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PSICOLOGIA POLITICAS PUBLICAS DIREITOS HUMANOS VIOLAÇÃO CONTRA MULHER (1)

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DIREITOS HUMANOS:
Os direitos humanos pertencem a qualquer pessoa independentemente
do gênero, da renda, da raça, da etnia, da crença, da orientação sexual, da idade, da origem geográfica, da escolaridade
Somos iguais em deveres e direitos.
 
Temos o dever de contribuir, colaborar, inventar, construir. Temos o direito de desfrutar os bens sociais. Temos direito de morar, estudar, crescer, trabalhar, decidir. Temos direito à saúde física e mental. 
TEMOS DIREITO de TER DIREITOS!
Quando os direitos humanos NÃO SÃO compreendidos, quando os direitos humanos SÃO DESRESPEITADOS, A desigualdade entre as pessoas fica MAIOR. 
Para fazer valerem os direitos humanos é necessário cobrar do Estado, da sociedade e dos indivíduos um sistema de garantia de direitos. 
Respeitar os direitos humanos é reconhecer que todo ser humano é digno. 
A dignidade é inseparável do ser humano. 
Os direitos humanos se constroem em meio às lutas e às conquistas da história. Eles também representam um AVANÇO DA CIVILIZAÇÃO. 
Os direitos humanos têm a ver com LIBERDADE:
Liberdade para escolher os caminhos da própria vida, sem atropelar a vida dos outros. 
Liberdade para crer, liberdade para não crer. 
Liberdade para amar pessoas do outro sexo,
liberdade para amar pessoas do mesmo sexo. 
Liberdade para ter filhos, liberdade para não ter filhos. Liberdade para seguir tradições, liberdade para inovar. 
Os direitos humanos têm a ver com segurança:
Segurança para ter uma vida digna com acesso aos serviços e às políticas públicas que garantam os direitos FUNDAMENTAIS DA VIDA. 
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU), veio a público em 1948. Ela é a matriz de todas as declarações de direitos que foram escritas a partir dos anos 1950. Sua redação ocorreu três anos após a Segunda Grande Guerra, que tirou milhões de vidas e destruiu vários países. As pessoas sentiram que era o momento de ter uma declaração de paz e de direitos universais para o mundo inteiro. O Brasil assinou a declaração, portanto o Estado brasileiro é obrigado a respeitá-la. O documento contém 30 artigos versando sobre direitos pessoais, civis, políticos e socioeconômicos.
No nosso país o reconhecimento dos direitos humanos é uma experiência nova. 
Hoje, romper com a cultura autoritária e fortalecer os direitos humanos devem ser o principal compromisso da democracia brasileira. 
DOS DIREITOS HUMANOS:
DIREITO FUNDAMENTAL: vida digna.
DIREITOS CIVIS: igualdade perante a lei, acesso à justiça, livre expressão do pensamento, ir e vir, crença, orientação sexual, privacidade, entre outros.
DIREITOS POLÍTICOS: votar e ser votado, liberdade de expressão, asilo político, acesso à informação, livre associação, participação partidária, participação em movimentos sociais, participação em conselhos, participação em audiências públicas, entre outros.
DIREITOS SOCIAIS: seguridade social, segurança alimentar, saúde física e psíquica, educação, moradia, saneamento básico, luz elétrica, locomoção, acesso a políticas públicas, entre outros.
DIREITOS ECONÔMICOS: emprego, trabalho digno, formação profissional, benefícios trabalhistas, acesso ao crédito, entre outros.
DIREITOS CULTURAIS: participação da vida cultural, acesso ao progresso tecnológico e científico, acesso a bibliotecas públicas, acesso à banda larga, acesso ao patrimônio cultural do país, entretenimento, lazer, entre outros.
DIREITOS AMBIENTAIS: uso de recursos naturais sustentáveis, educação ambiental, acesso a serviços de reciclagem e reuso, preservação do meio ambiente, acesso à informação ambiental, entre outros.
DIREITOS COLETIVOS: vida em um planeta saudável, vida em uma cidade sustentável, desenvolvimento econômico e social, autodeterminação política e econômica, acesso à memória coletiva, acesso à memória política, acesso à memória institucional, acesso aos bens imateriais da humanidade, entre outros.
Os direitos humanos são universais e integrais.
Quando os direitos humanos são violados, vários e graves abusos são cometidos. 
Entre esses abusos, está A PRÁTICA DA TORTURA
De maneira direta, torturar é impor violento sofrimento físico e psicológico a uma pessoa sem chance de defesa. 
Quando funcionários públicos empregam métodos de tortura, seja para arrancar confissões de culpa, seja para obter qualquer tipo de informação, eles estão cometendo um crime. 
Pela lei brasileira, torturadores podem pegar de dois a oito anos de cadeia.
A tortura é considerada crime hediondo.
Autores de crimes hediondos não têm direito à fiança, anistia ou indulto.
NO ENTANTO, APESAR DO RIGOR DA LEI, CONTINUA-SE TORTURANDO NO BRASIL. Dentro de muitas delegacias, presídios, centros de reabilitação. 
Outro abuso contra os direitos humanos é a: VIOLÊNCIA CONTRA MULHER. 
A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. 
As primeiras conquistas do movimento feminista junto ao Estado para a implementação de políticas públicas voltadas ao combate à violência contra mulheres datam da década de 80. Em 1985, justamente na culminância da Década da Mulher declarada pela ONU, é inaugurada a primeira Delegacia de Defesa da Mulher em São Paulo e criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), através da lei 7353/85. No ano seguinte - em 1986 - no estado de São Paulo, foi criada pela Secretaria de Segurança Pública a primeira Casa-Abrigo do país para mulheres em situação de risco de morte (Silveira, 2006). Essas três importantes conquistas da luta feminista brasileira são as principais balizas das ações do Estado voltadas para a promoção dos direitos das mulheres no combate à violência.
A violência contra a mulher constitui “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado” (Art. 1°). A definição é, portanto, ampla e abarca diferentes formas de violência contra as mulheres, tais como: 
1) A violência doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, em que o agressor conviva ou haja convivido no mesmo domicílio que a mulher e que compreende, entre outras, as violências física, psicológica, sexual, moral e patrimonial (Lei 11.340/2006);
 2) A violência ocorrida na comunidade e seja perpetrada por qualquer pessoa e que compreende, entre outros, violação, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição forçada, seqüestro e assédio sexual no lugar de trabalho, bem como em instituições educacionais, estabelecimentos de saúde ou qualquer outro lugar; 
3) A violência perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra (violência institucional). A violência contra as mulheres não pode ser entendida sem se considerar a dimensão de gênero, ou seja, a construção social, política e cultural da(s) masculinidade(s) e da(s) feminilidade(s), assim como as relações entre homens e mulheres. A violência contra a mulher dá-se no nível relacional e societal, requerendo mudanças culturais, educativas e sociais para seu enfrentamento e um reconhecimento das dimensões de raça/etnia, de geração e de classe na exacerbação do fenômeno.
4) violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; -
5) a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso daforça; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; -
6) a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; - 
7) a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
8) Tráfico de Mulheres: O Tráfico de Mulheres tem por base o conceito de tráfico de pessoas, que deve ser entendido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos (Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos, 2007).
9) Violência Institucional : “é aquela praticada, por ação e/ou omissão, nas instituições prestadoras de serviços públicos (...)É perpetrada por agentes que deveriam garantir uma atenção humanizada, preventiva e reparadora de danos. A violência institucional compreende desde a dimensão mais ampla, como a falta de acesso aos serviços e a má qualidade dos serviços prestados, até expressões mais sutis, mas não menos violentas, tais como os abusos cometidos em virtude das relações desiguais de poder entre profissional e usuário. Uma forma comum de violência institucional ocorre em função de práticas discriminatórias, sendo as questões de gênero, raça, etnia, orientação sexual e religião um terreno fértil para a ocorrência de tal violência” (Taquette, 2007). Mulheres em situação de violência são, por vezes, ‘revitimizadas’ nos serviços quando: são julgadas; não têm sua autonomia respeitada; são forçadas a contar a história de violência inúmeras vezes; são discriminadas em função de questões de raça/etnia, de classe e geracionais. Uma outra forma de violência institucional que merece destaque é a violência sofrida pelas mulheres em situação de prisão, que são privadas de seus direitos humanos, em especial de seus direitos sexuais e reprodutivos.
O combate à violência contra as mulheres
 Inclui o estabelecimento e cumprimento de normas penais que garantam a punição e a responsabilização dos agressores/autores de violência contra as mulheres. No âmbito do combate, a Política Nacional proporá ações que garantam a implementação da Lei Maria da Penha, em especial nos seus aspectos processuais/penais e no que tange à criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A Política também buscará fortalecer ações de combate ao tráfico de mulheres e à exploração comercial de mulheres adolescentes/jovens. No que diz respeito aos direitos humanos das mulheres, a Política deverá cumprir as recomendações previstas nos tratados internacionais na área de violência contra as mulheres (em especial aquelas contidas na Convenção de Belém do Pará – Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994) e na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - CEDAW, 1981). No eixo da garantia de direitos, deverão ser implementadas iniciativas que promovam o empoderamento das mulheres, o acesso à justiça e a o resgate das mulheres como sujeito de direitos.
No âmbito do governo, a Rede de Atendimento à Mulher em situação de Violência é composta pelos seguintes serviços:
Centros de Referência: Os Centros de Referência são espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência, que devem proporcionar o atendimento e o acolhimento necessários à superação de situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o resgate de sua cidadania 
Casas-Abrigo: As Casas-Abrigo são locais seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral a mulheres em risco de vida iminente em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual deverão reunir condições necessárias para retomar o curso de suas vidas. –
 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher: As DEAMs são unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de violência. As atividades das DEAMs têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais dever ser pautadas no respeito aos direitos humanos e nos princípios do Estado Democrático de Direito (Norma Técnica de Padronização –DEAMs, SPM:2006). Com a promulgação da Lei Maria da Penha, as DEAMs passam a desempenhar novas funções que incluem, por exemplo, a expedição de medidas protetivas de urgência ao juiz no prazo máximo de 48 horas. – 
Defensorias da Mulher: As Defensorias da Mulher têm a finalidade de dar assistência jurídica, orientar e encaminhar as mulheres em situação de violência. É órgão do Estado, responsável pela defesa das cidadãs que não possuem condições econômicas de ter advogado contratado por seus próprios meios. 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher são órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal que poderão ser criados pela União (no Distrito Federal e nos Territórios) e pelos Estados para o processo, julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS): Os Centros de Referência da Assistência Social fazem parte do PAIF (Programa de Atenção Integral à Família) e desenvolvem serviços básicos continuados e ações de caráter preventivo para famílias em situação de vulnerabilidade social (proteção básica). Os CREAS, por outro lado, são responsáveis pela proteção de famílias e indivíduos que tenham seus direitos violados e que vivam em situações de risco pessoal e social (proteção especial). – 
Serviço de Responsabilização e Educação do Agressor: é o equipamento responsável pelo acompanhamento das penas e das decisões proferidas pelo juízo competente no que tange aos agressores, conforme previsto na Lei 11.340/2006 e na Lei de Execução Penal. Entre suas atribuições, podem-se citar: a promoção de atividades educativas, pedagógicas e grupos reflexivos, a partir de uma perspectiva de gênero feminista e de uma abordagem responsabilizante; e o fornececimento de informações permanentes sobre o acompanhamento dos agressores ao juízo competente, por meio de relatórios e documentos técnicos pertinentes; 
- Polícia Civil e Militar: A Delegacia comum também deve registrar toda e qualquer ocorrência oriunda de uma mulher vítima de violência. São os profissionais da Polícia Militar que muitas vezes, fazem o primeiro atendimento ainda na residência ou em via pública, realizando então o primeiro atendimento e encaminhando para outros serviços da rede. 
 Instituto Médico Legal: O IML desempenha um papel importante no atendimento à mulher em situação de violência, principalmente as vítimas de violência física e sexual. Sua função é decisiva na coleta de provas que serão necessárias ao processo judicial e condenação do agressor.É o IML quem faz a coleta ou validação das provas recolhidas e demais providências periciais do caso. 
Serviços de Saúde voltados para o atendimento dos casos de violência sexual: A área da saúde, por meio Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes, tem prestado assistência médica, de enfermagem, psicológica e social às mulheres vítimas de violência sexual, inclusive quanto à interrupção da gravidez prevista em lei nos casos de estupro.
Princípios da Política: A Política Nacional para as Mulheres orienta-se pelos princípios propostos no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2004) nos seguintes pontos fundamentais: 
� Igualdade e respeito à diversidade – mulheres e homens são iguais em seus direitos. A promoção da igualdade implica no respeito à diversidade cultural, étnica, racial, inserção social, situação econômica e regional, assim como os diferentes momentos da vida das mulheres; 
� Eqüidade – a todas as pessoas deve ser garantida a igualdade de oportunidades, observando-se os direitos universais e as questões específicas das mulheres;
 � Autonomia das mulheres – o poder de decisão sobre suas vidas e corpos deve ser assegurado às mulheres, assim como as condições de influenciar os acontecimentos em sua comunidade e seu país; 
� Laicidade do Estado – as políticas públicas voltadas para as mulheres devem ser formuladas e implementadas independentemente de princípios religiosos, de forma a assegurar os direitos consagrados na Constituição Federal e nos instrumentos e acordos internacionais assinados pelo Brasil; 
� Universalidade das políticas – as políticas públicas devem garantir, em sua implementação, o acesso aos direitos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais para todas as mulheres; 
� Justiça social – a redistribuição dos recursos e riquezas produzidas pela sociedade e a busca de superação da desigualdade social, que atinge de maneira significativa às mulheres, devem ser assegurados; 
� Transparência dos atos públicos – o respeito aos princípios da administração pública, tais como legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, com transparência nos atos públicos e controle social, deve ser garantido;
 � Participação e controle social – o debate e a participação das mulheres na formulação, implementação, avaliação e controle social das políticas públicas devem ser garantidos e ratificados pelo Estado brasileiro, como medida de proteção aos direitos humanos das mulheres e meninas.
 � Promoção dos Direitos Humanos das Mulheres em Situação de Prisão: com a construção/reforma de estabelecimentos penais femininos; a garantia de serviços de saúde integral, sistema educacional, cultura e lazer no sistema prisional e acesso à justiça e à assistência jurídica gratuita; a proteção aos direitos sexuais e reprodutivos e à maternidade; e o apoio/realização de projetos de geração de renda para as mulheres nos estabelecimentos penais.
O QUE A PSICOLOGIA TEM A VER COM OS DIREITOS HUMANOS?
TUDO!!! 
Se uma das missões da psicologia é proteger a integridade psíquica e emocional das pessoas. 
Se uma de suas missões é zelar pelo respeito à subjetividade e singularidade das pessoas, a psicologia está completamente comprometida com a defesa, promoção e garantia dos direitos humanos.
Psicólogas e psicólogos não podem concordar com nenhuma forma de preconceito e discriminação. 
Profissionais da psicologia, da assistência social, do direito, da saúde, da educação, bem como todo cidadão e cidadã têm o compromisso de esclarecer e encaminhar casos de violação de direitos para que sejam apurados e julgados pelos órgãos competentes. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
OS DIREITOS DAS MULHERES SÃO DIREITOS HUMANOS! 
SE ISSO NÃO OCORRER LIGUE 180 Central de Atendimento à Mulher
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cartilhas/direitos_humanos/fr_direitos.aspx
http://www.spm.gov.br/assuntos/ouvidoria-da-mulher/pacto-nacional/politica-nacional-enfrentamento-a-violencia-versao-final.pdf
LIVRO “PRESOS QUE MESTRUAM”
Nana Queiroz é autora do livro Presos que menstruam (Editora Record, 
Nesse livro mostra que não existem direitos humanos na cadeia.
A jornalista ouviu histórias que faziam seu estômago revirar: falta de produtos de higiene pessoal, violência de agentes penitenciários, superlotação, comida estragada no refeitório, a dificuldade de conseguir uma visita íntima... Nem as grávidas escapam. A lei brasileira determina que as presidiárias devem permanecer com seus filhos durante seis meses para amamentação. Segundo Nana, elas também são espancadas por carcereiros, e muitas precisam dormir com seus bebês recém-nascidos no chão, por falta de colchonetes, e, com os pontos da cesariana ainda abertos, pegam infecções. Esse foi o caso de Gardênia, relatado no livro, que precisava ir ao hospital mais próximo diariamente, durante 20 dias, para tomar injeções de anti-inflamatório. Por falta de paciência ou estrutura, os guardas só a levaram à clínica dois dias. Teve que sarar com duas doses mesmo.
— As histórias das grávidas foram as que mais me impressionaram. Achei que violência policial seria menos severa com elas, mas os relatos de tortura são tão graves quanto os das prisões masculinas. Uma delas, tomou uma paulada na barriga, e ouviu do policial que a agr ediu: “Pra que colocar mais um vagabundo no mundo? Espero que morra antes de nascer” — recorda.
Em um dos retratos mais emblemáticos da situação degradante nos presídios, Nana conta que detentas usam miolo de pão como absorvente íntimo, já que recebem apenas um ou dois pacotinhos por mês, quantidade insuficiente para mulheres com fluxo menstrual mais intenso. Apesar das condições insalubres das instalações, para a autora, o pior aspecto do encarceramento é o abandono.
 o sistema carcerário brasileiro trata as mulheres exatamente como trata os homens. Isso significa que não lembra que elas precisam de papel higiênico para duas idas ao banheiro em vez de uma, de papanicolau, de exames pré-natais e de absorventes internos. “Muitas vezes elas improvisam com miolo de pão”, diz Heidi Cerneka, ativista de longa data da Pastoral Carcerária.
— Enquanto a mulher é educada para ser fiel ao homem, independentemente das adversidades, o homem não fica ao lado da mulher que dá problemas. Então os primeiros a abandonar as presas são seus parceiros — analisa a jornalista.
Como há poucos e grandes presídios femininos no Brasil, muitas vezes, as mulheres são encaminhadas para penitenciárias a centenas de quilômetros de distância de casa. Por isso, as famílias precisam gastar grandes quantias com as passagens de ônibus, o que é impossível para muitos núcleos. Em alguns casos, como no Presídio Feminino do Distrito Federal, o dia da visita ocorre durante a semana.
apenas 6% das presas brasileiras cometeram crimes contra outras pessoas. Mais de 80% delas foram presas por crimes para “complementar renda”.
Safira era uma moça bonita com cabelos de fogo e olhos grandes. Casou-se muito cedo, teve dois filhos e saiu de casa por apanhar do marido. Trabalhava num supermercado, embrulhando sucos orgânicos e bolachas recheadas que nunca poderia comer. Um dia, chegou em casa e o filho chorava de fome. O dinheiro havia acabado e o leite também. Chorou um pouco, bateu na casa do vizinho, pediu uma arma emprestada e foi roubar. Na cadeia, Safira se transformou de uma menina doce e ingênua numa mulher dura que obedece às normas locais. “As guardas têm as regrasdelas, e nós, as nossas”, explica. “Tem um monte de coisas que não podemos fazer, e chamamos isso de disciplina. E quem sai dessa disciplina é cobrada. Por isso existem as facções. Elas sempre têm alguém que vai nos dizer o que devemos fazer. E o crime mais grave de todos é matar criança. Quem faz isso tem que ficar isolada ou vai sofrer.” Outro preceito importante é não mexer com as convertidas: evangélicas são protegidas pelo temor geral a Deus.
— Em geral, são mulheres com filhos, que não conseguem sustentar suas crianças com o salário que ganham e, por isso, buscam crimes que funcionam como complemento de renda, no que eu chamo de “baixo clero do tráfico”. Elas coletam o dinheiro e entregam droga — explica Nana. — Nesse sentido, a guerra contra as drogas castiga as mulheres de forma mais severa que os homens.
bebês nascem em banheiros e a comida vem com cabelo e fezes de rato
As prisões femininas do Brasil são escuras, encardidas, superlotadas. Camas estendidas em fileiras, como as de Chapman, são um sonho. Em muitas delas, as mulheres dormem no chão, revezando-se para poder esticar as pernas. Os vasos sanitários, além de não terem portas, têm descargas falhas e canos estourados que deixam vazar os cheiros da digestão humana. Itens como xampu, condicionador, sabonete e papel são moeda de troca das mais valiosas e servem de salário para as detentas mais pobres, que trabalham para outras presas como faxineiras ou cabeleireiras.
36.135 mulheres estão presas no Brasil
22.666 é a capacidade do sistema
13.469 em superlotação
3.478 funcionários monitoram toda essa população
647 estão presas em locais inadequados, como delegacias e cadeias públicas
54% identificam-se como negras ou pardas
747 são estrangeiras
67% não completaram o ensino médio
60% não têm parceiro em relação estável
60% respondem por tráfico de drogas
6% respondem por crimes violentos contra pessoas
345 crianças vivem no sistema penitenciário brasileiro hoje
4 a 8 anos é a média das penas cumpridas
18 a 24 é a faixa etária mais comum
0 é o número de rebeliões em todas as 80 penitenciárias femininas em 2013
HIGIENE NEGLIGENCIADA: MULHERES PRESAS RECEBEM O MESMO NÚMERO DE ITENS DE HIGIENE QUE HOMENS, APESAR DE USAREM O DOBRO DO PAPEL HIGIÊNICO, POR EXEMPLO. A SOLUÇÃO: USAR JORNAL VELHO (FOTO: ALEX SILVA)
Absorvente feito com pedaço de pão.
  http://oglobo.globo.com/sociedade/livro-revela-horror-das-prisoes-femininas-no-brasil-detentas-usam-miolo-de-pao-como-absorvente-1-16938557#ixzz4NBBKpgqj
http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/07/descubra-como-e-vida-das-mulheres-nas-penitenciarias-brasileiras.html

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