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Pensamento e linguagem
Segundo Chomsky, linguagem é a propriedade da espécie humana que não tem nada de análogo no restante do reino animal: uso de signos linguísticos para a livre expressão do pensamento distingue o homem dos animais e das máquinas. É a propriedade responsável por termos história, cultura e diversidade.
A faculdade de linguagem é considerada "um órgão da mente" (the language organ) tal como o sistema visual, o aparelho digestivo, o sistema imunológico ou qualquer outro órgão, decorrente portanto, de uma dotação genética específica e exclusiva da espécie humana. Como todos os demais órgãos, é um sistema internamente complexo, com subsistemas internos distintos (fonologia, sintaxe, semântica, pragmática, etc.).
O estado inicial da faculdade de linguagem - Language Acquisition Device (LAD) é compartilhado por toda a espécie humana.
A criança, inatamente dotada do Mecanismo de Aquisição de Linguagem, exposta à língua que é falada ao seu redor, utiliza o LAD para interpretar os dados linguísticos aos quais é exposta.
A teoria sobre o conhecimento internalizado de uma língua se chama  gramática da língua.
Dizemos que a gramática de uma língua gera as expressões possíveis na língua, e daí provêem o termo gramática gerativa. O número de arranjos de unidades possíveis como sentenças, em qualquer língua, é infinito.
Cada expressão gerada pela gramática tem som e significado. Cada uma contém instruções sobre como efetuar a pronúncia e a interpretação conceitual. Os subsistemas que servem para saber como pronunciar e como compreender se chamam sistemas de desempenho (performance). 
A guinada fundamental dada por Chomsky nos anos 50 aos estudos de linguagem, coincidentemente com a chamada “revolução cognitiva”, mudou a visão de língua de “objeto externo à mente” para “objeto interno à mente”, uma abordagem mentalista, que se propõe a estudar um objeto real no mundo, o cérebro, em seus estados e funções. Convergência entre estudo da mente e ciências biológicas.
Atenção e desempenho
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) repercute na vida da criança e do adolescente levando a prejuízos em múltiplas áreas, como a adaptação ao ambiente acadêmico, relações interpessoais e desempenho escolar. Estes são denominados sintomas não-cardinais do TDAH, ou seja, embora não imprescindíveis para o diagnóstico, frequentemente, fazem parte das queixas do portador.
As repercussões do mau desempenho escolar (MDE) na vida do aluno com TDAH, como necessidade de turmas especiais de apoio, sofrimento pessoal e familiar, bem como a influência na vida adulta, justificam o investimento no diagnóstico e manejo precoces do problema.
O trabalho de Pastura procura revisar os dados da literatura a respeito da relação entre desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), com o objetivo de fornecer informações aos profissionais da área de saúde e noções atualizadas.
Os dados da literatura demonstram que o TDAH, principalmente o tipo desatento está relacionado a mau desempenho escolar. Segundo a conclusão do autor, crianças com TDAH estão sob risco de mau desempenho escolar e devem receber cuidados especiais.
Galvão estuda a relação entre cognição e música, objetivando lançar novas perspectivas para uma ideia a muito tempo presente na pesquisa psicológica, de que a atividade musical tem importantes consequências para o desenvolvimento emocional e cognitivo da pessoa.
Estas novas perspectivas, no entanto, não são sempre positivas, já que processos de aprendizagem musical, da forma como são tradicionalmente desenvolvidos, podem também levar à frustração e ao adoecimento tanto físico como psíquico.
Os temas apresentados anteriormente, têm como foco a aprendizagem expert de instrumentos musicais da tradição clássica como uma aprendizagem permanente. Isto envolve o desenvolvimento e refinamento constante de habilidades metacognitivas e autorreguladoras, bem como uma capacidade para superar obstáculos emocionais oriundos do tipo de investimento necessário ao alcance e manutenção da expertise musical. 
O estudo de um instrumento musical parece envolver, entre outras dimensões, um plano cognitivo e uma prática física para sustentá-lo e promovê-lo. Um processo de aprendizagem deste tipo é um típico exemplo da resolução de problemas em nível expert.
Músicos aplicam diferentes estratégias para resolver problemas, criam representações elaboradas e desenvolvem suas habilidades por meio de estudo intenso e prolongado. Seus processos de memorização estão em acordo com a teoria dos níveis de processamento. Procedimentos de agrupamento estão na base da aprendizagem e são subjacentes a resultados de estudo. No estudo deliberado de um instrumento musical, há a preocupação com a criação de uma regra procedimental capaz de permitir a execução de uma passagem do começo ao fim como uma unidade. Isto é atingido gradualmente a partir da resolução de problemas específicos, que intermediam a unificação da passagem. No estudo deliberado de um instrumento musical, há a preocupação com a criação de uma regra procedimental capaz de permitir a execução de uma passagem do começo ao fim como uma unidade. Isto é atingido gradualmente a partir da resolução de problemas específicos, que intermediam a unificação da passagem. Segundo o autor há uma memória de produção que seria responsável pela automatização de movimentos. Conhecimento, que é inicialmente declarativo, torna-se procedimental por meio de um processo de procedimentalização que envolve uma redução em verbalização na medida em que a automatização aumenta.
A escolha de estratégias de estudo parece influenciada por significados particulares que peças têm para músicos. Estes são até certo ponto cognitivos, mas parecem interagir com repostas intuitivas sobre o que sabemos muito pouco. 
Isto implica investigar o conhecimento em um outro nível cuja natureza pode ser mais afetiva do que cognitiva. Devido às suas demandas físicas, afetivas e cognitivas, a aprendizagem da música instrumental talvez seja uma das mais complexas aventuras humanas, o que certamente tem implicações para o desenvolvimento cognitivo, cujos limites ainda não somos capazes de apontar.
Linguagem É a propriedade da espécie humana que não tem nada de análogo no restante do reino animal. É a propriedade responsável por termos história, cultura e diversidade.
Registro de Participação
1. Em seu trabalho denominado Novos horizontes no estudo da linguagem, Chomsky mostra que esta área de estudos é um dos ramos mais antigos de investigação sistemática, com marcos que podem ser rastreados na antiguidade clássica da Índia e da Grécia. Entretanto, uma visão nova nestes estudos tomaram forma apenas há cerca de:
 1) 4 anos. 
 2) 10 anos. 
 3) 14 anos. 
 4) 40 anos. 
2. As propriedades básicas das línguas são invariavelmente pressupostas, passam sem reconhecimento e não vêm expressas. Fazer isso é perfeitamente apropriado se o objetivo é ajudar pessoas a apreender uma segunda língua, a descobrir qual é o sentido convencionado e a pronúncia de palavras, ou a ter uma ideia geral de como diferem as línguas. Porém se nossa meta é compreender a faculdade de linguagem e os estados que ela assume, não podemos pressupor tacitamente "a inteligência do leitor". Segundo Chomsky, o estudo da aquisição de língua leva à mesma conclusão. Um olhar cuidadoso sobre a interpretação de expressões revela que:
 1) desde os primeiros estágios a criança sabe muito mais do que lhe foi fornecido pela experiência. 
 2) a criança aprende somente pela experiência e em contato com outras crianças de idade superior. 
 3) a criança aprende somente pela experiência e em contato com adultos. 
 4) a criança aprende com a experiência desde que os pais estimulem desde os primeiros momentos de vida. 
 
3. O trabalho de Pastura, Mattos e Araújo procura revisar os dados da literatura a respeito da relação entre desempenho escolar e transtornodo déficit de atenção e hiperatividade – TDAH. No ponto de vista dos autores o desempenho escolar depende de diferentes fatores:
 1) características da escola, da família e do próprio indivíduo. 
 2) características da escola, da família e da sociedade. 
 3) características da sociedade, da família e do próprio indivíduo. 
 4) características da escola, da sociedade e do próprio indivíduo. 
4. No mesmo trabalho, Pastura, Mattos e Araújo mostram o estudo de Stewart et al e McGee et al que defende a ideia de que, dentre os transtornos externalizantes da infância, somente o TDAH estava relacionado a MDE. Os demais, transtorno opositivo-desafiador e transtorno de conduta, relacionam-se a MDE apenas quando em comorbidade com o TDAH. Reforçando este ponto de vista, Rapport et al. estudaram 325 estudantes, entre 9 e 16 anos, e observaram que a presença de TDAH:
 1) não é um preditor de fracasso escolar futuro, mas tem relação com delinquência juvenil, exceto se associado a transtorno de conduta. 
 2) não é um preditor de fracasso escolar futuro, exceto se associado a dislexia, mas tem relação com delinquência juvenil. 
 3) é um preditor de fracasso escolar futuro, mas não tem relação com delinquência juvenil, exceto se associado a transtorno de conduta. 
 4) é um preditor de fracasso escolar futuro, e tem relação com delinquência juvenil em qualquer circunstância. 
 
5. O texto de Galvão focaliza aspectos cognitivos e emocionais que emergem no contexto da performance musical expert. São muitas as dimensões cognitivas relacionadas à atividade musical. Como meio de provocar uma reflexão sobre o complexo uso do sistema cognitivo na performance musical, o autor explorou quatro delas:
 1) pensamento, auto regulação, memória e ansiedade. 
 2) estudo deliberado, auto regulação, memória e ansiedade. 
 3) estudo deliberado, auto regulação, pensamento e ansiedade. 
 4) estudo deliberado, auto regulação, memória e pensamento.

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