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p192 Artigo Protecao de maquinas Identificando perigos

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DEZEMBRO / 200786 REVISTA PROTEÇÃO
PROTEÇÃO DE MÁQUINAS
A segurança funcional deve ser aplicada pelo fabricante de máquinas e pelo empregador
Identificando perigos
Seja no contexto globalizado,
nacional ou regional, o concei-
to da segurança tem se tornado
cada vez mais abrangente, en-
volvendo a integração do ho-
mem com o seu ambiente de
trabalho (equipamento ou pro-
cesso) e assumindo compromis-
sos com metas de sustentabi-
lidade, saúde, meio ambiente e
responsabilidade social. O prin-
cipal objetivo da segurança fun-
cional é garantir a harmonia en-
tre os citados objetivos da se-
gurança e a produtividade da
empresa. Neste artigo, aborda-
remos a segurança funcional
aplicada na área de manufatu-
ra, ou mais especificamente, em
máquinas. Os acidentes com
máquinas são a segunda maior
causa de ocorrências no Brasil,
perdendo apenas para aciden-
tes causados por quedas. Além
dos danos sociais e prejuízos
devido às penalidades e à per-
da de produtividade, estes acidentes po-
derão resultar em danos à imagem da em-
presa e na obtenção de benefícios/licen-
ças para ampliação de plantas existentes,
ou ainda, na instalação de novas unida-
des. Descreveremos, a seguir, alguns con-
ceitos que deverão ser levados em consi-
deração na especificação de sistemas de
segurança. Também apresentaremos al-
guns benefícios obtidos com a redução de
custos, que além do retorno social, justi-
ficariam, por si só, o investimento na se-
gurança funcional de uma empresa.
CREDIBILIDADECREDIBILIDADECREDIBILIDADECREDIBILIDADECREDIBILIDADE
As normas de segurança foram desen-
volvidas a partir dos anos 90, como res-
posta ao crescente uso de novas e com-
plexas tecnologias e em função de expe-
riências com acidentes de proporções ca-
tastróficas, até mesmo os acidentes me-
nos graves, porém com grande freqüên-
José Carlos de Miranda Roque - Gerente de consultoria da
Pilz, Pós-graduado em Telecomunicações e em Sistemas de
Automação e Controle
j.roque@pilzbr.com.br
José Carlos de Miranda Roque
cia. A norma internacional EC 61508
(Functional Safety of Electric, Electronic
and Programmable Electronic Safety, Re-
lated Systems) pode ser aplicada direta-
mente a qualquer processo industrial que
utilize produtos e sistemas de segurança
E/E/PE (elétricos/eletrônicos e eletrôni-
cos programáveis), independentemente
do tipo de aplicação. Já a IEC 62061 é mais
específica para a área de manufatura. Es-
sas normas são do tipo orientadas. Dife-
rentemente das normas prescritivas, elas
não estão focadas na especificação de sis-
temas, parâmetros ou condições técnicas
de determinadas aplicações. Elas se nor-
teiam pelo princípio básico de que quan-
to maior o nível de risco do acidente, tan-
to melhor deverá ser o desempenho e a
integridade do sistema de segurança uti-
lizado. Tais normas classificam os siste-
mas de segurança através do seu SIL (Ní-
vel de Integridade de Segurança), que
pode variar de 1 a 4, sendo que quanto
maior esse número, melhor será o desem-
penho. A classificação do SIL, além de
quantificar a confiabilidade do
sistema de segurança quanto
às possíveis falhas de hardware
e software, também classifi-
cam os sistemas de segurança
em relação às falhas sistemáti-
cas. Falhas sistemáticas são
aquelas provocadas por erro
humano, elas podem ser en-
contradas nas atividades de:
especificações do projeto, ins-
talação, implementação de
hardware ou software, manual
do usuário, procedimentos de
operação, manutenção, cali-
bração, etc.
Na figura 1, podemos verifi-
car os tipos de falhas sistemá-
ticas que resultaram em falhas
nos sistemas de segurança. Os
dados foram levantados na In-
glaterra pelo HSE (Health and
Safety Executive), e fazem
parte do estudo Out of Work,
realizado pela mesma entida-
de governamental.
Essas normas têm sido utilizadas mun-
dialmente, não só devido a sua eficácia
na redução de risco, mas também, pela
credibilidade de sua metodologia/docu-
mentação quando auditadas por segura-
doras, entidades governamentais e em de-
cisões internas sobre gestão de risco.
Embora recomende a utilização das nor-
mas IEC 61508 e IEC 62061, este artigo
não irá abordá-las, mas chamar a atenção
para os conceitos de segurança funcional
que, embora presentes nas normas adota-
das no Brasil, não têm sido aplicadas.
INICIAINICIAINICIAINICIAINICIATIVTIVTIVTIVTIVASASASASAS
As ações de todos os interessados na
prevenção de acidentes, como dos traba-
lhadores, governo, empresas e sociedade,
convergem para medidas de redução de
risco. Essas ações são manifestadas atra-
vés de decretos governamentais, docu-
mentações prescritivas, como normas e
notas técnicas, ou utilizando um formato
mais funcional. Isso resulta em programas
de prevenção de risco firmados em con-
BE
TO
 S
O
AR
ES
/E
ST
ÚD
IO
 B
OO
M
DEZEMBRO / 200788 REVISTA PROTEÇÃO
PROTEÇÃO DE MÁQUINAS
venções tripartites (sindicatos dos traba-
lhadores, patronais e o governo), como,
por exemplo, o Programa de Prevenção
de Riscos em Prensas e Equipamentos Si-
milares (PPRPS). Essas iniciativas são
realistas, pois não objetivam reduzir a zero
o risco de acidentes em máquinas, mas
sim, assegurar que todos os riscos exis-
tentes na sua utilização, sejam reduzidos
a um valor mínimo. Caso o risco residual
não seja garantido pelo fabricante da má-
quina e/ou pelo empregador, o termo “aci-
dente”, normalmente associado a algo fora
do previsto e do controle humano, será
caracterizado como uma negligência.
Cabe ao fabricante, fornecer máquinas
seguras, que incluam no seu projeto, me-
didas de proteção, tanto para as ativida-
des rotineiras, como para aquelas previ-
síveis de mau uso. Normas como a NBR
NM 213 orientam sobre como projetar má-
quinas seguras. Também é responsabili-
dade do fabricante, o fornecimento de u-
ma documentação com procedimentos
para a instalação, operação, manutenção
e a desativação segura da máquina. Ao
empregador compete a análise dos riscos
da máquina na sua integração com as con-
dições operacionais do ambiente de tra-
balho e a adoção de medidas de redução
de riscos. A norma NBR 14009 (Princípi-
os para Apreciação de Riscos) deve ser
aplicada para a identificação e avaliação
dos riscos existentes, bem como a deter-
minação das funções de segurança, neces-
sárias para evitar a ocorrência de aciden-
tes. Conforme mostrado na figura 2, as
normas tipo A, B1,B2 e C, quando existen-
tes, devem ser aplicadas seqüencialmen-
te. O fato de se aplicar uma norma espe-
cífica de equipamento, como a de pren-
sas mecânicas da NBR 13930, não exime
a necessidade de utilização das normas
tipo A, como a NBR 14009 ou do tipo B1,
como a NBR 14153.
PPPPPASSOSASSOSASSOSASSOSASSOS
A norma que estabelece os princípios
gerais de projetos de sistemas de seguran-
ça de máquinas é a NBR 14153. Na figura
4 estão os cinco passos, recomendados
pela norma, para o projeto de sistemas de
segurança. Devemos ter cuidado ao inter-
pretarmos certas normas específicas de
equipamentos (tipo C). Elas apresentam
algumas recomendações de funções de
segurança para certos tipos de
perigos considerados mais gra-
ves, especificando o tipo de equi-
pamento de segurança a ser uti-
lizado e a categoria de risco do
mesmo. Fato que não exime a
responsabilidade do fabricante
da máquina ou do empregador
de executar todos os passos re-
queridos. Desde a avaliação dos
riscos até a validação do siste-
ma de segurança, garantindo que
todos os riscos da máquina se-
jam identificados e reduzidos
para um valor mínimo que a caracterize
como segura. Esse cuidado se torna ain-
da mais necessário quando utilizamos as
normas tipo C aplicadas a um grupo de
máquinas como, por exemplo, nas pren-
sas e similares, onde estão relacionadas
uma elevada quantidade de máquinas e
ainda deixa-se uma abertura para a inclu-
são de possíveis máquinas similares,não
relacionadas no documento. Com certe-
za, estaremos sendo negligentes se con-
siderarmos que um grupo tão diverso de
máquinas possa ter sua segurança funci-
onal assegurada por uma única norma de
caráter prescritivo.
FUNÇÕESFUNÇÕESFUNÇÕESFUNÇÕESFUNÇÕES
Se quisermos adotar medidas preven-
tivas, ao invés de apenas tomarmos ações
de mitigação da conseqüência do aciden-
te, devemos identificar os perigos e criar
funções de segurança para evitá-los.
Quando utilizamos dispositivos de segu-
rança para realizar essas funções, se de-
sejamos reduzir a possibilidade de ocor-
rência de acidentes devido às falhas do
sistema de segurança, devemos especifi-
car a integridade do mesmo. A integridade
de segurança é classificada pela NBR
14153 como categoria B, 1, 2, 3 ou 4,
quanto maior ela for, maior será a garantia
do sistema. A norma EN 954-1 que corres-
ponde, no Brasil, à NBR 14153 , já foi subs-
tituída na Europa pela EN ISO 13849-1,
cuja classificação do nível de integridade
de segurança é definida como Nível de
Performance (PL) ou SIL (Nível de Inte-
gridade de Segurança)1,2,3. A mudança
visa melhorar o desempenho desses siste-
mas, pois o parâmetro “categoria”, que
caracteriza a tolerância e a falha do siste-
ma, será substituído pelo parâmetro SIL,
que quantifica a confiabilidade e a quali-
dade do sistema de segurança. Portanto,
nas futuras especificações, será bom le-
PROTEÇÃO COLETIVA É IMPRESCINDÍVEL
O risco pode ser definido através da re-
lação: risco = probabilidade (ou Freqüên-
cia) de acidentes x conseqüência do aci-
dente. Portanto, para se diminuir o risco,
deve-se diminuir a freqüência ou a conse-
qüência do acidente.
Especialmente para as máquinas, muito
pouco pode ser feito sobre a gravidade da
lesão, caso alguém entre em contato com
as suas partes móveis, mas muito pode ser
feito para reduzir a probabilidade da ocor-
rência do contato. Os equipamentos de pro-
teção coletiva (EPC) são os es-
pecificados para reduzir a fre-
qüência (probabilidade) dos
acidentes, e os Equipamentos
de Proteção Individual (EPI),
para a redução (mitigação) da
conseqüência do acidente.
Não iremos contestar a im-
portância e obrigatoriedade do
uso de EPIs como medidas
complementares de segurança,
porém, focando o aspecto de
prevenção de acidentes, a utili-
zação de EPCs (ver figura 3) é
imprescindível para a redução
de riscos.
REVISTA PROTEÇÃO 89DEZEMBRO / 2007
var em conta equipamentos que atendam
ambas normas, para que não se corra o
risco do sistema adquirido vir a se tornar
obsoleto.
ECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOSECONÔMICOS
A segurança funcional também é extre-
mamente importante quanto aos aspectos
econômicos, relevantes na formação de
preço, como redução de custos devido à
diminuição de acidentes e incidentes, o
que minimiza os danos materiais, pes-
soais, absenteísmo, prêmio de seguro,
tempo de máquina parada e de ações civis,
criminais e públicas. Este ano, a partir da
assinatura do Decreto 6.042, em 12 de fe-
vereiro de 2007, entra em cena um novo
ator que contribuirá na redução ou majo-
ração dos custos de cada empresa. Ante-
riormente, o trabalhador, para provar que
a doença ou o acidente tinha origem traba-
lhista, precisava de um documento emiti-
do pela empresa onde trabalhava, a Comu-
nicação de Acidente do Trabalho (CAT).
O Decreto 6.042 permitirá que essa rela-
ção - chamada tecnicamente de NTEP
(Nexo Técnico-Epidemiológico Previden-
ciário) - poderá ser comprovada por uma
lista de acidentes e doenças relacionadas
à sua profissão, baseada numa classifica-
ção internacional.
Com a lista, divulgada junto ao decre-
to, o trabalhador deverá apenas procurar
o médico do Instituto Nacional de Seguri-
dade Social (INSS) para receber o segu-
ro. A empresa, se julgar que a doença ou
acidente ocorrido com o empregado não
tenha relação com o tipo de trabalho que
desenvolve, é quem precisará apresentar
provas. No Direito, isso se chama inver-
são do ônus da prova. As análises do
NTEP, começaram a ser realizadas a par-
tir de abril de 2007.
ALÍQUOTALÍQUOTALÍQUOTALÍQUOTALÍQUOTAAAAA
Como um aspecto interessante de efei-
to do NTEP, podemos citar os dados apre-
sentados, em setembro no jornal Valor
Econômico. Entre outras informações,
são mencionadas as médias mensais de
acidentes referentes à amputação de um
dedo. No trimestre anterior, na vigência
do NTEP (janeiro a março de 2007) a
média foi de 170 casos e no trimestre pos-
DEZEMBRO / 200790 REVISTA PROTEÇÃO
PROTEÇÃO DE MÁQUINAS
terior (abril a junho de 2007) a média
mensal aumentou para 308 casos. O de-
creto também alterou a Classificação Na-
cional de Atividades Econômicas (CNAE),
que irá substituir a de 1992. Ela relaciona
os tipos de trabalho com as doenças des-
critas no Código Internacional de Doen-
ças (CID). Isso permitirá atualizar o
percentual, pago pelas empresas, do Se-
guro de Acidente de Trabalho. Elas vão
pagar entre 1, 2 e 3 por cento do valor da
folha de pagamento (a empresa paga o va-
lor total por todos os trabalhadores), de
acordo com a quantidade de acidentes re-
gistrados. Pagam 1 por cento, as empresas
com menos acidentes de trabalho e 3 por
cento as com maior incidência de aciden-
tes e de doenças provocadas pela ocupa-
ção profissional. Mas a tabela das alíquo-
tas não será fixa. De acordo com o decre-
to FAP (Fator Acidentário de Prevenção),
esse fator determinará se a empresa terá
redução ou majoração da alíquota, a de-
pender do seu desempenho (mais ou
menos acidentes) com relação às demais
empresas da mesma atividade econômica.
A aplicação do FAP inicia em 2009 mas
os efeitos dos afastamentos previdenciá-
rios (doença e acidentário) se aplica a um
banco de dados que inicia em 05/2004 e
se completa em 04/2009. Após essa data,
se renovará anualmente.
O FAP varia de 0,50 (redução de 50%),
para as empresas cujos trabalhadores re-
ceberam menos beneficíos, a 2 (majora-
ção de 100%), para empresas cujos traba-
lhadores receberam mais benefícios. Des-
se modo, as empresas que investirem na
Segurança e Saúde do Trabalho, poderão
ter redução de até 50 por cento no valor
de sua alíquota, o que a Previdência cha-
ma de Flexibilização da Alíquota de Segu-
rança no Trabalho. As empresas que não
fizerem investimentos e aumentarem o
número de acidentes poderão pagar até
o dobro do valor máximo (6%). A partir
deste ano, a segurança funcional, além dos
fatores sociais e ambientais, influenciará,
positivamente ou negativamente, na saú-
de financeira das empresas.
O IMPO IMPO IMPO IMPO IMPACTOACTOACTOACTOACTO
Em função dos conceitos de aplicação
da segurança funcional em máquinas, po-
demos concluir que a segurança deixa de
ser vista apenas como um ônus social para
as empresas, passando a ter papel decisi-
vo na sua saúde financeira. Os gestores
das empresas, ao decidirem sobre o risco
de acidentes toleráveis dentro das suas
empresas, estarão assumindo também o
impacto desse risco nos custos, competiti-
vidade e imagem relacionada aos seus pro-
dutos. As fases de avaliação de risco e as
de especificação, verificação e validação
do sistema de segurança são fundamen-
tais para garantir a eficácia das medidas
de redução de risco e também para asse-
gurar que a sua funcionalidade esteja em
harmonia com as metas de produtividade
da empresa. A Segurança Funcional deve
ser aplicada tanto pelo fabricante de má-
quinas, como pelo empregador, prote-
gendo o trabalhador das falhas do equi-
pamento e, principalmente, dos aciden-
tes previsíveis gerados pelo mau uso ou
pela falha humana.
À CAMINHO DA SEGURANÇA
O projeto de sistemas de segurança de-
manda alguns cuidados. A seguir estão re-
lacionados os passos recomendados pela
NBR 14153:
- Análise de perigos na máquina (EN 292-
1 e NBR 14009)
- Apreciação de riscos na máquina (EN
292-1 e NBR 14009)
- Decidir medidas para atingira redução
do risco (EN 292-1):
z sistema de comando (3.7 da EN 292-
2:1991)
z dispositivos de proteção - parte de sis-
temas de comando (4.2.3 da EM 292-
2:1991)
- Especificar requisitos de segurança em
termos de:
z características das funções de segu-
rança (seção 5)
z realização das funções de segurança
(4.2)
z seleção de categoria(s) (seção 6)
- Projetar as partes de sistemas de coman-
do relacionadas à segurança (seções: 4 e 6)
- Validar as funções e categorias atingi-
das (seção 8)
PASSO1º
PASSO2º
PASSO3º
PASSO4º
PASSO5º

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