esta figura penal, por referir-se a qualquer tipo de poluição, engloba a hídrica, seu parágrafo 2.º, III, prevê a hipótese de crime qualificado, consistente em causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade. Justifica-se o maior rigor, decorrente de situação que afeta número indeterminado de pessoas e de forma concreta.
Conceito meio ambiente
Meio ambiente é um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Meio ambiente também compreende recursos e fenômenos físicos  como ar, água e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo.
Abastecimento de água
Sistema de Abastecimento de Água
A Funasa, por meio do Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp), financia a implantação, ampliação e/ou melhorias em sistemas de abastecimento de água nos municípios com população de até 50.000 habitantes.
Esta ação tem como objetivo fomentar a implantação de sistemas de abastecimento de água para controle de doenças e outros agravos, com a finalidade de contribuir para a redução da morbimortalidade – provocada por doenças de veiculação hídrica – e para o aumento da expectativa de vida e da produtividade da população.
Nesta ação, são financiadas a execução de serviços tais como captação de água bruta em mananciais superficiais, captação subterrânea, adutora, estação elevatória de água, estação de tratamento de água, reservatórios, rede de distribuição, ligações domiciliares etc. Os projetos de abastecimento de água deverão seguir as orientações contidas no manual “Apresentação de Projetos de Sistemas de Abastecimento de Água “, disponível na página da Funasa na Internet, clique aqui para visualizar.
Não serão passíveis de financiamento os sistemas de abastecimento de água dos municípios que estejam sob contrato de prestação de serviço com empresa privada.
É exigido da entidade pública concessionária do serviço de abastecimento de água o aval ao empreendimento proposto, mediante documento, e ainda termo de compromisso para operar e manter as obras e os serviços implantados.
Os projetos devem incluir programas que visem à sustentabilidade dos sistemas implantados e contemplem os aspectos administrativos, tecnológicos, financeiros e de participação da comunidade.
Os proponentes deverão promover ações de educação em saúde e de mobilização social durante as fases de planejamento, implantação e operação das obras e serviços de engenharia como uma estratégia integrada para alcançar os indicadores de impacto correspondentes, de modo a estimular o controle social e a participação da comunidade beneficiada.
Saneamento para Promoção da Saúde
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde, detém a mais antiga e contínua experiência em ações de saneamento no País, atuando a partir de critérios epidemiológicos, sócio-econômicos e ambientais, voltados para a promoção e proteção da saúde.
O Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp) da Funasa foi criado com o objetivo de fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças.
O Densp busca a redução de riscos à saúde, financiando a universalização dos sistemas de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos urbanos.
Promove as melhorias sanitárias domiciliares, a cooperação técnica, estudos e pesquisas e ações de saneamento rural, contribuindo para a erradicação da extrema pobreza.
O risco à saúde pública está ligado a fatores possíveis e indesejáveis de ocorrerem em áreas urbanas e rurais, e que podem ser minimizados ou eliminados com o uso apropriado de serviços de saneamento.
A utilização de água potável é vista como o fornecimento de alimento seguro à população. O sistema de esgoto promove a interrupção da “cadeia de contaminação humana”. A melhoria da gestão dos resíduos sólidos reduz o impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores.
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a Funasa respeita o pacto federativo nacional promovendo o fortalecimento das instituições estaduais e municipais com o aporte de recursos que desoneram as tarifas dos serviços e aceleram a universalização do atendimento dos serviços. E utilizando ferramentas de abrangência regional, sempre que se mostrar necessário.
Na esfera federal, cabe à Funasa a responsabilidade de alocar recursos não onerosos para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos urbanos e melhorias sanitárias domiciliares. Compete, ainda, à Funasa, ações de saneamento para o atendimento, prioritariamente, a municípios com população inferior a 50.000 habitantes e em comunidades quilombolas e de assentamentos.
Em parceria com órgãos e entidades públicas e privadas, presta consultoria e assistência técnica e/ou financeira para o desenvolvimento de ações de saneamento.
O Programa de Pesquisa em Saúde e Saneamento, por meio do Densp, tem financiado pesquisas no sentido de colaborar com técnicas inovadoras para redução de agravos ocasionados pela falta ou inadequação do saneamento básico.
A Funasa, por intermédio do Densp, está inserida no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), do Ministério das Cidades, assumindo a responsabilidade de elaborar e implementar o Programa Nacional de Saneamento Rural (Pnsr).
Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento na saúde:
Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarreias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e malária.
Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
Esgotamento sanitário adequado é fator que contribui para a eliminação de vetores da: malária, diarréias, verminoses, esquistossomose, cisticercose e teníase.
Melhorias sanitárias domiciliares estão diretamente relacionadas com a redução de: doença de Chagas, esquistossomose, diarreias, verminoses, escabioses, tracoma e conjuntivites.
Esgoto
Esgoto ou efluente são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e que necessitam de tratamento (geralmente gerenciados pela Estação de Tratamento de Esgoto, ETE) adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.
Pode-se então, separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento primário etratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento. Cada um deles têm, respectivamente,o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).
Lixo
Tipos de lixo que são coletados
domiciliar; 
de grandes estabelecimentos comerciais; 
industrial, quando não tóxico ou perigoso; 
de unidades de saúde e de farmácias; 
animais mortos de pequeno porte; 
folhas e pequenos arbustos provenientes de jardins particulares; 
resíduos volumosos, como móveis, veículos abandonados e materiais de demolição. Estes necessitam de um serviço especial para sua retirada, devendo, portanto, ser cobrado dos usuários.
Ponto de coleta dos recipientes
Normalmente os moradores devam deixar os recipientes com o lixo na calçada, em frente às suas casas
pouco tempo antes da coleta para evitar que animais espalhem resíduos
coleta seletiva de lixo
Coletas Diurna 
Vantagens:
é a mais econômica;
 possibilita melhor fiscalização do serviço.
Desvantagens
interfere muitas vezes no trânsito de veículos;
maior desgaste dos trabalhadores em regiões de climas quentes, com a conseqüente redução de produtividade.
Noturna
Vantagens:
indicada para áreas comerciais e turísticas;
não interfere no trânsito em áreas de tráfego muito intenso durante o dia;
o lixo não fica à vista das pessoas durante o dia.
Desvantagens:
causa incômodo pelo excesso de ruído provocado pela manipulação dos recipientes de lixo e pelos veículos coletores;
dificulta a fiscalização;
aumenta o custo de mão de obra (há um adicional pelo trabalho noturno).
Influência do saneamento básico no processo saúde-doença
Uma das ações importantes que garante a saúde coletiva é o saneamento básico, que consiste no abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, limpeza urbana e tratamento de lixo. Este é um fator determinante para a qualidade de vida, pois evita a contaminação e a proliferação de doenças, garantindo a preservação do meio ambiente e, ao mesmo tempo, proporcionando melhores condições de vida populacional. A escassez de algum destes supracitados, intervém no processo saúde-doença, interferindo na qualidade de vida desta população. No Brasil, o saneamento básico se apresenta insuficiente e com grandes desigualdades de distribuição, principalmente nas populações menos favorecidas, o que acaba se tornando um agravante na saúde coletiva.
Doenças Relacionadas com a Ausência de Rede de Esgotos
Doenças Relacionadas com Água Contaminada
Doenças e Outras Consequências da Ausência de Tratamento do Esgoto Sanitário
Como ocorre a contaminação?
Observa-se que o esgoto não coletado contamina os corpos d’água e o solo, criando um ambiente propício à propagação de microorganismos patogênicos que, por sua vez, contaminam o córrego de onde a água para consumo na residência é captada.
Saneamento básico mundial
A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo não tenham acesso a saneamento básico, e que mais de 1 bilhão de cidadãos não tenham água potável em suas residências.
O saneamento básico foi colocado entre as metas de desenvolvimento do milênio, estabelecidas pela ONU, que propõem que até 2015 mais 2 bilhões de pessoas tenham acesso a água tratada e rede de coleta de esgoto.
Hoje, mais de 1,5 milhão de pessoas morrem anualmente pela falta de água potável e saneamento básico. Essas mortes estão relacionadas às doenças causadas pelo baixo índice de saneamento, como a malária, a cólera, as verminoses, a diarréia, entre outras.
Segundo os índices atuais de saneamento básico no mundo, 40% da população mundial não têm acesso aos serviços de coleta e tratamento de esgoto e à água potável. Isso significa que mais de 200 milhões de toneladas de esgoto são despejadas no meio ambiente anualmente sem coleta e tratamento adequados.
Saneamento básico no Brasil
O estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, aponta, as nações que mais avançaram nos últimos 12 anos, a partir do ano 2000. O Brasil amarga a 112ª posição em um levantamento feito com 200 países. O estudo mostra inclusive que, no país, houve queda no ritmo da expansão do saneamento. Nos anos 2000, era de 4,6% ao ano. Nesta década, está em 4,1%.
Temos melhorado cidades que já estão bem. Mas o Pará tem 2% de coleta de esgoto, é um estado inteiro que não anda. O Maranhão tem índices de Região Norte, que é a pior do país. Então, mesmo com o avanço do Sul, puxado pelo Paraná, do Sudeste e do Centro-Oeste não foi possível manter ou melhorar o ritmo da expansão.
 Segundo o IBGE, em 2008, quando foi realizada a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), 2.495 (44,8% no total) cidades brasileiras não contavam com rede coletora de esgoto. E, ao todo, 33 municípios não tinham rede geral de abastecimento de água. Publicado em 2011, o Atlas do Saneamento mostrou que o Pará, o Piauí e o Maranhão não tinham avançado desde a PNSB de 1989. Também em 2011, dados do Ministério das Cidades mostravam que 36 milhões de brasileiros não tinham água tratada e que menos da metade da população — 48,1% — contava com coleta de esgoto. Já o déficit de moradias sem acesso a esgoto, de acordo com o Trata Brasil, era de 26,9 milhões, em 2012.
Na Saúde, se o país já tivesse universalizado o saneamento, o número de internações por conta de infecções gastrointestinais cairia em 74,6 mil registros. Apenas nas regiões Norte e Nordeste, seriam quase 60 mil. Além disso, por conta de trabalhadores afastados por diarreia e vômito, em 2012, o Brasil teve um custo de mais de R$ 1 bilhão com horas não trabalhadas.
O Instituto fez um estudo que revela que no Brasil, em alguns estados, R$ 1 em saneamento poupa R$ 40 em Saúde
Saneamento no Pará
Três municípios paraenses aparecem no rol dos cinco com pior sistema de saneamento básico do Brasil. O ranking feito com as 100 maiores cidades do País, com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2011, foi divulgado ontem pelo Instituto Trata Brasil. Ananindeua e Santarém apresentaram os piores desempenhos nos critérios avaliados, como acesso à água potável, investimento em saneamento básico e qualidade da água servida. Belém, que caiu uma posição em relação a lista do ano passado, aparece como o quinto cenário mais negativo do País. Entre as capitais brasileiras, a capital paraense só é superada pelo resultado negativo de Macapá (AP).
Ainda segundo o Trata Brasil, 76,3% da população de Belém têm acesso à água tratada, mas apenas 8,1% têm coleta de esgotos. O volume de esgotos tratados é um privilégio de apenas 1,6% dos habitantes, enquanto a média de perdas financeiras com a água produzida na cidade é de 46,1%. A pesquisa revela que, entre 2008 e 2011, foram investidos R$ 239.493.249 em saneamento básico, o que representa apenas R$ 42,70 por cada belenense. Apesar de ser um dos investimentos mais baixos do País, ele é quatro vezes superior ao custo de Santarém, por exemplo.
Na cidade do Baixo Amazonas foram investidos nesses mesmos quatro anos R$ 12.058.507, correspondente a R$ 10,1 por habitante. Ao fim de 2011, o município contabilizava 58,6% dos habitantes sem água tratada, coleta e tratamento de esgotos totalmente inexistentes e o nível de perdas no município, em porcentagem da água produzida de 36,1%. Mas, disparadamente, o pior cenário dentre os cem maiores municípios brasileiros é o de Ananindeua. Em 2011, a parcela com água potável era de apenas 26,7% e 0% de esgoto coletado. O investimento para reverter esse quadro foi de R$ 22.264.972 - R$ 11,6 por cada habitante.
Na avaliação do Trata Brasil, os avanços em saneamento básico continuam insuficientes em todas as 100 maiores cidades do País. "Entre os anos de 2010 e 2011, o Brasil manteve o tímido ritmo de crescimento nos serviços de saneamento básico, colocando em dúvida a possibilidade da universalização dos serviços para os próximos 20 anos", avalia o estudo. Segundo o Instituto, quantoao atendimento em água tratada, os números de 2011 mostram uma evolução nos serviços prestados à população, comparados a 2010. Em 2011, o atendimento com água tratada nas 100 maiores cidades teve crescimento de 0,9 pontos percentuais (p.p), atingindo 92,2% da população; número bem superior ao atendimento na média do País (82,4%). Dos indicadores, a universalização da água é o que está mais próximo.
 Já o atendimento em coleta de esgotos nestas cidades chegou a 61,40% da população contra 48,1% no País - um crescimento de 2,3 p.p de 2010 para 2011. Quase metade das cidades (47), no entanto, tem índices abaixo de 60%, o que torna muito difícil alcançarem a universalização até 2030, a se manter este ritmo de crescimento. Quanto ao tratamento dos Esgotos, o volume aumentou em 2,2 p.p chegando a 38,5% nas 100 cidades; índice muito similar aos 37,5% de tratamento de esgotos no País. É o serviço mais distante da universalização no saneamento. "Em 2030, a se manter esse ritmo de avanços, estaremos longe de ter todo o esgoto tratado nas 100 maiores cidades", estima a pesquisa.
A média de perdas financeiras com a água para os 100 municípios foi de 40,08%; pior do que a média do País (38%). Apenas 4 cidades apresentaram perdas menores que 15%, sendo que 22 delas tiveram índices entre 15 e 30%. "Significa que 74% das cidades apresentaram perdas maiores que 30%, sendo que 14 delas com perdas acima de 60%", diz o estudo.
Investimentos e desafios do saneamento básico no Estado do Pará foram assuntos da coletiva concedida, na manhã desta quarta-feira (25), pelo Coordenador da Câmara de Infraestrutura e Transporte da Secretaria de Estado de Governo (SEGOV), Raimundo Alberto de Athaide Matta. Ele frisou que, por meio da Companhia de Saneamento do Estado do Pará (COSANPA), o Governo do Estado tem buscado reverter o quadro formado nos últimos 20 anos. Entre 1998 e 2005, citou, foram investidos menos de R$ 20 milhões por ano no setor, mas, a partir de 2007, os investimentos foram aumentados consideravelmente e, até o final deste ano, devem chegar a cerca de R$ 350 milhões. O aumento dos investimentos é de mais de 300%. No período de 2003 a 2006 foram investidos cerca de R$ 67 milhões.
Para seguir as metas da COSANPA para a garantia de prestação de serviço de qualidade em abastecimento de água e esgotamento sanitário aos paraenses, para 2011, a previsão é dos valores dobrarem. Essa é a pauta da nova rodada de negociações entre o Estado e a União, que se inicia a partir da próxima sexta-feira, quando o governo estadual pretende garantir investimentos na ordem de R$ 600 milhões para a área. Além das obras já em andamento pelo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) 1, na ocasião, serão discutidas obras do PAC 2, que incluem a Região Metropolitana de Belém (RMB) e municípios do interior.
As obras na capital começaram a ser entregues à população a partir da duplicação da Estação de Tratamento de Água do Bolonha, inaugurada em março deste ano, quando também se iniciou a ampliação da Captação de Água Bruta do rio Guamá. Assim como a conclusão da Adutora de Água Utinga-São Brás, que beneficiou bairros da área central de Belém, as obras são exemplos de investimentos que garantirão o abastecimento satisfatório com água de qualidade para a RMB por pelas próximas duas décadas.
Até meados de 2011, anunciou Matta, o governo entregará uma nova Adutora da Zona de Expansão, que levará água tratada do Complexo Bolonha, para a Cidade Nova e área central de Ananindeua. Até a finalização da obra, que atravessa uma parte da Rod. Augusto Montenegro a população tem sido recomendada para que tenha mais cautela no trânsito no perímetro, onde há a circulação constante de maquinário pesado. Para acelerar o término da obra, os operários e técnicos também trabalham no período noturno.
O cronograma das demais obras, explica o coordenador, é diferenciado, e há etapas para serem concluídas ainda esta semana, como há outras para serem concluídas até novembro e dezembro, além das obras que devem ser entregues no próximo ano. A meta é concluir obras como as iniciadas em Santarém, Castanhal e Marabá, bem como as da RMB, do PAC 1.
Com os novos investimentos previstos, a prioridade, além de alguns municípios do interior, é a Região Metropolitana: alguns bairros de Belém, chegando até o município de Marituba. Na capital, haverá investimentos em localidades como Fé em Deus, Taboquinha (Icoaraci), Pratinha II e a Bacia do Tucunduba (obra que vai ser expandida).
Desafio - Matta também comentou os resultados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), publicada este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujo levantamento mostrou pouco avanço no serviço de saneamento básico do País entre 2000 e 2008. A pesquisa também indica que 12 milhões de domicílios brasileiros não têm acesso à rede geral de abastecimento de água, além dos altos índices de tratamento inadequado do lixo, registrado na grande maioria dos municípios brasileiros. Dos 33 municípios que não dispunham de rede de distribuição de água em nenhum de seus distritos, 21 (63,3 % são da região Nordeste, e sete da região Norte, a maioria de Rondônia com sete municípios e três no Pará: Garrafão do Norte, Placas e Trairão.
“A gente tem um desafio muito grande, que vem crescendo ao longo dos anos, e não cabe a um único governo ou gestor reverter esse quadro. É necessário investir não só em infraestrtutura, mas também em outros setores, como saúde e educação básica. Sobre o saneamento, cabe aos órgãos competentes buscar gradativamente a redução destes índices”, disse Raimundo Matta, lembrando que após a estagnação registrada entre 200 e 2005, a melhorias começaram a registrar crescimento com as obras do PAC no Pará.
Em todas as regiões do Estado, há obras em andamento para a construção de Estações de Tratamento de Água e de Esgoto. Entre estes municípios estão Castanhal, Marabá, Santarém, Dom Eliseu, Altamira, Itaituba, Igarapé-Miri, Oriximiná e Monte Alegre.
Como deveria ser?
Aparece um sistema de saneamento com instalações sanitárias, coleta, tratamento e disposição final adequada do esgoto, onde não se registra a presença de microorganismos patogênicos na água do córrego que serve como fonte de abastecimento humano.

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