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Resumo de Direito Tributário 2º semestre

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RESUMO DE DIREITO TRIBUTÁRIO - 2
° SEMESTRE
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Conceito: Lançamento é o ato administrativo vinculado, declaratório do nascimento da obrigação principal, mediante o qual se procede à identificação dos sujeitos dessa relação, bem como à apuração do valor a ser pago a titulo de tributo, conferindo-se exigibilidade ao crédito correspondente.
 	Ocorrido o fato descrito na hipótese de incidência tributária, nasce a obrigação de pagar o tributo correspondente, criando um vinculo obrigacional entre as partes, qual seja o direito do Fisco exigir o crédito e o dever do sujeito passivo de atendê-lo, quitando o débito. 
 	Para que a prestação objeto dessa obrigação (crédito – débito do tributo) possa ser exigida, o CTN impõe que uma formalização denominada lançamento:
→ O lançamento constitui o crédito tributário, e portanto, torna-o exigível (passível de cobrança).
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
 	Em análise ao artigo 142 do CTN, concluímos:
O lançamento será um ato administrativo, que terá como função única a constituição de um crédito. Dessa forma, o Estado ou quem o represente, declarará um ato que produzirá efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei.
O lançamento será um atividade administrativa de natureza vinculada, isto porque, resulta de uma atividade cujo regramento legal é total (lei ordinária), ou seja, todos os aspectos do ato (sujeito, objeto, forma, motivos e finalidade) são disciplinados integralmente pela lei, não deixando margem à apreciação de oportunidade e conveniência para o interprete. 
Obs.: Por tratar-se de ato vinculado a legalidade, tipicidade e a veracidade dos fatos que embasam o ato administrativo são presumidas, facilitando sua execução.
O fato jurídico tributário é o lançamento tributário, isto porque, assim que verificada a ocorrência do fato gerador da obrigação, a autoridade administrativa irá considerar os critérios de materialidade, temporalidade, espacialidade, pessoalidade e quantitatividade, para calcular o montante do tributo e identificar o sujeito passivo. 
O artigo 142 do CTN refere-se à possibilidade de que, mediante o lançamento, seja proposta a penalidade cabível ao caso especifico, ou seja, se por ventura for o caso, e houver lavratura de um auto de infração, a autoridade administrativa irá verificar a existência de crédito tributário e na mesma oportunidade praticará dois atos distintos, quais sejam a aplicação da penalidade e o lançamento do crédito tributário. 
A natureza jurídica do ato possui algumas vertentes (3 teorias):
Constitutiva: Essa teoria afirma que o lançamento constitui o crédito tributário, considerando que antes de efetuado o aludido lançamento, existia a obrigação, mas ainda não havia crédito, ou seja, existe uma obrigação, que por sua vez precisa ser cobrada através de um ato administrativo (lançamento), e assim que realizado o lançamento, constitui-se o crédito tributário. 
Declaratória: Essa teoria acredita que o lançamento nada mais faz do que declarar o crédito, aperfeiçoando-o para a cobrança, isto porque, ocorrido o fato jurídico tributário e nascida a respectiva obrigação, já existem crédito e débito, e o lançamento apenas irá quantificar e declarar a quantia para quitação. 
Mista: O nascimento da obrigação constitui o crédito e o lançamento declara a obrigação, ou seja, a obrigação é pré-existente, pois surge com o fato gerador, mas é necessário declará-la para a efetiva cobrança. Por analogia, pode-se exemplificar o individuo que sai de casa com o intuito de consumir bebidas alcoólicas, de modo que, ao sair de sua residência ele já tem a consciência de sua obrigação de pagar pelo que irá consumir, no entanto é necessário sua comanda para declarar oficialmente sua obrigação de quitar o débito. 
→ Conversão em moeda nacional: 
 	Dispõe o artigo 143 do CTN que quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-à sua conversão em moeda nacional:
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
→ Lei aplicável ao lançamento: 
 	A regra é que se aplique o lançamento à lei vigente à época da ocorrência do fato jurídico tributário, no entanto o §1 do artigo 144 do CTN autoriza a eficácia retroativa:
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
        § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
 	O §2 do artigo 144 do CTN faz referência ao impostos que se reportam a uma situação permanente, como por exemplo o ITR, IPVA e IPTU, aos quais as respectivas leis estatuem que a data em que se considera ocorrida a obrigação é 1° de janeiro de cada exercício. 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
→ Alterabilidade do lançamento: 
 	O CTN prescreve as hipóteses de alteração do lançamento devidamente notificado:
 Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
 Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução
Modalidades de lançamento tributário:
 	O CTN classifica o lançamento em 3 modalidades:
Lançamento de oficio: 
O lançamento de oficio vem disciplinado no artigo 149 do CTN:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
 I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
 III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando secomprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
 IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
 	No lançamento efetuado de oficio, a Administração dispõe de todos os elementos necessários ao lançamento do tributo, ou seja, não há colaboração do contribuinte na apuração e formalização do crédito tributário, de modo que, a apuração é feita única e exclusivamente pela autoridade. 
Exemplos: IPTU e IPVA → O contribuinte apenas notifica sobre a aquisição do imóvel ou do veículo, e posteriormente a autoridade administrativa que irá realizar o lançamento do tributo. 
 	O artigo 149 estatui ainda que é cabível a revisão do lançamento, que por sua vez, só poderá ser promovida enquanto não extinto o direito de lançar o tributo (não operada a decadência).
Lançamento misto ou por declaração:
 	O lançamento misto ou por declaração vem disciplinado no artigo 147 do CTN:
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.
 	No lançamento por declaração há participação do contribuinte, isto porque, o Fisco depende de fatos e informações em poder do contribuinte para aperfeiçoar o crédito tributário, ou seja, existe contribuição da autoridade administrativa e do particular. O particular levanta a documentação necessária e apresenta a autoridade administrativa, que por sua vez, já em posse dos documentos, fiscaliza-os, faz o ato do tributo, formaliza o lançamento e entre o documento correspondente ao particular, para este realizar o pagamento do débito. 
Exemplo: Atualmente está em desuso no Brasil, no entanto, o antigo Imposto de Importação se enquadrava nessa modalidade de lançamento. 
 	O artigo 148 autoriza seja o lançamento efetuado de ofício, em caráter substitutivo, na hipótese de as informações e documentos prestados pelo sujeito passivo com vista à elaboração do lançamento serem omissos ou não merecerem fé, caso em que o Fisco arbitrará o valor:
 Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.
→ Lançamento por homologação ou autolançamento:
 	O artigo 150 do CTN prevê o lançamento por homologação:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
 	Trata-se da formalização do crédito tributário efetuado pelo próprio contribuinte, que dispõe de todos os elementos para tanto, ou seja, todas as fases serão realizadas pelo particular, inclusive o pagamento. O contribuinte deverá levantar os dados, apurar o valor do tributo, constituir o crédito, quitar o débito e comunicar a autoridade fiscal, que a partir desse momento poderá homologar ou não o procedimento realizado pelo particular. Dessa forma, o Fisco apenas aguarda a conduta do sujeito passivo, com o respectivo recolhimento do tributo devido, e após realizado o procedimento, homologa-o ou não.
Exemplo: IR, ICMS, IPI, ISSQN e a suma maioria dos tributos do sistema jurídico contemporâneo.
 	A extinção da obrigação somente ocorrerá após sua homologação pelo Fisco, usualmente de natureza tácita, consumada com o decurso do prazo de cinco anos da data de ocorrência do fato jurídico tributário. 
Homologação expressa ou tácita:
→ Se o lançamento for homologado, produzirá efeitos e tornará o crédito tributário exigível nos termos apontados na lei (homologação expressa)
→ Se o lançamento não for homologado, por erro de procedimento do contribuinte, a autoridade administrativa deverá refazer o lançamento da maneira correta, ou seja, nessa hipótese, apenas o Fisco irá “trabalhar” (lançamento de oficio) - (homologação expressa).
	Ressalta-se o § 4° do artigo 150: Não fixando a lei prazo à homologação, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito (homologação tácita).
Exceção: A homologação será tácita no decorrer omisso de 5 anos do ente administrativo, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Nessa hipótese, o prazo de 5 anos para a homologação do lançamento não fluirá da data da ocorrência do fato gerador, mas sim do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
 
Obs.: A lei, ao instituir o tributo, deverá apontar qual a modalidade de lançamento a ele aplicável. 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 	A obrigação principal é o vinculo jurídico mediante o qual o Fisco tem o direito de exigir do sujeito passivo uma prestação economicamente apreciável, consolidado no pagamento de tributo. Dessa forma, uma vez suspensa a exigibilidade do crédito, a exigibilidade do débito (da obrigação) também fica suspensa. 
 	A presença de uma causa de suspensão da exigibilidade acarreta as seguintes conseqüências:
O Fisco fica impedido de exercitar atos de cobrança, não podendo ajuizar a execução fiscal até que cesse a eficácia da causa suspensiva. 
Fica suspensa a contagem do prazo prescricional para o ajuizamento da execução fiscal, se já iniciado, ou impedida a fluência de tal prazo. 
 	A suspensão da exigibilidade da obrigação tributária é sempre um estado provisório, que dura um período de tempo. Existem 3 situação diante da cessão da suspensão da exigibilidade da obrigação:
O pagamento pelo sujeito passivo, extinguindo-se a obrigação tributária. 
O advento de outra causa de extinção do pagamento, por exemplo decisão judicial declaratória da inexistência da obrigação de pagar o tributo.
O restabelecimento da exigibilidade, com o prosseguimento da cobrança do crédito fiscal (execução fiscal).
Obs.: O CTNtrata apenas da suspensão da exigibilidade da obrigação principal, mas pode-se verificar tal situação também em relação à obrigação acessória, por exemplo, uma decisão judicial provisória que exonere o contribuinte de um determinado comportamento. O § único do artigo 151, CTN, veicula preceito didático, ao afirmar que a suspensão da exigibilidade do crédito não dispensa o cumprimento de obrigações acessórias.
Hipóteses de suspensão da exigibilidade da obrigação:
 	O artigo 151 abriga um rol taxativo de hipóteses que configuram a suspensão da exigibilidade:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
 IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento.   
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
Moratória:
 	A moratória é a prorrogação do prazo ou a outorga de novo prazo (caso já findado o original) para o cumprimento da obrigação principal. Por tratar-se de ato administrativo vinculado, sempre dependerá de lei para sua concessão.
Obs.: Quando houver uma situação fora do comum, e tiver lei que vá regular aquela determinada situação, aludida lei precisa apontar os requisitos para que o individuo enquadrado na situação receba a moratória.
Exemplo: Os moradores de uma rua onde o chão cedeu por falha na estrutura (acarretada por imperícia do ente público) receberão moratória em relação ao IPTU, de modo que, a lei criada para conceder a aludida moratória necessitará dispor os requisitos de cada morador para enquadrarem-se naquela determinada situação e receber a prorrogação do prazo para o cumprimento da obrigação. 
 	Existe duas modalidades de moratória quanto ao regime de concessão:
- Em caráter geral
- Em caráter individual 	
 	Nesse sentido, preceitua o artigo 152:
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.
 	O artigo 153 estabelece o conteúdo da lei concessiva de moratória, em ambas as modalidades mencionadas:
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
I - o prazo de duração do favor;
II - as condições da concessão do favor em caráter individual;
III - sendo caso:
a) os tributos a que se aplica;
b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
 	Em sequência, o artigo 154 abriga norma supletiva, explicitando que, ressalvada disposição legal em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo:
Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele
 	O artigo 155 declara que a concessão da moratória não gera direito adquirido e será revogada de oficio, sempre que apurado que o beneficiário não satisfazia ou deixou de fazer os requisitos previstos em legislação concessiva, isto porque, trata-se de ato vinculado, e para receber o beneficio, o individuo deve enquadrar-se perfeitamente no disposto em lei. 
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele;
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.
O depósito do montante integral:
 	O artigo 151, II aponta o depósito do montante integral como causa da suspensão da exigibilidade da obrigação principal. Indica somente o depósito judicial de valor total do débito, em dinheiro, e com os acréscimos legais devidos.
 	É uma deliberação da parte, de modo que, o particular pode discutir o tributo e querendo assegurar a suspensão da exigibilidade, poderá efetuar o depósito do montante integral apontado como devido pela Fazenda Pública. Dessa forma, a própria Fazenda fica impedida de proceder sua cobrança, não podendo ajuizar execução fiscal. 
 → Se o processo judicial for extinto sem resolução de mérito, por qualquer fundamento, o depósito há de ser levantado pela próprio contribuinte, uma vez que a decisão judicial não provocou nenhuma modificação na relação tributária de direito material. 
→ Se o processo judicial for extinto com resolução de mérito, há duas possibilidade:
Julgado procedente o pedido: o contribuinte tem direito ao levantamento da quantia depositada.
Julgado improcedente o pedido: o depósito deverá ser convertido em renda da Fazenda Pública. 
Reclamações e recursos administrativos:
 	Os recursos administrativos garantem ao contribuinte o direito de que sua pretensão, deduzida na via administrativa, possa ser apreciada por, no mínimo, duas instâncias de julgamento. Além disso, fica assegurado aos litigantes o contraditório, a ampla defesa, e todos os instrumentos de defesa e meios hábeis a impugnação de exigências fiscais. 
 	Trata-se do processo administrativo tributário, e é regido por lei especifica vigente em cada Estado e Município. De qualquer forma, é unânime a posição que para a instauração de um processo administrativo é necessário que ele decorra de casos de lançamento de oficio, pois a busca da pretensão de discussão não faria sentido se instaurada com base em um cálculo realizado pelo próprio contribuinte (vez que se o particular considerasse o cálculo errôneo, bastava corrigi-lo). 
→ Coisa julgada administrativa: As partes não podem mais discutir o pleiteado, devendo respeitar o estipulado em decisão administrativa. A discussão só pode ser realizada novamente em vias judiciais, tendo por objeto a decisão proferida em via administrativa. Dessa forma, é impossível ter um processo judicial e um processo administrativo com os mesmos litigantes e objetos transitando ao mesmo tempo, sendo necessário primeiro o trânsito em julgado de sentença administrativa,para posterior discussão em âmbito judicial.
Obs.: Enquanto houver prazo para interposição de processo administrativo, não há prazo para instauração de mandado de segurança, ou seja, necessário transcorrer completamente o prazo para buscar as vias administrativas, e findado aludido prazo, a parte tem 120 dias para apresentar mandado de segurança.
→ Se a decisão definitiva do processo administrativo for favorável ao particular: A exigência fiscal extingue-se.
→ Se a decisão definitiva do processo administrativo for desfavorável ao particular: Restabelece-se a exigibilidade, devendo ser concedido ao contribuinte um prazo para satisfazer a obrigação. 
Concessão de medida liminar em mandado de segurança:
→ Considerações sobre o mandado de segurança:
 	Em âmbito constitucional, o mandado de segurança trata-se de remédio contra um abuso de autoridade. A medida especial não pode ser utilizada para defesa do direito de ir e vir ou em relação a personalidade e características pessoais do indivíduo, isto porque, tais defesas são realizadas por meio de Habeas Corpus e Habeas Data.
 	No âmbito processual, é importante salientar que o mandado de segurança possui um rito processual diferenciado dos usuais procedimentos, isto porque, diverso do rito ordinário, onde existe um lapso temporal muito grande para produção de provas, o rito especifico condizente ao mandado é instruído apenas com os documentos acostados a petição inicial, não sendo possível a realização de pericia contábil, bem como de audiências. 
 	Ademais, o mandado de segurança não é impetrado contra uma pessoa, mas sim contra ato de autoridade administrativa (autoridade administrativa em si ou que exerce função semelhante). Tal conduta ocorre porque busca-se a pessoa que poderá resolver o problema, e não a que causou-lhe dano, como por exemplo, o diretor de empresa de transporte público, o cartorário ou o sindico de condomínios). 
 	Impetrado o mandado de segurança contra o ato da autoridade administrativa, a pessoa responsável será intimada para se manifestar, tendo a possibilidade de revê-lo ou de manter a conduta, explicando o motivo para aplicação daquele determinado ato. O Ministério Público também é intimado para se manifestar, e posteriormente ocorre o julgamento do magistrado. 
→ Considerações sobre a liminar:
 	A liminar é a origem da tutela antecipada. Ela surge para dar uma certa satisfação a ação, entregando uma parcela do pedido final. 
 	Dessa forma, a liminar no mandado de segurança possui uma parcela pequena de satisfatividade, haja vista que, o pedido da petição inicial condiz com o interesse do não pagamento, e enquanto pendura a liminar, o individuo não paga o débito. Importante ressaltar que é necessário existir possibilidade de reversibilidade em caso de perda da ação, bem como provar tal fato na petição inicial. 
Requisitos para a interposição de liminar:
Prova inequívoca da verossimilhança das alegações: Significa que o magistrado precisa verificar a plausibilidade das alegações da parte, comparando a transcrição da petição inaugural com as provas acostadas ao documento. 
Obs.: Importante frisar que a parte não deve se utilizar do principio do fumus boni júris, vez que, por essa corrente basta que as alegações façam sentido, não sendo necessário provas extremamente concretas, haja vista que, os fatos serão apurados no decorrer da demanda (onde há fumaça, há fogo). Para esse principio as provas não precisam ser tão consubstanciadas, diferentemente do que precisa necessariamente ocorrer na liminar, considerando que trata-se de um procedimento ágil e especial, o juiz precisa de provas concretas para proferir com certeza seu entendimento. 
Periculum in mora: É necessário comprovar o dano para requerer a liminar. 
→ Medida cautelar:
 	A medida cautelar é destinada a assegurar a eficácia do provimento da ação principal. Enquanto não ocorrida à coisa julgada, as decisões judiciais favoráveis ao contribuinte serão sempre provisórias e, desse modo, passiveis de suspender a exigibilidade do crédito tributário. 
Se a decisão definitiva no processo judicial for favorável ao sujeito passivo: Cessa a suspensão da exigibilidade e consuma-se a extinção da obrigação.
 Se a decisão definitiva no processo judicial for desfavorável ao sujeito passivo: Restabelece-se a exigibilidade, devendo ser concedido ao contribuinte um prazo para satisfazer a obrigação. 
Concessão de medida liminar em outra ação:
 	A cautelar, por natureza, tem efeito liminar. O STJ veda plenamente por meio de jurisprudência, a exigência de depósito para assegurar a liminar. 
Parcelamento:
 	A hipótese de parcelamento veio a ser acrescentada pela Lei Complementar n
 104, de 2001, que introduziu também o artigo 155-A.
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica.  
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas.
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória.   
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial.  
§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.
 	O parcelamento somente pode ser concebido mediante lei, e trata-se do pagamento de forma dividida, de modo que, o Fisco receberá seu crédito em momento posterior ao originalmente estabelecido. 
Obs.: Normalmente o parcelamento ocorre independentemente de ter havido o vencimento do tributo ou se Ester estiver para vencer. 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 	O artigo 156 do Código Tributário Nacional preceitua sobre a extinção do crédito tributário, apontando um rol de possibilidades que acarretam a aludida extinção:
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.  
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149.
 	A extinção da obrigação tributária necessariamente precisa ser veiculada por lei, com vista à proteção ao patrimônio público representado pelo crédito tributário. 
Pagamento:
 	O pagamento constitui a forma mais usual de extinção da obrigação tributária. Significa a prestação, objeto do vinculo pertinente à obrigação principal, que o sujeito passivo realiza ao sujeito ativo, consubstanciada na entrega do valor em dinheiro correspondente ao débito tributário. 
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Aspectos importantes do pagamento: 
→ Quanto à imposição de multa:
 	Dispõe o artigo 157 do CTN:
Art. 157: A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. 
 	
 	O crédito tributário compõe-se do valor do tributo e de seus consectários, tais como correção monetária, juros moratórios e multa. Dessa forma, como preceitua expressamente o CTN, o singelo pagamento da sanção pecuniário não implica a quitação do débito tributário. 
→ Quanto ao pagamento total ou parcial:
 	O artigo 158 do CTN prescreve:
Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:
I – quando parcial, das prestaçõesem que se decomponha;
II – quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. 
 	O inciso I do artigo 158 afasta a presunção de pagamento das prestações anteriores, quando o pagamento do crédito é feito parcialmente, como, por exemplo, no caso do pagamento parcelado do IPTU, vez que, o pagamento da última parcela não pressupõe o das anteriores.
 	O inciso II do artigo 158 afasta a presunção de pagamento de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos, por exemplo, o pagamento integral do IPVA referente a determinado exercício não supõe o pagamento do mesmo imposto relativo a exercícios anteriores ou de outros tributos. 
→ Local do pagamento:
 	Prescreve o artigo 159 do CTN:
Artigo 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito o pagamento é efetuado na repartição competente do domicilio do sujeito passivo. 
 	Assim, segundo o dispositivo, o sujeito passivo deverá comparecer à repartição fiscal competente para efetuar o recolhimento do tributo, no entanto, a legislação das diversas pessoas politicas autoria o pagamento de tributo em rede bancária. 
→ Tempo do pagamento:
 	O tempo do pagamento é objeto de disciplina pelo art. 160 do CTN:
Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. 
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.
 	Conforme verifica-se no dispositivo legal, caso não seja fixado o tempo do pagamento, o vencimento ocorrerá 30 dias depois da data em que o sujeito passivo é notificado do lançamento do tributo. 
 Obs.: Destaca-se que a norma contida no caput do artigo 160 somente será aplicável se lei especifica de cada pessoa politica não contemplar regramento a respeito, o que usualmente ocorre. 
→ Juros moratórios:
 	O fundamento para a incidência dos juros moratórios diante do não pagamento integral do débito tributário no vencimento encontra-se no artigo 161 do CTN:
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. 
§1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês. 
§2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. 
 	Os juros de mora pelo atraso no pagamento do tributo são devidos seja qual for o motivo determinante da falta, ou seja, é irrelevante se o sujeito passivo agiu ou não com culpa. O §1º do artigo 161 estabelece que a taxa de juros é de 1% ao mês. 
 	Referidos juros visam remunerar o credor pelo fato de não estar recebendo seu crédito no momento oportuno, não se confundido com a sanção decorrente de inadimplemento. 
 
→ Forma de pagamento:
 	Preleciona o artigo 162 do CTN sobre a forma de pagamento do crédito:
Art. 162. O pagamento é efetuado:
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico.
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente.
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.
§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150.
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade administrativa.
§ 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha.
 	O pagamento, em regra, se dá em dinheiro ou meio tecnologicamente representativo de dinheiro. 
 	Existe a possibilidade de efetuar o pagamento do crédito tributário por meio de cheque, haja vista que, esse é ordem de pagamento à vista, no entanto, é obrigatório o seu pagamento imediato, vez que, uma vez endossado o cheque, este passa a se tornar titulo de crédito. 
 	Dessa forma, o pagamento por meio de cheque precisa se dar na própria agência bancária do individuo, para que a compensação do montante seja feito na hora, de modo que, se apresentado o cheque em instituição financeira diversa, a qual o individuo não tenha conta, as agências são orientada a sequer receber o documento.
 	Ademais, a Lei Complementar nº 104/2001 introduziu a possibilidade de extinção da obrigação tributária mediante dação em pagamento em bens imóveis, nos termos da lei de cada pessoa politica. 
Obs.: No geral, não é possível quitar um crédito tributário com bens móveis, por exemplo, sacas de café.
→ Imputação do pagamento:
 	Cabe ao sujeito ativo (fisco) escolher qual débito será pago pela pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, se todos forem líquidos e vencidos, como se depreende do artigo 163, CTN:
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes.
→ Pagamento indevido e restituição do indébito:
 	Fundada no principio do enriquecimento sem causa, a figura do pagamento indevido, sob a ótica tributária, é assim considerada pela lei:
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
 	Impende observar que, o pagamento efetuado indevidamente não rende ensejo à restituição de tributo, já que este corresponde a um valor devido ao Fisco. O montante recolhido indevidamente a esse titulo não é tributo, dai o dever de sua devolução pelo Poder Público. 
 	O pagamento indevido é pressuposto de modalidade de extinção da obrigação tributária, qual seja a compensação. Isto porque gera crédito em favor do contribuinte, que, por estar atrelado a vínculos obrigacionais de prestações sucessivas, pode optar por utilizá-lo como “moeda de pagamento” de débito tributário. 
 	Preleciona o artigo 166 do CTN:
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.
 	
 	A norma do artigo 166 visa evitar que o contribuinte de jure receba duplamente o que pagou a titulo de tributo indevido: do terceiro, mediante o pagamento do preço do produtoou mercadoria, no qual o montante da exigência fiscal está embutida; e do Fisco, ao restituir-lhe o mesmo valor (consumidor final). 	A Súmula 546 mostra a orientação do STF:
Súmula 546.“Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo”.
 	Para parte da doutrina, tal dispositivo inviabiliza a restituição de tributo indireto, pois a produção da prova da assunção do encargo é praticamente impossível, assim como a obtenção de autorização do terceiro a quem foi transferido. Para outros, é legitimo o dispositivo, na medida em que, se não se impusesse ao contribuinte de jure a demonstração de que absorveu o impacto econômico do tributo, sua restituição ensejaria enriquecimento sem causa. 
 	O artigo 167, caput, esclarece:
Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.
 	O preceito prestigia a ideia de razoabilidade, bem como a noção clássica do direito privado segundo a qual o acessório segue o principal. Logo, a restituição de tributo deve ser acompanhada da restituição dos consectários (juros e penalidades pecuniárias). 
Obs.: Entende-se, por equidade, que deva ser também de 1% a taxa de juros em favor do contribuinte. O dispositivo especifica o termo inicial de fluência de juros moratórios em razão de condenação imposta judicialmente (trânsito em julgado). 
 	O termo inicial para a incidência de correção monetária é a data do pagamento indevido. 
	 O artigo 168 do CTN fixa o prazo de 5 anos para que o contribuinte pleiteie a restituição, apontando os termos iniciais de fluência:
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; 
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
 	O dispositivo cuida do prazo para pleitear-se a repetição do indébito, quer na via judicial, quer na administrativa. 
 	Há controvérsia acerca da natureza jurídica desse prazo, se decadência ou de prescrição. A doutrina majoritária entende tratar-se de prazo prescricional, porquanto a inércia do sujeito passivo, após o decurso de 5 anos, não atinge a titularidade do crédito que possui em relação ao Fisco, mas sim o direito de pleitear a devolução da quantia paga indevidamente. 
 	O preceito legal estabelece as hipóteses de termo inicial de fluência desse prazo:
No caso de pagamento indevido, da data em que este ocorreu, quando se extinguiu a obrigação tributaria.
No caso de decisão administrativa ou judicial que acolheu a impugnação do contribuinte, da data em que a decisão tornou-se irrecorrível. 
 	Em regra, portanto, o prazo prescricional de 5 anos para o contribuinte pleitear a restituição de tributo pago indevidamente inicia-se da data desse pagamento. 
Compensação: 
 	Para ocorrer à compensação como modalidade tributária extintiva é necessário alguns requisitos:
Lei que autorize a compensação
Reciprocidade de obrigações;
Créditos vencidos ou vincendos;
Liquidez das dividas (valores líquidos e certos);
Exigibilidade das obrigações;
Fungibilidade das coisas devidas.
Essa antecipação não pode incidir juros de crédito maior que 1% ao mês (Essa hipótese diz respeito a possibilidade de quando é necessário orçar um valor futuro)
 	Dessa forma, é necessário 2 partes, onde uma é credora e devedora da outra ao mesmo tempo, fazendo uma compensação, abatendo a diferença:
 	Cuida-se, desse modo, de um autêntico “encontro de contas”, viabilizador da extinção de um ou mais vínculos obrigacionais entre os mesmos sujeitos. 
 Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.       
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 
 	A Lei nº 10.637, de 2002, possibilitou ao sujeito passivo que apurar créditos, relativos a tributo ou contribuição administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, utilizá-los na compensação de débitos próprios, relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele órgão, mediante declaração de compensação, apresentada pelo sujeito passivo. 
 	Se o direito de crédito do contribuinte não se revestir da certeza outorgada mediante a imutabilidade dos efeitos da decisão judicial (coisa julgada material), a compensação não poderá ser efetuada (art. 170-A). 
Obs.: No caso dos recursos repetitivos, é necessário verificar se a decisão é idêntica a que está em análise. 
Transação:
 	A transação, no campo tributário é expressa no artigo 171 do CNT:
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.
 	A transação no âmbito fiscal somente pode ser terminativa de litigio, podendo ter natureza judicial ou administrativa. 
 	Existe polêmica na aplicação da transação porque existe entendimento de que a figura é incompatível com o regime de direito público, no qual exsurge, como principio de maior importância, a indisponibilidade do interesse público, que predicaria a impossibilidade de transação. Entretanto, a objeção não é valida para Regina Helena Costa, vez que, a transação somente poderá ser efetuada observados os parâmetros fixados na CF e na lei, em consonância com o aludido principio.
Remissão:
 	A remissão constitui modalidade de extinção da obrigação tributária principal e significa o perdão do tributo, conforme expresso no artigo 172 do CNT:
 Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
 
 	A remissão, nos moldes apontados, respeita o crédito tributário e somente pode ser concedida por lei. Para alguns doutrinadores, o perdão do tributo condiz com o perdão integral do débito (crédito + correção monetária + juros + sanção), ou seja, engloba o todo (corrente majoritária), e existe outra corrente doutrinaria que afirma a remissão abranger apenas o crédito tributário em si. 
	A remissão pode ser total ou parcial e ter por fundamento uma das 5 hipóteses descritas no artigo 172, CTN:
Situação econômicado sujeito passivo.
Erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato.
Diminuta importância do crédito tributário.
Considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou matérias do caso.
Condições peculiares a determinada região da entidade tributante. 
 	Importante frisar que o ato administrativo de concessão da remissão pode ser cassado, se verificado que o interesse deixou de preencher algum requisito necessário à fruição dessa situação jurídica. 
 	O artigo 195, § 11 da CF veda a concessão de remissão ou anistia da contribuição social incidente sobre a folha de salários e das contribuições devidas pelos trabalhadores e demais segurados da previdência social, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 
Obs.: Não se pode confundir remissão com anistia. Anistia também constitui espécie de perdão, mas possui outro objeto: as infrações fiscais. Logo, a remissão é o perdão no âmbito da obrigação de pagar o tributo, enquanto a anistia é o perdão pertinente á relação sancionatória. 
Decadência e Prescrição:
 	As normas pertinentes à decadência e à prescrição somente podem ser veiculados por lei complementar, à luz do disposto no artigo 146, III da CF. Em consequência, leis ordinárias das pessoas politicas não podem prescrever sobre tais temas. 
 	A prescrição é instituto associado à ideia de perda do direito de ação ante o seu não exercício, por certo período de tempo. Aproxima-se da decadência porque, igualmente, pressupõe a inércia do titular do direito em exercê-lo no prazo assinalado pela lei. No entanto, dela distancia-se porque, não atinge o direito material, mas somente a possibilidade de sua proteção ser reclamada judicialmente, vale dizer, o direito de ação.
 	Em síntese, válido frisar que a decadência e a prescrição tributárias são institutos inconfundíveis: a primeira respeita ao prazo para ao exercício do direito de efetuar o lançamento do tributo, enquanto a segunda diz com o prazo para o exercício de direito de cobrá-lo. O primeiro prazo extintivo pressupõe a ausência de lançamento; o segundo, flui a partir do lançamento eficaz. 
→ Decadência:
	 A decadência trata-se da perda de um direito, ou seja, da perda de direito de lançar um tributo.
Obs.: Qual o tipo de lançamento que o Fisco faz? De ofício. O contribuinte levanta os dados e documentos e apresenta para o fisco, o fisco analisa e informa ao contribuinte quanto deve pagar. Inclusive em relação ao pagamento antecipado, onde o contribuinte informa o fisco, que por sua vez fiscaliza o apontado pelo contribuinte e ou o homologa ou o autua, sendo que nessa autuação estará contido um lançamento de ofício (correção).
	O trabalho do Fisco é basicamente homologar, se ele não o fizer, estará homologado por decurso do prazo (5 anos), o que é chamado homologação tácita.
 	A etapa pagar e informar, já é uníssona, pois ao pagar, o contribuinte automaticamente já informa diretamente ao Fisco (não são 2 atos separados). O ponto crucial é saber se houve pagamento antecipado. 
Havendo pagamento, aplica-se o artigo 150, §4º do Código Tributário Nacional, salvo caso de dolo, fraude e simulação. Não precisa constituir mais nada, apenas efetuar a cobrança.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
 	Se o contribuinte errou na apuração do tributo ao tentar efetuar o pagamento, pagando quantidade inferior ao realmente devido, o Fisco irá homologar o valor apontado pelo contribuinte e realizar a apuração da diferença restante. 
 	O contribuinte deve quitar a dívida integralmente perante o Fisco, e se por ventura não tiver o valor total para arcar a diferença, deve informar ao Fisco, que por sua vez irá ingressar com ação de execução para executar o valor restante, de modo que, não há necessidade de fazer outro lançamento porque a apuração efetuada já foi feita corretamente.
Se o contribuinte pagou valor menor por dolo, fraude ou simulação, não se utiliza o prazo de 5anos, porque ele excetua essa situação. Nessa situação ocorre a aplicação do artigo 173 do CTN, que prescreve sobre a decadência ou caducidade:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
Exemplo: O valor devido é de 100 reais, no entanto, o contribuinte realiza o lançamento de 25 reais, pagamento ao Fisco apenas esse valor. O Fisco não vai homologar o lançamento porque existem erros exorbitantes em seus cálculos, executando a diferença de 25 reais. Além disso, a Fazenda descobre que os outros 50 reais foram sonegados e é nessa situação que se aplica o artigo 173.
 	No âmbito tributário, a decadência refere-se à extinção do direito da Fazenda Pública (poder-dever) de efetuar o lançamento, em razão de sua inércia pelo decurso do prazo de 5 anos. 
 	O código prevê 2 hipóteses de termo inicial para a fluência do prazo decadencial:
O primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
 	Consoante a hipótese do inciso I, o prazo decadencial sempre inicia-se a algum tempo depois de a inércia da Fazenda Pública ter se manifestado, uma vez que a lei posterga o termo a quo para o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Trata-se portanto, de prerrogativa deferida à Fazenda Pública. 
Obs.: O prazo diz respeito a data do lançamento que não foi feito, e não em relação ao fato gerador.
 	Salienta-se que tal regra é aplicável aos casos de lançamento de oficio ou misto, isto porque, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, que constituem a grande maioria no direito atual, impende distinguir-se, basicamente, se houve ou não a antecipação do pagamento pelo contribuinte. 
 	Desse modo, não há como falar em decadência se ocorre o pagamento antecipado e a autoridade administrativa o homologa, expressa ou tacitamente. 
 	O prazo decadencial, no caso, é o constante do artigo 150, § 4º, in fine, segundo o qual, “se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito salvo se comprovada a ocorrência de dolo fraude ou simulação. 
 	Diversamente, se o contribuinte não realiza o pagamento antecipado nem apresenta declaração de débito, cabe ao Fisco realizar o lançamento de oficio substitutivo, sendo que o prazo decadencial, nessa hipótese, observa a regra inserta no artigo 173, I, do CTN – cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
A data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
 	Trata-se da possibilidade de existência do lançamento, que por sua vez foi contestado e anulado por vicio formal, de modoque, é dado um novo prazo para que o Fisco corrija tal vicio formal.
 	Da data que se tornar definitiva a decisão que anular por vício formal, temos 2 prazos:
Primeiro dia do exercício seguinte.
Data que a sentença anulatória se tornar definitiva (transito em julgado, quando transcorre o prazo de ação rescisória)
Obs.: A ação rescisória é cabível quando surge um documento novo, o qual não tinha condições de ser apresentado à época; ou na medida em que muda de decisão, é a relativização da coisa transitada em julgado, ou seja, o STF muda sua decisão, abrindo uma brecha para iniciar a ação rescisória.
 	Quanto ao termo inicial de decadência prescrito no inciso II – a data em que se tornar definitiva a decisão em que houver sido anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado – tem-se, aqui, a hipótese de anulação administrativa ou judicial do lançamento, reabrindo-se o prazo de 5 anos para o Fisco efetuá-lo. 
 	O prazo decadencial é passível de interrupção, visto que a decisão anulatória do lançamento anteriormente efetuado faz com que recomece a fluir o prazo decadencial. 
 	A regra contida no parágrafo do art. 173, por sua vez, estabelece que “o direito de efetuar o lançamento extingue-se definitivamente com o decurso do aludido prazo quinquenal, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento”. 
 	Esse preceito aponta outro termo inicial de fluência do prazo decadencial, aplicável à hipótese de adoção de medida preparatória indispensável ao lançamento (ex: investigação procedida pelo Fisco), antecipando tal prazo, que escoará a partir da notificação ao sujeito passivo, e não do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. 
 	Consumada a decadência, extingue-se o direito de efetuar o lançamento e, consequentemente, o direito de exigir o crédito tributário, operando-se a extinção da obrigação tributária principal. 
→ Prescrição: 
 	A prescrição é a perda do direito da ação executiva e vem disciplinada no artigo 174:
 Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
 	 No direito tributário, a prescrição corresponde à perda do direito do Fisco (poder-dever) de ajuizar a ação de execução do crédito tributário – a execução fiscal. Assim como na decadência, possui o prazo de 5 anos, no entanto, diverge em relação ao termo “a quo”. 
 	O prazo prescricional flui a partir da data da “constituição definitiva do crédito tributário”, ou seja, do lançamento eficaz assim entendido aquele regularmente comunicado, pela notificação, ao devedor. A partir dai flui o prazo para o sujeito passivo pagar ou apresentar impugnação. No silêncio deste ou decidida definitivamente a impugnação no sentido da legitimidade da exigência, começa a correr o tempo dentro do qual a Fazenda Pública poderá ingressar com a execução fiscal. 
 	No caso de tributos sujeitos a lançamento por homologação, a declaração de débito tributário efetuada pelo sujeito passivo corresponde ao lançamento eficaz. 
 	As causas interruptivas da prescrição são, taxativamente, as arroladas no parágrafo único do art. 174. Diante da ocorrência de qualquer uma delas, o prazo para a Fazenda Pública proceder ao lançamento eficaz recomeça a correr, em sua integralidade. 
 	A fluência da prescrição tributária, evidentemente, também é passível de suspensão. Para tanto, necessário que se dê uma causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário quando a Fazenda Pública já esteja autorizada a ajuizar a ação de execução fiscal. É o que ocorre, por exemplo, quando o contribuinte obtém a concessão liminar da medida ou a antecipação de tutela, ou, mesmo, quando efetua o depósito judicial do montante integral da exigência fiscal. Cessada a causa suspensiva, o prazo prescricional retoma seu curso, fluindo pelo tempo restante. 
Prescrição intercorrente
 	Pode acontecer que a perda do direito de ação, ocorrer depois. Ocorre quando há falta de interesse de agir posterior da parte. Nesse caso, o termo inicial é a contestação da inércia, momento em que é aberto o prazo prescricional de 5 anos. 
Obs.: Se o contribuinte realizar o lançamento em montante maior do que o devido, poderá reaver o excedente por meio de Ação de Compensação. 
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I - Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - Erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:
I - Nas hipóteses dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; 
II - Na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória
Exemplo: O contribuinte realizou o pagamento do tributo no dia 10.04.2016, lançamento por homologação. O contribuinte tem o prazo de 5 anos para que ocorra a prescrição, findando em 2021. Digamos que este ingressou com uma ação, e houve uma decisão administrativa informando que o contribuinte recebeu uma intimação para efetuação do pagamento, sob pena de inscrição de dívida ativa. Ao receber a notificação, o contribuinte efetuou o pagamento e entrou com ação judicial, para anular, da data que eventualmente foi reconhecida que era indevido.
A conversão do depósito em renda:
 	A conversão de depósito em renda é situação frequente onde o contribuinte efetua o depósito judicial do valor correspondente à exigência fiscal em discussão, com vista à suspensão da exigibilidade da obrigação, no aguardo do desfecho da ação. 
	A jurisprudência consolidou-se, há muito, no sentido de que, caso o pedido venha a ser julgado improcedente, a conversão de depósito em renda da Fazenda Pública há de ser feita obrigatoriamente. 
	A doutrina entende que, vencido o contribuinte em ação na qual efetuou o depósito do tributo impugnado, deve este ser instado a manifestar-se quanto à sua intenção de efetuar o respectivo pagamento, na modalidade “conversão de depósito em renda”. Caso não pretenda fazê-lo, optando pelo direito que lhe é assegurado pelo ordenamento jurídico de submeter-se à execução forçada, poderá requerer o levantamento do depósito, cabendo ao Juízo intimar previamente o Fisco dessa postulação. Essa é a oportunidade para o Fisco, em garantia de seu crédito, requerer seja procedida a penhora do valor depositado, viabilizando-se a execução fiscal. 
O pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º:
 	Extingue, ainda, a obrigação tributária principal, o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, conforme preceitua o artigo 150, § 4º do CTN:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se peloato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
 	É necessário os dados e os documentos estipulados em lei, bem como pagar o tributo e informar o fisco. O fisco analisará, podendo homologar ou lançar o montante correto. Digamos que o pagamento tenha sido realizado, até que a homologação venha, a extinção do crédito é resolutória, ou seja, para o fisco o sujeito passivo não esta devendo até ocorrer a fiscalização do sujeito ativo, e caso o fisco não descubra, não há como fazer lançamento (não há conhecimento da divida e não aparece na certidão negativa). 
	Portanto, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, como visto, o próprio contribuinte apura o crédito tributário e antecipa seu pagamento, que há de ser homologado, expressa ou tacitamente, para que se consume a extinção do vinculo obrigacional.
A consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164:
 	No Código Tributário Nacional, a consignação em pagamento é regida pelo artigo 164, assim expresso:
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
 	Trata-se de uma ação de rito especial, muito comum na esfera privada. No âmbito tributário é necessário enquadrar-se em 2 requisitos para realizar a consignação:
Necessário tratar-se do mesmo tributo;
Não saber para quem pagar o tributo;
 	Se existe dúvida em qual valor pagar, é importante depositar sempre o de maior valor. O juiz irá analisar o pleito e decidir o valor considerado devido. 
 	Vale ressaltar que em termos práticos, porém, a ação consignatória é pouco utilizada pelos contribuintes. 
A decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória:
 	Segundo o disposto no artigo 156 IX, CTN, extingue a obrigação tributária a decisão administrativa irreformável “assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não ais possa ser objeto de ação anulatória”.
 	 Se a Administração Fiscal acolhe, legitimamente, a pretensão do contribuinte, tal decisão adquire caráter adquire caráter irreformável. A situação equivale ao que a doutrina clássica do direito administrativo denomina coisa julgada administrativa. Assim, por exemplo, impugnada a exigência fiscal na esfera administrativa, e reconhecida sua invalidade, resta extinta a obrigação tributária. 
 	A decisão administrativa vinculará as partes e o Fisco não tem mais o que fazer, extinguindo a ação, porque a parte ganha a ação e o ato administrativo é anulado. 
A decisão judicial passada em julgado:
 	Essa referência é meramente didática, porquanto, ainda que não expressa, seria forçoso, concluir-se constituir ela modalidade de extinção do vinculo obrigacional.
 	Isto porque, à vista do principio da universalidade da jurisdição, também denominado principio da inafastabilidade do controle jurisdicional, a “lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça a direito”. 
 	Provocado o Poder Judiciário mediante ação do sujeito passivo para discutir a exigência fiscal ou mediante a propositura, pela Fazenda Pública, da execução fiscal, o pronunciamento judicial definitivo, no sentido da invalidade do crédito tributário, culminará em coisa julgada material, extinguindo, em consequência, a obrigação tributária. 
A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei:
 	No Código Tributário Nacional, a dação de pagamento encontra-se prevista no artigo 156, XI, cuidando-se de hipótese extintiva:
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
 	A dação de pagamento é traduzida na possibilidade de efetuá-lo mediante a entrega de bens imóveis, na forma e condições que vierem a ser estabelecidas em lei. Dessa forma, enquanto não publicada a lei que introduz os requisitos para a aplicação dessas hipóteses, ela será ineficaz.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 	O Código Tributário Nacional coloca sob a rubrica “exclusão do crédito tributário” dois conceitos de natureza absolutamente diversa: a isenção e a anistia
 	A exclusão do crédito tributário, por meio da isenção e anistia, consiste na inviabilidade de sua constituição, ou seja, são situações em que, mesmo ocorrido o fato gerador e a obrigação tributária, não haverá lançamento e, consequentemente, não haverá o crédito tributário.
 	A semelhança existente entre os institutos é, grosso modo, pertinente aos efeitos, uma vez que, tanto diante da isenção quanto da anistia, o contribuinte está exonerado de efetuar o pagamento do tributo e da penalidade pecuniária, respectivamente.
 	
art. 150, § 6º: qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.
 	Dispõe o art. 175, CTN:
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
Obs.: a referência a “contrato” não deve conduzir à conclusão de que a isenção possa ter fonte contratual: o contrato pode referir -se à isenção, mas esta somente pode ser concedida por lei.
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I – às taxas e às contribuições de melhoria;
II – aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
O parágrafo único, didaticamente, declara que as obrigações acessórias, de que cuida o art. 113, § 2º, CTN, não são afetadas pelo não surgimento da obrigação principal em razão da isenção, nem pelo perdão do pagamento da multa em virtude de anistia, porquanto consubstanciam relações jurídicas distintas.
ISENÇÃO
 	Isenção é a norma impeditiva do exercício da competência tributária em certas situações, em razão da mutilação de um ou de alguns aspectos da hipótese de incidência. É uma espécie de exoneração tributária, estabelecida em lei e, assim, impeditiva da produção de efeitos da norma consistente na hipótese de incidência.
 	Portanto, existindo norma isentiva, impedido estará o exercício da competência tributária, e em consequência, não poderá surgira obrigação principal. 
 	A norma de isenção incide para evitar a incidência da incidência, ou seja, para impedir incidência da regra matriz (impede alguns dos requisitos, tais como material, especial, temporal, quantitativo e pessoal)
Obs.: A isenção, em regra, refere -se tão somente a impostos. Todavia, não há óbice na outorga de isenção em relação a outras espécies tributárias, desde que a lei assim autorize. Também, como regra, a isenção, constituindo modalidade de exoneração tributária.
 	A isenção tem sempre por fonte a lei, da mesma pessoa política competente para instituir o tributo de cuja exoneração se trate. A Constituição veda a possibilidade de concessão de isenção heterônoma, isto é, aquela concedida por pessoa política distinta da que possui a competência para instituir o tributo.
 	A outorga de isenção deve ser necessariamente fundada em razões de interesse público, sob pena de vulnerar -se o princípio da isonomia e, mais especialmente, uma de suas manifestações no campo tributário, qual seja, o princípio da generalidade da tributação, segundo o qual todo aquele que protagonizar determinada situação, descrita em lei como necessária e suficiente para deflagrar o nascimento de obrigação tributária, será sujeito passivo do tributo correspondente. 
Obs.: A lei de isenção deve identificar precisamente o tributo a que se refere e as condições necessárias à sua fruição.
ESPÉCIES DE ISENÇÕES:
 	As isenções podem ser qualificadas como:
Subjetivas: Se referidas à determinada pessoa.
Objetivas: Quando outorgadas em função de determinado objeto.
Técnicas: aquelas legitimamente reconhecidas diante da ausência de capacidade contributiva, como é o caso da isenção destinada à preservação do “mínimo vital”, assim entendido como o mínimo de riqueza para uma pessoa física sustentar a si e a sua família com dignidade, ou para uma pessoa jurídica desenvolver suas atividades.
Politicas: São as que beneficiam, em regra, pessoas que detêm capacidade de contribuir, mas são outorgadas em função de outras finalidades, prestigiadas constitucionalmente.
Condicionadas: Não pode ser extinta pela pessoa política tributante antes do termo final assinalado, sob pena de ofensa ao direito adquirido, à vista do princípio da segurança jurídica, porquanto a extinção ou redução de isenção equivale à instituição de tributo novo e, desse modo, a lei que as veicule somente produzirá seus efeitos no exercício seguinte àquele em que tiver sido publicada, e não antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada, observadas as exceções ao aludido princípio.
Incondicionadas: Podem ser modificadas ou suprimidas a qualquer tempo, com fundamento no princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, observada, igualmente, a anterioridade da lei tributária.
Prazo certo: Não pode ser extinta pela pessoa política tributante antes do termo final assinalado, sob pena de ofensa ao direito adquirido, à vista do princípio da segurança jurídica, porquanto a extinção ou redução de isenção equivale à instituição de tributo novo e, desse modo, a lei que as veicule somente produzirá seus efeitos no exercício seguinte àquele em que tiver sido publicada, e não antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada, observadas as exceções ao aludido princípio.
Prazo indeterminado: Podem ser modificadas ou suprimidas a qualquer tempo, com fundamento no princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, observada, igualmente, a anterioridade da lei tributária.
Art. 178 CTN. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
 	A isenção, caso não concedida em caráter geral, é outorgada mediante ato administrativo de natureza vinculada, vale dizer, sua expedição é obrigatória uma vez preenchidos todos os requisitos legais pelo interessado. Assim, satisfeitas as exigências da lei, o interessado faz jus à isenção, não cabendo à autoridade administrativa recusá-la.
Art. 179 CTN. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.
§ 1º Tratando -se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando se, quando cabível, o disposto no art. 155.
ANISTIA
 	Consiste no perdão da penalidade imposta ao contribuinte infrator e, eventualmente, também no perdão da própria infração. É outorgada mediante lei específica e por razões de interesse público, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia.
Obs.: Pode ocorrer anistia tácita, assim entendida aquela operada em razão da retroatividade benéfica da lei tributária que, alcançando ato não definitivamente julgado, deixe de defini - lo como infração.
 	A anistia assemelha-se com a remissão, por ser um perdão, no entanto, um perdão de penalidade, não é do crédito tributário em sua integralidade, de modo que, o crédito permanece, mas a penalidade será excluída. 
 	A anistia ocorre quando:
A lei concede. Pode conceder ou para todo mundo (sociedade), ou para aqueles que preencherem requisitos específicos. 
Denúncia espontânea – Art. 138: Ocorre no caso de erro realizado no período de apuração do tributo, de modo que, é necessário que se realize o acerto. O trabalho de revisão usualmente é capaz de captar tais erros, e como uma “espécie parecida” de delação premiada, o responsável assume o erro, requisita ou realiza as apurações corretas e efetua o pagamento correto do importe realmente devido, de modo que, nessas circunstâncias a multa é excluída e ocorre a anistia. 
 Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
 	A anistia somente aplica -se a fatos pretéritos e, ainda assim, com as ressalvas contidas no art. 180:
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
 	O preceito afasta, desse modo, a aplicação da anistia a fatos qualificados como ilícitos penais, ou simplesmente praticados com má -fé.
 	O art. 181, por sua vez, preceitua:
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I – em caráter geral;
II – limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
 	O artigo trata das modalidades de anistia – geral ou limitada, sendo que esta última pode ser

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