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PERSEPÇÃO
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais. Funciona através de quatro processos: aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. 
Vamos conhecer a percepção sensorial e visual.
PERCEPÇÃO SENSORIAL É o processo ativo através do qual, cada objeto percebido é colocado num mundo ordenado de espaço e tempo. A mente encontra-se ativa quando a criança começa a discriminar, analisar e abstrair as qualidades dos objetos.
PERCEPÇÃO VISUAL Representa uma interface entre o cérebro e o meio ambiente. O sistema responsável pela visão é caracterizado por milhões de células que reagem detalhadamente a aspectos do que está ao nosso redor. Essas células nervosas respondem a cada componente da imagem como direção, grau de inclinação, forma, cor, através da ativação de áreas especializadas dentro do córtex visual. Embora a imagem seja “fatiada” em diversas partes, o cérebro não retira o significado em cima das partes isoladas.
Vejamos agora os sentidos que fazem parte da percepção.
No processo da visão, tudo trabalha de modo relativo e interdependente. Um fator específico (por exemplo, a cor) pode afetar todos os demais.
Entre os fatores considerados  na percepção auditiva estão a percepção de timbres, de alturas, de intensidade sonora, rítmica e origem do som.
A percepção olfativa engloba a discriminação de odores, diferenciação e efeito de sua combinação.
A percepção gustativa tem como principal modalidade a discriminação de sabores.
A percepção tátil é sentida pela pele e permite reconhecer a presença, forma, tamanho e temperatura dos objetos.
O estudo da percepção temporal envolve a percepção de durações, de ritmos e de simultaneidade.
A percepção espacial é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto e se esse objeto (ou o som) está se aproximando ou afastando.
Com o objetivo de avaliar o processamento visual de figuras ambíguas em indivíduos disléxicos e compará-lo a um grupo de controle de leitores normais, Alonso, Lamas, Sampaio e Rehder realizaram uma pesquisa sobre a figura ambígua e dislexia do desenvolvimento.
Eles utilizaram o método de Survey, onde foram selecionados aleatoriamente 39 escolares cursando entre a primeira e a quarta série do ensino fundamental. Deste total, 26 não apresentavam dificuldade de leitura ou mau rendimento escolar e constituíram o grupo controle. As outras 13 crianças (grupo de estudo) eram portadoras de Dislexia do desenvolvimento.
A seguir, veremos como foi realizada a pesquisa e seus resultados.
Na pesquisa, foram apresentadas uma figura de Boring, uma de Rubin e outra de Jastrow.
Aprendizagem
Tavares mostra que a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados, e na concepção de Ausubel para que ela aconteça em relação a um determinado assunto são necessárias três condições:
o material instrucional com conteúdo estruturado de maneira lógica;
a existência na estrutura cognitiva do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável com o novo conteúdo;
a vontade e a disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente.
Quando se depara com um novo corpo de informações, o aprendiz pode decidir absorver esse conteúdo de maneira literal, fazendo uma aprendizagem mecânica, pois só conseguirá reproduzir esse conteúdo de maneira idêntica àquela que lhe foi apresentada.
Nesse caso, não existiu uma compreensão da estrutura da informação que lhe foi apresentada e o aluno não conseguirá transferir o aprendizado para a solução de problemas equivalentes em outros contextos.  
No entanto, quando o aprendiz tem pela frente um novo corpo de informações e consegue fazer conexões entre esse material que lhe é apresentado e o seu conhecimento prévio em assuntos correlatos, ele estará construindo significados pessoais para essa informação.
Construção de significados não é uma apreensão literal da informação, mas sim uma percepção substantiva do material apresentado que,  desse modo, se configura como uma aprendizagem significativa.
Nos tempos atuais o computador tem se configurado como um artefato que tanto armazena e manipula informações quanto promove a sua difusão numa escala mundial através da Internet. 
No entanto o seu uso como ferramenta instrucional ainda não se dá de maneira plenamente funcional.
No sentido de incentivar a aprendizagem através do uso do computador, é necessário usar sistemas adaptados ao modo humano de construir e utilizar o conhecimento.
Uma das maneiras de construir uma visão de mundo considera a elaboração de modelos mentais, que podem ser descritos como uma representação interna de conceitos e ideias, assim como de informações e experiências do mundo exterior.
Estas estruturas mentais podem ser utilizadas para ir além do entendimento superficial de informações apresentadas, permitindo a construção de uma compreensão mais profunda de um domínio conceitual.
Memória: Segundo a visão de Papalia, Olds e Feldman, os teóricos do processamento de informações pensam na memória como um sistema de arquivamento em três etapas ou processos: codificação, armazenamento e recuperação.
Codificação: A codificação é o processo de colocação das informações em pastas a serem arquivadas na memória. Ela anexa um código ou rótulo à informação para prepará-la para armazenamento, para que seja mais fácil encontrá-la quando necessário. Os eventos são codificados junto com as informações sobre o contexto em que foram encontrados.
Armazenamento: O armazenamento consiste em guardar a pasta no armário de arquivos.
Recuperação: A recuperação, última etapa, ocorre quando a informação é necessária. A recuperação pode envolver reconhecimento ou recordação.
Existem três tipos de memória. Vamos conhecê-las.
A memória de longo prazo é um depósito de capacidade ilimitada que guarda informações por longos períodos de tempo. Um executivo central controla o processamento de informações na memória de trabalho. Este executivo central ordena as informações codificadas e faz a transferência para a memória de longo prazo. O executivo central amadurece entre os oito e os dez anos de idade.
A memória de trabalho é um depósito de curto prazo para as informações sobre as quais uma pessoa está ativamente trabalhando. É nela que as informações que estão sendo codificadas e recuperadas são mantidas. Aos cinco ou seis anos, as crianças costumam lembrar apenas dois dígitos, já um adolescente típico pode lembrar-se de seis dígitos.
A memória sensorial é o ponto de entrada inicial do sistema para as informações sensoriais que chegam. Sem processamento, as informações desaparecem rapidamente.
A metamemória é o conhecimento sobre a memória e ela se aperfeiçoa com a idade. Entre os cinco e sete anos, os lobos frontais do cérebro podem sofrer significativo desenvolvimento e reorganização, tornando a metamemória possível. 
Da pré-escola à 5ª série, as crianças apresentam um progresso constante na compreensão da memória.
Alunos de 1ª série sabem que as pessoas lembram melhor quando estudam por mais tempo, que as pessoas esquecem as coisas com o tempo e que reaprender é mais fácil do que aprendê-la pela primeira vez.
Na 3ª série, as crianças sabem que algumas pessoas têm mais memória do que outras. Somente depois da terceira série a maioria das crianças reconhece que a memória pode ser distorcida por sugestões dos outros.
Carneiro apresentou uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento da memória, organizada de acordo com a divisão dos diferentes armazenamentos ou sistemas existentes. O desenvolvimento das memórias sensorial, de trabalho, explícita e implícita foi analisado desde o período pré-escolar. Embora ocorram mudanças significativas na memória de trabalho e explícita, parece não existir evolução da memória implícita perceptiva ao longo do desenvolvimento.
Registro de Participação1. O conceito de figura ambígua, também conhecida como figura-fundo foi desenvolvido pela Psicologia da Forma (Gestalt). Estudos eletrofisiológicos e trabalhos de neuroimagem descrevem padrões diferenciados de ativação do córtex occipto-temporal do cérebro humano quando um indivíduo observa figuras ambíguas. Alonso; Sampaio e Rehder realizaram uma pesquisa com o objetivo de conhecer a percepção de:
 1) leitores normais e de portadores de dislexia do desenvolvimento durante a observação de figuras ambíguas. 
 2) crianças entre 10 e 15 anos que já tivessem contato com adversidades que geraram ambiguidade nas figuras materna e paterna. 
 3) crianças na fase fálica para verificar se já haviam definido a sexualidade após a fase de ambigüidade. 
 4) portadores de necessidades especiais e as crianças com autismo. 
 2. Segundo Tavares, a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados, e na concepção de Ausubel para que ela aconteça em relação a um determinado assunto são necessárias três condições: o material instrucional com conteúdo estruturado de maneira lógica; a existência na estrutura cognitiva do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável com o novo conteúdo; e:
 1) a capacidade de estabelecer novas articulações em relação aos nexos causais. 
 2) o constante acompanhamento dos adultos próximos para o estabelecimento de regras básicas. 
 3) a vontade e disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente. 
 4) a utilização de imagens como forma de apresentação do conteúdo didático. 
 
3.O mapa conceitual é um estruturador do conhecimento e foram propostos como uma maneira de organizar hierarquicamente os conceitos e proposições que representassem a estrutura cognitiva que podiam ser depreendidas das entrevistas clínicas com crianças que faziam parte de um projeto educacional. Este conceito foi proposto inicialmente pela equipe conduzida por:
 1) Erikson. 	 2) Novak. 	 3) Chomsky. 	 4) Wundt. 
4. O trabalho realizado por Carneiro analisou o processo psicológico básico memória em crianças desde o período pré-escolar. Entre os vários tipos de memória, a autora estudou o desenvolvimento das memórias:
 1) imediata, de trabalho, explícita e implícita. 
 2) sensorial, imediata, explícita e implícita. 
 3) sensorial, de trabalho, imediata e implícita. 
 4) sensorial, de trabalho, explícita e implícita. 
5. A transferência de informação da memória a curto prazo para a memória a longo prazo tem sido estudada através dos efeitos da posição dos itens em tarefas de evocação livre. Quando são apresentadas palavras não relacionadas e, a seguir os participantes são convidados a evocá-las em qualquer ordem, verifica-se uma tendência robusta para as primeiras e as últimas palavras da lista serem as melhores recordadas. A estes efeitos chama-se respectivamente efeitos de:
 1) de primazia e de recência. 
 2) de recência e resiliência. 
 3) de resiliência e de evocação. 
 4) de evocação e de recência.

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