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Aula 06
500 Questões Comentadas de Direito Processual Civil - FCC
Professor: Bruno Klippel
500 Questões Comentadas de DIREITO PROCESSUAL CIVIL ± 
Fundação Carlos Chagas ± TRT/MG 3ª Região. 
Prof. Bruno Klippel ± Aula 06 
 
 
 
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AULA 06 ±500 QUESTÕES COMENTADAS DE 
PROCESSO CIVIL - FCC ± QUESTÕES SOBRE: 
PROVAS ± TEORIA GERAL E ESPÉCIES. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 01 
2. Questões comentadas na aula: 02 
3. Lista das questões comentadas na aula: 36 
4. Gabaritos 51 
5. Considerações finais 51 
 
1. APRESENTAÇÃO: 
 
Prezados alunos, 
Iniciamos a nossa AULA 06 sobre: PROVAS ± TEORIA GERAL E 
ESPÉCIES. 
Assim, serão analisadas na aula de hoje 32 (trinta e dois) questões da 
FCC, sendo que comentaremos em primeiro lugar a assertiva correta, 
partindo para a análise mais breve das assertivas erradas. Claro que 
estou sempre aberto aos questionamentos e dúvidas, que podem ser 
facilmente esclarecidas por meio do Fórum de dúvidas do Estratégia 
Concursos, que respondo diariamente, para que vocês não fiquem ³VH�
WRUWXUDQGR´�GXUDQWH�PXLWR�WHPSR�FRP�D�VXD�G~YLGD� 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS: 
 
1 - Q378710 ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual Civil / Prova; ) Em relação à prova, é 
correto afirmar: 
a) Na apreciação da prova, o Juiz utilizará de seu livre convencimento, 
atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, mas deverá 
indicar expressamente, na sentença, os motivos que lhe formaram esse 
livre convencimento. 
b) O sistema processual pátrio estabelece a prova hierarquizada, devendo 
o Juiz obedecer estritamente a essa hierarquia, sob pena de nulidade da 
sentença a ser proferida. 
c) As máximas de experiência não são observadas em nosso direito, pois 
o Juiz, em falta de normas jurídicas particulares, só poderá utilizar-se da 
analogia, dos usos e costumes e dos princípios gerais de direito. 
d) O ônus da prova não pode ser objeto de convenção entre as partes, 
em nenhuma hipótese, por se tratar de matéria cogente e de ordem 
pública. 
e) Somente os meios legais são aptos a provar a verdade dos fatos, até 
porque as provas previstas processualmente configuram rol taxativo e 
não elucidativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³$´� $�)&&�FRQVLGHURX�R�SULQFtSLR�GR�³OLYUH�
FRQYHQFLPHQWR� PRWLYDGR� GR� -XL]´�� SUHVHQWH� QR� DUW�� ���� GR�&3&�� TXH� HP� WHVH�
pode ser assim explicado: não há prova mais forte ou mais fraca para a análise 
do Juiz. Qualquer meio de prova que conste no processo (testemunhal, 
documental, pericial, etc) é apto a demonstração da verdade e, por 
consequência, para convencer o Juiz da verdade dos fatos. Esse é o livre 
convencimento do Magistrado. Ocorre que o livre convencimento é motivado, ou 
seja, o Juiz deve expor os motivos que o levaram a julgar daquela determinada 
maneira. A sentença deve ser motivada, explicada, com a exposição dos motivos 
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que levam ao julgamento. Vejamos o art. 131 do CPC, que traz a informação 
FRQWLGD�QD�OHWUD�³$´� 
 
³$UW�������2� MXL]� DSUHFLDUi� OLYUHPHQte a prova, atendendo aos fatos e 
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas 
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram 
R�FRQYHQFLPHQWR´� 
 
As demais assertivas trazem informações equivocadas, de acordo com a análise 
abaixo: 
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�FRPR�Mi�VH�GLVVH��R�SULQFtSLR�p�GR� OLYUH�FRQYHQFLPHQWR��
sem uma hierarquização de provas, já que não há prova mais forte ou mais 
fraca. Essa ideia também é chamada de princípio da persuasão racional. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��já que as máximas de experiência estão previstas no art. 335 
do CPC para serem utilizadas na falta de normas jurídicas particulares. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� pois o art. 333 do CPC permite a convenção sobre a 
distribuição do ônus da prova. 
LHWUD�³(´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GR�&3&�GL]�TXH�³Todos os meios legais, bem 
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são 
KiEHLV�SDUD�SURYDU�D�YHUGDGH�GRV�IDWRV��HP�TXH�VH�IXQGD�D�DomR�RX�D�GHIHVD´� 
 
2 - Q373390 ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Considere as seguintes disposições: 
I. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas 
na petição inicial, pelo autor, e na contestação, pelo réu. 
II. Não dependem de prova os fatos em cujo favor mi- lita presunção 
legal de existência ou de veracidade. 
III. Somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos, 
em que se funda a ação ou a defesa. 
IV. A convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa à legal 
é nula quando recair sobre direito indisponível da parte. 
V. As máximas de experiência aplicam-se na falta de normas jurídicas 
particulares, caracterizando-se tais máximas pelas regras de experiência 
comum sub-ministradas pela observação do que ordinariamente 
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acontece. 
 
Está correto o que consta em : 
a) I, II, III, IV e V. 
b) I, II, III e V, apenas. 
c) II, IV e V, apenas. 
d) II, III, IV e V, apenas. 
e) I, IV e V, apenas. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³&´� Apenas as assertivas II, IV e V estão 
corretas, de acordo com a análise a seguir: 
I. Errada, já que apenas a prova documental, por ser pré-constituída, é 
que é produzida na petição inicial e na contestação. Os demais meios 
de prova são requeridos naqueles momentos, sendo produzidos em 
audiência de instrução e julgamento. 
II. Correta, pois em conformidade com o art. 334, IV do CPC. 
III. Errada, pois o art. 332 do CPC diz sobre os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, como aptos à demonstração da verdade. 
IV. Correta, pois tal situação encontra-se prevista no art. 333, § único, I 
do CPC. 
V. Correta, pois é a redação do art. 335 do CPC, permitindo o julgamento 
com base nas máximas de experiência. 
 
3 - Q361495 ( Prova: FCC - 2014 - SABESP - Advogado / Direito 
Processual Civil / Prova; ) A respeito da prova pericial: 
a) para desempenharem suas funções, podem o perito e os assistentes 
técnicos ouvir testemunhas e solicitar documentos que estejam em poder 
das partes. 
b) o perito pode ser substituído se, em outra perícia, houver elaborado 
laudo acerca do mesmo objeto. 
c) o juiz fica vinculado ao laudo se as partes e os assistentes técnicos não 
contrariarem suas conclusões. 
d) as partes não podem acompanhar os trabalhos periciais. 
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e) a manifestação das partes e assistentes técnicos acerca do laudose 
dá, exclusivamente, após a audiência de instrução e julgamento, por 
ocasião do debate oral ou dos memoriais. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� 2� TXH� FRQVWD� QD� OHWUD� ³$´� HVWi�
expressamente previsto no art. 429 do CPC. Vejamos: 
 
³$UW�� ����� 3DUD� R� GHVHPSHQKR� GH� VXD� IXQomR�� SRGHP� R� SHULWR� H� RV�
assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo 
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que 
estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como 
instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer 
SHoDV´� 
 
As demais assertivas estão erradas, de acordo com a análise a seguir: 
/HWUD� ³%´�� HUUDGD�� SRLV� QmR� Ki� WDO� KLSyWHVH� GH� VXEVWLWXLomR� GR� SHULWR�� $V�
situações estão previstas no art. 424 do CPC. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GR�&3&�DILrma que o Juiz não está adstrito ao 
laudo pericial. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� Mi� TXH� R� DUW�� ���-A do CPC deixa clara a participação das 
partes na produção da prova pericial. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��SRLV�D�PDQLIHVWDomR�GDV�SDUWHV�RFRUUHUi�DQWHV�GD�DXGLrQFLD��
conforme art. 475-A, § único do CPC. 
 
4 - Q359621 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz / Direito 
Processual Civil / Prova; ) No tocante à prova, é correto afirmar: 
a) O ônus da prova é cogente, não admitindo convenção que a distribua 
de maneira diversa em nenhuma hipótese; 
b) Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser 
produzidas com a inicial e em perícia. 
c) O rol de provas possíveis é taxativo em nosso direito, só se admitindo 
aquelas expressamente previstas em lei. 
d) O juiz valorará a prova dos autos conforme critério tarifário, ou seja, 
dando a cada prova o valor previamente fixado para ela no direito 
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processual civil pátrio. 
e) O destinatário da prova é o juiz, que poderá, de oficio ou a 
requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do 
processo, bem como indeferir as diligências inúteis ou meramente 
protelatórias. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa CORRETA É A LETRA ³(´� $�LQIRUPDomR�TXH�FRQVWD�QD� OHWUD�³(´�
HVWi�UHODFLRQDGD�DRV�³SRGHUHV�LQVWUXWyULRV�GR�-XL]´��SUHYLVWRV�QR�DUW������GR�&3&��
que será transcrito a seguir: 
 
³$UW�� ����� &DEHUi� DR� MXL]�� GH� RItFLR� RX� D� UHTXHULPHQWR� GD� SDUWH��
determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo 
DV�GLOLJrQFLDV�LQ~WHLV�RX�PHUDPHQWH�SURWHODWyULDV´� 
 
As provas são produzidas para que o Juiz as analise, se convença dos fatos e 
julgue. Assim, afirma-se que o destinatário da prova é o Juiz e não as partes. 
Assim, o Magistrado pode determinar a produção de qualquer meio de prova, 
mesmo que não seja requerido pelas partes. As demais assertivas estão erradas, 
de acordo com as informações abaixo: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� Mi� TXH� R� DUW�� ����� †� ~QLFR� GR� &3&� IDOD� QD� SRVVLELOLGDGH� GH 
convenção das partes para modificação das regras sobre distribuição do ônus da 
prova. 
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�DV�SURYDV�VmR�SURGX]LGDV�HP�DXGLrQFLD��FRP�H[FHomR�GD�
documental, que já deve ser juntada à petição inicial e contestação. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��Má que o art. 332 do CPC fala em meios de prova legalmente 
previstas e nas moralmente aceitas. 
/HWUD�³'´��HUUDGD��já que o princípio é do livre convencimento motivado do Juiz, 
o que significa dizer que não há prova tarifada, mais forte ou mais fraca. 
 
5 - Q348140 ( Prova: FCC - 2013 - MPE-SE - Analista - Direito / Direito 
Processual Civil / Prova; ) No tocante às provas, 
a) o ônus da prova é imperativo legal e não admite convenção que o 
distribua de maneira diversa em nenhuma hipótese. 
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b) o juiz pode, desde que até o saneamento do processo e com a 
concordância das partes, determinar o comparecimento pessoal das 
partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. 
c) a parte é obrigada a depor sobre quaisquer fatos, sem exceção, pois 
no processo civil ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder 
Judiciário para o descobrimento da verdade. 
d) em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de 
experiência comum ditadas pela observação do que geralmente acontece 
e, ainda, as regras da experiência técnica, com ressalva do exame pericial 
quanto a esta última. 
e) somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos 
em que se funda a ação ou a defesa. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³'´��A afirmação FRQWLGD�QD�OHWUD�³'´�HVWi�
de acordo com o art. 335 do CPC, que fala da importância das regras de 
experiência comum para o julgamento das ações, quando não existirem normas 
jurídicas sobre o assunto. Vejamos: 
 
³$UW�������(P�IDOWD�GH�QRUPDV� MXUtGLFDV�SDUWLFXlares, o juiz aplicará as 
regras de experiência comum subministradas pela observação do que 
ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, 
UHVVDOYDGR��TXDQWR�D�HVWD��R�H[DPH�SHULFLDO´� 
 
As demais estão erradas, de acordo com a análise a seguir realizada: 
/HWUD�³$´��HUUDGD��SRLV�R�†�~QLFR�GR�DUW������GR�&3&�GHPRQVWUD�D�SRVVLELOLGDGH�
de alteração das normas sobre distribuição do ônus da prova. 
/HWUD�³%´��HUUDGD��Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�GL]�TXH�p�SRVVtYHO�DR�-XL]�GHWHUPLQDU�
o comparecimento das partes em qualquer estado do processo, ou seja, não é 
até o saneamento do processo. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�WUD]�VLWXDo}HV�HP�TXH�D�SDUWH�QmR�p�
obrigada a depor. 
/HWUD� ³(´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GR� &3&� WDPEpP� IDOD� QRV� PHLRV� GH� prova 
moralmente legítimos. 
 
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6 - Q328945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual Civil / Prova; ) 
A prova deve incidir sobre fatos, entretanto, segundo disposição expressa 
da lei processual, o juiz pode determinar a prova. 
a) de direito municipal e desde que não se refira a município sobre o qual 
o juiz exerça jurisdição, mas não de direito estadual ou estrangeiro. 
b) de direito consuetudinário, mas não de direito estrangeiro. 
c) de direito municipal, estadual ou estrangeiro. 
d) de direito consuetudinário ou estrangeiro, mas não de direito 
municipal. 
e) da vigência de lei cuja revogação seja discutível na doutrina ou na 
jurisprudência. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³&´� A prova do direito ocorre nas situações 
descritas no art. 337 do CPC, já que o Juiz pode determinar a produção de prova 
para demonstrar que a norma jurídica existe e está em vigor. Vejamos a 
redação do dispositivo: 
 
³$UW�� ����� $� SDUWH�� TXH� DOHJDU� GLUHLWR� municipal, estadual, estrangeiro 
ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o 
GHWHUPLQDU�R�MXL]´� 
 
Vejam que a prova do direito está relacionada ao direito municipal, estadual, 
estrangeiro ou consuetudinário (que passa de geração em geração). Vejam que 
o dispositivo do CPC não traz qualquer situação excepcional, razão pela qual está 
FRUUHWD�D�DVVHUWLYD�³&´��3HUFHEDP�TXH�D�DVVHUWLYD�FRUUHWD�QmR�PHQFLRQD�R�GLUHLWR�consuetudinário, mas nem por isso está errada, já que fala de três situações 
descritas na lei. As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois 
tratam do mesmo assunto. 
 
 
 
 
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7 - Q358893 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Com relação às provas, é correto afirmar: 
a) As partes podem juntar documentos a qualquer tempo, ainda que não 
sejam novos. 
b) Pode o juiz, independentemente de requerimento, determinar o 
comparecimento pessoal das partes a fim de interrogá-las sobre os fatos 
discutidos na causa, qualquer que seja o estado do processo. 
c) A confissão espontânea é sempre pessoal, não podendo ser realizada 
por mandatário com poderes especiais. 
d) O juiz deverá admitir a oitiva de testemunhas mesmo que a parte 
tenha confessado sobre o fato a respeito do qual viria a depor. 
e) O ônus da prova incumbe sempre ao autor. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³%´� 2� TXH� VH� LQIRUPD� QD� OHWUD� ³%´� p� D�
redação do art. 342 do CPC, conforme transcrição a seguir: 
 
³$UW�� ����� 2� juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, 
determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las 
VREUH�RV�IDWRV�GD�FDXVD´� 
 
As outras assertivas estão erradas, de acordo com a análise a seguir: 
/HWUD�³$´��HUUDGD��já que o art. 397 do CPC permite a juntada de documentos, 
quando forem considerados novos. 
/HWUD� ³&´�� HUUDGD�� pois o art. 349, § único do CPC permite a confissão por 
mandatário com poderes especiais. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� pois tal hipótese gera a inadmissão da prova testemunhal, 
conforme art. 400, I do CPC. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��pois o réu também possui ônus da prova, conforme art. 333, 
II do CPC, em relação aos fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito 
do autor. 
 
 
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8 - Q322420 ( Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Analista Legislativo / Direito 
Processual Civil / Prova; ) Paulo, na condição de réu, admitiu em juízo, 
por erro essencial, a verdade de um fato contrário ao seu interesse e 
favorável ao adversário. A sentença, fundamentada apenas na confissão, 
transitou em julgado. Após o trânsito em julgado, Paulo veio a falecer. 
Nesse caso, a confissão 
a) não pode ser revogada, porque o confitente não ajuizou em vida ação 
rescisória para essa finalidade. 
b) pode ser revogada por ação anulatória ajuizada pelo Ministério Público. 
c) pode ser revogada por ação rescisória proposta pelos herdeiros do 
confitente. 
d) só poderia ser revogada através de ação anulatória proposta pelos 
herdeiros se o óbito do confitente tivesse ocorrido antes do trânsito em 
julgado da sentença. 
e) pode ser revogada por ação anulatória proposta pelos herdeiros do 
confitente. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� A questão, que é de um grau de 
dificuldade um pouco maior, encontra-se prevista no art. 352 do CPC, abaixo 
transcrito; 
 
³$UW�������$� FRQILVVmR��TXDQGR�HPDQDU�GH�HUUR��GROR�RX� FRDomR��SRGH�
ser revogada: I - por ação anulatória, se pendente o processo em que 
foi feita; II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a 
sentença, da qual constituir o único fundamento. Parágrafo único. 
Cabe ao confitente o direito de propor a ação, nos casos de que 
trata este artigo; mas, uma vez iniciada, passa aos seus 
KHUGHLURV´� 
 
O autor da confissão, enquanto vivo, pode ajuizar a ação rescisória para 
demonstrar eventual erro, dolo ou coação no seu depoimento que gerou a 
confissão. Caso ajuíze a ação rescisória, esta passará aos herdeiros caso venha a 
falecer. O problema ocorre quando o autor falece antes do ajuizamento da 
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rescisória. Nessa situação, que ocorreu no problema criado pela FCC, não poderá 
mais ser ajuizada a rescisória e, portanto, não poderá ser desfeito o ato que 
JHURX�D�FRQILVVmR��3RU� LVVR�p�TXH�D� OHWUD�³$´�HVWi�FRUUHWD��DR�DILUPDU�TXH�³não 
pode ser revogada, porque o confitente não ajuizou em vida ação rescisória para 
HVVD� ILQDOLGDGH´� As demais assertivas tratam da mesma matéria, razão 
pela qual não precisam ser analisadas. 
 
9 - Q314544 ( Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Procurador / Direito 
Processual Civil / Prova; ) Analise as afirmações abaixo, relativamente à 
prova processual: 
I. É nula a convenção que distribui de maneira diversa da estabelecida em 
lei o ônus da prova, quando tornar excessivamente difícil a uma das 
partes o exercício de direito. 
II. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser 
produzidas pelo autor na petição inicial e pelo réu na contestação. 
III. Somente os meios legais normatizados são hábeis para provar a 
verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II. 
e) I. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� Está correta apenas a assertiva I, 
conforme análise a seguir: 
 
I. Correta, pois essa informação consta no art. 333, § único, II do CPC. 
II. Errada, pois o art. 336 do CPC diz que as provas são produzidas em 
audiência. 
III. (UUDGD��Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�GL]�TXH�³Todos os meios legais, bem 
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste 
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Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a 
DomR�RX�D�GHIHVD´� 
 
10 - Q319942 ( Prova: FCC - 2013 - TJ-PE - Titular de Serviços de Notas 
e de Registros - Provimento / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Quanto à prova pericial, é correto afirmar: 
a) O perito nomeado pelo juiz não pode ouvir testemunhas para 
elucidação do fato objeto da perícia. 
b) O juiz não pode formular os quesitos que entender necessários ao 
esclarecimento da causa. 
c) Os assistentes técnicos indicados pelas partes não estão sujeitos a 
impedimento e suspeição. 
d) Quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida, o juiz pode 
determinar a realização de nova perícia, que substituirá a primeira. 
e) Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres antes do laudo do 
perito judicial para que sejam por este analisados. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³&´� Realmente os assistentes técnicos não 
estão sujeitos a impedimento e suspeição, conforme art. 422 do CPC, já que são 
de confiança das partes, podendo ser amigos, parentes, etc. 
 
³$UW�� ����� 2� SHULWR� FXPSULUi� HVFUXSXORVDPHQWH� R� HQFDUJR� TXH� ,KH� IRL�
cometido, independentemente de termo de compromisso. Os 
assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a 
LPSHGLPHQWR�RX�VXVSHLomR´� 
 
As demais assertivas estão erradas, de acordo com a análise a seguir: 
/HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GR�&3&�SHUPLWH�D�RLWLYD�GH�WHVWHPXQKDV�SHOR�perito, bem como outros meios para a realização do laudo pericial. 
/HWUD�³%´��HUUDGR��Mi�TXH�R�DUW�������,,�GR�&3&�SHUPLWH�DR�-XL]�D�IRUPXODomR�GH 
quesitos. 
/HWUD�³'´��HUUDGR��Mi�TXH�PR�DUW�������†�~QLFR�GR�&3&�GL]�TXH�D�VHJXQGD�SHUtFLD�
não substitui a primeira. 
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/HWUD� ³(´�� HUUDGR�� Mi� TXH� R� DUW�� ����� †� ~QLFR� GR� &3&� GL]� TXH� RV� DVVLVWHQWHV�
técnicos apresentarão os laudos no prazo comum de 10 dias após intimados da 
apresentação do laudo pericial. 
 
11 - Q292955 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; 
Procedimento ordinário; ) Numa ação ordinária, o juiz designou audiência 
de instrução e julgamento, mas não fixou prazo para as partes 
depositarem em cartório o rol de testemunhas. Nesse caso, 
a) o rol será apresentado até 10 dias antes da audiência. 
b) o rol será apresentado até a abertura da audiência. 
c) o rol será apresentado até 30 dias antes da audiência. 
d) o rol só será apresentado por uma das partes se a outra o requerer. 
e) as testemunhas poderão ser ouvidas sem a prévia apresentação do rol. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$� /(75$� ³$´� A FCC sempre traz alguma questão 
sobre o prazo para a juntada do rol de testemunhas, sendo que a resposta é 
bem simples se levarmos em consideração as informações que constam no art. 
407 do CPC. Vejamos: 
a. Juiz designou prazo: esse prazo deve ser seguido, como por exemplo, 60 
dias antes da audiência de instrução. 
b. Juiz não designou prazo: 10 dias antes da audiência de instrução. 
 
Vejamos o dispositivo legal: 
 
³$UW�� ����� ,QFXPEH� jV� SDUWHV�� QR� SUD]R� TXH� R� MXL]� IL[DUi� DR�
designar a data da audiência, depositar em cartório o rol de 
testemunhas, precisando-lhes o nome, profissão, residência e o 
local de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol será apresentado até 
10 (dez) dias antes da audiência. Parágrafo único. É lícito a cada 
parte oferecer, no máximo, dez testemunhas; quando qualquer das 
partes oferecer mais de três testemunhas para a prova de cada fato, o 
MXL]�SRGHUi�GLVSHQVDU�DV�UHVWDQWHV´� 
 
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12 - Q292835 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista 
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual Civil / Prova; ) 
A respeito do depoimento pessoal, é certo que 
a) o advogado regularmente constituído não pode prestar depoimento 
pessoal pelo cliente. 
b) o juiz não pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das 
partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. 
c) se a parte intimada comparecer, mas se recusar a depor, o juiz não lhe 
aplicará a pena de confissão. 
d) quem ainda não depôs pode assistir ao interrogatório da outra parte. 
e) é incabível o depoimento pessoal de pessoa jurídica. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³$´� O depoimento pessoal das partes é um 
dos meio de prova disponíveis no processo para a elucidação da verdade, 
encontrando-se previsto nos artigos 342 e seguintes do CPC, sendo que serão 
destacados os dois primeiros, que deixam claro que o ato é pessoal, da parte 
apenas e não do Advogado. 
 
³Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, 
determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las 
sobre os fatos da causa´. 
 
³Art. 343. Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada 
parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na 
audiência de instrução e julgamento. § 1o A parte será intimada 
pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confessados 
os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se 
recuse a depor. § 2o Se a parte intimada não comparecer, ou 
comparecendo, se recusar a depor, o juiz Ihe aplicará a pena de 
confissão´. 
 
Vejam que somente a parte pode depor, o que significa dizer, segundo 
GHVFULWR� QD� OHWUD� ³$´�� TXH� ³o advogado regularmente constituído não pode 
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SUHVWDU�GHSRLPHQWR�SHVVRDO�SHOR� FOLHQWH´. As demais assertivas estão corretas, 
de acordo com a análise abaixo: 
/HWUD� ³%´� errada, pois tal possibilidade consta expressamente no art. 342 do 
CPC. 
/HWUD� ³&´� errada, pois a pena de confissão consta como consequência no art. 
343, §2º do CPC. 
/HWUD�³'´� errada, pois o art. 344, § único do CPC diz que aquele que ainda não 
depôs está proibido de assistir ao interrogatório da outra parte. 
/HWUD� ³(´� errada, pois a pessoa jurídica depõe por meio de seu representante 
legal. 
 
13 - Q308733 ( Prova: FCC - 2013 - DPE-AM - Defensor Público / Direito 
Processual Civil / Prova; ) Quanto à prova e à presunção, é correto 
afirmar que 
a) o ônus da prova cabe, em regra, à parte economicamente mais forte. 
b) a prova refere-se sempre a fatos, jamais ao direito ou à sua vigência. 
c) a confissão judicial prejudica o litisconsorte. 
d) a revelia não induz presunção de veracidade nos litígios sobre direitos 
indisponíveis. 
e) a revelia induz presunção absoluta de veracidade. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³'´� A ausência de apresentação da 
contestação, principal peça de defesa, gera a presunção de veracidade dos fatos 
afirmados na petição inicial. Ocorre que tal consequência não é produzida em 
algumas situações, descritas no art. 320 do CPC, transcrito a seguir: 
 
³$UW�������$�UHYHOLD�QmR�LQGX]��FRQWXGR��R�HIHLWR�PHQFLRQDGR�QR�DUWLJR�
antecedente: I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar 
a ação; II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - se 
a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a 
OHL�FRQVLGHUH�LQGLVSHQViYHO�j�SURYD�GR�DWR´� 
 
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Uma das hipóteses em que a presunção de veracidade não é produzida é na 
ação sobre direitos indisponíveis, tais como os alimentos. As demais assertivas 
estão erradas, conforme será demonstrado a seguir: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� LQGHSHQGHQWHPHQWH� GH� SRGHULD� HFRQ{PLFR�� D� UHJUD� p��
quem alega deve provar, conforme art. 333 do CPC que trata da distribuição do 
ônus da prova. 
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GR�&3&�WUD]�VLWXDo}HV�GH�prova do direito, no 
tocante ao teor e vigência. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GR�&3&�GL]�TXH�D�FRQILVVmR�GH�XPD�SDUWH�QmR�
prejudica os litisconsortes. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��SRLV�D�FRQVHTXrQFLD�GR�DUW������GR�&3&�p�D�SUHVXQomR�UHODWLYD�
de veracidade. 
 
14 - Q286699 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça / 
Direito Processual Civil / Prova; ) O ônus da prova, quando se tratar de 
falsidade de documento, incumbe 
a) à parte que produziu o documento. 
b) ao autor, independentemente da arguição. 
c) ao réu, independentemente da arguição. 
d) à parte que a arguir. 
e) ao Ministério Público. 
 
COMENTÁRIOS:A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³'´� A resposta consta expressamente no 
art. 389 do CPC, que trata do ônus da prova quando se afirma que determinado 
documento é falso. Vejamos: 
 
³$UW�� ����� ,QFXPEH� R� {QXV� GD� SURYD� TXDQGR�� I - se tratar de 
falsidade de documento, à parte que a argüir; II - se tratar de 
FRQWHVWDomR�GH�DVVLQDWXUD��j�SDUWH�TXH�SURGX]LX�R�GRFXPHQWR´� 
 
A única assertiva que tUD]� FRUUHWDPHQWH� D� LQIRUPDomR� GR� &3&� p� D� OHWUD� ³'´��
sendo que as demais não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do 
mesmo assunto. 
 
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15 - Q255290 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justiça / 
Direito Processual Civil / Prova; ) O sistema probatório, no direito 
processual civil brasileiro, 
a) é caracterizado pela hierarquia rígida na apreciação da prova pelo juiz, 
que não poderá desatender ao peso previamente estabelecido em lei para 
cada uma delas. 
b) permite a livre apreciação da prova pelo juiz, atendendo aos fatos e 
circunstâncias constantes dos autos, alegados ou não pelas partes; na 
sentença, porém, indicará o juiz os elementos considerados para 
formação de sua convicção, em atendimento ao princípio da persuasão 
racional. 
c) dispõe que é sempre nula a convenção que distribuir o ônus da prova 
de modo diverso ao legalmente previsto. 
d) encontra-se vinculado estritamente ao princípio dispositivo, defeso ao 
juiz agir de ofício na determinação das provas necessárias à instrução do 
processo. 
e) não admite as chamadas máximas de experiência, pois está adstrito às 
normas legais. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³%´� Uma vez mais a questão trata do 
princípio do livre convencimento motivado do julgador, previsto no art. 131 
do CPC. Vejamos: 
 
³$UW�������2� MXL]� DSUHFLDUi� OLYUHPHQWH�D�SURYD��DWHQGHQGR�DRV� IDWRV� H�
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas 
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram 
R�FRQYHQFLPHQWR´� 
 
O livre convencimento é motivado, ou seja, deve o Juiz explicar os motivos do 
convencimento, que também é denominado de persuasão racional, conforme 
OHWUD�³%´��$V�GHPDLV�HVWmR�HUUDGDV��GH�DFRUGR�FRP�D�DQiOLVH�D�VHJXLU� 
/HWUD� ³$´��HUUDGD��SRLV�QmR�Ki�XPD�KLerarquia rígida em relação aos meios de 
prova. Não há prova mais fraca ou mais forte, como já dito outras vezes. 
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/HWUD� ³&´��HUUDGD�� Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�SHUPLWH�D�GLVWULEXLomR�GR�{QXV�GD�
prova por convenção das partes. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� Mi� TXH� R� DUt. 130 do CPC permite que o Juiz determine a 
produção de qualquer meio de prova, aplicando-se o princípio inquisitivo. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�SHUPLWH�D�DSOLFDomR�GDV�Pi[LPDV�GH�
experiência. 
 
16 - Q249334 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do 
Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual Civil / Prova; ) Quanto à prova, 
a) vigora no sistema processual civil a regra da atipicidade dos meios da 
prova, ou seja, os fatos podem ser provados por qualquer meio lícito, 
ainda que não previsto expressamente em lei. 
b) o direito não pode ser objeto de prova em nenhuma hipótese, dado o 
princípio de que cabe à parte dar os fatos ao juiz, a quem cabe aplicar o 
direito. 
c) a trasladada de outro processo é sempre inadmissível, por afrontar o 
contraditório e a ampla defesa das partes. 
d) o sistema que vigora entre nós é o da hierarquia, ou tarifado, tendo 
cada meio de prova, como regra, um peso previamente imposto ao juiz 
em sua valoração no caso concreto. 
e) se o juiz estiver convencido da existência de um fato, poderá dispensar 
a realização da prova correspondente, mesmo que tal fato ainda seja 
controvertido. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³$´� Uma vez mais a FCC trouxe questão 
com base no art. 332 do CPC, cuja redação é a seguinte: 
 
³$UW�������7RGRV�RV�PHLRV� OHJDLV��EHP�FRPR�RV�PRUDOPHQWH� OHJtWLPRV��
ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a 
YHUGDGH�GRV�IDWRV��HP�TXH�VH�IXQGD�D�DomR�RX�D�GHIHVD´� 
 
O sistema processual civil permite a produção de qualquer meio de prova, 
mesmo que esteja previsto em lei, desde que moralmente legítimas. Essa regra 
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é chamada de atipicidade das provas, já que não há um rol taxativo com as 
provas que podem ser produzidas. As demais assertivas estão erradas: 
/HWUD� ³%´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GR� &3&� WUD]� VLWXDo}HV� GH� SURYD� GR� GLUHLWR��
como a prova sobre teor e vigência do direito municipal, estadual, estrangeiro e 
consuetudinário. 
/HWUD�³&´��HUUDGD��SRLV�QmR�Ki�SUHYLVmR�VREUH�D�LPSRVVLELOLGDGH�GH�XWLOL]DomR�Ge 
prova copiada de outro processo, já que é considerada prova documental. 
/HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�R�VLVWHPD�DSOLFDGR�p�R�GR�OLYUH�FRQYHQFLPHQWR�PRWLYDGR�
do Juiz, conforme art. 131 do CPC. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��SRLV�VH�R� IDWR�p�FRQWURYHUWLGR��GHYHP�VHU�SURGXzidas provas 
para que a verdade seja revelada. 
 
17 - Q236373 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial - Área 
Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; Prazos; ) Em 
determinado processo cível em trâmite perante uma das Varas Cíveis da 
Capital do Estado de Pernambuco, o juiz designou a data da audiência de 
instrução mas omitiu-se a respeito do prazo para que as partes 
depositassem em cartório o rol de testemunhas. Neste caso, de acordo 
com o Código de Processo Civil brasileiro, o rol de testemunhas será 
apresentado 
a) até quinze dias antes da audiência. 
b) no prazo decadencial de dez dias contados da data da publicação 
oficial do despacho que designou a data da audiência. 
c) no prazo decadencial de cinco dias contados da data da publicação 
oficial do despacho que designou a data da audiência. 
d) no prazo decadencial de quinze dias contados da data da publicação 
oficial do despacho que designou a data da audiência. 
e) até dez dias antes da audiência. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³E´� Mais uma questão sobre o prazo para a 
juntada do rol de testemunhas, informação que consta expressamente no art. 
407 do CPC. Vejamos a transcrição do dispositivo: 
 
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³$UW�� ����� ,QFXPEH� jV� SDUWHV�� QR� SUD]R� TXH� R� MXL]� IL[DUi� DR�
designar a data da audiência, depositar em cartório o rol de 
testemunhas, precisando-lhes o nome, profissão, residência e o 
local de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol será apresentado até 
10 (dez) dias antes da audiência. Parágrafo único. É lícito a cada 
parte oferecer, no máximo, dez testemunhas; quando qualquer das 
partes oferecer mais de três testemunhas para a prova de cada fato, o 
MXL]�SRGHUi�GLVSHQVDU�DV�UHVWDQWHV´� 
 
Se o Juiz não especificou o prazo para a juntada do rol de testemunhas, as 
partes deverão apresenta-lo em até 10 diasantes da audiência, para que seja 
SRVVtYHO�D�LQWLPDomR�GDV�WHVWHPXQKDV��$�LQIRUPDomR�FRUUHWD�FRQVWD�QD�OHWUD�³(´��
As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do 
mesmo assunto. 
 
18 - Q232328 ( Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Analista Judiciário - 
Execução de Mandados / Direito Processual Civil / Prova; ) Em relação 
às provas, 
a) vigora entre nós o sistema de prova tarifado, atribuindo o juiz valor 
maior à confissão e menor à prova testemunhal. 
b) em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de 
experiência comum subministradas pela observação do que 
ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, 
ressalvado quanto a esta o exame pericial. 
c) como regra geral, devem elas ser produzidas com a inicial e a 
contestação, mas sempre até o saneamento do processo. 
d) apenas os meios de prova previstos em lei são admitidos 
processualmente. 
e) não dependem de produção probatória os fatos havidos no processo 
como controversos. 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³%´� Uma vez mais a questão da FCC é 
respondida facilmente com base na literalidade do art. 335 do CPC, que permite 
a aplicação das máximas de experiência do Juiz para julgar a lide. Vejamos: 
 
³$UW�������(P�IDOWa de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as 
regras de experiência comum subministradas pela observação do que 
ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, 
UHVVDOYDGR��TXDQWR�D�HVWD��R�H[DPH�SHULFLDO´� 
 
As demais assertivas, todas erradas, são facilmente descartadas, conforme será 
visto a seguir: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� QmR� Ki� XP� VLVWHPD� WDULIiULR� HP� UHODomR� jV� SURYDV�� RX�
seja, não estão hierarquizadas, inexistindo prova mais forte ou mais fraca em 
nosso ordenamento processual. Isso é muito explorado pela FCC. 
/HWUD� ³&´��HUUDGD�� já que o art. 336 do CPC diz que, em regra, as provas são 
produzidas em audiência. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGD�� pois o art. 332 do CPC permite também as provas 
moralmente legítimas, independentemente de previsão legal. 
/HWUD� ³(´��HUUDGD��pois se o fato é controverso, é porque existe dúvida. Se há 
dúvida, temos que produzir as provas para demonstrar a veracidade ou não do 
fato. 
 
19 - Q232129 ( Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância e da 
Juventude / Direito Processual Civil / Prova; ) São meios de prova: 
a) somente aqueles que o juiz admitir em cada caso concreto. 
b) apenas os meios especificados em lei. 
c) somente as perícias, testemunhos e documentos. 
d) todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, mesmo 
que não especificados em lei. 
e) tudo que se obtiver, lícita ou ilicitamente, desde que seja juntado ao 
processo judicial. 
 
 
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³'´� Novamente a questão da FCC trata das 
espécies de provas admitidas no processo, informação prevista no art. 332 do 
CPC, que será transcrito a seguir: 
 
³$UW�������7RGRV�RV�PHLRV� OHJDLV��EHP�FRPR�RV�PRUDOPHQWH� OHJtWLPRV��
ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a 
YHUGDGH�GRV�IDWRV��HP�TXH�VH�IXQGD�D�DomR�RX�D�GHIHVD´� 
 
Vejam que não são apenas os meios de prova previstos em lei que podem ser 
utilizados no processo. Também são admitidos os meios de prova moralmente 
legítimos, mesmo que não previstos na lei, nos termos do artigo transcrito e 
OHWUD� ³'´�� FRQVLGHUDGD� FRUUHWD�� As demais assertivas não precisam ser 
analisadas, pois tratam do mesmo assunto. 
 
20 - Q231621 ( Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista 
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Geórgia é menor de 16 anos; Gilda é parte na causa; e Mariana foi 
condenada por crime de falso testemunho em sentença transitada em 
julgado. No que diz respeito à possibilidade de prestarem depoimento 
como testemunhas, serão consideradas, respectivamente, 
a) incapaz, suspeita e impedida. 
b) impedida, suspeita e incapaz. 
c) suspeita, incapaz e impedida. 
d) incapaz, impedida e suspeita. 
e) impedida, incapaz e suspeita. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³'´� A incapacidade, suspeição e 
impedimento para atuar como testemunha são situações descritas no art. 405 
do CPC, nos §§ 1º, 2º e 3º, que serão transcritos a seguir: 
 
³$UW�������3RGHP�GHSRU�FRPR�WHVWHPXQKDV�WRGDV�DV�SHVVRDV��H[FHWR�DV�
incapazes, impedidas ou suspeitas. § 1o São incapazes: I - o interdito 
por demência; II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade 
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mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; 
ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as 
percepções; III - o menor de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o 
surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que Ihes faltam. 
§ 2o São impedidos: I - o cônjuge, bem como o ascendente e o 
descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, de 
alguma das partes, por consangüinidade ou afinidade, salvo se o exigir 
o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa ao estado da 
pessoa, não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute 
necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III 
- o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do 
menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e 
outros, que assistam ou tenham assistido as partes. § 3o São 
suspeitos: I - o condenado por crime de falso testemunho, 
havendo transitado em julgado a sentença; II - o que, por seus 
costumes, não for digno de fé; III - o inimigo capital da parte, ou o seu 
amigo íntimo; IV - R�TXH�WLYHU�LQWHUHVVH�QR�OLWtJLR´� 
 
Vendo as situações destacadas no artigo, chegamos à conclusão de que as 
testemunhas são, respectivamente, incapaz (menor de 16 anos), impedida 
(parte na causa) e suspeita (condenada por falso testemunho). As 
demais assertivas não precisam ser analisadas. 
 
21 - Q262208 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do 
Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual Civil / Prova; ) No sistema 
probatório vigente em nosso processo civil, 
a) salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser 
produzidas na petição inicial, pelo autor, e na resposta oferecida pelo réu. 
b) vigora o sistema tarifado e hierarquizado, pelo qual cada prova tem 
um peso específico a ser valorado rigidamente pelo juiz. 
c) o ônus da prova não pode ser distribuído de maneira diversa em 
nenhuma hipótese. 
d) o juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e 
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; 
deverá indicar na sentença, porém, os motivos que lhe formaram o 
convencimento. 
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Prof. Bruno Klippel www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 51e) somente os meios legais expressos são hábeis para provar a verdade 
dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$� /(75$� ³'´� A resposta da questão da FCC está 
novamente baseada no art. 131 do CPC, que trata do princípio do livre 
convencimento motivado do Julgador. /HQGR� D� DVVHUWLYD� ³'´�� SHUFHEH-se 
que temos a transcrição do dispositivo legal mencionado. Vejamos: 
 
³$UW�������2� MXL]� DSUHFLDUi� OLYUHPHQWH�D�SURYD��DWHQGHQGR�DRV� IDWRV� H�
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas 
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram 
R�FRQYHQFLPHQWR´� 
 
As demais assertivas mostram-se erradas, conforme análise a seguir: 
/HWUD�³$´��HUUDGD�� Mi�TXH�R�DUW������GR�&3&�GL]�TXH�DV�SURYDV��VDOYR�VLWXDo}HV�
especiais, são produzidas em audiência. 
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�R�VLVWHPD��FRPR�Mi�GLWR�WDQWDV�YH]HV��QmR�p�WDULIiULR��PDV�
de livre convencimento motivado. 
/HWUD� ³&´�� HUUDGD�� SRLV� Ki� SUHYLVmR� GH� GLVWULEXLomR� GR� {QXV� GD� SURYD� SRU�
convenção das partes no art. 333 do CPC. 
/HWUD�³(´��HUUDGD��pois o art. 332 do CPC também permite as provas moralmente 
legítimas, além das previstas em lei. 
 
22 - Q220041 ( Prova: FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; ) Considere as seguintes 
assertivas a respeito da prova documental: 
I. Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento 
relevante aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de 5 
dias. 
II. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também 
dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que 
ocorreram em sua presença. 
III. As cartas, bem como os registros domésticos, não provam contra 
quem os escreveu quando enunciam o recebimento de um crédito, 
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havendo expressa disposição legal neste sentido. 
IV. Quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público, 
nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta. 
 
De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se 
afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) I e II. 
c) II e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³'´� Estão corretas apenas as assertivas I, 
II e IV, conforme análise a seguir: 
 
I. Correta, pois de acordo com o art. 398 do CPC, que diz ser necessária 
a intimação da outra parte quando for juntado documento aos autos, 
como garantia do contraditório. 
II. Correta, em conformidade com o art. 364 do CPC, que possui a 
redação que consta no item II. 
III. Errada, já que o art. 376 do CPC afirma que tais documentos fazem 
prova contra quem os escreveu. 
IV. Correta, em conformidade com a redação do art. 366 do CPC. 
 
23 - Q299011 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual Civil / Prova; ) O sistema probatório de 
nosso ordenamento processual civil 
a) é valorado pelo critério legal, aferindo-se as provas a partir de uma 
rigorosa hierarquia. 
b) conduz o juiz a proferir sentenças em que prevalece sua livre 
convicção motivadamente. 
c) é denominado sistema tarifado, cada prova possuindo um determinado 
valor previamente conhecido. 
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d) não permite ao juiz que determine senão a produção das provas 
requeridas por iniciativa da parte. 
e) só admite a oitiva de testemunhas maiores e capazes, devidamente 
compromissadas. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� A FCC se valeu novamente do art. 131 
do CPC, que trata do princípio do livre convencimento motivado do Juiz 
que em síntese pode ser assim entendido: não há prova mais fraca ou mais 
forte, sendo que o Juiz é livre para se convencer por qualquer uma delas, desde 
que motive o seu entendimento. Vejam que o convencimento é livre, com base 
em qualquer prova, mas o Juiz deve dizer os motivos que o levaram a julgar 
daquela forma. Vejamos o dispositivo legal: 
 
³$UW�� ����� 2� MXL]� DSUHFLDUi� OLYUHPHQWH� D� SURYD�� DWHQGHQGR� DRV� IDWRV� H�
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas 
deverá indicar, QD�VHQWHQoD��RV�PRWLYRV�TXH�,KH�IRUPDUDP�R�FRQYHQFLPHQWR´� 
 
As demais assertivas estão erradas: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� QmR� VH� DSOLFD� R� VLVWHPD� GD� SURYD� OHJDO� RX� WDULIiULR��
inexistindo hierarquia entre os meios de prova. 
/HWUD�³&´� errada, pois como já dito, não há prova mais fraca ou mais forte. 
/HWUD�³'´��HUUDGD��SRLV�R�DUW������GR�&3&�SHUPLWH�DR�-XL]�D�SURGXomR�GH�TXDOTXHU�
meio de prova, mesmo que não requerido pelas partes. Tal artigo trata dos 
poderes instrutórios do Juiz. 
LeWUD�³(´��HUUDGD��pois o menor com 16 anos, apesar de ser incapaz na órbita 
civil, pode ser testemunha no processo, já que o art. 405, §1º do CPC diz que o 
incapaz para ser testemunha é apenas o menor de 16 anos. 
 
24 - Q204031 ( Prova: FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de 
Contas / Direito Processual Civil / Prova; Audiência; ) Na audiência, de 
acordo com o Código de Processo Civil, as provas serão produzidas na 
seguinte ordem: 
a) o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos, as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu serão 
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inquiridas, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e 
depois do réu. 
b) o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do 
réu, o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos e serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e 
pelo réu. 
c) o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do 
autor e depois do réu e serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo 
autor e pelo réu. 
d) o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do 
autor e depois do réu e serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo 
réu e pelo autor. 
e) as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu serão inquiridas, o juiz 
tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu e o 
perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³&´� A produção das provas em audiência 
segue a ordem prescrita no art. 452 do CPC< assim redigido: 
 
³$UW�������$V�SURYDV�VHUmR�SURGX]LGDV�QD�DXGLrQFLD�QHVWD�RUGHP��,�- o 
perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de 
esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435; II - o juiz 
tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; III 
- finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e 
SHOR�UpX´� 
 
Tal ordem precisa ser memorizada, pois várias questões da FCC exigem a 
literalidade do mesmo, como o atual. Percebemos facilmente que apenas a letra³&´�WUD]�D�RUGHP�FRUUHWD��As demais, por tratarem do mesmo assunto, não 
precisam ser analisadas em separado. 
 
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25 - Q125497 ( Prova: FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área 
Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; ) Na demanda judicial 
que A ajuizou contra B, C é bisneta de A; D é inimigo capital de B; E é 
cônjuge de A e F possui interesse no litígio. Nestes casos, estão 
impedidos de depor SOMENTE 
a) D e F. 
b) C e E. 
c) C, D e E. 
d) C, D, E e F. 
e) E e F. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³%´� Os impedidos de depor constam 
expressamente no art. 405, §2º do CPC, que possui a seguinte redação: 
 
³†� �o São impedidos: I - o cônjuge, bem como o ascendente e o 
descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, 
de alguma das partes, por consangüinidade ou afinidade, salvo 
se o exigir o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa 
ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a 
prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - 
o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, 
como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa 
jurídica, o juiz, o advogado e outros, que assistam ou tenham assistido 
DV�SDUWHV´� 
 
Das situações descritas pela FCC, somente estão impedidas de depor as 
WHVWHPXQKDV� ³&´� H� ³(´�� HP� YLUWXGH� GR� SDUHQWHVFR� H� GR� IDWR� GH� VHU� F{QMXJH��
respectivamente. As demais são situações de suspeição, previstas no art. 405, 
§3º do CPC. Não há necessidade de serem analisadas todas as assertivas 
em separado, pois tratam do mesmo tema. 
 
 
 
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26 - Q111476 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Paulo ajuizou ação de cobrança de quantia em dinheiro em face de Pedro. 
Pedro alegou já ter pago a dívida cobrada. Nesse caso, o ônus de provar a 
existência da dívida ou a ocorrência do pagamento 
a) independe de prova. 
b) incumbe a Paulo. 
c) incumbe a Pedro. 
d) incumbe Pedro e a Paulo, respectivamente. 
e) incumbe a Paulo e a Pedro, respectivamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� Temos dois fatos descritos pela FCC e 
de devem ser provados: 
a. Existência da dívida ± fato constitutivo; 
b. Pagamento ± fato extintivo; 
 
Com base no art. 333 do CPC, que trata da distribuição do ônus da prova, 
podemos dizer que Paula deve provar a existência da dívida, ao passo que Pedro 
deve provar o pagamento, já que o fato constitutivo deve ser provado pelo 
autor, enquanto que o fato extintivo deve ser provado pelo réu. Vejamos 
a redação do dispositivo legal: 
 
³$UW�� ����� 2� {QXV� GD� SURYD� LQFXPEH�� I - ao autor, quanto ao fato 
constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de 
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o 
ônus da prova quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - 
WRUQDU�H[FHVVLYDPHQWH�GLItFLO�D�XPD�SDUWH�R�H[HUFtFLR�GR�GLUHLWR´� 
 
27 - Q111309 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual Civil / Prova; ) A respeito 
da prova testemunhal, considere: 
I. O cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que 
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lhes faltam. 
II. O advogado que tenha assistido a qualquer das partes. 
III. O que, por seus costumes, não for digno de fé. 
Considera-se, dentre outros, impedida de depor a pessoa indicada 
APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) II. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$� /(75$� ³(´� Lendo as hipóteses de impedimento 
das testemunhas previstas no art. 405, §2º do CPC, percebe-se que apenas o 
item II, que trata do Advogado que assistiu qualquer das partes, é realmente 
hipótese de impedimento. Vejamos: 
 
³†� �o São impedidos: I - o cônjuge, bem como o ascendente e o 
descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, 
de alguma das partes, por consangüinidade ou afinidade, salvo 
se o exigir o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa 
ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a 
prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - 
o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, 
como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa 
jurídica, o juiz, o advogado e outros, que assistam ou tenham assistido 
DV�SDUWHV´� 
 
As situações descritas em I e III são hipóteses de incapacidade e suspeição, 
respectivamente, conforme §§1º e 3º do art. 405 do CPC. Tais situações são 
sempre bastante lembradas nos concursos da FCC, quando o tema é prova 
testemunhas. Não há necessidade de análise individual das demais 
assertivas. 
 
 
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28 - Q97344 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual Civil / Prova; ) 
A respeito das provas, considere: 
 
I. O depoimento pessoal de quaisquer das partes pode ser determinado 
pelo juiz de ofício, independentemente de requerimento da parte 
contrária. 
II. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis 
alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro. 
III. O juiz não poderá determinar, de ofício, a realização de nova perícia, 
mesmo se a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III 
e) III. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³%´� Estão corretos apenas os itens I e II, 
conforme será analisado a seguir: 
 
I. Correto, pois em conformidade com o art. 342 do CPC, o Juiz pode, de 
ofício, determinação o comparecimento das partes. 
II. Correto, em conformidade com o art. 350, § único do CPC. 
III. Errado, pois o art. 437 do CPC permite a realização de nova perícia, de 
ofício, pelo Juiz, quando o mesmo entender pela necessidade de nova 
prova. Transcreve-se o dispositivo para conhecimento: 
 
³Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da 
parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não Ihe parecer 
VXILFLHQWHPHQWH�HVFODUHFLGD´� 
 
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29 - Q87582 ( Prova: FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área 
Judiciária / Direito Processual Civil / Prova; ) Gabriel, Joana e Bruna são 
testemunhas processuais do processoG. Gabriel é neto da autora. Joana 
não é parente de nenhuma das partes mas já foi condenada por crime de 
falso testemunho com sentença transitada em julgado. E, Bruna, também 
sem vínculos familiares, possui interesse no litígio. Segundo o Código Civil 
brasileiro, para testemunhar na lide, Gabriel, Joana e Bruna são, 
respectivamente, 
a) impedido, suspeito e suspeito. 
b) suspeito, impedido e suspeito. 
c) impedido, suspeito e impedido. 
d) impedido, impedido e suspeito. 
e) suspeito, suspeito e impedido. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� Vejamos as três situações em 
separado: 
a. Gabriel ± neto da autora: §2º do art. 405 do CPC ± impedimento; 
b. Joana ± condenada por crime de falso testemunho: §3º do art. 405 do 
CPC ± suspeição; 
c. Bruna ± possui interesse no litígio ± §3º do Art. 405 do CPC ± suspeição. 
 
Lendo o art. 405 do CPC, percebe-se que, na ordem, as testemunhas são: 
impedida, suspeita e suspeita, FRQIRUPH�OHWUD�³$´��~QLFD�FRQVLGHUDGD�FRUUHWD��
Vale a pena transcrever o dispositivo, pois muito cobrado nos concursos da FCC: 
 
³$UW�������3RGHP�GHSRU�FRPR�WHVWHPXQKDV�WRGDV�DV�SHVVRDV��H[FHWR�DV�
incapazes, impedidas ou suspeitas. § 1o São incapazes: I - o interdito 
por demência; II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade 
mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; 
ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as 
percepções; III - o menor de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o 
surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que Ihes faltam. 
§ 2o São impedidos: I - o cônjuge, bem como o ascendente e o 
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descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau, de 
alguma das partes, por consangüinidade ou afinidade, salvo se o exigir 
o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa ao estado da 
pessoa, não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute 
necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - 
o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do 
menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e 
outros, que assistam ou tenham assistido as partes. § 3o São 
suspeitos: I - o condenado por crime de falso testemunho, havendo 
transitado em julgado a sentença; II - o que, por seus costumes, não 
for digno de fé; III - o inimigo capital da parte, ou o seu amigo íntimo; 
IV - R�TXH�WLYHU�LQWHUHVVH�QR�OLWtJLR´� 
 
30 - Q82387 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista 
Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual Civil / Prova; ) Em um 
procedimento ordinário, o réu arrolou duas testemunhas: João, que é seu 
amigo íntimo, e Pedro, que tem interesse no litígio. Nesse caso, é lícito ao 
autor, através de seu advogado, contraditar as testemunhas, arguindo-
lhes 
a) a suspeição. 
b) o impedimento. 
c) a incapacidade. 
d) a suspeição e o impedimento, respectivamente. 
e) o impedimento e a incapacidade, respectivamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³$´� As duas situações descritas ± amizade 
íntima e interesse no litígio ± qualificam as testemunhas como suspeitas, de 
acordo com o §3º do art. 405 do CPC, abaixo transcrito: 
 
³†� �o São suspeitos: I - o condenado por crime de falso testemunho, 
havendo transitado em julgado a sentença; II - o que, por seus 
costumes, não for digno de fé; III - o inimigo capital da parte, ou o 
seu amigo íntimo; IV - R�TXH�WLYHU�LQWHUHVVH�QR�OLWtJLR´�� 
 
As demais assertivas não precisam ser analisadas. 
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31 - Q55871 ( Prova: FCC - 2010 - TJ-PI - Assessor Jurídico / Direito 
Processual Civil / Prova; ) 
Analise as seguintes assertivas sobre as provas e sua produção em 
processo de conhecimento pelo rito ordinário. 
I. Em audiência de instrução, antes do depoimento pessoal das partes e 
da oitiva de testemunhas, o perito prestará esclarecimentos e responderá 
às perguntas previamente formuladas pelas partes, desde que intimado 
com 5 dias de antecedência. 
II. Caberá à parte que produziu judicialmente determinado documento o 
ônus da prova quando a parte contrária contestar sua assinatura nele 
postada, mesmo sem suscitar incidente de falsidade. 
III. A inspeção judicial se dá sobre pessoas e coisas somente quando 
requerida por qualquer das partes. 
IV. Não viola o princípio dispositivo se o juiz determinar o 
comparecimento de uma parte para tomar seu depoimento pessoal 
mesmo quando este não for solicitado pela parte contrária. 
V. A confissão é meio de prova que prevalece sobre as demais e por isso 
é considerada a "rainha das provas". 
 
Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³%´� Estão corretas apenas as assertivas I, 
II e IV, conforme será analisado a seguir: 
 
I. Correto, em conformidade com o art. 452, I do CPC, que alude ao art. 
435 do CPC, em relação ao prazo para intimação do perito. 
II. Correto, pois de acordo com o art. 389, II do CPC. 
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III. Errado, já que o art. 440 do CPC prevê a realização da inspeção 
judicial de ofício, ou seja, sem requerimento das partes. 
IV. Correto, pois o Juiz tem o dever de buscar a verdade e, para isso, pode 
determinar a produção de qualquer meio de prova, conforme art. 130 
do CPC, determinando o comparecimento das partes, por exemplo. 
V. Errado, pois não há prova mais forte ou mais fraca no nosso 
ordenamento jurídico, haja vista que o art. 131 do CPC prevê o livre 
convencimento motivado do Juiz. 
 
32 - Q37077 ( Prova: FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário 
- Área Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual Civil / 
Prova; ) A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, se 
pendente o processo em que foi feita, 
a) não poder ser revogada até a prolação da sentença de primeiro grau. 
b) pode ser revogada por ação anulatória. 
c) pode ser revogada através de processo administrativo a ser interposto 
perante a Corregedoria. 
d) pode ser revogada por ação rescisória. 
e) não pode ser revogada sem o trânsito em julgado da sentença. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$� /(75$� ³%´� A revogação da confissão quando a 
mesma emana a erro, dolo ou coação, está expressamente prevista no art. 352 
do CPC, assim redigido: 
 
³$UW�������$� FRQILVVmR��TXDQGR�HPDQDU�GH�erro, dolo ou coação, pode 
ser revogada: I - por ação anulatória, se pendente o processo em 
que foi feita; II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado 
a sentença, da qual constituir o único fundamento. Parágrafo único. 
Cabe ao confitente o direito de propor a ação, nos casos de que trata 
HVWH�DUWLJR��PDV��XPD�YH]�LQLFLDGD��SDVVD�DRV�VHXV�KHUGHLURV´� 
 
A matéria é simples, mas temos que prestar atenção em um pequeno detalhe: 
a. Se a ação está em curso, deve-se ajuizar ação anulatória; 
b. Se já houve o trânsito em julgado, deve-seajuizar ação rescisória; 
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1D�SUHVHQWH�TXHVWmR��R�HQXQFLDGR�IDOD�HP�³se pendente o processo em que foi 
IHLWD´��R�TXH�DWUDL�D�SULPHLUD�VLWXDomR��GH�ajuizamento de ação anulatória. As 
demais assertivas não precisam ser analisadas. 
 
3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS: 
 
1 - Q378710 ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual Civil / Prova; ) Em relação à prova, é 
correto afirmar: 
a) Na apreciação da prova, o Juiz utilizará de seu livre convencimento, 
atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, mas deverá 
indicar expressamente, na sentença, os motivos que lhe formaram esse 
livre convencimento. 
b) O sistema processual pátrio estabelece a prova hierarquizada, devendo 
o Juiz obedecer estritamente a essa hierarquia, sob pena de nulidade da 
sentença a ser proferida. 
c) As máximas de experiência não são observadas em nosso direito, pois 
o Juiz, em falta de normas jurídicas particulares, só poderá utilizar-se da 
analogia, dos usos e costumes e dos princípios gerais de direito. 
d) O ônus da prova não pode ser objeto de convenção entre as partes, 
em nenhuma hipótese, por se tratar de matéria cogente e de ordem 
pública. 
e) Somente os meios legais são aptos a provar a verdade dos fatos, até 
porque as provas previstas processualmente configuram rol taxativo e 
não elucidativo. 
 
2 - Q373390 ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Considere as seguintes disposições: 
I. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas 
na petição inicial, pelo autor, e na contestação, pelo réu. 
II. Não dependem de prova os fatos em cujo favor mi- lita presunção 
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legal de existência ou de veracidade. 
III. Somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos, 
em que se funda a ação ou a defesa. 
IV. A convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa à legal 
é nula quando recair sobre direito indisponível da parte. 
V. As máximas de experiência aplicam-se na falta de normas jurídicas 
particulares, caracterizando-se tais máximas pelas regras de experiência 
comum sub-ministradas pela observação do que ordinariamente 
acontece. 
 
Está correto o que consta em : 
a) I, II, III, IV e V. 
b) I, II, III e V, apenas. 
c) II, IV e V, apenas. 
d) II, III, IV e V, apenas. 
e) I, IV e V, apenas. 
 
3 - Q361495 ( Prova: FCC - 2014 - SABESP - Advogado / Direito 
Processual Civil / Prova; ) A respeito da prova pericial: 
a) para desempenharem suas funções, podem o perito e os assistentes 
técnicos ouvir testemunhas e solicitar documentos que estejam em poder 
das partes. 
b) o perito pode ser substituído se, em outra perícia, houver elaborado 
laudo acerca do mesmo objeto. 
c) o juiz fica vinculado ao laudo se as partes e os assistentes técnicos não 
contrariarem suas conclusões. 
d) as partes não podem acompanhar os trabalhos periciais. 
e) a manifestação das partes e assistentes técnicos acerca do laudo se 
dá, exclusivamente, após a audiência de instrução e julgamento, por 
ocasião do debate oral ou dos memoriais. 
 
4 - Q359621 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz / Direito 
Processual Civil / Prova; ) No tocante à prova, é correto afirmar: 
a) O ônus da prova é cogente, não admitindo convenção que a distribua 
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de maneira diversa em nenhuma hipótese; 
b) Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser 
produzidas com a inicial e em perícia. 
c) O rol de provas possíveis é taxativo em nosso direito, só se admitindo 
aquelas expressamente previstas em lei. 
d) O juiz valorará a prova dos autos conforme critério tarifário, ou seja, 
dando a cada prova o valor previamente fixado para ela no direito 
processual civil pátrio. 
e) O destinatário da prova é o juiz, que poderá, de oficio ou a 
requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do 
processo, bem como indeferir as diligências inúteis ou meramente 
protelatórias. 
 
5 - Q348140 ( Prova: FCC - 2013 - MPE-SE - Analista - Direito / Direito 
Processual Civil / Prova; ) No tocante às provas, 
a) o ônus da prova é imperativo legal e não admite convenção que o 
distribua de maneira diversa em nenhuma hipótese. 
b) o juiz pode, desde que até o saneamento do processo e com a 
concordância das partes, determinar o comparecimento pessoal das 
partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. 
c) a parte é obrigada a depor sobre quaisquer fatos, sem exceção, pois 
no processo civil ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder 
Judiciário para o descobrimento da verdade. 
d) em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de 
experiência comum ditadas pela observação do que geralmente acontece 
e, ainda, as regras da experiência técnica, com ressalva do exame pericial 
quanto a esta última. 
e) somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos 
em que se funda a ação ou a defesa. 
 
6 - Q328945 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual Civil / Prova; ) 
A prova deve incidir sobre fatos, entretanto, segundo disposição expressa 
da lei processual, o juiz pode determinar a prova. 
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a) de direito municipal e desde que não se refira a município sobre o qual 
o juiz exerça jurisdição, mas não de direito estadual ou estrangeiro. 
b) de direito consuetudinário, mas não de direito estrangeiro. 
c) de direito municipal, estadual ou estrangeiro. 
d) de direito consuetudinário ou estrangeiro, mas não de direito 
municipal. 
e) da vigência de lei cuja revogação seja discutível na doutrina ou na 
jurisprudência. 
 
7 - Q358893 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Prova; ) 
Com relação às provas, é correto afirmar: 
a) As partes podem juntar documentos a qualquer tempo, ainda que não 
sejam novos. 
b) Pode o juiz, independentemente de requerimento, determinar o 
comparecimento pessoal das partes a fim de interrogá-las sobre os fatos 
discutidos na causa, qualquer que seja o estado do processo. 
c) A confissão espontânea é sempre pessoal, não podendo ser realizada 
por mandatário com poderes especiais. 
d) O juiz deverá admitir a oitiva de testemunhas mesmo que a parte 
tenha confessado sobre o fato a respeito do qual viria a depor. 
e) O ônus da prova incumbe sempre ao autor. 
 
8 - Q322420 ( Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Analista Legislativo / Direito 
Processual Civil / Prova; ) Paulo, na condição de réu, admitiu em juízo, 
por erro essencial, a verdade de um fato contrário ao seu interesse

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