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Arqueologia de Contrato e Positivismo

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Arqueologia- Professora Danielly 
Bruna Letícia 2°Período de História - UEMA
Atualmente, a exemplo do que ocorreu em outros países, a pesquisa arqueológica levada a cabo no Brasil é predominantemente realizada por contrato de prestação de serviços. O termo arqueologia de contrato foi introduzido como decorrência do surgimento de um mercado de trabalho que pressupunha para o arqueólogo, como já ocorria com outras profissões, a existência de patrões ou de clientes. Um serviço arqueológico determinado é realizado por uma remuneração negociada entre as partes (Meighan 1986).
 Arqueologia de Contrato é nada mais que um aspecto da prática arqueológica que se reproduz como uma Arqueologia Empresarial, assim sendo produzida dentro de uma lógica empresarial e de mercado. Deduz a existência de complicadas relações entre contratantes e clientes, patrões e contratados, negociantes e empregados. 
Em fatos assim, o produto a ser vendido ou comercializado é o próprio trabalho do arqueólogo. Este produto é um laudo em seu sentido mais amplo, geralmente um serviço desse tipo está voltado para o licenciamento socioambiental de empreendimentos dos mais diversos, desde a revitalização de uma praça pública no Tocantins até a construção de uma grande hidrelétrica no Piauí, isso foi citado nas aulas e bem compreendido que, por exemplo, com a construção da barragem em Estreito-MA, muita coisa pode ter sido perdida. 
Entretanto, através do contrato também é possível fazer outros tantos tipos de trabalhos. Uma mostra disso são os laudos administrativos e periciais, feitos na esfera governamental e para o Judiciário, respectivamente, sobre áreas reivindicadas por povos indígenas e outras comunidades tradicionais, como as remanescentes dos quilombos.
 Em circunstancia desse tipo, diversas vezes tem sido deduzida a criação de trabalhos chamados de contralaudos, adquiridos para defender sujeitos e organizações ligadas ao movimento ruralista, os quais se apresentam como contratantes e partes envolvidas em litígios judiciais pela posse de terras no Brasil. 
O positivismo ensinava a cientificação do pensamento e do estudo humano, tendo em vista a conquista de resultados claros, objetivos e completamente corretos. Os adeptos desse movimento confiavam num ideal de neutralidade, ou seja, na separação entre o pesquisador, autor e sua obra. E em vez de mostrar os julgamentos e opiniões de seu criador, se desculparia de forma neutra e clara uma realidade a partir de seus fatos, mas sem os analisar.
Os positivistas acreditam que o conhecimento se explica por si mesmo, precisando apenas recuperar e colocar os estudos a mostra. Não foram poucos os que seguiram a corrente positivista, pois, Auguste Comte, Émile Durkheim, Fustel de Coulanges entre outros que ajudaram para fazer do positivismo e da ciência, do saber uma posição poderosa no século.
Pode inclusive dizer que o positivismo diminui o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um pequeno coletor de informações e fatos presentes nos documentos, capazes de fazer-se entender por sua conta. "Os fatos históricos falam por si mesmos", dizia Coulanges, historiador francês.
 	Dessa maneira, para os positivistas que estudaram a História, esta retoma o caráter de ciência pura, é formada pelos fatos cronológicos e o que realmente significam em si. São objetivos à medida que possuem uma verdade única em sua formação sendo, que é o seu sentido e sua única possibilidade de compreensão. E não requerem a ação do historiador para serem entendidos: como já dito, o papel deste é coletar e ajeitar, certificando pela análise minuciosa e liberta de julgamentos pessoais sua validade ou não.
Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis: para se obter a totalidade sobre os fatos e não deixar nenhuma margem de dúvida no que se refere à sua compreensão. 
A busca desses fatos deve ser feita por mentes neutras, pois qualquer juízo de valor na pesquisa e análise altera o sentido e a verdade própria dos fatos, modificando, pois a própria História. Esta se tornaria uma ciência falha e totalmente fora de seu caráter científico, e, portanto destituída de valor e validade. Coulanges chega a afirmar que a "História não é arte, mas uma ciência pura (...) a busca dos fatos é feita pela observação minuciosa dos textos, da mesma maneira que o químico encontra os seus em experiências minuciosamente conduzidas".
Palavras-chave: Arqueologia, contrato, positivismo, positivistas.

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