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DETERMINAÇÃO DE CLORO ATIVO EM ALVEJANTE

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Universidade Federal de São João Del-Rei 
Campus Alto Paraopeba 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DE CLORO ATIVO EM ALVEJANTE 
 
 
 
Relatório apresentado como parte das exigências 
da disciplina Química Analítica Experimental sob 
responsabilidade da Profª. Ana Maria de Oliveira. 
 
 
Ana Carolina Ferreira Piazzi – 134500030 
Carlos Alberto dos Santos Vaz – 114550017 
Mariana Simões Gualberto – 134550045 
Nathalia Morais Corrêa de Novaes – 134550046 
 
 
 
Ouro Branco – MG 
Novembro /2014 
DETERMINAÇÃO DE CLORO ATIVO EM ALVEJANTE 
 
RESUMO 
 O experimento realizado consistiu-se da determinação de cloro ativo em 
alvejantes. Para tal determinação, empregou-se a volumetria de óxido-redução, que 
se baseia em reações de oxirredução entre o analito e titulante, reações essas que 
envolvem a transferência de elétrons. Dessa maneira, uma das metodologias 
baseada nesse tipo de reação é a iodometria, que se fundamenta na reação 
reversível, através do método indireto, de oxirredução. Este experimento teve por 
objetivos, a determinação do teor de cloro ativo em uma amostra de alvejante a base 
de hipoclorito de sódio. Primeiramente padronizou-se uma solução de tiossulfato de 
sódio, usando-a para titular uma solução de iodato de potássio até que a solução 
ficasse quase incolor, momento este em que adicionou-se o indicador amido, para 
prosseguir com a titulação até o ponto final. Com a solução de tiossulfato 
padronizada, preparou-se uma solução de hipoclorito de sódio, adicionando 20 mL 
do mesmo a um balão de 250 mL, e completando-se o restante do volume com água 
destilada. Para a determinação de cloro ativo na amostra de alvejante, fez-se uma 
titulação com o tiossulfato de sódio até que a solução começasse a ficar incolor, 
para em seguida adicionar o indicador amido e prosseguir com a titulação até o 
ponto final. Realizando-se em triplicata. Após a realização da primeira parte, 
determinou-se que a concentração média da solução de tiossulfato de sódio era de 
0,097 mol L-1 (± 0,002). Posteriormente determinou-se que a concentração de OCl- 
contido no alvejante era de 6,030 x 10-2 (± 2,530 x 10-4) mol L-1. Com isso o teor de 
cloro ativo encontrado foi de 6,030 x 10-2 % (± 0,0253). O resultado encontrado já era 
esperado já que o valor real do teor de cloro ativo encontrado na embalagem do 
alvejante era de 3-6% o que mostra que o experimento foi realizado com sucesso. 
 
1. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O método de titulação iodométrica direta refere-se a titulações com uma 
solução padrão de iodo. O método de titulação iodométrica indireta, às vezes 
denominada iodometria, corresponde à titulação do iodo liberado durante a reação 
química envolvendo iodo (VOGEL et al., 2012). 
O iodo é um agente oxidante fraco empregado primariamente na determinação 
de redutores fortes. A descrição mais precisa da semi-reação do iodo nessas 
aplicações é, dada por (1), em que I3- é o íon triiodeto (VOGUEL et al., 2012). 
I3- + 2e- 3I- E° = 0,535 V (1) 
Os íons iodeto exercem uma ação redutora sobre sistemas fortemente 
oxidantes, com a formação de quantidade equivalente de iodo (BACCAN et al., 
2001). 
As soluções padrão de iodo têm aplicações relativamente limitadas 
comparadas com outros oxidantes, por causa de seu potencial de eletrodo 
significativamente inferior. Ocasionalmente, entretanto, esse baixo potencial é 
vantajoso porque confere um grau de seletividade que torna possível a 
determinação de agentes redutores fortes na presença de redutores fracos. Uma 
vantagem importante do iodo é a disponibilidade de um indicador sensível e 
reversível para as titulações, que é solução de amido. Entretanto, as soluções de 
iodo carecem de estabilidade e precisam ser padronizadas regularmente (SKOOG 
et al., 2007). 
Uma solução padrão que contém KIO3 é bastante estável e fornece iodo 
quando tratada com ácido não podendo ser empregada em meio neutro ou pouco 
ácido. Essa solução serve como fonte de quantidades conhecidas de iodo em 
titulações. A solução deve ser adicionada a soluções fortemente ácidas, não 
podendo ser empregada em meio neutro ou pouco ácido (VOGEL et al, 2012). 
Para este experimento, em que se aplicou a iodometria, primeiramente foi 
necessário padronizar a solução de Na2S2O3, adicionando-se a um erlenmeyer, 20 
mL de solução de H2SO4 2 mol L-1 e 10,00 (± 0,05) mL de solução de KIO3 0,02 
mol L-1, que foi titulada com solução de tiossulfato de sódio até que a solução 
ficasse quase incolor, momento este em que adicionou-se o indicador amido, 
resultando em uma coloração azul intensa, para prosseguir com a titulação até o 
desaparecimento da cor azul. 
O KIO3 é um excelente padrão primário para soluções de S2O32-. Nessa 
aplicação, quantidades conhecidas do reagente de grau primário são dissolvidas 
em H2O contendo um excesso de iodeto de potássio (SKOOG et al., 2007). Desse 
modo, ao acidificar o meio, obtemos a seguinte reação (2), que, irá por sua vez, 
reagir com o S2O32- adicionado, segundo (3). 
IO3- + 8I- + 6H+ 3I3- + 3H2O (2) 
I3- + 2 S2O23- 3I- + S4O62- (3) 
Dessa maneira, para a padronização do S2O23- os volumes gastos do 
mesmo encontram-se na Tabela 1, cuja concentração média determinada foi de 
0,097 mol L-1 (± 0,002), obtida através da estequiometria de (3), em que para 
cada 1 mol de I3- gerado por (2), são necessários 2 mols de S2O23- para reagir. E 
para cada 3 mols de I3- é necessário 1 mol de KIO3, segundo (2). Relacionando 
essas considerações obtém-se (4) e, (5), em que se tem a demonstração para o 
cálculo da primeira titulação, para os demais os cálculos realizados foram 
análogos, 
n I3- = 3MIO3- x VIO3- = n I3- = 3x(0,02 mol L-1) x 0,010 L = n I3- = 6,00 x 10-4 mol (5) 
(MS2O23- x VS2O23-) = 2nI3- MS2O23- x 0,0125 L = 2 x 6,00 x 10-4 mol (4) 
 
Tabela 1: Volume gasto de S2O23- nas titulações para a sua padronização, 
juntamente com a concentração obtida. 
Replicatas 
Volume de S2O23- 
gasto (mL) (±0,05 mL) 
Concentração de 
S2O23- (mol L-1) 
1 12,50 0,096 
2 12,50 0,096 
3 12,60 0,095 
4 12,20 0,100 
5 12,30 0,098 
6 12,50 0,096 
Média - 0,097 
Desvio Padrão - ± 0,002 
 
Para o cálculo da média e do desvio padrão, fez-se uso das equações (6) e (7). 
�̅�𝐒𝟐𝐎𝟐𝟑− = ∑
(𝑀𝐒𝟐𝐎𝟐𝟑−)𝑖
𝑁
𝑁=6
𝑖=1
 
= 
(0,096 + 0,096 + 0,095 + 0,100 + 0,098 + 0,096)x10−4 
6
= 0,097 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 (6) 
𝜎𝐒𝟐𝐎𝟐𝟑− = √
∑ [ (�̅�𝐒𝟐𝐎𝟐𝟑−)− (𝑀𝐒𝟐𝐎𝟐𝟑−)𝑖]
2𝑁=6
𝑖=1
𝑁−1
2
=
 √
∑ (0,097−0,096)2+(0,097−0,096)2+(0,097−0,095)2+(0,097−0,100)2+(0,097−0,098)2+ (0,097−0,096)2 𝑁=6𝑖=1
6−1
2
 = 
(7) 
O indicador para esta titulação foi o amido, pois este é um indicador específico, 
formando um complexo de adsorção (do tipo transferência de carga) com o iodo na 
forma de íons I3-, o que confere à solução uma coloração azul intensa, servindo 
como ponto final de titulações em que o iodo é produzido ou consumido (BACCAN et 
al., 2001). Por ser insolúvel em H2O fria, o amido confere ao complexo com o iodo 
essa mesma insolubilidade no referido solvente, o que significa que o indicador só 
deve ser adicionado próximo ao final da titulação (VOGUEL et al., 2012). A cor azul 
intensa que se desenvolve na presença de iodo se dá pela absorção do iodo pela 
cadeia helicoidal da β-amilose, um constituinte macromolecular da maioria dos 
amidos (SKOOG et al., 2008). 
Com a solução de tiossulfato padronizada, preparou-se uma solução de 
hipoclorito de sódio, adicionando 20 mL do mesmo a um balão de 250 mL, e 
completando-se o restante do volume com H2O destilada. Para adeterminação de 
cloro ativo na amostra de alvejante, adicionou-se a um erlenmeyer 30 mL de H2O 
destilada, 10 mL de solução de KI 10% (m/v) e 10 mL de solução da amostra de 
hipoclorito preparada anteriormente. Em seguida adicionou-se 5,00 mL de ácido 
acético glacial e iniciou-se a titulação com o tiossianato de sódio até que a solução 
começasse a ficar incolor, e neste momento adicionou-se o indicador amido e 
prosseguiu-se com a titulação até ao desaparecimento da cor azul. Realizando-se 
em triplicata. Os volumes gastos nas titulações para a determinação de cloro ativo 
em alvejantes encontram-se na Tabela 2. 
 
Tabela 2: Volume gasto de S2O23- nas titulações determinação de cloro ativo em 
alvejantes, juntamente com a concentração obtida de cloro e o teor do mesmo na 
amostra. 
Replicatas 
Volume de S2O23- 
gasto (mL) (±0,05 mL) 
Concentração de OCl-
(mol L-1) 
1 12,40 6,014 x 10-2 
2 12,50 6,062 x 10-2 
3 12,50 6,062 x 10-2 
Média - 6,030 x 10-2 
Desvio Padrão - 2,530 x 10-4 
 
Nesta parte as reações decorrentes são a (8) e a (3). Por (3), vê-se que, para 
cada 1 mols de I3- são necessários 2 mols de S2O32- para reagir. Dessa maneira, 
pode-se relacionar essa consideração segundo (9), que demonstra os cálculos 
para a primeira titulação realizada. Como o número de mols de OCl- e o número de 
mols de I3- no ponto de equilíbrio são iguais como vê-se na equação (10), que 
ilustra os cálculos para a primeira alíquota, para as demais os cálculos foram 
análogos. 
OCl- + H+ + 3I- Cl- + I3- + OH- (8) 
Mtriiodeto = 
M (S2O32−) x V( S2O32−)
Vtriiodeto
 = 
0,097 x 0,0124
0,010 L
 = (9) 
ntriiodeto = nOCl- (10) 
Para determinação do valor médio e do desvio padrão fez-se uso das 
equações matemáticas (6) e (7), sendo os cálculos análogos aos realizados 
anteriormente para a Tabela 1. 
A fim de obter a concentração em g L-1 de hipoclorito de sódio, utilizou-se a 
equação (11), que demonstra o cálculo para a primeira alíquota, em que a 
concentração em g L-1 (C) é igual à concentração em mol L-1 (M) multiplicado pela 
massa molar do hipoclorito de sódio (MM = 74,44 g mol-1). 
C = M x MM = 6,014 x 10-2 x 74, 44 g mol-1 = 4,477 g L-1 (11) 
O teor de cloro ativo presente na amostra de alvejantes é dado por (12), em 
que a concentração em mol L-1 da amostra multiplicada pela densidade da amostra, 
que é 10 g em 10 mL de solução. 
Teor (%) = Malvejante x d x 100 (12) 
Os valores do teor de cloro ativo na amostra juntamente com a concentração 
em g L-1 encontram-se na Tabela 3. Para determinação da média e do desvio 
padrão, utilizou-se as equações (6) e (7). 
 
 
Tabela 3: Concentração em g L-1 de hipoclorito de sódio em uma amostra de 
alvejante juntamente com o teor de cloro ativo. 
Replicatas 
Concentração de OCl- 
(g L-1) 
Teor de cloro ativo (%) 
1 4,477 6,014 
2 4,512 6,062 
3 4,512 6,062 
Média 4,500 6,030 x 10-2 
Desvio Padrão ±0,020 ± 0,0253 
 
O alvejante utilizado para o experimento foi o Super Cloro da marca Marina, em 
sua embalagem dizia que seu teor de cloro era de cerca de 3-6%. O valor 
encontrado no experimento foi aproximado do valor real. 
 
2. CONCLUSÕES 
Com esse experimento foi possível determinar o teor de cloro ativo em uma 
amostra de alvejante a base de hipoclorito de sódio pelo método da iodometria. O 
titulante utilizado foi o tiossulfato de sódio, que teve que ser padronizado, obtendo 
um resultado de 0,097 mol L-1 (± 0,002), valor bem próximo do esperado que era de 
0,1 mol L-1, levando a conclusão de que o método para padronização do tiossulfato 
de sódio foi bem eficaz. Já na determinação do teor de cloro ativo no alvejante 
comercial obteve-se um valor de 6,030 x 10-2% (± 0,0253) % como percentual 
médio e seu respectivo desvio. Tendo como base o valor encontrado na embalagem 
do produto que era de 3- 6% de cloro ativo, é possível dizer que o método 
experimental foi de alta precisão e boa exatidão, uma vez que os valores teóricos e 
práticos foram bem próximos. 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFCIAS 
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINO, O.E.S.; BARONE, J.S. Química Analítica 
Elementar. 2ᵃ Edição, Campinas: Edgard Blücher, 2001. 308 p. 
SKOOG, D. A; WEST, D.M; HOLLER, F.J; CROUCH, S.R. Fundamento de 
Química Analítica. 8ª Edição, São Paulo: Cengage Learning, 2007. 999p. 
VOGEL, A. I. Química analítica qualitativa. 6ª Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2012. 
462 p.

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