ANTROPOLOGIA bimestre

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12/09/2016
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Prof. Rubens Correia Jr Prof. Rubens Correia Jr
Apresentação:
Curriculum profissional do professor;
Mestre pela USP/Ribeirão Preto. Possui graduação em Direito
pela Universidade de Uberaba (2004). É especialista em
Direito Tributário pela Universidade de Franca (2005),
especialista em Direito Penal e Processual Penal pela
Universidade de Franca (2007) e pós-graduado em
CRIMINOLOGIA pela PUC/MINAS (2008/2009). Atualmente é
professor na pós-graduação em Criminologia da PUC/BH.
Professor de Legislação Penal Especial pela Universidade
Tiradentes de Sergipe. Professor de Criminologia do IPEBJ de
São Paulo e Coordenador de curso de pós-graduação na
mesma instituição. Professor de Direito Penal e Processual
Penal da UNIPAC/MG.
Prof. Rubens Correia Jr
Apresentação:
Curriculum profissional do professor;
Pesquisador do Grupo GEPESADES/USP.
Membro da comissão de Direitos Humanos da
OAB/MG. Coordenador adjunto do Curso de
Direito Tributário da UNIT/SE. Tem experiência na
área de Direito Público, com ênfase em Direito
Penal, Criminologia e penal-tributário, atuando
como Advogado, consultor e Parecerista Jurídico
nestas áreas respectivamente. Coordenador do
departamento jurídico das empresas do Grupo
AFAG. Editor do blog:
http://rubenscorreiajr.blogspot.com.br
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EMENTA:
ANTROPOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Conceito, objeto, desenvolvimento, corrente, método,
qualidade científica do estudo antropológico. Antropologia
e Direito. Contato cultural. Mudança social e
desenvolvimento. Direito como instrumento da mudança,
influência nas estruturas sociais e no contexto cultural.
Criminologia introdução. Positivismo e pensamento
criminológico. Escolas da criminologia.
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BIBLIOGRAFIA
BROW, Radcliffe. Antropologia. São Paulo: Ática, 
1997.
LINTON, Ralph. O Homem: Uma Introdução à 
Antropologia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SHIRLEY, Robert Weaver. Antropologia Jurídica. 
São Paulo: Saraiva, 2000
SHECAIRA, Salomão. Criminologia. São Paulo: RT, 
2012.
BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e 
Crítica ao Direito Penal. Rio de Janeiro, Revan, 
1999.
INTRODUÇÃO
Por que estudar antropologia? 
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Por que o ADVOGADO não está ilhado
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Por que estudar Antropologia
Pois é necessário a
transdiciplinariedade.
A sociedade exige profissionais que
estejam cientes do que acontece a sua
volta, que possam entender o mundo,
seus clientes e a engrenagem penal.
Ademais, é necessário que o
profissional saiba que ser advogado é
ser sociável.
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Por que estudar Antropologia
Assim, para se advogar o sujeito deve
apresentar uma gama de
conhecimentos, e compreender que o
Direito se faz com a ALTERIDADE.
É uma profissão originariamente de
defesa, de contraditório, de amparo.
Visa em primeiro lugar garantir.
Visa a justiça? = justiceiros?
ANTROPOLOGIA
APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO
Definição do termo ―ANTROPOLOGIA‖:
Etmologia: Anthropos (Homem) + Logia (Estudo)
―Ciência cuja finalidade é descrever o ser humano e
analisá-lo com base nas características biológicas e
socioculturais dos diversos grupos (povos, etnias etc),
dando ênfase às diferenças e variações entre eles‖ Thaís
Colaço.
―é o estudo de todas a sociedades humanas (a nossa
inclusive), ou seja, das culturas da humanidade como um
todo em suas diversidades históricas e geográficas‖
(LAPLANTINE, 2007,p.20).
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APRESENTAÇÃO
TODOS IGUAIS?
Consiste, portanto, no reconhecimento e no
conhecimento, juntamente com a compreensão de uma
humanidade plural. Isso supõe ao mesmo tempo a
ruptura com a figura da monotonia do duplo, do igual, do
idêntico [...]. A abordagem antropológica provoca,
assim, uma verdadeira revolução epistemológica, que
começa por uma revolução do olhar (LAPLANTINE,
2007,p.22).
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APRESENTAÇÃO
MODIFICAR O OLHAR
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APRESENTAÇÃO
MODIFICAR O OLHAR
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APRESENTAÇÃO
MODIFICAR O OLHAR
A antropologia não é senão um certo olhar, um certo
enfoque que consiste no estudo do homem inteiro, o
estudo do homem em todas as sociedades, sob todas as
latitudes em todos os seus estados e em todas as épocas
(LAPLANTINE, 2007,p.16).
ANTROPOLOGIA
HISTÓRIA
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PERÍODO HISTÓRICO – SURGIMENTO – NECESSIDADE –
FIM DA IDADE MÉDIA – GRANDES NAVEGAÇÕES
O século XVI, ficou marcado pela descoberta de novos
lugares e o contato com ―Outros‖ povos e civilizações,
permitindo, dessa forma, ―ainda que de um modo tímido,
a constituição de um saber pré-antropológico‖
(LAPLANTINE, 2007)
A antropologia não surgiu com um objeto de 
estudo próprio
Inicio Estudo das sociedades simples, denominadas
também primitivas, arcaicas ou frias
Estas sociedades 
não pertencem à 
civilização 
ocidental
Sociedades de dimensões estritas
Pouco contato com as sociedades 
vizinhas
Tecnologia pouco desenvolvida
Pouca divisão do trabalho social
Sec. XX Estudo das sociedades complexas, denominadas
também sociedades civilizadas, modernas ou quentes.
Estudo do homem inteiro. Estudo do homem e das
culturas em todas as suas dimensões.
Arnaldo lemos Filho
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• SÉCULO XIX – PROBLEMÁTICA DO ―PROGRESSO‖ E
―EVOLUÇÃO SOCIAL‖ – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL –
CAPITALISMO.
• POSITIVISMO X EVOLUCIONISMO
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• SÉCULO XIX – PROBLEMÁTICA DO ―PROGRESSO‖ E
―EVOLUÇÃO SOCIAL‖ – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL –
CAPITALISMO.
• POSITIVISMO X EVOLUCIONISMO
Prof. Rubens Correia Jr
POSITIVISMO:
Sistema filosófico formulado por Augusto Comte e John
Stuart Mill e desenvolvido no século XIX na França.
Para o positivismo o conhecimento científico é a única
forma de conhecimento verdadeiro. Somente se pode
afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada
através de métodos científicos e empíricos válidos.
Assim, deve-se desconsiderar crenças, moral,
superstição ou qualquer outro conhecimento que não
seja científico.
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POSITIVISMO:
Definição do positivismo em sete palavras:
Real, certo, útil, relativo, preciso, simpático e orgânico.
Lei dos três Estados:
Teológico: Afirmava que o homem explicava a realidade
por meio de entidades sobrenaturais buscando
responder questões como ―de onde viemos?‖ e ―para
onde vamos?‖. Fora isso, buscava-se o absoluto. É o
estágio que a imaginação se sobrepunha à razão.
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POSITIVISMO:
Lei dos três Estados:
Metafísico ou Abstrato: Pode ser considerado como um
meio-termo entra a teologia e a positividade. Continua-se
a procura de respostas para as mesmas questões do
Teológico, sempre buscando o absoluto através da busca
da razão e do destino das coisas.
Positivo: Última e definitiva etapa. Não já se buscava
mais o porquê das coisas, porém o como as coisas
aconteciam. A imaginação vira subordinada à observação
e busca-se somente o visível e concreto.
John Stuart Mill (1806-1873): Permite-se apenas ações
que aumentem o bem-estar das partes envolvidas;
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EVOLUCIONISMO
Charles Darwin (1809-1882):
Seleção Natural: "a luta pela vida e a seleção natural são
consideradas como os mecanismos essenciais da
evolução dos seres vivos",
As espécies apresentam "variações": certos indivíduos
são melhor "adaptados" a seu meio e engendram uma
descendência mais numerosa.
Triagem dos melhores indivíduos
Higienismo e profilaxia
Contemporâneos do Positivismo
•HEBERTSPENCER(1820 -1903);
• Raças inferiores;
• Evolucionismo;
• ―Quando se comparam as raças humanas
inferiores com as raças superiores, se vê que
no geral a brevidade de sentimentos, vai
acompanhada de violência‖;
• ―sobrevivência do mais apto‖ – Frase
historicamente atribuída a Darwin.
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CRÍTICAS AO POSITIVISMO E AO EVOLUCIONISMO E A
ANTROPOLOGIA
Franz Boas contestou o evolucionismo e fundou a escola
difusionista (as transformações da humanidade decorrem
do contato entre os grupos e difusão de seus elementos
culturais).
Malinowski combateu o evolucionismo com o relativismo
cultural (uma cultura não pode ser pensada em termos
hierárquicos e evolucionista), e foi o primeiro a realizar o
trabalho de campo através da observação participante
(contato direto com o objeto de estudo). Propõe que a
antropologia seja a ciência da alteridade, que estuda a
lógica própria de cada cultura.
INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA
TEMAS:
Mundo 
urbano
Conflitos 
sociais
Cultura do 
cosumo
Alienação
Suburbio-
Periferia
ANTROPOLOGIA
CONTEMPORÂNEA:
Alargou o seu objeto de
estudo para além do estudo
do exótico, distante, intocável
ou primitivo. Hoje seu objeto
de estudo está dentro das
nossas sociedades.
TIPOS DE ANTROPOLOGIA
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1. ANTROPOLOGIA BIOLÓGICA
É o estudo das variações dos caracteres biológicos do
homem no espaço e no tempo. Genética x meio (
geográfico, ecológico, social), ela analisa as
particularidades morfológicas e fisiológicas ligadas a um
meio ambiente, bem como a evolução destas
particularidades.
Ele se perguntará, por exemplo: por que o
desenvolvimento psicomotor da criança africana é mais
adiantado do que o da criança européia?
O QUE É NATO E O QUE É APREENDIDO
LOMBROSO ???!!!!
2. ANTROPOLOGIA PRÉ-HISTÓRICA
É o estudo do homem através dos vestígios materiais
enterrados no solo (ossadas, mas também quaisquer
marcas da atividade humana). ARQUEOLOGIA
3. ANTROPOLOGIA LINGUÍSTICA
Uma disciplina que se situa no encontro de várias outras,
não diz respeito apenas ao estudo dos dialetos
(dialeotologia). Ela se interessa também pelas imensas
áreas abertas, pelas novas técnicas modernas de
comunicação (cultura audiovisual).
TATUAGENS
4. ANTROPOLOGIA PISICOLÓGICA
Somente através dos comportamentos – conscientes e
inconscientes – dos seres humanos particulares podemos
aprender essa totalidade sem a qual não é antropologia.
PSICANÁLISE
UMA OUTRA FORMA DE SE PENSAR O
COMPORTAMENTO SOCIAL E HUMANO
TOTEM E TABU X NARCÍSO X ÉDIPO
5. ANTROPOLOGIA SOCIAL E CULTURAL
Diz respeito a tudo que constitui uma sociedade: seus
modos de produção econômica, suas técnicas, sua
organização política e jurídica, seus sistemas de
parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas
crenças religiosas, sua língua, sua psicologia, suas
criações artísticas;
DIVERSIDADE X PLURALIDADE X VULNERABILIDADE X
EMPODERAMENTO
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
DA ANTROPOLOGIA
1. ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
O homem PODE ser analisado apenas por um ângulo:
Um fato social pode ser analisado apenas por um ângulo:
Variáveis para uma análise:
Política Técnica
Psíquica Sapiencial
Racional Econômica
Individual Erótica
Social Estética
Ética
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1. ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
O homem é um ser:
Racional, social,
religioso, moral,
ético....
2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
MUDANÇA DE PARADIGMA
Antropologia jurídica é a investigação dos mecanismos
de regras executáveis da sociabilidade humana por meio
de métodos que empreguem teorias antropológicas, usem
a interdisciplinaridade e perspectiva holística típica da
antropologia, compreendam o universal pelo particular —
preferencialmente por extensivo trabalho de campo.
(LEONARDO MARCONDES)
2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
Demonstrar o dogmatismo existente na chamada Ciência
Jurídica;
Promover a desconstrução do saber jurídico tão
especializado que impede que se veja o homem em si
mesmo;
CONTROLE SOCIAL X NORMAS
2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
Leonardo marcondes
2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
Perguntas a serem refletidas
1.É fundamental à sobrevivência humana, coletivamente
tomada, a existência de leis elaboradas a partir de uma
lógica formal jurídica?
2. É imprescindível, para a vida social do homem, a
existência de um poder terceiro, maior, como o Estado?
3. O que é exatamente o poder na sociedade humana, qual a
sua origem e qual a sua utilidade, e pode-se falar de um
sentido único e universal para tal relação?
4. A regulação e a emancipação são elementos de
normatividade e desobediência existentes em todas as
sociedades humanas e se verificam, como fenômenos, de
forma idêntica?
2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
Perguntas a serem refletidas
5. Quais os tipos de instituições de controle social e que
formas estas assumem nas sociedades humanas em seu
papel normativo e punitivo?
6. Qual a relação entre formas de julgar e punir e a efetiva e
eficiente administração pública das condutas indesejáveis?
7.Como a condição humana sente e estabelece suas
variadas estratégias de sobrevência a partir da dicotomia
entre público e privado, inclusive no caso brasileiro?
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2. ANTROPOLOGIA JURÍDICA
Perguntas a serem refletidas
8. Qual o papel da magia e da religião nas possibilidades de 
dominação e exploração da natureza – quando esta parece 
sufocar e revoltar-se contra nós -, e dos homens – quando as 
formas de banalização da vida humana parecem ter chegado 
a formas extremas de brutalidade e criatividade?
9. Para que servem as formas de especialização do saber, 
incluindo o saber profissional do julgar e punir?