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Métodos de Caracterização de Catalisadores Introdução a Catálise - 2013 DRX Difração de Raios-X (DRX) DRX Para observar o fenômeno de interferência, a distância entre as fendas não pode ser muito maior que o comprimento de onda incidente. (ordem de grandeza próxima) Simplificadamente, a difração é um efeito que se explica pelas propriedades ondulatórias da luz. Assim, difração é uma interferência entre várias ondas SOUZA, A. A.; BITTENCOURT, M. A. A contribuição da difração dos raios-x para configuração molecular. Ensino e Pesquisa, v.1, n.5, p. 122-132, 2008. DRX Para difratar raios‐X, os materiais devem possuir uma estrutura ordenada ou que se repete (Estrutura Cristalina). Como os raios-X têm comprimento de onda comparável com a distância entre os planos dos cristais, possibilita a ocorrência da difração desses raios. Materiais cristalinos (rede cristalina) d = 5 – 15 Å Raios X λ ≈ 1 Å DRX • A difração de raios X ocorre segundo a Lei de Bragg, a qual estabelece a relação entre o ângulo de difração e a distância entre os planos que a originaram (característicos para cada fase cristalina) n = 2 d sen() )cos( K Dhkl Disponível em: www.eq.ufrj.br/docentes/donato_web/arquivos • Relaciona a largura a meia altura do pico de difração e o tamanho da partícula. • Raios-X para fins experimentais: DRX • A técnica de difração de raios-X mais freqüentemente usada é o método dos pós. • Nesta técnica, usa-se a amostra em pó, para que exista uma orientação aleatória de muitos cristais, assegurando assim que algumas das partículas estejam orientadas, em relação ao feixe de raios-X. DRX Disponível em: http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap5.pdf DRX Disponível em: http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap5.pdf DRX Philips X-Pert Pro, gerador de raios-x Shimadzu DRX Distâncias interplanares / Densidade de átomos Características específicas e únicas de cada substância cristalina Padrão de Difratométrico Específico DRX • ZSM-12 é uma zeólita da família pentasil, um tipo de zeólita sintética desenvolvida pela Móbil Company. • Essa classe foi a primeira a apresentar estruturas com anéis de cinco tetraedros com unidade básica de formação de suas redes cristalinas. • Potencial aplicação em processos da indústria do petróleo DRX DRX Comparação dos dados com a ficha padrão para esse tipo de material As duas reflexões observadas a 2θ = 7,55º e 2 θ = 8,95º são indicativos da zeólita ZSM-12. Contudo, entre os ângulos 12° e 22,5°, constata-se a presença de picos não característicos da ZSM-12, mas sim da ZSM-5. Conclusão: o método sintético aplicado foi satisfatório para a produção da zeólita desejada. Porém, não na forma pura. Para isso, os autores sugerem otimizar as condições de síntese, bem como as fontes de Si e Al. Fisissorção de N2 / Ar Fisissorção de N2 / Ar Fisissorção de N2 / Ar Fisissorção Quimissorção Causada por forças de Van der Waals Forças eletrostáticas e covalentes Calor de adsorção: 2-6 kcal/mol Calor de adsorção: 10-200 kcal/mol Geral para qualquer espécie Específico e seletivo Lenta ou rápida; reversível Instantânea: reversível a ↑ T A camada adsorvida pode ser removida por aplicação de vácuo à temperatura de adsorção A camada adsorvida só é removida por aplicação de vácuo e aquecimento a temperatura acima da de adsorção TEIXEIRA, V. G.; COUTINHO, F. M. B.; GOMES, A. S. Principais métodos de Caracterização da Porosidade de Resinas à Base de DivinilBenzeno. Química Nova, v. 24, n.6, 808-818, 2001. Fisissorção de N2 / Ar Adsorbato Adsorvente Química Física Ar Kr N≡N IUPAC, 77K (-193°C) Monoesferas, raio pequeno Fisissorção de N2 / Ar • Outros tipos de adsorbatos possíveis KANEKO, K. Determination of Pore Size and pore size distribuction: 1. Adsorbents and catalysts. Journal of Membrane Science, v. 96, p. 59-89, 1994. Fisissorção de N2 / Ar Disponível em: http://www.quantachrome.com/pdf_brochures/07122_S.pdf Fisissorção de N2 / Ar 1 • Verificação do equipamento 2 • Retirada de impurezas da superfície • Desgaseificação a altas temperaturas 3 • Sistema de refrigeração • N2 líquido – 77K 4 • Adsorção do gás na amostra • Dessorção do gás na amostra Fisissorção de N2 / Ar • Isotermas de adsorção / dessorção Fisissorção de N2 / Ar MCM-41 Zeólita 13X Fisissorção de N2 / Ar nm 50 2,0 0,6 Mesoporosos Microporosos Macroporosos Ultra-microporosos Å 500 20 6 Fisissorção de N2 / Ar Poros tubulares Abertos/ramificados “boca de garrafa” Sílica-gel Catalisadores de craqueamento Capilares com abertura estreita Interstício entre placas Metais óxidos cristalinos Carbonos microporosos com mesoporos Fisissorção de N2 / Ar p/p0 Multicamadas Equação BET Monocamada Langmuir V o lu m e d e gá s ad so rv id o Vm Fisissorção de N2 / Ar y = a + b (x) y x Equação de Brauner-Emmett-Teller (BET), 1938 Fisissorção de N2 / Ar • Sg = área superficial específica (m2 / g) • σ = área de cobertura de uma molécula (m2/molécula) • Ma = massa da amostra em gramas (g) • n = (6,02 x 1023 / 22,4) moléculas/cm 3 N2 = 16,2 x 10 -20 m2 Área superficial específica (m²/g) Adsorvente Área superficial específica (m²/g) Zeólita-H para processos de craqueamento 1000 Carvao ativado 200-2000 Sílica-gel 200-700 Aluminossilicatos 200-500 Al2O3 50-350 Ni/Al2O3 (hidrogenação catalítica) 250 Fe-Al2O3-K2O (NH3) 10 V2O5 (oxidações parciais) 1 Metais nobres/suporte 0-10 Fios de Pt (oxidação do NH3) 0,01 Fisissorção de N2 / Ar HAGEN, J. Industrial Catalysis: a practical approach. 2nd ed, Weinheim: Willey-VCH, 2006, 507p. • Emprego de líquido inerte • Método Hg-He Fisissorção de N2 / Ar Volume de poro (Vg) Amostra Liquido inerte Resfriamento Líquido decantado Secagem Pesagem Vb He Hg Vg = Vt – Vm • Com nitrogênio Volume específico de poro (mL/g) Condensação capilar Fisissorção de N2 / Ar Volume de poro (Vg) Ocorre condensação Volume de gás nesta razão é recalculado para o volume de nitrogênio líquido condensado dentro dos poros = volume do poro • Equação de Kelvin • V = volume molar do adsorbato (gás) • σ = tensão superficial do líquido • rm = raio de curvatura do menisco do líquido • θ = ângulo de contato entre o sólido e a fase condensada Fisissorção de N2 / Ar Distribuição de volumes de poro e diâmetro de poro Base para muitos métodos • Método BJH (Barrett, Joyner, Holenda), 1951. Fisissorção de N2 / Ar Distribuição de volumes de poro Esvaziamento progressivo dos poros Queda na pressão GARCIA, I. T. S. et al. Obtenção e Caracterização de Carbono Ativado a partir de Resíduos Provenientes de Bandas de Rodagem. Polímeros – Ciência e Tecnologia, v. 17, n. 4, p. 329-333, 2007. • Espessura de camada: Equação Harkins-Jura Fisissorção de N2 / Ar Espessurae diâmetro de poro Raio de poro TEIXEIRA, V. G.; COUTINHO, F. M. B.; GOMES, A. S. Principais métodos de Caracterização da Porosidade de Resinas à Base de DivinilBenzeno. Química Nova, v. 24, n.6, 808-818, 2001. • Aplicações • Outros métodos Fisissorção de N2 / Ar Propriedade MCM-41 Al-MCM-41 Área específica (m²/g) 1087 1304 Diâmetro de poro (nm) 3,208 3,214 Volume de poro (cm³/g) 0,255 0,311 Espessura (nm) 1,738 1,533 Porosimetria por mercúrio Gravimetria Dinâmico (HPLC) DA SILVA, M. L. P. Síntese e caracterização de peneiras moleculares mesoporosas do tipo MCM-41 e Al- MCM-41 a partir de fontes alternativas de sílica e de alumínio. Dissertação de Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais, Natal (RN), 2009. MEV Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) MEV • O que pode informar? - Composição; - Topografia; - Potencial eletrostático; - Campo magnético local; - E outras propriedades da amostra. MALISKA, A. M. Apostila [online] de Microscopia Eletrônica de Varredura (UFSC) www.youtube.com/watch?v=WMqv60_uxtE Microscopia eletrônica de varredura : aplicações e preparação de amostras : materiais poliméricos, metálicos e semicondutores [recurso eletrônico] / Berenice Anina Dedavid, Carmem Isse Gomes, Giovanna Machado. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2007. MEV • Como funciona? Zoom: 120, 180, 450, 1500, 2700 vezes Capta e medi diversas radiações provenientes das interações elétron-amostra Aumento máximo entre: MO - microscópio ótico MET - Microscópio Eletrônico de Transmissão Vantagens frente as outras técnicas: MO – Alta resolução MET – Preparo da amostra www.youtube.com/watch?v=qZcQw_nMQvI MEV • Componentes www.biomaterial.com.br/capitulo7part01.pdf www.degeo.ufop.br/laboratorios/microlab/mev.htm MEV • Componentes Câmera do canhão – Função: Produção dos elétrons e a sua aceleração para o interior da coluna - Fonte de elétrons, cilindro de Wehnelt e anodo www.biomaterial.com.br/capitulo7part01.pdf www.youtube.com/watch?v=554_r0tJYCo MEV • Componentes Lentes – Função: Reduzir e melhorar o diâmetro do feixe primário (ponto de entrecruzamento) -> Condensadoras : Acertar o alvo e diminuir a imagem do ponto de entrecruzamento -> Objetiva : Reduzir aberrações esféricas (distância focal) I B Resolução • Varredura do feixe de elétrons Um par de bobinas eletromagnéticas dentro da objetiva é responsável pela mudança de direção do feixe, na direção x e y. O aumento da imagem pode variar, somente variando a área varrida. O aumento da imagem (Zoom) é proporcional a região varrida e a deflexão do feixe. (Maior o aumento, menor a região varrida e menor a deflexão) . • Variações no diâmetro (as correntes nas lentes condensadoras, o material da amostra e a voltagem aplicada) Grande: uma sobreposição das linhas varridas e o resultado é uma imagem fora de foco. Pequeno: Redução do nº de elétrons no feixe e que irão interagir com a amostra. (precisando ser amplificado, ocasionando aumento de ruído eletrônico); MEV MEV Formação, processamento e interpretação da imagem • Interações elétrons-amostra MEV Elétrons retroespalhados Elétrons secundários O elétron do feixe eletrônico ao atingir a superfície da amostra irá interagir com os átomos da amostra. Na presença do potencial atômico e nuclear da amostra o elétron sofrerá uma variação em sua velocidade (direção/módulo). MEV • Interações elétrons-amostra Elásticas – Mudança na trajetória, sem variação da energia cinética. (elétron – núcleo) Inelásticas – (Espalhamento) – Transferência de energia entre os elétrons do feixe para os átomos da amostra (elétron – elétron). – Responsável pela redução de velocidade. - Excitados – pouco energéticos - Liberados – próximos a superfície com energia suficiente para ultrapassar a barreira superficial • Interações elétrons-amostra – Profundidade de penetração Composição do material A energia inicial do feixe de elétrons primários A forma do volume de interação – estrutura interna do material – Material com estrutura cristalina – passagem dos elétrons por canais preferenciais. (Se a direção destes canais for a mesma dos elétrons primários, haverá um aumento na profundidade de penetração). MEV Elétrons retroespalhados Elétrons secundários • Origem dos sinais MEV Elétrons secundários (ES), produção através da ionização, com uma energia média de 2 a 5 eV. Elétrons retroespalhados (ERE), formados através de uma única colisão. Elétrons Auger, provém de uma das maneiras do átomo perder o excesso de energia, transferência para um elétron de outra camada. Energia característica do material, máxima 2keV. • Origem dos sinais MEV Raio X Característicos, outra maneira que o átomo utiliza para liberar o excesso de energia. (salto de camadas) – produzidos em qualquer região – Energia suficiente para remoção de e- de uma camada interna de outro átomo. Fluorescentes – Captura do raio X e emissão de outro raio x normalmente de menor energia. Contínuos – radiação de desaceleração do e- através da colisão entre e- - núcleo, resultado da emissão de raios X Elétrons retroespalhados Elétrons secundários Luminescência catódica, liberação da energia através de fótons, forma de LUZ – Depende da estrutura e concentração de dopantes. MEV Imagem por elétrons • Imagem por elétrons MEV Desequilíbrio do fluxo de elétrons Os elétrons secundários e retroespalhados estão relacionados com primários, porém a soma daqueles pode ter uma diferença com o número deste, havendo a necessidade de uma corrente de compensação (Corrente de amostra iCA). iCA -> 0 Fluxo de cargas Acúmulo de cargas com efeito negativo sobre a imagem da amostra. Deposição de um metal sobre a superfície da amostra. MEV • Imagem por elétrons Secundários Definidos somente com base na sua energia cinética. Emitidos da amostra com energia inferior a 50 eV. MEV • Imagem por elétrons Produndidade : 1 nm – metais 10 nm – materiais isolantes Secundários Relação : O coeficiente de emissão dos ES Composição da amostra Energia dos Ep MEV • Imagem por elétrons Secundários MEV • Imagem por elétrons Cintilador Tubo de luz Fotomultiplicadora o Isolado elétricamente o Grade com potencial DETECTOR DE ES -> Cascata de elétrons -> Sinal amplificado até 108 vezes (pouco ruído) MEV • Imagem por elétrons Cintilador Tubo de luz Fotomultiplicadora o Isolado elétricamente o Grade com potencial DETECTOR DE ES -> Variação de polarização -> Máx. +300 eV (ES) -> - 200 V (ERE) Imagem de baixo contraste -> Sinal fraco. MEV • Imagem por elétrons Mecanismo por contraste de voltagem Regiões na amostra com diferentes potenciais Positivo -> Redução na força de atração -> Imagem mais escura que regiões com potencial zero Negativo -> Atração pelo potencial da grade -> Imagem mais clara Regiões não condutoras -> acúmulo de cargas negativas Problema: Carregamento de cargas na amostra -> Alteração na imagem Prevenção: Deposito de uma fina camada de material condutor (Au, Pd, C) DETECTOR DE ES MEV • Imagem por elétrons Retroespalhados São emitidos com energia acima de 50eV até próximos aos Ep (sinal). Os de alta energia, não possuem muitas informações de profundidade. MEV • Imagem por elétrons Detector de cintilador Um tela fluorescente, um tubo de luz e uma fotomultiplicadora. Detector de estado sólido Uma junção P-N que fica entre a lente final e a amostra, portanto na posição da trajetória dos ERE para aumentar a eficiência da coleta DETECTORES DE ERE MEV • Imagem por elétrons Relação : Coeficiente de emissão dos ERE Composição da amostra Retroespalhados Diferentes composição Topografia Ângulo de incidência do feixe de elétrons primários com a superfície da amostra. Número atômico Volume de interação Resolução MEV • Imagem por elétrons Retroespalhados • Origem dos sinais MEV Raio X Característicos, outra maneira que o átomo utiliza para liberar o excesso de energia. (salto de camadas) – produzidos em qualquer região – Energia suficiente para remoção de e- de uma camada interna de outro átomo. Fluorescentes – Captura do raio X e emissão de outro raio x normalmente de menor energia. Contínuos – radiação de desaceleração do e- através da colisão entre e- - núcleo, resultado da emissão de raios X Elétrons retroespalhados Elétrons secundários Luminescência catódica, liberação da energia através de fótons, forma de LUZ – Depende da estrutura e concentração de dopantes. MEV • Microanálise Composição de regiões com até 1 μm de diâmetro. Técnica não destrutiva Determina de 1 até 2% dos elementos na amostra. Detecção Energia (EDS) Comprimento de onda (WDS) (QUALI) (QUANTI) Vantagem: Rapidez Desvantagem: Menor resolução Resultados quantitativos precisos MEV • Microanálise • Sinais e informações do espectro Elétrons retroespalhados Elétrons secundários Radiação Contínua - Raios X contínuos - Informação: a intensidade do background Radiação Característica Intensidade = Z/i ep MEV • Microanálise • Sinais e informações do espectro Radiação Característica - Elétrons Auger e Raios X característicos. Elétrons retroespalhados Elétrons secundários Diferença de sinal está na profundidade Elétrons podem sofrer espalhamento inelástico, informações mais superficiais MEV • Microanálise Energia (EDS) - detecta os raios-X e converter sua energia em cargas elétricas Ordem de energia (Baixo Z -> Elevado Z) DETECTOR E INFORMAÇÕES DO ESPECTRO MEV SILVA, R. A.; VIANA, M. M.; MOHALLEM, N. D. S. Caracterização textural, morfológica e estrutural de catalisadores automotivos novos e usados. Cerâmica, v.55, p. 170-176, 2009. • Aplicações da técnicas Caracterização textural, morfológica e estrutural de catalisadores automotivos novos e usados • São formados por metais : platina, paládio, ródio e molibdênio, suportados em filme de alumina depositados em cordierita (material cerâmico poroso). MEV • Aplicações da técnicas Caracterização textural, morfológica e estrutural de catalisadores automotivos novos e usados Imagem de um catalisador novo obtida por elétrons retroespalhados. É possível observar a textura porosa do filme de alumina MEV • Aplicações da técnicas Caracterização textural, morfológica e estrutural de catalisadores automotivos novos e usados 1 - cordierita; 2 - impureza da cordierita; 3- filme de alumina; 4 – metais e óxidos ativos MEV • Aplicações da técnicas Caracterização textural, morfológica e estrutural de catalisadores automotivos novos e usados Micrografia MEV de um catalisador usado, evidenciando a obstrução das estruturas das colméias MEV RODRIGUES, C. P. Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto. Tese de Doutorado, UFRJ, Rio de Janeiro: 2009. • Aplicações da técnicas Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto • Estudo da oxidação parcial do etanol, utilizando uma estrutura cerâmica, que foi recoberta pelos sistemas CuO/γ-Al2O3 e Co3O4/γ-Al2O3. Objetivo : obter informações sobre a deposição das partículas do suporte óxido e da fase ativa sobre a superfície do monolito de corderita. MEV • Aplicações da técnicas Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto γ-Al2O3 MEV • Aplicações da técnicas Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto γ-Al2O3 MEV • Aplicações da técnicas Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto n CuO/γ-Al2O3 x200 1k MEV • Aplicações da técnicas Oxidação parcial do etanol em monolito com catalisadores de cobre e cobalto CuO/γ-Al2O3 MET Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) MET Histórico O conhecimento detalhado da microestrutura dos materiais permite o entendimento e, em muitos casos, até a previsão das propriedades e do comportamento dos mesmos. Esse conhecimento sempre dependeu da disponibilidade e do aperfeiçoamento de técnicas experimentais. Em 1932, na Alemanha, Knoll e Ruska foram os primeiros pesquisadores a desenvolverem o primeiro microscópio eletrônico, com base no experimento de Bush (1926) que provou que era possível focalizar um feixe de elétrons utilizando uma lente eletromagnética circular. Em 1939, na Alemanha, a Siemens Corporation construiu o primeiro modelo comercial do MET . A primeira aplicação da microscopia eletrônica de transmissão no estudo dos materiais foi a observação de defeitos cristalinos não observáveis por microscopia óptica ou por microscopia eletrônica de varredura, tais como discordâncias e defeitos de empilhamento. PADILHA, A. F. Apostila [online] de Microscopia Eletrônica de Transmissão. MET O Microscópio Eletrônico de Transmissão Tal equipamento consiste de um feixe de elétrons e um conjunto de lentes eletromagnéticas, que controlam o feixe, encerrados em uma coluna evacuada com uma pressão cerca de 10-5 mm Hg. A figura abaixo mostra um exemplo de um modelo de MET. Microscópio eletrônico de transmissão modelo EM 208S da Philips MET O Microscópio Eletrônico de Transmissão Aspectos técnicos gerais • A parte mais importante do equipamento é a coluna. • É na coluna que o feixe de elétrons é gerado pelo canhão eletrônico, dirigido para atravessar a amostra e depois ampliado para formar a imagem pelas lentes eletromagnéticas. • Todo o instrumento opera em alto vácuo, ~ 10-7 Torr (1,3 x 10-5 Pa). • Completa o equipamento um gerador de alta voltagem e os sistemas de controle de corrente das diversas lentes eletromagnéticas. MET Breve descrição do equipamento Microscópio Eletrônico de Transmissão esquemático.MET Princípios de funcionamento • O MET possui sistemas de iluminação e vácuo que produzem feixes de elétrons de alta energia (energia cinética), que ao incidir sobre uma amostra de tecido ultrafina (na espessura de nanômetro), fornece imagens planas, imensamente ampliadas, possuindo a capacidade de aumento útil de até um milhão de vezes. • O sistema de vácuo remove o ar e outras moléculas de gás da coluna do microscópio, evitando assim que ocorra erosão do filamento, o que favorece a formação de uma imagem com excelente qualidade e contraste. • A imagem é projetada em um anteparo fluorescente, que poderá ser redirecionada para uma chapa fotográfica para registro, ou então a imagem pode ser captada para um sistema computadorizado de captação de imagens. TOSIN, G. Apostila [online] de Microscopia Eletrônica de Transmissão (Unicamp, 2000). MET Características observadas no funcionamento • Geração de elétrons Dois são os processos empregados usualmente para a geração de elétrons: fonte termo iônica e fonte de emissão por efeito de campo. Por serem de menor custo e de maior estabilidade, as fontes termo iônicas são as mais utilizadas em MET. MET Características observadas no funcionamento • Fontes termo iônicas Uma alta tensão é aplicada entre o filamento e o ânodo, e trabalhada pelo Wehnelt (lente eletrostática). Este atua focalizando elétrons em um “crossover” com diâmetro d0 e um ângulo de convergência/divergência α0 . Esta diferença de potencial entre o filamento e o ânodo é o que define a energia do feixe de elétrons que incidirá sobre a amostra. Diagrama esquemático de uma fonte termo iônica MET Características observadas no funcionamento • Arranjos de lentes em um MET As lentes controlam todas as funções operacionais básicas do instrumento. O conjunto de lentes localizado antes da amostra tem por função iluminá-la com um feixe de elétrons paralelos (ou quase paralelos). O conjunto de lentes posterior à amostra captura a imagem e a aumenta. MET A formação de imagens no MET • Em MET a imagem observada é a projeção de uma determinada espessura do material, podendo haver assim então uma diferença com relação ao observado numa superfície. • Nesta figura observa-se a projeção de uma lâmina fina conforme observada no MET. Observa-se que ocorre uma projeção das linhas, áreas e volumes de interesse, podendo ocorrer superposição. MET A formação de imagens no MET • Espalhamento e difração As primeiras amostras analisadas em MET eram amorfas em sua estrutura, isso porque os processos para sua preparação eram limitados, assim as imagens formadas baseavam-se na teoria de espalhamento clássico (Rutherford): A teoria indica que uma amostra é composta por partículas (centros de espalhamento) mais densas que o feixe de elétrons, logo na posição destas partículas ocorrem os maiores espalhamentos. Se após a amostra iluminada, houver um anteparo no qual seja projetado o feixe que a atravessa, a imagem formada será um “contraste” de regiões claras e escuras, onde as regiões claras são aquelas onde utiliza-se os elétrons transmitidos para se fazer a imagem e nas regiões escuras utiliza-se os elétrons difratados. Em MET este contraste tem diversas origens, tais como diferença de espessura, diferença de densidade, difração entre outros. MET A formação de imagens no MET • Espalhamento e difração A difração de elétrons é o mais importante fenômeno de espalhamento em MET. Usualmente é utilizada a lei de Bragg para descrever a difração e refere-se a seguinte equação: n = 2 d sen B Ela foi derivada pelos físicos ingleses Sir W.H. Bragg e seu filho Sir W.L. Bragg, em 1913, para explicar porque as faces clivadas de cristais refletem feixes de raios-X a certos ângulos de incidência (teta, ). A variável d é a distância entre camadas atômicas em um cristal, a variável lambda é o comprimento de onda do feixe de raios-X incidente e o n é um inteiro. O ângulo B é denominado ângulo de Bragg e é o mais importante ângulo de espalhamento em MET, pois através dele é possível extrair as informações cristalográficas. MET A formação de imagens no MET • Espalhamento e difração Através da posição dos padrões de difração é possível determinar o tamanho e a forma da célula unitária, bem como o espaçamento entre os planos cristalinos. Figura que representa a difração de elétrons do ferro alfa, comas manchas ou pontos ("spots") já indexadas (spots já identificados e analisados). MET A formação de imagens no MET • Considerando sólidos amorfos e sólidos cristalinos, observa-se na figura abaixo a interação do feixe de elétrons incidentes: Amostra amorfa (ocorrência de espalhamento) Amostra Cristalina (ocorrência de difração) • Como observado no sólido amorfo ocorre espalhamento dos elétrons, o qual é causado pela interação do elétron incidente com o núcleo dos átomos da amostra. Quanto mais espessa a amostra, mais denso o material e quanto maior o número atômico, maior será a intensidade do espalhamento, logo teremos imagens com melhor contraste. MET A formação de imagens no MET Nesta figura observa-se a origem do contraste em sólidos amorfos com variação de densidade. A região B é mais densa que a região A. Assim tal região espalha mais intensamente os elétrons, e estes serão, em maior número retidos pela abertura do que aqueles da região A. MET A formação de imagens no MET • Nos sólidos cristalinos a transparência a elétrons depende das condições de difração. Quando um feixe de elétrons passa por uma lâmina de material cristalino, somente aqueles planos quase paralelos ao feixe incidente contribuem para a figura de difração. Formação de imagem de material cristalino em MET. MET Preparação de amostras em MET Existem diversas maneiras de preparar as amostras e o método escolhido depende do tipo de material e da informação que se deseja obter. A única regra geral que existe entre os processos, com algumas exceções, é que, quanto mais fina a amostra, melhor. Nesta tabela observa-se os valores de espessura máxima transmissível a elétrons acelerados com uma tensão de 100 kV para os elementos acima. MET Comparativo de tipos de microscopia Esta tabela mostra algumas características dos principais tipos de microscopia. MET Exemplos de imagens Diatomácea Célula Nervosa Difração de ouro GALLETI , Silvia. Introdução a Microscopia Eletrônica. Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.33-35, 2003 MET Exemplo de Caracterização de catalisadores usando MET MET Exemplo de Caracterização de catalisadores usando MET Temos como exemplo este trabalho que mostra a caracterização física e eletroquímica mediante DRX (Difratometria de raios X), MET, VC (Voltametria Cíclica) e CP (Curvas de polarização) dos catalisadores de Pt/C preparados por diferentes métodos. Foi feita a caracterização física dos catalisadores de Pt/C por MET, com objetivo de avaliar a morfologia da superfíciedos materiais, determinar o diâmetro médio e estimar a distribuição do tamanho das partículas de Pt sobre o suporte do carbono. Os resultados obtidos no trabalho em questão, mostraram que a atividade catalítica está relacionada com a morfologia e o diâmetro médio das partículas de Pt sobre este suporte. MET Exemplo de Caracterização de catalisadores usando MET • Micrografias obtidas através de MET neste trabalho As micrografias obtidas mostram que os catalisadores de Pt/C preparados pelos MAF (método do ácido fórmico) e MW (método watanabe) apresentam distribuição uniforme e homogênea em quase todas as regiões analisadas, como indica a Figura ao lado. Já os materiais preparados pelo MS (método Shukla) mostram regiões com poucas partículas de Pt sobre o suporte de carbono. * Como padrão de comparação foi utilizado o catalisador Pt/C comercial (E-TEK) MET Exemplo de Caracterização de catalisadores usando MET • Micrografias obtidas através de MET neste trabalho Os materiais preparados pelo MB (método borohidreto) apresentam algumas regiões com partículas de Pt no suporte de carbono, como é ilustrado na Figura ao lado (MB I), e outras com excesso de partículas (MB II). Verificou-se que o MB é o método que apresentou uma distribuição do tamanho das partículas mais próxima do material comercial E- TEK (Valores entre 2 e 3 nm de diâmetro). MET Comparativo entre MET e MEV O MEV produz imagens de alta resolução da superfície de uma amostra. Enquanto que o MET fornece imagens planas, imensamente ampliadas, possuindo capacidade de aumento útil de até um milhão. Referências Bibliográficas • SOUZA, A. A.; BITTENCOURT, M. A. A contribuição da difração dos raios-x para configuração molecular. Ensino e Pesquisa, v.1, n.5, p. 122-132, 2008. Disponível em: http://www.ieps.org.br/adrianax.pdf. Acesso em: 01/03/2013 • Disponível em: www.eq.ufrj.br/docentes/donato_web/arquivos. Acesso em: 01/03/2013. • Disponível em: http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap5.pdf. Acesso em: 01/03/2013. • MORAES, M. R. F. S. et al, Síntese e caracterização de catalisadores zeolíticos do tipo ZSM-12 utilizando diferentes fontes de alumínio. Scientia Plena. v.6; n.12; 2010. • TEIXEIRA, V. G.; COUTINHO, F. M. B.; GOMES, A. S. Principais métodos de Caracterização da Porosidade de Resinas à Base de DivinilBenzeno. Química Nova, v. 24, n.6, 808-818, 2001. • ROTHEMBERG, G. Catalysis: concepts and green applications. Weinheim: Willey-VCH, 2008, 279p • R KANEKO, K. Determination of Pore Size and pore size distribuction: 1. Adsorbents and catalysts. 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