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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	INTRODUÇÃO
- SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO é a lei suprema do Estado,pois é nela que se encontram a própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais do Estado, e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas.
- RIGIDEZ CONSTITUCIONAL (ART 60 §4º):Art. 60.A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
		§ 4º- Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
			I- a forma federativa de Estado;
			II- o voto direto, secreto, universal e periódico;
			III- a separação dos Poderes;
			IV- os direitos e garantias individuais.
se verifica a superioridade da norma magna em relação àquelas produzidas pelo Poder Legislativo, no exercício da função legiferante ordinária. Dessa forma, nelas o fundamento do controle é o de que nenhum ato normativo, que lógica e necessariamente dela decorre, pode modificá-la ou suprimi-la.
	- DIREITOS FUNDAMENTAIS (LIMITES AO PODER) os tribunais têm o direito e são	chamados a aplicar diretamente a Constituição quando necessária , interpretando as leis	ordinárias de acordo com o Direito Constitucional.
	CONCEITO
- CONTROLAR a constitucionalidade significa verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou de um ato normativo com a Constituição, verificando seus requisitos formais e materiais.
	PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS DE CONSTITUCIONALIDADE DAS ESPÉCIES NORMATIVAS
3.1. REQUISITOS FORMAIS
- o art. 5º II da CF, consagra o princípio da legalidade ao determinar queninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.O Estado Democrático de Direito, a própria Constituição prevê regras básicas na feitura das espécies normativas.
3.1.1. SUBJETIVOS
- refere-se a iniciativa (art. 61 § 1º, II a):Art. 61.A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição .
		§ 1º- São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
			II- disponham sobre:
				a)criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
3.1.2. OBJETIVOS
- referem-se às outras duas fases do processo legislativo → Constitutiva e Complementar;
- respeitar todo o trâmite previstos nos arts. 60 a 69;
- Lei Completar – aprovada pela maioria absoluta;
- Lei Ordinária – aprovada pela maioria simples.
3.2. REQUISITOS SUBSTANCIAIS OU MATÉRIAS
- compatibilidade do objeto da lei ou ato normativo com a Constituição Federal.
	4. O DESCUMPRIMENTO DA LEI OU DO ATO NORMATIVO INCONSTITUCIONAL PELO PODER EXECUTIVO
	- O Poder Executivo, assim como os demais Poderes de Estado, está obrigado a pautar sua conduta pela estrita legalidade, observando, primeiramente, como primado do Estado de Direito Democrático, as normas constitucionais. Dessa forma, não há como exigir-se do chefe do Poder Executivo o cumprimento de uma lei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, podendo e devendo, licitamente, negar-se cumprimento, sem prejuízo do exame posterior pelo Judiciário.
	Portanto, poderá o Chefe do Poder Executivo determinar aos seus órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos normativos que considerar inconstitucionais.
	ESPÉCIES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
5.1. EM RELAÇÃO AO MOMENTO DA REALIZAÇÃO
- CONTROLE PREVENTIVO é o controle de constitucionalidade realizado durante o processo legislativo, ou seja, antes do ato normativo ingressar no ordenamento jurídico.
- CONTROLE REPRESSIVO é realizado quando já existe uma lei ao ato normativo e, tem por objetivo, a retirada desta lei ou ato normativo do ordenamento jurídico, já que por certo, contraria a Carta Maior.
	5.2. CONTROLE REPRESSIVO EM RELAÇÃO AO ORGÃO CONTROLADOR
		5.2.1. POLÍTICO – ocorre em Estados onde o órgão que garante a supremacia da constituição sobre o ordenamento jurídico é distinto dos demais Poderes do Estado.
		5.2.2. JUDICIÁRIO OU JURÍDICO – é a verificação ds adequação (compatibilidade) de atos normativos com a constituição feita pelos órgãos integrantes do Poder Judiciário. É a regra adotada pelo Brasil
		5.2.3. MISTO - esta espécie de controle existe quando a constituição submete certas leis e atos normativos ao controle politico e outras ao controle jurisdicional.
		- CONCENTRADO surgiu no Brasil através da Emenda Constitucional n°16, que atribuiu ao STF competência para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, apresentada pelo procurador-geral da República. Através desse modelo de controle, é feita a declaração de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando alcançar a invalidação da lei para firmar a segurança das relações jurídicas. Somente os legitimados (art. 103).
			DIFUSO é exercido no âmbito de casos concretos tendo, portanto, natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e réu. Assim, permite a todos os órgãos do Poder Judiciário, desde o juiz singular de primeira instância, até o Tribunal de superior instância que é o Superior Tribunal Federal, guardião da Constituição. Estes não julgam a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas apreciam a questão e deixam de aplicá-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando. Tanto autor quanto réu pode propor uma ação de inconstitucionalidade, pois o caso concreto éinter partes, como já fora mencionado. Consequentemente terá efeito retroativo, pois foiaplicado o dogma da nulidade.
	5.3. MODELOS CLÁSSICOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	- MODELO NORTE-AMERICANO a supremacia jurisdicional sobre todos os atos dos poderes constituídos, inclusive sobre o Congresso dos Estados Unidos da América, permitindo-se ao Poder Judiciário, mediante casos concretos postos em julgamento, interpretar a Carta Magna, adequando e compatibilizando os demais atos normativos com suas superiores normas.
	- MODELO AUSTRÍACO, criou, de forma inédita, um tribunal – Tribunal Constitucional – com exclusividade para o exercício do controle judicial de constitucionalidade das leis e atos normativos, em oposição ao sistema adotado pelos Estados Unidos, pois não se pretendia a resolução dos casos concretos, mas a anulação genérica da lei ou ato normativo incompatível com as normas constitucionais.
	- MODELO FRANCÊS prevê um controle de constitucionalidade preventivo a ser realizado pelo Conselho Constitucional, que, no transcurso do processo legislativo, poderá, desde que provocado pelo Governo, ou pelo presidente de qualquer das Casas legislativas, analisar a constitucionalidade de uma proposição ou de uma emenda , antes de sua promulgação, devendo pronunciar-se no prazo de oito dias.
	
	5.4. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
		PREVENTIVO → Legislativo – CCJ
			→ Executivo – Veto Jurídico – CF art 66 § 1º
	- REPRESSIVO → Regra → Judiciário → DIFUSO ou por via de exceção ou										defesa – CF art 97.
						→ CONCENTRADO ADI – CF art. 102 I, a
									ADI – Omissão art 103 §2º
									ADI – Interventiva art 36, III
									ADC – art 102, I,in fine
									ADPF – art 102 2§ 1º
			
			→Execução → Legislativo → Medidas Provisórias art 62 §5º
							→ Delegação art. 49 V
	CONTROLE PREVENTIVO
6.1. CCJ – Comissões de constituição e justiça
- a primeira hipótese de controle de constitucionalidade preventivo refere-se às comissões permanentes de constituição e justiça cuja função principal é analisar a compatibilidade do projeto de lei ou proposta de emenda constitucional apresentados com o texto da Constituição Federal.
- art. 58
6.2. VETO JURÍDICO
- CF – art 66 §1º
Art. 66.A Casa na qual tenhasido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
		§ 1º- Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
- a segunda hipótese encontra-se na participação do chefe do Poder Executivo no processo legislativo. O Presidente da República poderá vetar o projeto de lei aprovadopelo Congresso Nacional por entendê-lo inconstitucional.
- no Brasil o controle preventivo é realizado sempre dentro do processo legislativo, pelo Poder Legislativo (CCJ) e Poder Executivo (veto jurídico).
	CONTROLE REPRESSIVO DE CONSTITUCIONALIDADE
- foi adotado o controle de constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário, em que é o próprio Poder Judiciário quem realiza o controle da lei ou do ato normativo, já editados, perante a Constituição Federal, para retirá-los do ordenamento jurídico, desde que contrários à Carta Magna.
- há dois sistemas ou métodos de controle Judiciário de Constitucionalidade repressiva:
a) RESERVADO OU CONCENTRADO (via de ação);
b) DIFUSO OU ABERTO (via de exceção ou defesa).
					
	CONTROLE REPRESSIVO REALIZADO PELO PODER LEGISLATIVO
8.1. ART. 49, V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
- o Congresso Nacional editará um decreto legislativo sustando ou o decreto
presidencial (CF, art. 84, IV)
	Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
	- lei delegada (CF, art. 68), por desrespeito à forma constitucional prevista para suas edições.
8.2. ART. 62 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- uma vez editada a medida provisória pelo Presidente da República, nos termos do art. 62 da Constituição Federal, ela terá vigência e eficácia imediata, e força de lei, pelo prazo de 60 dias, devendo ser submetida de imediato ao Congresso Nacional, que poderá aprová-la, convertendo-a em lei, ou rejeitá-la.
- na hipótese de o Congresso Nacional rejeitar a medida provisória, com base em inconstitucionalidade apontada no parecer da comissão mista, estará exercendo controle de constitucionalidade repressivo, pois retirará do ordenamento jurídico a medida provisória flagrantemente inconstitucional.
	CONTROLE REPRESSIVO REALIZADO PELO PODER JUDICIÁRIO
- No Brasil o controle de constitucionalidade repressivo judiciário é misto, ou seja, é exercido tanto na forma concentrada, quanto na forma difusa.
- o art. 102, I,a,da CF, afirma competir ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda a constituição, cabendo lhe processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
	a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo fede-
ral ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
- o art. 97 estende a possibilidade do controle difuso também aos Tribunais,
estabelecendo, porém, uma regra, ao afirmar que somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
	9.1. DIFUSO OU ABERTO
	- Também conhecido como controle por via de exceção ou defesa, caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição Federal.
	- A ideia de controle de constitucionalidade realizado por todos os órgãos do Poder Judiciário nasceu no caso Madison X Marbury (surgiu nos EUA), em que o Juiz Marshall da Suprema CorteAmericana afirmou que é próprio da atividade jurisdicional interpretar e aplicar a lei. E ao fazê-lo, em caso de contradição entre a legislação e a Constituição, o tribunal deve aplicar esta última por ser superior a qualquer lei ordinária do Poder Legislativo.
	- Na via de exceção, a pronúncia do Judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito. Nesta via, o que é outorgado ao interessado é obter a declaração de inconstitucionalidade somente para o efeito de isentá-lo, no caso concreto, do cumprimento da lei ou ato, produzidos em desacordo com a Lei maior.
	- não tem efeitoerga omnesé quando o efeito é para todos.
	9.1.1. QUESTÃO DO ART. 97 – CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
	Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
	- cláusula de reserva do plenário é condição de eficácia da declaração de inconstitucionalidade, aplicação para todos os tribunais, via difusa, e para o Supremo Tribunal Federal, no controle concentrado.
	- 1º turma do Supremo Tribunal Federal entende dispensável aplicação do art. 97 quando:
	existência anterior de pronunciamento da inconstitucionalidade pelo plenário do Supremo Tribunal Federal;
	se o tribunala quojá tenha declarado a inconstitucionalidade.
9.1.2. CONTROLE DIFUSO E SENADO FEDERAL (ART 52, X)
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitu-
cional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
	-Supremo Tribunal Federal– caso concreto, incidentalmente, declarar por maioria absoluta a inconstitucionalidade oficia o Senado Federal que através da resolução, suspenda a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional.
	- NATUREZA dessa atribuição ao Senado Federal, ser discricionária ou vinculada.
	- EC 45/04 – requisitos do art. 103 – A
	- não mais será necessário a aplicação do art. 52, X de eficácia reduzida, pois declarando incidentalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, o próprio Supremo Tribunal Federal poderá editar Súmula sobre a validade, a interpretação e a validade dessas normas.
9.1.3. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – CONTROLE DIFUSO
A) ENTRE AS PARTES DO PROCESSO (EX TUNC), DECLARADAINCIDENTER TANTUM
- desfaz desde sua origem e as consequências dos atos inconstitucionais são nulos.
-impossível a declaração de efeitos retroativo para o caso de declaração de nulidade de contratos trabalhistas
-ex nunc,desde que razões de ordem pública ou social surjam.
B) PARA OS DEMAIS (EX NUNC)
-erga omnes,se aplicado o art. 52, X.
9.1.4. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE EM SEDE DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA
- MINISTÉRIO PÚBLICO ajuíza a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, em defesa do patrimônio público, para anulação de uma licitação baseada em uma lei municipal incompatível com o art. 37 da Constituição Federal e outros interesses difusos coletivos. Ressarcimento de danos ao errôneo público, perda do mandato, suspensão dos direitos políticos, sem prejuízo da ação popular. O juiz ou o Tribunal – CF, art. 97 – poderão declarar, no caso concreto, a inconstitucionalidade da licitada lei municipal e anulara licitação objeto civil pública, sempre comefeitos somente para as partes e naquele caso concreto.
- SUPRETO TRIBUNAL FEDERAL legitima a ação civil pública como instrumento de fiscalização incidental, via difusa.
- Veda o efeitoerga omnes.
9.1.5. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE DURANTE O PROCESSO LEGISLATIVO
- Art. 59 a 69 – eficácia plena e imediata;
- é possível o controle constitucional concentrado em relação às normas elaboradas em despeito ao devido processo legislativo por inconstitucionalidade formal;
- há necessidade de pleno controle de constitucionalidade no processo de formação de leis, pois as dificuldades de revisão constitucional são quase fictícias quando não há controle de constitucionalidade, pois então o poder legislativo é a última instância sobre o que é constitucional ou não.
- como a lei não está pronta e o processo de lei está em andamento e controle é feito por Mandado de Segurança.
- somente o parlamentar é parte legítima (legitimados) para impetrar (requerer) Mandado de Segurança;
- quando o Poder Judiciário atuar no processo legislativo estará realizando o controle difuso de constitucionalidade, para poder – no mérito – garantir aos parlamentares o exercício de seu direito líquido e certo a somente participarem da atividade legiferante (poder de estabelecer leis) realizada em acordo com as normas constitucionais.
- despeito as normas regimentais caracteriza ilegalidade, uma vez que os regimentos internos das Casas legislativas são resoluções, ou seja, espécies normativas primárias previstas diretamente na Constituição Federal.
9.1.6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE DURANTE O PROCESSO LEGISLATIVO
- compete ao poder judiciário analisar em sede de Mandado de Segurança ajuizado por parlamentar, a regularidade na observância (respeitar uma lei) pelo ConselhoNacional das normas constitucionais durante o processo legislativo.
- o parlamentar tem direito líquido e certo a não participar de processo legislativo vedado pela Constituição Federal.
- interpretações de normas regimentais, assuntointerna corporis (são questões que devem ser resolvidas internamente por cada poder):
A) POSIÇÃO MAJORITÁRIA DO STF: CONTROLE JURISDICIONAL EM RELAÇÃO ÀS NORMAS CONSTITUCIONAIS DE PROCESSO LEGISLATIVO
- não se conhece Mandado de Segurança com relação à ofensa ao regime interno, questões dessa natureza se resolver no âmbito de atuação parlamentar.
B) POSIÇÃO MAJORITÁRIA DO STF: CONTROLE JURISDICIONAL EM RELAÇÃO ÀS NORMAS CONSTITUCIONAIS E REGIMENTAIS DE PROCESSO LEGISLATIVO
- necessidade de respeito parlamentar ao devido processo legislativo e a possibilidade de controle jurisdicional em relação às normas regimentais e suas interpretações;
- necessidade de fazer prevalecer à supremacia da constitucionalidade.
9.2. CONTROLE CONCENTRADO OU VIA DE AÇÃO DIRETA
-Hans Kelsen, criador do controle concentrado de constitucionalidade, justificou a escolha de um único órgão para exercer o controle de constitucionalidade salientando que “se a Constituição conferisse a toda e qualquer pessoa competência para decidir esta questão, dificilmente poderia surgir uma lei que vinculasse os súditos do Direito e os órgãos jurídicos”, para, posteriormente, concluir que “se o controle de constitucionalidade das leis é reservado a um único tribunal, este pode deter competência para anular a validade da lei reconhecida como inconstitucional não só em relação a todos os casos a que a lei se refira – quer dizer, para anular a lei como tal. Até esse momento, porém, a lei é valida e deve ser aplicada por todos os órgãos aplicadores do Direito”.
- Emenda Constitucional nº 16 de 06-12-1965atribuiu ao Supremo Tribunal Federal competência para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade da lei ou ato normativa federal ou estadual, apresentada pelo procurador-geral da República, apesar da existência da representação interventiva desde a Constituição de 1934.
- São várias as espécies de controle concentrado contemplada pela Constituição Federal:
	ação direta de inconstitucionalidade genérica (art. 102, I,a);
	ação direta de inconstitucionalidade interventiva (art. 36, III);
	ação direta de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2º);
	arguição de descumprimento de preceito fundamental (art. 102, § 1º).
	AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – (TABELA NO CADERNO)
10.1. COMPETÊNCIA
- processar e julgar, originariamente, ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual.
10.2. OBJETO
- O Supremo Tribunal Federal não admite ação direita de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo já revogado ou cuja eficácia já tenha exaurido (por exemplo: medida provisória não convertida em lei).
- A ação direta de inconstitucionalidade, a partir da edição da Lei nº 9.868/99, tem natureza dúplice, pois sua decisão de mérito acarreta os mesmos efeitos, seja pelaprocedência (inconstitucionalidade), seja pela improcedência (constitucionalidade), desde que proclamada pela maioria absoluta dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
- as ADI e ADC são ações de sinais trocados, ambas têm natureza dúplice e a procedência de uma equivale a improcedência da outra e vice-versa.
10.2.1. CONCEITO DE LEIS E ATOS NORMATIVOS
- além das espécies normativas do art. 59, há possibilidade de controle de todos os atos revestidos de indiscutível conteúdo normativo.
- decretos autônomos art. 84 VI e XII.
- é absolutamente possível ao Supremo Tribunal Federal analisar a constitucionalidade ou não de uma emenda constitucional, de forma a verificar se o legislador-reformador respeitou os parâmetros fixados no art. 60 da Constituição Federal para alteração constitucional.
- consideram-se atos normativos, encontram-se os atos estatais de conteúdo meramente derrogatório, como as resoluções administrativas, desde que incidam sobre atos de caráter normativo, revelando-se, pois, objeto idôneo para a instauração do controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. O Supremo Tribunal Federal reconheceu o caráter normativo em resolução do Conselho Internacional de Preços.
- atos estatais de efeitos concretos não cabe ADI
- Súmula apresenta as características de ato normativo, está excluída da jurisdição constitucional concentrada.
- Medida Provisória pode incidir do controle abstrato de constitucionalidade.
10.2.2. IMPOSSIBILIDADE DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS ORIGINÁRIAS
- Ascláusulas pétreasnão podem ser invocadas pela sustentação da tese da inconstitucionalidade das normas constitucionais originárias inferiores em face de normas ou princípios constitucionais superiores, porquanto a Constituição as prevê apenas como limites ao Poder Constituinte derivado reformador, não englobando a própria produção originária.
10.2.3. CONTROLE CONCENTRADO DE LEI OU ATO NORMATIVO MUNICIPAL OU ESTADUAL EM FACE DAS CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS.
- Em relação às leis ou atos normativosmunicipaisouestaduaiscontrários às Constituições Estaduais, compete ao Tribunal de Justiça local processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade.
- previsão no art. 25 § 2º.
- lei ou ato normativo municipal, contrários a Constituição Federal e Constituição Estadual mesmo que de repetição obrigatória, teremos aplicação do art. 125 § 2º.
- quando tramitam simultaneamente e paralelamente duas ações diretas, uma perante o Tribunal de Justiça local e outra no Supremo Tribunal Federa, contra mesma lei estadual impugnada em face da Constituição Federal suspende-se a do TJ até julgamento da ação ajuizada no STF.
10.2.4. CONTROLE CONCENTRADO DA LEI OU ATO NORMATIVO MUNICIPAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- é inadmissível Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal ou perante o Tribunal de Justiça local, inexistindo, portanto, essa espécie de controle concentrado de constitucionalidade, pois o único controle de constitucionalidade delei e de ato normativo municipal em face da Constituição Federal que se admite, em regra, é o difuso, exercidoincidenter tantum,por todos os órgãos do Poder Judiciário,quando do julgamento de cada caso concreto;
- o Supremo Tribunal Federal entende não ser possível nessa hipótese o controle concentrado pelo Tribunal de Justiça, pois tendo as decisões efeitoserga omnes,no âmbito estadual, a elas estaria vinculado o próprio Supremo Tribunal Federal, que deixaria de exercer sua missão constitucional deguardiãoda Constituição.
10.2.5. CONTROLE CONCENTRADO DE LEI OU ATO NORMATIVO DISTRITAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- o Supremo Tribunal Federal entendeu possível, e de sua própria competência, a ação direta de inconstitucionalidade em face de lei ou ato normativo do Distrito Federal, desde que no exercício de competência estadual, que afrontar a Constituição Federal.
10.2.6. CONTROLE CONCENTRADO DE LEI OU ATO NORMATIVO ANTERIOR À CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- só há possibilidade de ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo editado posteriormente à Constituição.
10.2.7. CONTROLE CONCENTRADO E RESPEITO À LEGALIDADE
- destaca o STF: “se o ato regulamentar vai além do conteúdo da lei, ou se afasta dos limites que esta traça, pratica ilegalidade e não inconstitucionalidade, pelo que não se sujeita à jurisdição constitucional”.
10.2.8. TRATADOS INTERNACIONAIS E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
- a EC nº 45/04 concedeu ao Congresso Nacional, somente na hipótese de tratados e convenções internacionais que versem sobre Direitos Humanos, a possibilidade de incorporação com status ordinário (CF, art. 49, I) ou com status constitucional (CF, art. 5º §3º).
- Supralegal é quando a lei está abaixo da Constituição e acima das leis.
- Tratados Internacionais que não sejam de Direitos Humanos equivalem às Leis Ordinárias.
10.2.9. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E DECRETOS
-Decreto autônomo = tem a capacidade de inovar na ordem jurídica (de criar direitos e impor obrigações), ou seja, é um ato normativo primário (legal). Disciplina matérias para as quais a CF não exigiu lei (não foram objeto de expressa reserva legal). Art. 84, IV).
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decre
tos e regulamentos para sua fiel execução;
	10.3. LEGITIMAÇÃO
	- CF, art. 103
10.3.1.ADINE PERTINÊNCIA TEMÁTICA
- para alguns legitimados do art. 103 da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal exige a presença da chamada pertinência temática, definida como o requisito objetivo da relação de pertinência entre a defesa do interesse específico do legitimado e o objeto da própria ação.
10.3.2. ADIN E ENTIDADES DE CLASSE OU CONFEDERAÇÕES SINDICAIS
- Em relação às confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional importante ressaltar que sua amplitude global deve ser verificada para análise de sua legitimidade, bem como tratar-se de entidade na defesa de uma categoria profissional, cujo conteúdo seja “imediatamente dirigido à ideia de profissão, - entende-se classe no sentido não de simples segmento social, de classe social, mas de categoria profissional”.
10.3.3. PARTIDOS POLITICOS COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL
- PERDA SUPERVENIENTE: é o que acontece depois.
- O Supremo Tribunal Federal, alterando seu tradicional posicionamento, passou a proclamar que “a aferição da legitimidade de ser feita no momento da propositura da ação e que a perda superveniente de representação do partido politico no Congresso Nacional não o desqualifica como legitimado ativo para a ação direta de inconstitucionalidade”.
10.3.4. MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL
- A Constituição Federal determina no art. 57 § 4º, que cada Casa legislativa se reunirá, a partir de 1º de fevereiro, para e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
- As Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados são órgãos distintos da Mesa do Congresso Nacional (CF, art. 57 § 5º), que será presidia pelo Presidente do Senado Federa, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Dessa forma, o Presidente do Congresso Nacional será o Presidente do Senado Federal, o 1º Vice do Senado Federal, e assim sucessivamente.
- A Mesa do Congresso Nacional não possui legitimidade para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.
10.4. FINALIDADE DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
- A finalidade da ação direta de inconstitucionalidade é retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo incompatível com a ordem constitucional, constituindo-se, pois, uma finalidade de legislador negativo do Supremo Tribunal Federal, nunca de legislador positivo. Em virtude de sua natureza e finalidade especial, não é possível desistência.
10.5. PEDIDO DE CAUTELAR NAS AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
- art. 102, I, “p”.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
	- a liminar suspende a eficácia e a vigência da norma, mas não desconstitui, ainda, as relações jurídicas.
	- requisitos:
	FUMUS BONI IURUS: traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança.
	PERICULUM IN MORA: Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. exige a demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um danojurídico ao direito da parte de obter uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal.
- Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in mora é requisito
indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente (medidas cautelares, antecipação de tutela).
- DISCRICIONARIEDADE DO STF (convivência política da suspensão da eficá-
cia), deverá analisar a “conveniência da suspensão cautelar da lei impugnada”.
- a eficácia da liminar nas ações diretas de inconstitucionalidade, que suspende
a vigência da lei ou do ato normativo arguido como inconstitucional, opera com efeitosex nunc,ou seja, não retroativos.
- Excepcionalmente, desde que demonstrada a conveniência e declarando ex-
pressamente, o Supremo Tribunal Federal concede medidas liminares com efeitos retroativos (ex tunc).
	-medida cautelar, de eficácia contra todos, será com efeitosex nunc.
	-a medida cautelar será concedida por maioria absoluta de 2/3 presentes.
	- a concessão de medida cautelar possui efeitos represtinatórios, ou seja, a suspensão da eficácia da lei ou ato normativo objeto de impugnação acarretará o retorno provisório da vigência e eficácia da lei anteriormente revogada, até o julgamento do mérito da ação.
	10.6. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E PRAZO DECADENCIAL
	- não está sujeita a qualquer prazo de natureza prescrional ou de caráter decadencial.
	10.7. ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
	- Compete ao Advogado-Geral da União, em ação direta de inconstitucionalidade, a defesa da norma legal ou ato normativo impugnado, independente de sua natureza federal ou estadual, pois atua como curador especial do princípio da presunção da constitucionalidade das leis e atos normativos, não lhe competindo opinar nem exercer a função fiscalizadora já atribuída ao Procurador-Geral da Republica, mas a função eminentemente defensiva.
	10.8. PROCEDIMENTO E DECISÃO LEI 9.868/99
	- A petição inicial será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovação da impugnação e indicará o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações.
	- a Lei9.868/99, seguindo orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, exige instrumento de procuração quando a petição inicial for subscrita (assinada) por advogado.
	-amicus curiaeé o “amigo da Corte”, cuja função primordial é juntar aos autos parecer ou informações com o intuito de trazer à colocação considerações importantes sobre a matéria de direito a ser discutida pelo Tribunal.
	- o Procurador-Geral da República, por determinação expressa do art. 103 § 1º, da Constituição Federal, será ouvido em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
	Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas
ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
	- Supremo Tribunal Federal aplica-se o art. 97
	Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
	10.9. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – CONTROLE CONCENTRADO
	- os efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle abstrato são em regra:erga omnes(gerais, para todos),ex tunc(retroativos), vinculantes e represtinatórios.
	- declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal ou estadual, a decisão terá efeito retroativo (ex tunc)e para todos (erga omnes),desfazendo, desde sua origem, a ato declarado inconstitucional, juntamente com todas as consequências dele derivadas, uma vez que OS ATOS INSTITUCIONAIS SÃO NULOS e, portanto, destituídos de qualquer carga de eficácia jurídica, alcançando a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, INCLUSIVE OS ATOS PRETÉRITOS com base nela praticados (efeitosex tunc).
	- a declaração de inconstitucionalidade do ato impugnado e, consequentemente, a retroatividade de sua nulidade ALCANÇA SENTENÇAS JUDICIAIS TRANSITADOS EM JULGADO.
	- no controle concentrado a lei ou ato não declarado inconstitucional saem do ordenamento jurídico imediatamente.
	- poderá o Supremo Tribunal Federal por maioria de 2/3, restringir os efeitos ou decidir que ela tenha eficácia a partir do trânsito em julgado ou outro momento.
	- manipulação dos efeitos ou modulação dos efeitos, dois requisitos:
	REQUISITO FORMAL: decisão da maioria de 2/3 dos membros do Tribunal;
	REQUISITO MATERIAL: por razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse social.
	- os efeitos vinculantes aplicam-se aos legisladores que não pode editar nova norma com preceitos idênticos.
	- o Supremo Tribunal Federal entende que os preceitos vinculantes não se aplicam ao Poder Legislativo.
	- diferença entre Represtinação e Efeitos Represtinatórios
	NA REPRESTINAÇÃO ocorre o retorno da vigência da lei anteriormente re-
vogada pela revogação de sua lei revogadora, desde que nos termos do art. 2º § 3º da LINDB houver expressa previsão.
	EFEITOS REPRESTINATÓRIOS da Declaração de Inconstitucionalidade se
a lei revogadora foi decretada nula jamais teve as forças de revogar a lei anterior, essa manteve sua vigência permanente.
	10.9.1. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
	- INTERPRETAÇÃO CONFORME A REDUÇÃO DO TEXTO: ocorrerá quando for possível declarar a inconstitucionalidade de determinada expressão oudesacato.Art. 7º § 2º, do Estatudo da OAB (Lei nº 8.906/94).
	- INTERPRETAÇÃO CONFORME SEM REDUÇÃO DE TEXTO, EXCLUINDO DA NORMA IMPUGNADA UM INTERPRETAÇÃO QUE LHE ACARRETARIA A INCONSTITUCIONALIDADE: o Supremo Tribunal Federal excluirá determinada interpretação incompatível com a Constituição Federal.
	10.9.2. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL SEM REDUÇÃO DO TEXTO
	- A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto pode ser utilizada como um mecanismo para atingir-se uma INTERPRETAÇÃO CONFORME ACONSTITUIÇÃO e, dessa forma, preservar-se a constitucionalidade da lei ou do ato normativo, excluindo-se algumas de suas interpretações possíveis.
	- a doutrina aponta a diferença entre interpretação conforme a Constituição Federal que consiste em técnica interpretativa e a declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução do texto que configura técnica de decisão judicial. Ambas hipóteses de completam.
	10.9.3. A INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL E O ATIVISMO JUDICIAL
	- Como ativismo judicial designamos uma postura proativa do Poder Judiciário que interfere de maneira regular e significativa nas opções políticas dos demais poderes.
	10.9.4. RECLAMAÇÕES E GARANTIA DA EFICÁCIA DAS DECISÕES DO STF EM SEDE DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
	- Tradicionalmente, para garantir a autoridade de suas decisões proferidas em sede de ação direta de inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal sempre admitiu a utilização da reclamação (CF, art. 102, I,l)desde que ajuizada por um dos colegitimados para a propositura da própria ação direta de inconstitucionalidade e com o mesmo objeto.
	Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da auto-
ridade de suas decisões;
- todos aqueles que forem atingidos por decisões contrárias ao entendimento firmado pelo STF no julgamento de mérito proferido em ação direta de inconstitucionalidade sejam considerados parte legítima para a propositura de reclamação.
	AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
	
	GENÉRICA
	INTERVENTIVA
	PREVISÃO
	Art. 102, I,a
	Art. 34, VII
	LEGITIMIDADE
	Art. 103, I a IX
	Art. 36, III
	FINALIDADE
	Jurídica
	Jurídica e Política
	OBJETO
	Lei ou ato normativo estadual ou federal contrários à constituição federal
	Lei ou ato normativo estadual contrário aos principais sensíveis da Constituição Federal.
	AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
12.1. FINALIDADE
- Para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder Competente
para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias.
	12.2. OBJETO
	- não decorre de qualquer espécie de omissão do Poder Público, mas em relação às normas constitucionais de eficácia limitada.
	12.3. INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
	- Na conduta negativa consiste a inconstitucionalidade por omissão.
	- a omissão poderá ser absoluta (total) ou relativa (parcial). O que se pretende e preencher as lacunas inconstitucionais, para que todas as normas constitucionais obtenham eficácia plena.
	12.3.1. LEGIMITIMIDADE E PROCEDIMENTO
	- CF, art. 103
	- Procedimento é o mesmo da Ação Direta de Inconstitucionalidade
	- Inexiste prazo para propositura da ação.
	12.4. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
		1. ORGÃO ADMINISTRATIVO: adoção de providências necessárias em 30 dias. A fixação do prazo permite a futura responsabilização do Poder Público administrativo, caso a omissão permaneça.
		2. PODER LEGISLATIVO: ciência para adoção das providências necessárias, sem prazo preestabelecido. O Poder Legislativo tem a oportunidade e a conveniência de legislar.
		- não pode ser forçado pelo Poder Judiciário a legislar.
		- declarada a inconstitucionalidade e dada ciência ao Poder Legislativo, fixa-se a ocorrência da omissão com efeitosex tunceerga omnes,e permite a responsabilidade por perdas e danos contra a União.
	12.5. ADI POR OMISSÃO (ADO) E MEDIDA LIMINAR
	- A doutrina e o próprio Supremo Tribunal Federal sempre entenderam incompatível com o objeto referida demanda a concessão liminar.
	- A Lei 12.063/09 em caso de excepcional urgência, poderá por maioria absoluta do Supremo Tribunal Federal, presentes 2/3 conceder liminar.
	AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC OU ADECON)
13.1. PREVISÃO
- transformar presunção relativa a constitucionalidadeabsoluta
13.2. FINALIDADE
- afastar a insegurança jurídica ou estado de incerteza, busca preservar a ordem ju
rídica.
13.3. LEGITIMIDADE
- art. 103
13.4. OBJETO
- Somente poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade a LEI OU
ATO NORMATIVO FEDERAL.
	- A COMPROVAÇÃO DA CONTROVÉRSIA exige prova de divergência judicial, e não somente de entendimentos doutrinários diversos, como na hipótese citada pelo Ministro Carlos Velloso, exigindo-se “EXIGÊNCIA DE INÚMERAS AÇÕES EM ANDAMENTO em juízos ou tribunais, em que a inconstitucionalidade da lei é impugnada”.
	13.5. PROCEDIMENTO E JULGAMENTO
	- o mesmo da ADIM genérica
	- não se admite a desistência
	- não precisa de oitiva da Advocacia-Geral da União.
	- possibilidade de concessão de liminar com efeitoerga omnes, ex tunc evinculantes.
	- cabe reclamação – art. 102, I,e.
	13.6. EFEITOS DA DECISÃO DO STF
	- As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante eex tuncparcialmente procedente.
	- não há possibilidade de nova análise contestatória.
	ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
- A Constituição Federal determina que a arguição de descumprimento de preceito
fundamental decorrente da Constituição será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal em forma de lei.
	Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
	- legitimados, art. 103
	- hipóteses de cabimento:
	Evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público;
	Reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público;
	Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
- a arguição de descumprimento de preceito fundamental deverá ser proposta em
face de atos do pode público já concretizados.
	- não é cabível contra Súmulas
	- caráter subsidiário:a lei expressamente veda a possibilidade de arguição de descumprimento de preceito fundamental, quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
	- PROCEDIMENTO: a petição inicial será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação e deverá conter a indicação do preceito fundamental que se considera violado; a indicação do ato questionado; a prova da violação do preceito fundamental e o pedido, com suas especificações.
	- CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR: por decisão da maioria absoluta dos membros do STF.
	- PARTICIPAÇÃO DEAMICUS CURIAE:(aplicação analógica do art. 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99nº 9.868/99).
	- PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA deverá ser previamente ouvido em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
	-EFEITOS DA DECISÃO: terá eficácia contra todos –erga omnes –e efeitos vinculantes.
	- Com maioria de 2/3 poderá restringir os efeitos.
	- COMUNICAÇÃO ÀS AUTORIDADES OU ORGÃOS RESPONSÁVEIS PELA PRÁTICA DE ATOS QUESTIONADOS: julgada a ação, as autoridades ou órgãos responsáveis serão comunicados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental;
	- IRRECORRIBILIDADE DA DECISÃO: é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.
	14.1.ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL PREVENTIVA E REPRESSIVA
	- caberá, PREVENTIVAMENTE, arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribunal Federal COM O OBJETIVO DE EVITAR LESÕES APRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS previstos na Constituição Federal, ou, REPRESSIVAMENTE, PARA REPARÁ-LAS, QUANDO CAUSADAS PELA CONDUTA COMISSIVA OU OMISSIVA DE QUALQUER DOS PODERES PÚBLICOS.
	SÚMULAS VINCULANTES
- surgiu com a ideia de uma única interpretação jurídica para o mesmo texto consti-
tucional ou legal, de maneira a assegurar a segurança jurídica e o princípio da igualdade.
	- o legislador estabeleceu como competência do Supremo Tribunal Federal o julgamento de recursos extraordinários – uniformização na interpretação da Constituição Federal
	- como competência do Supremo Tribunal de Justiça o julgamento dos recursos especiais – uniformização na interpretação da legislação federal.
	- O STJ de ofício ou por provocação de 2/3 poderá, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula vinculante.
	- edição, revisão e cancelamento (art. 103-A)
	- ÓRGÃO COMPETENTE: somente o STF poderá editar súmulas vinculantes;
	- OBJETO: a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas;
	- LEGIMITIDADE: as súmulas vinculantes poderão ser editadas de ofício ou por provocação de qualquer dos colegitimados para o ajuizamento das ações diretas de inconstitucionalidade que possuam legitimação constitucional (legitimados).
	- RELEVANTE MULTIPLICAÇÃO DE PROCESSOSSOBRE QUESTÃO IDÊNTICA: com a exigência desse requisito, expôs a segundo importante finalidade das súmulas vinculantes, a preservação do princípio da igualdade
	- ATUAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, que deverá manifestar-se previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciadode súmula vinculante, nas propostas que não houver formulado.

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