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Profª M. Sc. Elizabete Simão Galletti Organização genética molecular Estrutura do DNA “Que tipo de código molecular poderia ser tão elaborado a ponto de transmitir a exuberante maravilha do mundo vivo? E que tipo de mecanismo molecular seria capaz de assegurar que o código fosse copiado com absoluta exatidão cada vez que um cromossomo se duplicava?” James D. Watson Francis Crick – físico inglês James watson – geneticista microbiano americano O que se sabia sobre os genes e a molécula de DNA na época que Watson e Crick resolveram a estrutura do DNA ? Gregor Mendel (1866) Hereditariedade 1868 – Johann Friedrich Miescher descobre uma substância levemente ácida e rica em fósforo, nucleína, no núcleo dos góbulos brancos. 1887 – Determinação do núcleo como base física da hereditariedade. Cromatina = ácidos nucléicos + proteína. Final dos anos 1800 – Albrecht Kossel determinou que o DNA continha quatro bases nitrogenadas: adenina (A), citosina (C), timina (T) e guanina (G). Unidades repetidas e ligadas. Série de quatro unidades em sequência fixa. 1910 – Phoebus Aaron Levene desenvolveu a teoria do tetranucleotídeo. Experimento de Frederick Griffith (1928) Streptococcus pneumoniae Princípio transformante? Experimento de Avery, MacLeod e McCarty (1944) Erwin Chargaff (1950) Biólogo Austríaco Purina Pirimidina -A quantidade total de nucleotídeos Pirimidina (T+C) é sempre igual à quantidade total de nucleotídeos Purina -A quantidade de T é sempre igual à quantidade de A, e a quantidade de C é sempre a mesma ue a de G. Mas a quantidade de A+T não é necessariamente igual à quantidade de G+C Difração de raio X - 1950 Rosalind Franklin & Maurice Wilkins Fotografia tirada por Rosalind Franklin, evidenciando uma estutura em dupla hélice. Experimento de Hershey e Chase (1952) Martha Chase e Alfred Hershey no laboratório em 1953 Proposta de Watson e Crick (1953) Reconstrução do modelo da dupla hélice do DNA feito por Francis Crick e James Watson em 1953, usando algumas das peças originais. (Science Museum, Inglaterra). Peças do quebra-cabeça: Conhecimento dos blocos estruturais básicos do DNA Regras de Chargaff da composição de bases Análise da difração de raios X do DNA Descrição da molécula de DNA por Watson e Crick (1953) • Dupla hélice • Nucleotídeos ligados por ligações fosfodiéster • As hélices são mantidas juntas por pontes de hidrogênio • As pontes de hidrogênio são formadas por pares de bases • As duas fitas de DNA que formam uma dupla hélice são antiparalelas • O empilhamento dos nucleotídeos na dupla hélice resulta em dois sulcos (sulco maior e sulco menor) Dupla hélice: diâmetro de 2 nm 10 nucleotídeos por volta (aproximadamente) Distância entre as bases: 0,34 nm Superfície com 2 sulcos: maior e menor Bases nitrogenadas – hidrofóbicas Desoxirribose – hidrofílicos ácido fosfórico – hidrofílicos e ionizados negativamente (permitindo associação com proteínas básicas) DNA Fitas antiparalelas e complementares. Ligações entre as bases complementares dependem do tamanho, forma e composição química. Pontes de hidrogênio e interações de empilhamento - estabilidade. Pontes de hidrogênio Ligação de fosfodiéster A complementariedade já sugeria o processo de replicação! RNA como material genético Heinz Fraenkel-Conrat e Bea Singer – 1956 Vírus do mosaico do tabaco - TMV Experimento de Fraenkel-Conrat e Singer - 1956 1º 2º 3º Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária ESTRUTURA DO DNA Refere-se à sua estrutura de nucleotídeos e como os nucleotídeos se juntam. Refere-se à configuração tridimensional estável do DNA. Compactações complexas do DNA bifilamentar nos cromossomos. Estrutura primária Filamentos de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster. Macromolécula – elevada massa molecular. Polímero – cadeia de unidades repetidas e unidas. Grupo fosfato Acido fosfórico Base nucleotídica Adenina Guanina Citosina Uracila Açúcar (pentose) Ribose RNA – Acido ribonucleico Grupo fosfato Acido fosfórico Base nucleotídica Adenina Guanina Citosina Uracila Açúcar (pentose) Ribose RNA – Acido ribonucleico Grupo fosfato Acido fosfórico Açúcar (pentose) Desoxirribose Base nucleotídica Adenina Timina Guanina Citosina DNA – Acido desoxirribonucleico Desoxi Bases nitrogenadas ribonucleotídeos Adenilato Guanilato Uridilato Citidilato desoxirribonucleotídeos Desoxiadenilato Desoxiguanilato Desoxicitidilato Desoxitimidilato ou Timidilato Base Nucleosídeo Nucleotídeo Ácido nucléico Adenina Adenosina Adenilato RNA Desoxiadenosina Desoxiadenilato DNA Guanina Guanosina Guanilato RNA Desoxiguanosina Desoxiguanilato DNA Citosina Citidina Citidilato RNA Desoxicitidina Desoxicitidilato DNA Timina Timidina ou desoxitimidina Timidilato ou desoxitimidilato DNA Uracila Uridina Uridilato RNA Bases raras encontradas no DNA 5-metilcitosina N6-metiladenina N2-metilguanina 5-hidroximetilcitosina Bases raras encontradas no RNA 4-tiouracila Pseudouracila 7-metilguanina Hipoxantina Estrutura Secundária Relacionada a configuração tridimensional. Variações: depende da sequência de bases e das condições em que a molécula se encontra. Estrutura alternativa da dupla hélice O DNA pode existir em muitas formações diferentes. As formações mais comuns são: DNA-A, DNA-B, DNA-C, DNA-D, DNA-E, DNA-H, DNA-L, DNA-P, e DNA-Z. Porém, só as formações de DNA A, B e Z foram encontradas em sistemas biológicos naturais. A formação que o DNA adota depende de vários fatores da própria sequência de DNA: a intensidade e direção do superenrolamento, modificações químicas das bases e a solução na qual o DNA está presente. Da direita para a esquerda, a estrutura do DNA- A, B e Z. Das três formações referidas, a forma “B” é a mais comum nas condições encontradas nas células. A forma “A” corresponde à espiral dextra mais larga, com um sulco menor largo e superficial e um sulco maior estreito e profundo. A forma “A” ocorre sob condições não fisiológicas em amostras de DNA desidratadas, enquanto na célula pode ser produzida por pareamento híbrido de DNA e RNA ou pelo complexo enzima-DNA. DNA-A DNA-B Em segmentos de DNA onde as bases foram quimicamente modificadas por metilação, o DNA pode sofrer uma grande modificação na sua formação e adotar a forma DNA-Z. A cadeia gira sobre o eixo da dupla hélice para a esquerda, o oposto da forma mais comum – DNA-B. Esta estrutura é rara e pode ser reconhecida por proteínas especificas de ligação com o DNA-Z. Pode estar envolvida na regulação da transcrição. DNA-Z Estrutura terciária Dobramento de maior ordem que permite que o DNA seja compactado dentro das células. Superelicoidização. Nucleossomo como unidade fundamental da cromatina DNA UMA MOLÉCULA ESTÁVEL O homem de gelo: Ilustração da estabilidade e permanência incríveis da molécula de DNA. 19 de setembro de 1991- Alpes do Tirol(entre Áustria e Itália) Estruturas secundárias especiais Grampo Fitas simples Saliência Alça interna Grampo Comum na estruturação dos RNAs Metilação do DNA – alteração na estrutura primária Grupamentos metila (-CH3) adicionados nas bases dos nucleotídeos. DNA bacteriano: Metilado para distinguir o DNA exógeno não-metilado. Principalmente adenina e citosina. Células eucarióticas: Mais frequente em citosinas. Relacionado com o controle da expressão dos genes. Metilação do DNA – alteração na estrutura primária Células eucarióticas - citosias metiladas: Animais – 5% Algumas plantas – 50% Leveduras – nenhuma metilação Drosophila – 1:1500 Dobras no DNA Dupla hélice dobrada pela ligação de proteínas a sequências específicas do DNA. Curvatura do DNA causada pela ligação da proteína TATA box ao sulco menor da molécula, em sequências ricas em A e T.
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