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Guia dirigido de estudo Aula 01


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CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
1. Foco na Tomada de Decisão 
1.1. Surgimento da Contabilidade Gerencial 
A contabilidade gerencial é derivada da contabilidade financeira, no entanto, não existe um 
consenso entre os estudiosos da área em que período, efetivamente, ela surgiu. Alguns estudiosos 
consideram o marco inicial a partir da revolução industrial; no entanto, tentaremos traçar uma linha 
do tempo até os dias atuais, com a finalidade de compreender a importância de tal ciência para a 
tomada de decisões. 
1.1.1 Evolução da Contabilidade Financeira à Contabilidade Gerencial 
 
Alguns estudiosos, como Iudícibus e Marion, consideram a contabilidade tão antiga quanto a 
própria existência da humanidade sobre a terra. Os referidos autores afirmam que desde as 
civilizações antigas (como: sumério-babilônicos, gregos, hebreus), apresentam nos vestígios de uma 
contabilidade rudimentar, uma forma voltada para o controle da existência de uma sociedade. 
Iremos apresentar a evolução da contabilidade à contabilidade gerencial, porém, para tanto, 
usaremos o modelo apresentado por Lunkes (2007, p. 3), por consideramos claro e objetivo a 
divisão apresentada pelo referido autor, os períodos são divididos em: Contabilidade de Trocas, 
Contabilidade de Custos, Contabilidade de Gestão Operacional e Contabilidade de Gestão 
Estratégica. 
1.1.1.1 Contabilidade de Trocas 
O homem andava pela terra em busca de sua sobrevivência. Como ainda não dominava as 
intempéries da natureza, mudava constantemente de local, buscando sobreviver. A partir do 
momento que o homem fixa em um lugar, nascem duas ciências - o direito e a contabilidade, 
baseadas na noção de posse. 
Desta forma, o homem começa a produzir alguns instrumentos necessários para sobreviver. 
A contabilidade que surge neste período é voltada principalmente para controlar os bens 
necessários à existência do homem. A base da economia das sociedades antigas era totalmente 
voltada à agricultura, à indústria e pouca desenvolvida; dominavam o conhecimento sobre a área 
têxtil, o uso do cobre, vidro etc. 
As sociedades vão evoluindo e chegamos ao período medieval, onde a contabilidade existia 
ainda de maneira rudimentar e voltada à existência do homem. Neste período, a igreja católica era 
quem dominava todo o conhecimento cientifico existente e a economia era baseada na troca 
 
(escambo). No entanto, alguns países europeus começam a se destacar - até porque são 
favorecidos geograficamente. Começam, assim, a surgir as companhias marítimas, onde o principal 
objetivo de seus investidores era encontrar novas terra com riquezas. 
Dentre estes países um vai merecer destaque, por passar por uma grande evolução cientifica 
cultural, social, política e econômica (até porque está localizado próximo ao mar mediterrâneo, onde 
a troca cultural é muito forte) - a Itália, conhecida como o berço da ciência do controle e pela busca 
do domínio das praticas do comércio. 
Neste período surgem várias escolas de pensamento ou correntes sobre os ensinamentos de 
contabilidade (ao total são 06 escolas): Contismo, Personalismo, Neo-Contismo, Controlismo, 
Aziendalismo e Patrimonialimo, esta última escola foi responsável em afirmar que a contabilidade é 
uma ciência, pois tem objeto de estudo que seria o PATRIMÔNIO das entidades e suas mutações. 
Seu maior vulto foi Vicenzo Mais, que estabeleceu uma doutrina contábil. 
 As escolas europeias concentram suas forças em demasiado para afirmar a contabilidade 
enquanto ciência, que acabam esquecendo que o principal objetivo desta ciência existir são seus 
usuários. Até aqui já sabemos que a contabilidade é considera uma ciência social e como está 
voltada para a sociedade, faz parte das ciências sociais aplicadas. 
Como esta ciência tem como mola propulsora de seu conhecimento a necessidade da 
sociedade, iremos nos reportar a outro período importante da história para a evolução e o 
conhecimento da contabilidade enquanto ciência do controle e conhecimento. 
1.1.1.2 Contabilidade de Custos 
Segundo Lunkes (2007, p. 4), “a maioria das técnicas de contabilidade gerencial atual foram 
desenvolvidas no período de 1800 a 1925, com o aparecimento das grandes organizações”. Um dos 
grandes acontecimentos históricos que influenciaram para que a contabilidade financeira fosse 
usada pelas escolas italianas refere-se à “Revolução industrial”. 
A revolução industrial trouxe uma mudança na forma de produção, anterior a ela a produção 
era feita de maneira artesanal. Com a mudança nos meios de produção, a contabilidade teve que se 
adaptar e atender as novas necessidades de seus usuários da informação contábil, alguns autores 
consideram a Revolução industrial como marco inicial para surgimento da Contabilidade de Custos e 
da Contabilidade Gerencial. 
A Revolução Industrial permitiu que ocorresse a produção em escalas. Desta forma, aquela 
contabilidade usada apenas para controlar as transações mercantis (compra e venda), usada pelas 
escolas italianas e europeias, não atendiam mais às necessidades dos seus usuários. Com o 
surgimento das empresas com produção em escala, começa a ocorrer a agregação de insumos de 
ordem financeira e humana. Neste período, surge a contabilidade de custos, procurando controlar os 
insumos consumidos nos meios de produção, para a elaboração dos produtos industrializados, como 
 
é caso das empresas têxteis, que iriam usar a contabilidade para ter controle sobre o custos de seus 
estoques. 
Junto com a contabilidade de custos, os gestores necessitaram ter controles que possibilitem 
tomar decisões estratégicas frente aos seus concorrentes. Neste período, as informações começam 
a tomar importância no meio dos negócios, várias técnicas irão surgir, buscando melhorar os 
controles gerenciais da época. Ainda devemos evidenciar, bem lembrado por Lukes (2007, p. 6) que: 
A contabilidade gerencial também foi influenciada, neste período, pela administração 
cientifica de Taylor e Fayol que desenvolveram procedimentos para medir, com detalhes 
minuciosos, a quantidade de materiais, de Mão de obra e de tempo das maquinas 
necessários para produzir o produto. 
 
Fora os dois cientistas que realizaram o estudo da administração cientifica, outros também 
contribuíram para o aprimoramento dos controles gerencias e do refinamento das informações 
geradas por meio destes controles. 
1.1.1.3 Contabilidade de Gestão Operacional 
Entre o período de 1925 a 1975, a contabilidade gerencial acaba sendo influenciada por 
considerações externas. Neste período, a Contabilidade Gerencial sofre grande influência, devido a 
intensificação do mercado acionário e a exigência dos acionistas pela remuneração sobre capital 
aplicado, ou seja, a taxa de lucro e exigência da contabilidade financeira. Em 1975, os países que 
foram destruídos na Segunda Guerra Mundial estavam já reconstruídos e buscando competir no 
mercado mundial. 
Com isto, ocorreu uma mudança considerável no ambiente dos negócios, pois novos 
jogadores estavam aptos a entrar na briga pelo mercado financeiro. As empresas buscavam novas 
ferramentas e controles que lhe proporcionassem informações mais acuradas sobre seus processos, 
e isto fez com que os gestores passassem a questionar, cada vez mais, a contabilidade gerencial 
tradicional (LUNKES, 2007, p. 6). Neste período, os gestores começam a perceber que precisam de 
informações diferenciadas e mais refinadas e que necessitam agregar valor aos seus produtos. 
 
1.1.1.4 Contabilidade de Gestão Estratégica 
Começa em meados de 1975 e vai ate os dias atuais, neste período alguns fatores como: 
demográfico, do avanço tecnológico, e o processo de globalização, questões ambientais são alguns 
dos fatores que afetam ou influenciamas mudanças nas empresas. Estes fatores ocasionam que 
empresas repensem suas ações em varias áreas como: atender as novas demandas dos seus 
clientes, o retorno dos sócios, atender as exigências legais, estratégias para tonar-se mais 
competitiva, entre outras.... 
 
Desta forma este período e reconhecido pela necessidade da criação de valor através do uso 
eficaz de recursos, alguns autores consideram que nesta fase o contador evoluiu de contador 
gerencial para contador estratégico. 
 
1.2 “IMA”é sua definição de Contabilidade Gerencial 
 
O IMA( Institute of management Accountants) é o órgão responsável pela regulamentação dos 
profissionais que atuam como contadores gerencias e, para atuar como contador gerencial em 
países como os Estados Unidos, os profissionais devem ser regulamentados. Ele define a 
Contabilidade Gerencial como “o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, 
preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras e não financeiras, usadas pela 
gestão para planejar, avaliar e controlar a empresa e assegurar uso apropriado e responsável de 
seus recursos”. Observe que o conceito abordado pelo referido órgão contempla não apenas o 
conceito de controle das informações, mas vai além, descreve que a gestão utiliza as informações 
para planejar, avaliar e controlar a empresa, bem como assegurar o uso apropriado e responsável 
de seus recursos, o que deixa claro o cunho estratégico da Contabilidade Gerencial. 
Atkison et. al. (2002, p.36) corrobora ao afirmar que a contabilidade gerencial é responsável 
pelo processo de produzir informação operacional e financeira para funcionários e administradores. 
Observem que os conceitos apresentados diferem do conceito da contabilidade tradicional que, 
segundo Lunkes (2007, p. 7), envolve a coleta e entrada de dados, divulgação. 
1.2.1 Informação Gerencial Contábil 
 
Após compreender a evolução da Contabilidade Financeira para a Contabilidade Gerencial, 
você deve estar se indagado: mas como conceituar a Contabilidade e o que qual seu papel? 
Primeiramente, vamos usar um conceito que acho claro e muito pertinente a este tópico. 
Segundo Atkinson et. al. (2000, p. 36), “Contabilidade Gerencial é o processo de identificar, 
mensurar, reportar e analisar informações sobre eventos econômicos das empresas”. Percebam que 
este conceito ainda se remete ao conceito da Contabilidade Financeira. No entanto, quando o autor 
se remete “a analisar informações sobre eventos econômicos da empresa”, ele amplia a perspectiva 
do conceito. 
A informação gerencial contábil (fruto da contabilidade gerencial utilizada pelos gestores para 
a tomada decisão), segundo Atikinson (200, p. 36), “a informação gerencial contábil é uma das 
fontes informacionais primárias para tomada de decisão e controle das empresas. As informações 
gerenciais são produzidas por meio dos sistemas gerenciais. Estas informações são norteadoras de 
decisões, pois ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar decisões e aperfeiçoar os 
 
processos de desempenho de suas empresas. Podemos, então, concluir que as informações 
gerencias devem ser trabalhadas, de modo a atender as necessidades informacionais dos usuários 
internos da empresa, com a finalidade de orientar suas ações. 
 
Exemplo de Informação Gerencial: relatório de consumo de matéria-prima de determinado produto 
 
1.2.1.1 Como a informação gerencial contábil ajuda os administradores 
As empresas operam em ambientes altamente competitivos e dinâmico , em que a 
concorrência se intensifica e a mudança, principalmente a tecnológica, é permanente e acelerada 
(Gomes & Sales).Toda organização, seja ela do primeiro ou do terceiro setor, buscam torna-se 
perene ao longo dos tempos e, para que isto ocorra, buscam auferir “Lucro”. 
No mundo dos negócios o lucro é indispensável para a permanência de uma empresa. No 
entanto, devido às diferentes formas de constituições de empresas com finalidades sociais distintas, 
cada qual irá tentar auferir lucro de maneira diferenciada, pois o lucro tem conotações e finalidades 
direcionadas. 
Para que o “lucro” ocorra, as empresas buscam ferramentas de gestão que possam dar 
suporte às ações dos gestores, conforme Atkinson (2000, p. 36), medidas da condição econômica 
como custos, margem de contribuição do produto ou serviço, lucro, fidelidade do cliente, entre 
outros, estão disponíveis apenas nos sistemas de contabilidade gerencial. Outro ponto que merece 
destaque deve-se ao fato de que as informações gerenciais possibilitam medir o desempenho 
econômico e financeiro das organizações. 
Por meio das informações gerenciais geradas pelos sistemas gerenciais, os administradores 
podem verificar se as ações adotadas estão alinhadas com as estratégias da empresa. Elas ainda 
permitem que realize um feedback, possibilitando que os administradores ajustem suas ações ou 
decisões, capacitando-os a apreenderem com o passado e melhorarem para futuro. 
 
 
1.3 Contabilidade Financeira X Contabilidade Gerencial 
 
A contabilidade Financeira é responsável pelo registro, elaboração, divulgação das informações 
contábeis, por meio dos relatórios contábeis obrigatórios, como: Balanço Patrimonial, Demonstração 
de Resultado, Demonstração de Fluxo de Caixa, entre outros. Estes relatórios são elaborados, 
baseados na legislação vigente, e são utilizados pelo usuários da informação contábil com o objetivo 
de manter-se informados sobre a gestão da administração, bem como se encontra a composição 
patrimonial, financeira e econômica das organizações. 
Atkinson et. al. ( 2002, p.37) complementa nossa definição determinando que “ela lida com a 
elaboração e a comunicação de informações de uma empresa dirigida ao público externo: 
acionistas, credores (bancos, financeiras e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades 
governamentais tributarias”. Desta forma, podemos compreender o papel da contabilidade financeira 
e seu objetivo. 
A contabilidade Gerencial, na visão de Padoveze (p.18), “é o ramo da contabilidade que tem por 
objetivos fornecer instrumentos aos administradores de empresas que auxiliem em suas funções 
gerenciais”. Este conceito, apresentado por Padoveze, nos revela a grandeza deste ramo da 
contabilidade, pois, como seu principal objetivo é orientar o gestores (administradores), busca que 
os recursos econômicos que estão a disposição da organização sejam usados de forma que venha a 
fornecer o máximo de sua potencialidade. Desta maneira, a Contabilidade Gerencial busca 
implementar outras formas de controle de consumo de seus recursos por meio dos sistemas de 
informação gerencial. 
Dentro desta perspectiva sobre a Contabilidade Gerencial, podemos afirmar que a mesma 
procura auxiliar e orientar seus usuários nos seguintes aspectos: 
 
 
Apesar de as características apresentadas acima serem simplista, podemos aferir que o 
processo contábil inicia a partir do momento em que são determinadas as necessidades 
informacionais dos usuários internos, o que possibilita criar sistemas gerencias que permitam 
aprimorar os controles, com finalidade de auxiliar os gestores na tomada de decisões. Após 
apresentada as devidas conceituações, mostraremos, a seguir, um quadro com as principais 
características da Contabilidade Financeira e Gerencial. 
Contabilidade Financeira X Contabilidade Gerencial 
 Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial 
Clientela Externa: acionistas, credores e 
autoridades tributárias (governo). 
Interna: funcionários, administradores e 
executivos de diversos níveis. 
Propósito 
Reportar o desempenho passado às 
partes externas; contratos com 
proprietários e credores. 
Informar decisões internas tomadaspelos funcionários e gerentes; feedback 
e controle sobre o desempenho 
operacional; contrato com proprietários 
e credores. 
Data 
Histórica. Atual, orientada para o futuro. 
Restrições 
Regulamentada; dirigida por regras e 
princípios fundamentais da 
contabilidade e por autoridades 
governamentais. 
Desregulamentada: sistemas e 
informações determinadas pela 
administração para satisfazer 
necessidades estratégicas e 
operacionais. 
Tipo de 
Informação 
Somente para mensuração 
financeira. 
Mensuração física e operacional dos 
processos, tecnologia, fornecedores e 
competidores. 
Natureza 
da 
Objetiva, auditável, confiável, 
consistente e precisa. 
Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor, 
válida, relevante e acurada. 
1. 
• melhorar a qualidade das operacoes; 
2. 
• reduzir os custos operacionais; 
3. 
• aumentar a adequação das operacoes 
às necessidades dos clientes. 
 
Informação 
Escopo Muito agregada; reporta a toda 
empresa. 
Desagregada; informa as decisões e 
ações locais. 
Adaptado de Atkinson (2000, p. 38) 
Ao analisar o quadro exposto, podemos perceber que a Contabilidade Gerencial é um 
refinamento da Contabilidade Financeira, onde tem como o principal objetivo suprir os 
administradores (e os usuários internos) de informações que possibilitem tomar decisões assertiva 
sobre assuntos, em sua grande maioria, relacionados com o planejamento estratégico das 
empresas. 
No entanto, devemos ter bem claro que a Contabilidade Gerencial irá fornecer ferramentas e 
informações que estarão dando suporte nas decisões dos administradores. Porém, outro ponto 
muito importante para que estas decisões surtam efeito, é a expertise do gestor, que faz muita 
diferença na escolha de quais informações devem ser usadas, aliadas a determinada ferramenta 
gerencial. 
 
1.3.1 Usuário da informação contábil 
 
A contabilidade, por ser uma ciência social aplicada, somente existe para atender a 
necessidade do seu usuário - o usuário da informação contábil e sua razão de ser. Desta forma, ele 
é responsável pelo refinamento da contabilidade ao longo do tempo até nossos dias atuais. 
Antes de descrevermos as características dos usuários da informação contábil, devemos 
entender que o conceito de usuário em contabilidade, está concentrado a pessoa física ou jurídica 
que utilize as informações geradas pela contabilidade para a tomada de decisões. 
 
1.3.1 Usuário Externo 
 
O usuário externo necessita dos relatórios contábeis emitidos pelas empresas, para tomar 
suas decisões. Além disso, estão interessados no resultado que empresa possa auferir, como por 
exemplo: o banco - ele não faz parte da configuração social da empresa, no entanto, quando o 
gestor necessita de recursos financeiros, poderá procurar o banco. Este, por sua vez, solicitará um 
balanço ou até mesmo um balancete para poder compreender a situação patrimonial e liberar ou 
não, com base nos dados apresentados pelos demonstrativos contábeis. Desta forma, o banco se 
configura como usuário externo da informação contábil. 
 
 
1.3.2 Usuário Interno 
 
O usuário interno muito nos interessa para a disciplina que estamos estudando, pois está 
envolvido diretamente na estrutura social da empresa. Este tipo de usuário necessitará, para tomada 
de decisões, além dos relatórios contábeis, informações ou relatórios de cunho mais estratégicos e 
gerenciais, como por exemplo: o supervisor de produção - ele faz parte do processo produtivo que a 
empresa realiza quando vai aceitar um pedido de produção de um produto. Além do controle de 
estoque que se encontra disponível no balanço ou balancete, ele precisará de outras informações, 
como qual quantidade será produzida?, quanto de vai consumir de mão de obra?, será necessário 
realizar ou não horas extras? Como melhorar o processo de produção para ter maior produtividade? 
etc. 
 
1.4 O foco na tomada de decisão 
 
Todas as diretrizes norteadoras de Contabilidade Gerencial estão voltadas para a tomada de 
decisão. No entanto, devemos ter bem claro que a contabilidade gerencial, para conseguir atingir 
seus objetivos orienta os gestores de conhecimentos de outras áreas do saber como da 
administração. 
Na sequência iremos estudar conceitos bastante explorados pela administração. 
 
1.4.1 Planejamento 
 
O planejamento é fundamental para qualquer tipo de empresa, e por que não citar para as 
pessoas, já que sem planejamento não chegamos a lugar algum. Dentre os estudiosos que buscam 
compreender esta ciência, iremos apresentar o conceito de Lunkes (2007). 
Para Lunkes (2007, p. 14), o planejamento “envolve a escolha de um curso de ação, por meio 
do desenvolvimento de objetivos e metas a curto prazo (operacional) e longo prazo (estratégico) da 
empresa. Visando ainda completar o conceito apresentado, Hoji (2001, p. 359) argumenta que: 
o planejamento consiste em estabelecer com antecedências as ações a serem 
executadas dentro do cenário e condições preestabelecidos, estimando os recursos a 
serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados. 
Devemos perceber que uma empresa nasce, entre outros objetivos, para que possa se notar 
perene. Ao longo dos tempos, ela busca aumentar a riqueza patrimonial de seus proprietários. 
 
Conforme Crepaldi (1998, p. 21), “a administração cuida em determinar que os produtos e serviços 
são necessários e em colocá-los nas mãos dos consumidores”. 
A administração opera as decisões sobre planejamento, com objetivo de maximizar a riqueza 
dos proprietários, acompanhar o planejamento, constantemente, aferindo o que foi planejado com o 
que realmente ocorre e é primordial, para que, assim, a administração consiga atender seu objetivo 
de maximização dos recursos disponibilizados pelos proprietários ou acionistas e alcançar o retorno 
esperado. 
 
1.4.2 Execução 
A execução é caracterizada pela parte operacional, pois, para executar, necessitamos de 
pessoas e que estas executem as atividades ou ações desejadas para que os objetivos traçados 
sejam alcançados. 
 Conforme Lunkes, alguns autores chamam esta etapa do ciclo de direção e motivação, pois, 
nesta etapa, os gestores desenvolvem a coordenação de diversas atividades da empresa, onde, 
além de envolver a movimentação de recursos financeiros, também ocorre a movimentação de 
recursos humanos para atender o processo operacional. (LUNKES, 2007, p. 15) 
 
1.4.3 Controle 
O controle é atividade responsável por monitorar, analisar e avaliar a utilização de recursos 
consumidos, para alcançar os objetivos traçados. O principal objetivo é verificar se ações adotadas 
pelas várias áreas envolvidas no processo estão atingindo as metas estabelecidas no planejamento. 
 Nesta fase, a informação gerada ou produzida por meio da Contabilidade Gerencial, é 
primordial para aferir o que foi definido pelo planejamento (LUNKES, 2007, P. 15). 
A figura a seguir apresenta o ciclo do processo de controle. 
 
 
 
Compreender o ciclo do controle faz com que o administrador prepare a empresa para 
enfrentar a concorrência de mercado cada vez mais acirrada. 
A função administrativa do controle tornou-se cada vez mais importante o longo tempo. 
O crescimento da complexidade das organizações provocou o distanciamento físico do 
seu principal executivo da realização do processo administrativo e produtivo da 
entidade. (BARRETO, 2008, p. 4) 
 
Diante desta contextualização vamos estudar, na sequência, sobre a “tomada de decisões”, 
pois já que todos nossos esforços enquanto estudante de Contabilidade Gerencial. 
 
1.5.1 No caminho da tomada de decisões 
Para a tomada de decisões, primeiramente devemosconhecer a estrutura das empresas, 
bem como os diversos setores que lhe compõem. Os gerentes enfrentam problemas no setor de 
pesquisa e desenvolvimento, vendas, marketing, produção, finanças, recursos humanos e serviços 
pós-vendas; apesar de serem setores diferenciados, o processo de decisão que eles seguem pode 
ser uniforme. (LUNKES, 2007) 
 As decisões tomadas nas organizações pelos gestores acabam moldando e influenciando a 
diretriz na empresa no futuro. Um exemplo, que podemos citar é a aquisição de um concorrente. 
Planejamento 
Controle 
Execução 
 
Muitas vezes a unidade adquirida precisa de ajustes para poder ser competitiva frente às inovações 
tecnológicas do mercado. 
No mundo dos negócios, altamente complexo, constantemente os gestores enfrentam vários 
problemas para tomar suas decisões, como: identificar os pontos fracos e fortes, oportunidades e 
ameaças, a informação nunca está completa - o que inviabiliza a celeridade na tomada de decisões -
e desconhecimentos de alternativas que podem ser adotas para que o mesmo possa estruturar um 
cenário e verificar quais são os riscos desta escolha. 
No caminho da tomada de decisões, devemos perceber que, para que seja escolhida uma ação, 
sempre teremos várias alternativas que seguem cursos diferentes. No entanto, cabe ao gestor 
escolher aqueles que sejam o mais possível apropriado para aquela decisão. Aqui, a qualidade de 
julgamento e experiência são capacidades cognitivas dentro do processo de tomada decisão. Neste 
quesito, o ser cognitivo implica tolda lógica e deverá estabelecer etapas para atender a tomada 
decisão, conforme a seguir: 
 
 definir o problema; 
 formular o objetivo e verificar quais as alternativas disponíveis para esta ação; 
 identificar e analisar os ricos das alternativas disponíveis; 
 selecionar a melhor alternativa. 
 
1.5 Fatores relevantes na tomada decisões 
 
Dentro da ótica da tomada de decisões, alguns fatores apresentam relevância, pois afetam uma 
decisão em particular. Entre eles podemos citar: o preço, o custo, a qualidade e o tempo. 
 O preço continua sendo, em muitos casos, o diferencial de sucesso da empresa. A formação 
dos preços de venda dos produtos ou serviços obedece a vários métodos estratégicos. No 
mercado, o preço exerce grande influência na decisão de compra, portanto, as empresas 
devem ter cuidado na sua determinação. Entre os inúmeros métodos e estratégias de 
formação de preço de venda, é necessário escolher aquele que possibilite compatibilizar 
crescimento nas vendas com lucratividade. (LUNKES, 2007) 
 O custo continua sendo uma variável importante, principalmente para as empresas que atuam 
baseadas no preço. As empresas devem encontrar formas economicamente viáveis para a 
redução dos custos, por meio do controle dos desperdícios. (LUNKES, 2007) 
 A qualidade e a satisfação do cliente estão muito próximas e a qualidade do processo 
geralmente determina a qualidade de produtos e serviços. A chave para usar medidas de 
qualidade é assegurar que elas sejam consistentes com a satisfação dos clientes. 
Resumidamente, pode-se definir qualidade como atendimento às especificações. Qualidade 
 
percebida é a diferença entre o que foi prometido ao cliente e que o ele recebeu. (LUNKES, 
2007) 
 
 O tempo é uma importante medida de valor e deve ser monitorada em todas as fases da 
cadeia de valor. Muitos clientes são extremo valor a tempo de atendimento curto, medidos 
com o tempo transcorrido desde o momento em que é feito o pedido até o momento em que o 
produto ou serviços desejado é entregue ou realizado. A expressão “tempo é dinheiro” nunca 
foi tão verdadeira. Longo tempo de processamento gera altos custos de mão de obra, 
materiais e custos maiores, como o custo de oportunidade; a falta de tempo pode causar 
perda de oportunidades importantes para empresa. (LUNKES, 2007) 
 
 
A meta das empresas, na atualidade, é agregar valor aos produtos e clientes. Desta forma, as 
mesmas devem estar atenta a fatores que afetem em particular suas decisões, afim de saber como 
minimizar os efeitos destes fatores sobre a tomada decisões. 
 
 
1.6 As funções Gerenciais no Processo Decisório 
 
O que temos visto nas empresas e em pesquisas realizadas com gestores é que existe uma 
enorme distância sobre o que deveria se configurar como funções dos gestores e o papel que 
efetivamente eles exercem no dia a dia, no processo decisório. (ORLICKAS, 2010, p. 124) 
Ainda conforme a referida autora, as funções gerenciais passam pelas atividades de 
planejamento, organização, direção, análise e controle do trabalho dos grupos que estão sobre sua 
responsabilidade. Estas atividades contribuem no processo decisório, conforme são conduzidas 
pelos gestores, acabam modelando as ações futuras das empresas ou se tornando sua fonte 
principal e balizadora no processo. 
 
1.6.1 Competências Gerenciais 
 
 
Adaptado Orlickas (2010, p. 128) 
 
 
Tal qual é importante compreender os instrumentos, ferramentas e dados informacionais, é 
importante compreender o papel ou função que exerce o gestor gerencial. Uma vez que este é a 
peça principal para que ocorra efetivamente o processo de tomada decisões nas empresas. 
 
A figura acima representa as principais competências gerencias. Competências estas que são 
solicitadas ou requeridas por cargos e funções da estrutura empresarial e são responsáveis por 
influenciar a obtenção de níveis satisfatórios de desempenho empresarial (Orlickas, 2010). 
 
Algumas das competências requeridas, conforme a figura acima, pode ser apreendida no dia 
a dia da organização. No entanto, muitas outras são constantemente aprimoradas, principalmente 
porque existem escalas diferentes de importância dos gestores no processo decisório. 
 
Dentro da compreensão de quais são as competências que cercam a função gerencial, 
precisamos compreender o termo “Gerenciar”. Gomes (2001) afirma que gerenciar é o procedimento 
de pensar, de definir e de atuar com objetivo de “conseguir resultados” e “fazer acontecer”. Esta 
definição apresenta um ótimo conceito de gerenciar. Porém, devemos ainda observar que o termo 
gerenciar também acarreta responsabilidade, uma vez que “faz acontecer” parte da ação de uma 
determinação. 
 
As 
competências 
de uma função 
gerencial: 
Buscar inovar 
Compromenti
mento 
Comunicação 
Empreendedo
rismo 
Flexibilidade 
Empregabilida
de 
Orientados a 
resultados 
Planejamento 
Relação 
interpessoal 
Dar e recebr 
feedback 
 
Em virtude da complexidade do tema, apresentamos, a seguir, um quadro onde serão 
expostos as competências, conceitos e indicadores que podem contribuir para uma gestão assertiva. 
 
Competências Conceito Indicadores 
Dar/receber 
feedback. 
Receber e dar informações 
verdadeiras, em momentos 
adequados, podendo 
subsidiar e orientar 
desempenhos, 
comportamentos, posturas e 
resultados. 
Demonstrar abertura para 
receber críticas 
 
Rever seu progresso e buscar 
feedbacks dos outros com 
frequência. 
Buscar inovar. 
“Correr atrás” de soluções 
inovadoras, buscando e 
aprendendo novas ações e 
negócios. 
Mostrar-se curioso positivamente, 
sempre em busca do novo. 
Comprometimento. 
Identificar-se com os valores 
e os propósitos da 
organização; atuar de modo 
comprometido e, ao mesmo 
tempo, agregar valor aos 
processos. 
Seguir as normas e os padrões 
da empresa. 
 
Comprometer-se em atingir as 
metas individuais e da equipe. 
Comunicação. 
Transmitir e explicar ideias e 
informações com clareza e 
argumentos adequados. 
Falar com clareza de ideias e 
com a preocupação de que os 
demais tenham entendimento a 
suamensagem. 
Empreendedorismo. 
Gerir o negócio com 
estratégias inovadoras, 
criativas e eficazes 
Propor novas abordagens, 
demonstrando capacidade de 
pensar além do próximo passo, 
identificando pontos a favor e 
pontos contra. 
Flexibilidade. 
“Jogo de cintura” para 
ajustar-se às circunstancias 
do momento e aproveitar as 
oportunidades. 
Procurar entender o ponto de 
vista de outro, mostrando-se 
aberto ao novo. 
 
Empregabilidade. 
Busca constante de 
atualização, criando 
oportunidades de 
crescimento. 
“Caçar” novas oportunidades 
para se desenvolver ou 
enriquecer sua própria 
experiência. 
Apreender com os próprios erros. 
Orientados a 
resultados. 
Visualizar tendências; 
incorporar novos conceitos e 
experiência aos resultados; 
cumprir metas e objetivos. 
Entregar um projeto, superando 
expectativas. 
Buscar desafios constantes. 
Incorporar novas ideias ao seu 
trabalho. 
Planejamento. Predeterminar o curso de Executar todas as tarefas que 
 
uma ação, definindo 
objetivos, estabelecendo 
prioridades, revendo e 
atualizando linhas básicas de 
atuação, com vistas à 
consecução dos resultados 
esperados. 
foram designadas em tempo 
hábil. 
Seu dia a dia transcorre de 
acordo com o planejado, salvo 
exceções. 
Relacionamento 
Interpessoal. 
Estabelecer contatos 
assertivos, evidenciando tato 
e polidez na forma de dirigir-
se ao outro. Primar pela 
habilidade ao trabalhar em 
equipe. 
Saber compartilhar ideias e 
conhecimentos. 
 
Preocupar-se em interagir com 
os demais. 
 
Demonstrar interação com a 
equipe. 
Fonte: Orlickas (2010, p. 131) 
 
Ao estudar as competências não podemos esquecer o aprendizado gerencial, que é desenhado 
por meio de alguns fatores de ordem social, como: cognitivo, analítico, comportamental e ação. 
Estes fatores acabam, de certa maneira, remodelando e dando características próprias a cada uma 
das competências requeridas pelas empresas ao gestor gerencial. 
 
 
1.7 A importância de ética na tomada decisões 
 
Antes de começarmos a abordar este assunto, devemos entender “o que é tica”. 
Ética pode ser entendida como um conjunto de princípios que regram a conduta de 
determinada sociedade. Ao analisar a ética, podemos entender que ela é encontrada em uma 
determinada sociedade ou grupos de indivíduos, por meio de seus princípios, normas ou regras que 
regulam as relações entre estes. 
Neste tópico estaremos, principalmente, interessados na ética relacionada ao mundo dos 
negócios, para ser mais exato a “tomada de decisões”. Conforme Lunkes (2007, p. 21), “nos últimos 
anos, vários episódios envolvendo assuntos éticos têm sido explorados pela mídia”. Reportagens 
narram escândalos envolvendo grandes corporações. Escândalos estes tanto de fundamento 
financeiro, social e ambiental e que têm suscitado a sociedade repensar as atitudes de determinados 
executivos. 
As empresas são formadas por pessoas e estas trazem consigo valores éticos e condutas 
preestabelecidas. Quando tentamos compreender a ética nas empresas, devemos pensar até que 
ponto os valores éticos das pessoas que formam a estrutura dos recursos humanos estão 
vinculados aos valores das empresas. 
 
As empresas que estão preocupadas com ética e que buscam obter práticas efetivas 
destacam-se no mercado, pois demonstram estar agindo de forma apropriada visando 
garantir a satisfação e a motivação dos seus profissionais e visando ainda atuar na 
busca pelo sucesso. (ORLICKAS, 2010, p. 204) 
A citação de Orlickas descreve a importância da ética para as empresas. A sociedade foi 
evoluindo ao longo do tempo e tantos suas necessidades, quanto as perspectivas, também 
evoluíram. Hoje, a sociedade valoriza as ações voltadas para o meio social e meio ambiente. Desta 
forma, algumas empresas têm usados suas ações éticas como instrumento estratégico e competitivo 
frente à nova visão da sociedade. 
A seguir será descrita uma fábula judaica que evidencia a história de um rico avarento. Por 
meio dela podemos fazer uma reflexão sobre o assunto. 
Um rico e conhecido cidadão de um lugarejo havia perdido sua bolsa, que continha cinco moedas de 
ouro. Eis que um pobre e honesto cidadão encontrou-a e, imediatamente, a levou ao rabino para que 
fosse descoberto o seu verdadeiro dono. Ao ver a bolsa, o rabino pode perceber que ela pertencia 
uma pessoa rica e influente e por isso chamou imediatamente. Diante do pobre que havia 
encontrada a bolsa, perguntou ao rico senhor: “Esta bolsa é sua?”, ao que este respondeu: “Sim!”. 
Mas o rico, querendo levar vantagem, disse: “O que ocorre é que havia dentro não apenas cinco 
moedas de outro, mas sim oito”. O rabino, percebendo a intenção do rico homem, disse ao pobre: “A 
bolsa desse senhor cotinha oito moedas de ouro e agora contém apenas cinco, portanto não é 
mesma que esse nobre cidadão perdeu e por isso não o pertence. Já que não apareceu seu 
‘verdadeiro’ dono, ela é sua de direito”. 
Por meio desta narrativa podemos perceber como se aplica o conceito de ética. A narração 
trata da falta de princípios e ética por parte de um dos envolvidos. A mensagem que a fábula nos 
transmite é que quando tentamos tirar proveito de algo que não lhe é direito, pode ocorrer que todos, 
de alguma forma, acabam perdendo. 
Na análise do fator ético, pode ser destacado inúmeras vantagens e benefícios na possibilidade 
de se construir uma cultura ética profissional e empresarial verdadeira e apropriada, com a qual se 
motive o consenso e o equilíbrio nos interesses pessoais e organizacionais. (ORLICKAS, 2010) 
 
1.8 Sistemas de Gerenciais 
 
Conforme relatamos nos tópicos anteriores, o grande desafio das empresas, na atualidade, é 
agregar valor ao conjunto de atividades. Para que os gestores alcancem os objetivos traçados, 
precisam usar de vários instrumentos e ferramentas gerenciais. Diante desta constatação, iremos, 
neste tópico, tratar exclusivamente sobre os sistemas gerenciais, que são responsáveis por 
transformar os dados em informações que auxiliam os gestores na tomada de decisões. 
 
Você, neste momento, consegue descrever o que é um sistema? 
 
Temos que compreender que “sistema é um conjunto de elementos ou componentes que 
interagem para atingir os objetivos”. Além disso, um sistema apresenta alguns componentes 
básicos, conforme a figura a seguir. 
 
A figura apresenta a forma que ocorre o fluxo de informação dentro do sistema. Devemos 
observar que esta figura apresenta uma estrutura básica e sabemos que, quanto mais complexo for 
o processo ou a organização, mais complexo será o sistema que controla estas informações. 
 
1.8.1 Sistemas de informações Contábeis 
 
A contabilidade é responsável por coletar, registrar e acumular os atos e fatos contábeis das 
empresas. Estes dados coletados são usados para gerar informações, tanto de cunho financeiro, 
patrimonial de resultado, quantitativo e qualitativo. 
 
Os dados coletados pela contabilidade contemplam todas as transações dos mais diversos 
setores que compõem a empresa. O registro do sistema contábil começa por meio da elaboração do 
plano de contas e este é elaborado pelo contador, buscando evidenciar todas as transações e 
operações utilizadas pela empresa. 
 
Após elaborado, o plano de contas começa a realizar os devidos registros em cada conta, 
com seu respectivo valor. Ao analisar esta ação do operador contábil, podemos concluir que os 
registros realizados têm apenas aspectos financeiros; no entanto, devemos perceber que ela 
também registra aspectos não financeiros, como a quantidade de produtos, quantidade de horas, 
números de funcionários necessários para a realização de determinada tarefa ou atividade, entre 
outros.Desta forma, podemos concluir que os sistemas de contabilidade são compostos por vários 
subsistemas, que estarão alimentando a base de dados, coletando, registrando, armazenando os 
dados e transformando em informações de toda empresa. 
 
Os sistemas de contabilidade devem ser personalizados para atender as necessidades das 
organizações. Deve ser capaz de evidenciar e controlar o fluxo de dados e informações da empresa, 
o que contribuirá para a melhoria da tomada de decisões. 
Entrada Processo Saída 
 
 
Referências 
ATKINSON, A. A.; BANKER, R. D.; KAPLAN, R. S.; YOUNG, S. M. Tradução: MOSSELMAN, A. O. 
Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. 
CREPALDI, S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. São Paulo: Altas, 1998. 
LUNKES, R. J. Contabilidade Gerencial: um enfoque na tomada de decisão. Florianópolis: Visual Books, 
2006. 
ORLICKAS, E. Modelos de Gestão: das teorias da administração à gestão estratégica. Curitiba: Ibpex, 2010.