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UNID. I. PARTE I. CONTROLE CONST. CONTROLE DIFUSO.

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Disciplina: Direito Constitucional III.
	
Unidade I. Controle de Constitucionalidade.
Sugestão de bibliografia:
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ª edição. São Paulo: Saraiva, 2013. Capítulo 6. Controle de Constitucionalidade.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 30ª edição. São Paulo: Atlas, 2014. Capítulo 12. Controle de Constitucionalidade.
DANTAS, Paulo Roberto Figueiredo. Curso de Direito Constitucional. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2014. Capítulo 5. Controle de Constitucionalidade.
DANTAS, Paulo Roberto Figueiredo. Curso de Direito Constitucional versão compacta. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2014. Capítulo 4. Controle de Constitucionalidade.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 24ª edição. São Paulo: Malheiros. Capítulo II. Da Constituição.
Moraes, Guilherme Peña. Curso de Direito Constitucional. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2015. Capítulo 6. Controle de Constitucionalidade; Capítulo 7. Arguição de Inconstitucionalidade; Capítulo 8. Ação Direita de Inconstitucionalidade; Capítulo 9. Ação Declaratória de Constitucionalidade; Capítulo 10. Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão; Capítulo 11. Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva; Capítulo 12. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental; Capítulo 13. Controle de Constitucionalidade no plano estadual.
DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya. Curso de Processo Constitucional: controle de constitucionalidade e remédios constitucionais. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2014.
_________________________________________________________________
Controle concentrado: dividido em ADI, ADC e ADPF. Aqui os atos inconstitucionais estão, em regra, sujeitos à nulidade absoluta, com a consequência da desconstituição ex tunc de todos os seus efeitos, bem como sejam erga omnes. Exceção haverá atribuição de efeitoex-nunc quando:
·  Condição formal: a restrição dos efeitos deverá ser aprovada por maioria de dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal, o que equivale a oito ministros;
·  Condição material: que restringe os casos de limitação dos efeitos a razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social
Mapa estrutural da unidade:
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UNIDADE I. PARTE I: ASPECTOS GERAIS. CONTROLE DIFUSO.
1. SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO.
1.1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE.
Poder Constituinte Originário criou mecanismos que controlam� os atos normativos.
Requisitos para o controle:
Constituição Federal Rígida� + Atribuição de competência a um órgão.
Ideia de controle:
Emana rigidez. + Pressupõe a noção de escalonamento normativo. + A norma deve encontrar validade na Constituição Federal. = Princípio da Supremacia da Constituição Federal.
É bom saber: para José Afonso da Silva�: a Supremacia da Constituição Federal decorre da compatibilidade vertical �das normas da ordenação jurídica de um país.
 A inconstitucionalidade das leis e a regra geral da “teoria da nulidade”.
O Brasil adota, regra geral, a TEORIA DA NULIDADE ao declarar a inconstitucionalidade da lei.
TEORIA DA NULIDADE = influência norte americana + ato declaratório que reconhece em uma situação pretérita um vício congênito.
Consequência: ato declarado inconstitucional deve ser considerado nulo e desprovido de força vinculativa.
Bom saber: em sentido contrário, temos a TEORIA DA ANULABILIDADE DA NORMA INCONSTITUCIONAL,� defendida pelo austríaco Hans Kelsen.
Teoria da Anulabilidade da Norma Inconstitucional: a decisão que reconhece tem natureza constitutiva + não declara a nulidade e sim ANULA uma lei = Até o pronunciamento da Corte a norma é válida e eficaz.
Observação: no Brasil a teoria da anulabilidade é minoritária.
Diferenças entre as teorias da Nulidade e da Anulabilidade.
	Sistema Austríaco (Hans Kelsen)
	Sistema Americano
	
- Decisão com eficácia constitutiva.
- Vício de inconstitucionalidade é verificado no plano de eficácia.
- Efeito ex nunc.
- A lei é provisoriamente válida até a anulação.
	
- Decisão com eficácia declaratória.
- Vício é verificado no plano de validade.
- Efeito ex tunc (retroage)
- Invalidação dos atos desde o “berço”.
Flexibilização da teoria da nulidade no direito brasileiro.
Regra geral: nulidade absoluta da lei inconstitucional, mas, comporta exceção, o que permite a flexibilização da teoria.
Flexibilização da teoria da nulidade: princípio da supremacia da Constituição Federal + Segurança Jurídica + Boa Fé.
Mitigação do princípio da nulidade no controle concentrado (artigo 27 da Lei 9.868/99).
Lei 9.868/99, artigo 27: Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Essa lei permite a criação pela doutrina da técnica chamada de modulação dos efeitos da decisão.
Vantagens da modulação dos efeitos da decisão: melhor adequação da declaração de inconstitucionalidade aos princípios da segurança jurídica, boa fé e interesse social.
Exemplo:
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ANIMADOR CULTURAL. CRIAÇÃO DE FUNÇÃO GRATIFICADA DESTINADA A OUTRA ATRIBUIÇÃO QUE NÃO ÀS DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. Em se tratando de cargo público, a regra é a aprovação mediante concurso de provas ou de provas e títulos. A Carta Magna excepciona apenas os denominados cargos em comissão e as funções de confiança que podem ser providos por pessoas estranhas ao serviço público para o exercício de funções que tenham como pressuposto o vínculo de confiança entre o servidor nomeado e seu superior hierárquico. Afronta aos artigos 37, V da CRFB e art. 77, e VIII, 112 § 1º, II, ¿a¿ e ¿b¿ da Carta Estadual. Precedentes do STF e do Órgão Especial. No caso, resta caracterizado o risco extremo à segurança jurídica ou ao interesse social, considerando que há cerca de 576 pessoas no exercício da função ora em exame, revelando-se adequado modular os efeitos desta decisão, nos moldes do art. 27 da Lei 9868/99, restringindo-os em sua eficácia a partir de dois anos após o trânsito em julgado deste acórdão, para que não sejam prejudicados aqueles que de boa-fé vem exercendo, há aproximadamente 20 anos, a função de maneira inconstitucional. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO
(TJ-RJ - ADI: 00207705820138190000 RJ 0020770-58.2013.8.19.0000, Relator: DES. JORGE LUIZ HABIB, Data de Julgamento: 10/03/2014, OE - SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO E ORGAO ESPECIAL, Data de Publicação: 15/04/2014 13:22)
Mitigação do princípio da nulidade no controle difuso.
Regra do artigo 27 da Lei 9.868 de 1999: utilizada por ANALOGIA ao controle difuso.
Requisito: princípio da ponderação de valores.
Exemplo:
Recurso Extraordinário nº 197.917 - Diário da Justiça - 07/05/2004
Ao constatar-se a inconstitucionalidade da lei impugnada, a situação consolidada deve ser respeitada, em nome do princípio da segurança jurídica. A declaração de nulidade, com seus normais efeitos ex tunc, resultaria grave ameaça a todo o sistema legislativo vigente. Fazendo prevalecer o interesse público, conferiu–se, em caráter de exceção, efeitos pro futuro à declaração incidental de inconstitucionalidade.
O Ministério Público do Estado de São Paulo interpôs recurso extraordinário, perante o Supremo Tribnal Federal, contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que reformou integralmente sentença de primeiro grau a qual, reconhecendo a inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 6º da Lei Orgânica do Município de Mira Estrela/SP, reduziu de onze para nove o número de vereadores, decretando a extinção dos mandatos que sobejaram o número fixado. A Constituição do Brasil dispõe que o número de vereadores deve ser proporcional à população do Município(art. 29, IV). O recorrente alegou que o parágrafo único do art. 6º da Lei Orgânica do Município de Mira Estrela/SP, em desrespeito à proporcionalidade exigida pela Constituição Federal, fixou número excessivo de vereadores, tendo em vista que o Município em questão possuiria somente 2.651 habitantes.
O Plenário do Tribunal entendeu que a Constituição Federal, em seu art. 29, IV, exige que o número de Vereadores seja proporcional à população dos Municípios, observados os limites mínimo e máximo fixados pelas alíneas “a” a “c” do mesmo dispositivo. Dessa maneira, asseverou–se que deixar a critério do legislador municipal o estabelecimento da composição das Câmaras Municipais, apenas com observância aos limites máximo e mínimo, é tornar sem sentido a exigência constitucional expressa da proporcionalidade. Sendo assim, a Lei Orgânica que estabeleça a composição da Câmara de Vereadores sem observar a relação cogente de proporção com a respectiva população configura excesso do poder de legislar, sendo contrária ao sistema constitucional vigente. A não observância da exigência da proporção contrariaria os princípios constitucionais da isonomia e da razoabilidade.
Os Ministros consignaram, portanto, a necessidade de interpretação dos dispositivos constitucionais invocados de modo a se observar parâmetro aritmético generalizado, sem que a proporcionalidade reclamada traduza qualquer afronta aos demais princípios constitucionais e nem resulte em formas estranhas e distantes da realidade dos Municípios brasileiros. A orientação seguida pelo Supremo Tribunal Federal, neste caso, seria confirmada pelo modelo constitucional de composição da Câmara dos Deputados e das Assembléias Legislativas (arts. 27 e 45, §1º, da Constituição Federal). Vencida a tese de que, sob pena de violação da autonomia política municipal, os municípios, respeitados os limites constitucionais máximo e mínimo, têm a discricionariedade para decidir sobre a composição da Câmara de Vereadores. Os Ministros, ao constatarem a inconstitucionalidade da lei impugnada, depararam–se com o fato de que a situação consolidada, em nome do princípio da segurança jurídica, devia ser respeitada, pois tratar-se-ia de situação excepcional em que a declaração de nulidade, com seus normais efeitos ex tunc, resultaria grave ameaça a todo o sistema legislativo vigente.
Dessa forma, fazendo prevalecer o interesse público, conferiu–se, em caráter de exceção, efeitos pro futuro à declaração incidental de inconstitucionalidade. Conseqüentemente, o Plenário do Tribunal, por maioria de votos, deu parcial provimento ao recurso extraordinário para, restabelecendo, em parte, a decisão de primeiro grau, declarar inconstitucional, incidenter tantum, o parágrafo único do art. 6º da Lei Orgânica nº 226/1990 do Município de Mira Estrela/SP, e determinar à Câmara de Vereadores que, após o trânsito em julgado, adote as medidas cabíveis para adequar sua composição aos parâmetros ora fixados, respeitados os mandatos dos atuais vereadores.
1.2. ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE
�
Inconstitucionalidade por ação ou omissão.
Ato comissivo ou omissivo� do Poder Público.
Inconstitucionalidade por omissão = inércia legislativa na regulamentação de normas de eficácia limitada.
Inconstitucionalidade por ação = vício formal e/ou vício material e/ou vício de decoro parlamentar.
Do vício formal: também conhecido como NOMODINÂMICA�.
Vício formal = vício na forma, ou seja, no processo de formação, no processo legislativo de sua elaboração, ou ainda, na elaboração por autoridade incompetente.
Inconstitucionalidade formal orgânica = inobservância da competência legislativa para elaborar o ato.
Exemplo: artigo 22, XI, CF:
Artigo 22. Compete privativamente á União legislar sobre:
XI – trânsito e transporte.
Exemplo: inconstitucionalidade formal orgânica.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – Lei nº 6.147, de 15 de outubro de 2014, do Município de Ourinhos, que "dispõe sobre a criação do serviço de ambu-táxi, atividade de transporte adequado e imediato de saúde" – Autonomia legislativa e auto-organização que devem ser exercidas pelo ente público local em consonância com as regras e princípios das Leis Maiores, na forma dos arts. 29 da CF e 144 da CE – Legislação objurgada nos autos que versa questão atinente ao trânsito e ao transporte, afeta à competência legislativa privativa da União, nos termos do artigo 22, inciso XI, da CF – Precedentes do STF – Inexistência, outrossim, de interesse local na matéria objeto do ato normativo impugnado que permitisse o exercício de eventual competência suplementar do Município, com esteio no art. 30, incisos I e II, da CF – Alardeada invasão de competência legislativa da União pelo Município que restou então evidenciada – Previsão legal atacada que também se envereda por assunto relativo à gestão municipal e às atribuições de órgãos públicos, afeto à competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo local – Inobservância da iniciativa reservada conferida ao Prefeito que acabou também por implicar em afronta ao princípio da separação dos poderes – Vícios de inconstitucionalidade que ficaram evidenciados na espécie, por afronta aos preceitos contidos nos artigos 22, inciso XI, e 30, incisos I e II, da CF, e artigos 5º, 47, incisos II e XIV, e 144, da Constituição do Estado de São Paulo – Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente.
(TJ-SP - ADI: 20016286820158260000 SP 2001628-68.2015.8.26.0000, Relator: Paulo Dimas Mascaretti, Data de Julgamento: 27/05/2015, Órgão Especial, Data de Publicação: 28/05/2015).
Inconstitucionalidade formal propriamente dita = inobservância do processo legislativo.
Cuida-se do vício no procedimento de elaboração das normas, que pode ocorrer na fase de iniciativa ou na fase posterior.
Fase de iniciativa = vício formal subjetivo. Insanável.
Exemplo: artigo 61, §1º, I, CF/88.
Artigo 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§1º. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas.
Fase posterior = vício formal objetivo.
Vicio formal objetivo: Significa que tem uma norma de direito positivo( uma norma vinculada). Art.69 CF (Lei ordinária).
Exemplo: artigo 69 da CF.
Artigo 69. As leis serão aprovadas por maioria absoluta.
Exemplo: inconstitucionalidade formal propriamente dita.
INCONSTITUCIONALIDADE. ADI ESTADUAL. LEI MUNICIPAL. ELEIÇAO DE DIRETORES. ESCOLA PÚBLICA. INICIATIVA DEFLAGRADORA EXCLUSIVA DO CHEFE EXECUTIVO LOCAL. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL SUBJETIVA RECONHECIDA. SANÇAO. CONVALIDAÇAO. IMPOSSIBILIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL RECONHECIDA. OFENSA À CF/88. SEPARAÇAO DOS PODERES. CONTROLE CONCENTRADO ESTADUAL. APLICAÇAO DO ART. 27 DA LEI 9868/99. MODULAÇAO DOS EFEITOS. EFICÁCIA EX NUNC. POSSIBILIDADE. ADI. PROCEDENTE. 1. Padece de inconstitucionalidade formal subjetiva a Lei Municipal de iniciativa de vereador a qual disciplina a escolha de diretores e diretores-adjuntos de escolas públicas municipais através de eleições diretas, visto que, cuidando-se de matéria relativa a servidor público municipal, compete, exclusivamente ao Chefe do Executivo, a iniciativa legiferante acerca da organização e funcionamento da Administração Pública Local (aplicação simétrica dos art. 61 da Constituição Federal c/c art. 75 da Constituição do Estado do Piaui). Precedentes do STF. 2. A sanção do chefe do executivo à lei formalmente inconstitucional não convalida o vício que a macula. Precedentes do STF. 3. É firme a jurisprudência do STF no sentido de ser materialmente inconstitucional, por ofensa aos arts. 2º, 37, II, 61, 1º, II, c, e 84, II e XXV,da CF, toda norma que preveja eleições diretas para direção de instituições de ensino mantidas pelo Poder Público, porque, cuidando-se de cargos de direção (e, portanto, em comissão), as nomeações são de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, não se podendo, sob pena de malferir a gestão democrática prevista no art. 206, VI, da CF, exigir prévio escrutínio em que haja participação da comunidade escolar. 4. ADI julgada procedente. 5. Reconhecendo no controle de constitucionalidade concentrado estadual a aplicação do art. 27 da Lei n. 9868/99, dispositivo que permite a modulação dos efeitos da decisão, é possível a flexibilização dos efeitos do reconhecimento da inconstitucionalidade para que se operacionalizem de forma ex nunc somente a partir do trânsito em julgado da ADI.
(TJ-PI - ADI: 70033412 PI, Relator: Des. Fernando Carvalho Mendes, Data de Julgamento: 16/09/2010, Tribunal Pleno, )
Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato normativo = elementos determinantes de competência dos órgãos legislativos.
Exemplo: artigo 62, caput, CF/88.
Artigo 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de iimediato ao Congresso Nacional.
	
Exemplo 1, 2, 3: inconstitucionalidade por violação a pressupostos objetivos do ato normativo.
"Esta Suprema Corte somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de relevância e urgência na edição de medida provisória em casos excepcionalíssimos, em que a ausência desses pressupostos seja evidente." (ADI 2.527-MC, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 16-8-2007, Plenário, DJ de 23-11-2007.)
“Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de 'relevância' e 'urgência' (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de poderes (art. 2º da CF) (ADI 2.213, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 23-4-2004; ADI 1.647, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 26-3-1999; ADI 1.753-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 12-6-1998; ADI 162-MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJde 19-9-1997).” (ADC 11-MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 28-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.) No mesmo sentido: ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 8-3-2012, Plenário, DJE de 27-6-2012.
"Questão de ordem quanto à possibilidade de se analisar o alegado vício formal da medida provisória após a sua conversão em lei. A lei de conversão não convalida os vícios formais porventura existentes na medida provisória, que poderão ser objeto de análise do Tribunal, no âmbito do controle de constitucionalidade. Questão de ordem rejeitada, por maioria de votos. Vencida a tese de que a promulgação da lei de conversão prejudica a análise dos eventuais vícios formais da medida provisória." (ADI 3.090-MC, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 11-10-2006, Plenário, DJ de 26-10-2007.) No mesmo sentido: ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 3-5-2012, Plenário, DJE de 22-3-2013.
Do vício material = nomoestática. Violação ao conteúdo normativo.
Vício material: incompatibilidade de conteúdo entre a lei e o ato normativo e a Constituição Federal.
Bom saber: a lei pode ter vício material, formal ou os dois.
Vício de Decoro Parlamentar.
Exemplo clássico: “Mensalão�”.
O grande questionamento, consoante Pedro Lenza� é: uma vez comprovada a existência de compra de votos, haveria mácula no processo legislativo de formação das emendas constitucionais a ensejar o reconhecimento da sua inconstitucionalidade?
Para o referido autor, sim, haveria mácula, pois, trata-se de vício de decoro parlamentar previsto no artigo 55, §1º da CF.
Artigo 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
§1º. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
Exemplo: vício por decoro parlamentar.
"O membro do Congresso Nacional que se licencia do mandato para investir-se no cargo de ministro de Estado não perde os laços que o unem, organicamente, ao Parlamento (CF, art. 56, I). (...). (...) ainda que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita observância às vedações e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do congressista, assim como às exigências ético-jurídicas que a Constituição (CF, art. 55, § 1º) e os regimentos internos das casas legislativas estabelecem como elementos caracterizadores do decoro parlamentar." (MS 25.579-MC, rel. p/ o ac. min.Joaquim Barbosa, julgamento em 19-10-2005, Plenário, DJ de 24-8-2007.)
1.3. MOMENTOS DE CONTROLE.
�
1.3.1. Controle prévio ou preventivo.
Realizado durante o processo de formação do ato normativo.
É feito no momento em que se deflagra o processo legislativo.
Controle prévio ou preventivo realizado pelo Poder Legislativo. Será auxiliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ�).
Bom saber: não incide sobre medidas provisórias (artigo 62 CF/88) e sobre resoluções dos Tribunais e decretos.
Polêmica: parecer negativo das Comissões de Constituição e Justiça, declarando a inconstitucionalidade do projeto de lei, inviabilizaria o seu prosseguimento? 
1. Caso trate-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício.
2. Regra geral: quando a Comissão emitir parecer pela inconstitucionalidade e injuridicidade de qualquer proposição, será considerada rejeitada e arquivada definitivamente.
Controle prévio ou preventivo realizado pelo Poder Executivo. 
O chefe do executivo, aprovado o projeto de lei poderá: sancionar (caso concorde) ou vetar (caso discorde).
Veto jurídico = projeto de lei inconstitucional.
Veto político = contrário ao interesse público.
Procedimento do veto: artigo 66 e seguintes da CF.
Artigo 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§1º. Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo total ou parcialmente, no prazo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§2º. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, de inciso ou de alínea.
Bom saber: menos de uma alínea não pode ser vetado. Por exemplo, o presidente não poderá optar por vetar apenas uma palavra.
§3º. Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.
Bom saber: quinze dias úteis.
§4º. O veto será apreciado em sessão conjunta�, dentro de trinta dias a contar do seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.
§5º. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao presidente da República.
§6º. Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§7º. Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e §5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente do Senado fazê-lo.
Recebimento do projeto pelo presidente => 15 dias úteis: para vetar / sancionar, se o presidente não se manifestar, importará em sanção tácita => Prazo de 48 horas para comunicar ao presidente do Senado os motivos do veto, caso ocorra. => 30 dias: neste prazo, o Congresso Nacional apreciará o veto em sessão conjunta a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioriaabsoluta dos deputados e senadores, em escrutínio secreto. Se nesse prazo não acontecer a deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
Atenção: se o veto não for mantido pelo Congresso Nacional, será o projeto enviado, para promulgação, ao presidente da República. O veto será apreciado pelo Congresso Nacional em sessão conjunta, e é por esse motivo que se fala aqui, sempre, em “presidente do Senado”,pois, este estará presidindo o Congresso Nacional.
Exemplo: artigo 66, caput, CF/88.
"A sanção do projeto de lei não convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de iniciativa. A ulterior aquiescência do chefe do Poder Executivo, mediante sanção do projeto de lei, ainda quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício radical da inconstitucionalidade. Insubsistência da Súmula 5/STF." (ADI 2.867, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 3-12-2003, Plenário, DJ de 9-2-2007.) No mesmo sentido: ADI 2.113, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de 21-8-2009.
Controle prévio ou preventivo realizado pelo Poder Judiciário => a vedação está na própria Constituição Federal.
“Direito função” do parlamentar de participar de um processo legislativo juridicamente hígido.
Parlamentar tem direito a não ver deliberada emenda tendente a abolir os bens protegidos pelo artigo 60,§4º CF/88��.
Posicionamento majoritário no STF: única hipótese de controle preventivo a ser realizado pelo Judiciário é para garantir ao parlamentar o devido processo legislativo.
Definição: controle exercido no CASO CONCRETO, pela VIA DE EXCEÇÃO ou de DEFESA, ou seja, pelo MODO INCIDENTAL.
Conclusão: trata-se de direito público subjetivo de participar de processo legislativo hígido (devido processo legislativo).
Polêmica: perda superveniente do mandato parlamentar. = Desqualifica a legitimação ativa do congressista, pois, é condição necessária a legitimidade para a instauração e prosseguimento da causa no STF.
1.3.2. Controle posterior ou repressivo.
Será realizado sobre a lei e não sobre o projeto.
Órgãos de controle vão verificar a existência de vício formal e/ou material.
Controle posterior repressivo político.
Bom saber: divergência na doutrina.
Entendimento majoritário: controle exercido por qualquer órgão diferente dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Comum em países da Europa.
Luis Roberto Barroso: veto jurídico proferido pelo Executivo e/ou rejeição a projeto de lei pela Comissão de Constituição e Justiça = Controle Político.
Controle jurisdicional.
Realizado pelo Poder Judiciário.
Pode ser feito de duas formas:
1. por um único órgão = controle concentrado.
2. por qualquer órgão do poder judiciário = controle difuso.
Brasil = sistema jurisdicional misto = controle concentrado + controle difuso.
Controle híbrido = controle político e/ou controle jurisdicional.
1.3.2.1. Exceção à regra geral do controle jurisdicional posterior ou repressivo.
Regra geral = controle de constitucionalidade posterior feito pelo Poder Judiciário.
Exceção: controle de constitucionalidade posterior feito pelo Poder Legislativo ou Executivo.
Controle Posterior ou repressivo exercido pelo Poder Legislativo.
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Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
Exemplo: artigo 49, V, CF.
"O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atuacontra legem ou praeter legem, não só expõe o ato transgressor ao controle jurisdicional, mas viabiliza, até mesmo, tal a gravidade desse comportamento governamental, o exercício, pelo Congresso Nacional, da competência extraordinária que lhe confere o art. 49, V, da Constituição da República e que lhe permite ‘sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (...)’. Doutrina. Precedentes (RE 318.873-AgR/SC, rel. min. Celso de Mello, v.g.). Plausibilidade jurídica da impugnação à validade constitucional da Instrução Normativa STN 01/2005." (AC 1.033-AgR-QO, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 25-5-2006, Plenário, DJ de 16-6-2006.)
"Possibilidade de fiscalização normativa abstrata (...). O decreto legislativo, editado com fundamento no art. 49, V, da CF, não se desveste dos atributos tipificadores da normatividade pelo fato de limitar-se, materialmente, à suspensão de eficácia de ato oriundo do Poder Executivo. Também realiza função normativa o ato estatal que exclui, extingue ou suspende a validade ou a eficácia de uma outra norma jurídica. A eficácia derrogatória ou inibitória das consequências jurídicas dos atos estatais constitui um dos momentos concretizadores do processo normativo." (ADI 748-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 1º-7-1992, Plenário, DJ de 6-11-1992.)
Exemplo: artigo 84, IV, CF.
“Se a interpretação administrativa da lei, que vier a consubstanciar-se em decreto executivo, divergir do sentido e do conteúdo da norma legal que o ato secundário pretendeu regulamentar, quer porque tenha este se projetado ultra legem, quer porque tenha permanecido citra legem, quer, ainda, porque tenha investido contra legem, a questão caracterizará, sempre, típica crise de legalidade, e não de inconstitucionalidade, a inviabilizar, em consequência, a utilização do mecanismo processual da fiscalização normativa abstrata. O eventual extravasamento, pelo ato regulamentar, dos limites a que materialmente deve estar adstrito poderá configurar insubordinação executiva aos comandos da lei. Mesmo que, a partir desse vício jurídico, se possa vislumbrar, num desdobramento ulterior, uma potencial violação da Carta Magna, ainda assim estar-se-á em face de uma situação de inconstitucionalidade reflexa ou oblíqua, cuja apreciação não se revela possível em sede jurisdicional concentrada.” (ADI 996-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 11-3-1994, Plenário, DJ de 6-5-1994.) No mesmo sentido: ADI 4.176-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 20-6-2012, Plenário, DJE de 1º-8-2012.
Exemplo: artigo 68 da CF.
"A nova CR revelou-se extremamente fiel ao postulado da separação de poderes, disciplinando, mediante regime de direito estrito, a possibilidade, sempre excepcional, de o Parlamento proceder a delegação legislativa externa em favor do Poder Executivo. A delegação legislativa externa, nos casos em que se apresente possível, só pode ser veiculada mediante resolução, que constitui o meio formalmente idôneo para consubstanciar, em nosso sistema constitucional, o ato de outorga parlamentar de funções normativas ao Poder Executivo. A resolução não pode ser validamente substituída, em tema de delegação legislativa, por lei comum, cujo processo de formação não se ajusta a disciplina ritual fixada pelo art. 68 da Constituição. A vontade do legislador, que substitui arbitrariamente a lei delegada pela figura da lei ordinária, objetivando, com esse procedimento, transferir ao Poder Executivo o exercício de competência normativa primária, revela-se írrita e desvestida de qualquer eficácia jurídica no plano constitucional. O Executivo não pode, fundando-se em mera permissão legislativa constante de lei comum, valer-se do regulamento delegado ou autorizado como sucedâneo da lei delegada para o efeito de disciplinar, normativamente, temas sujeitos a reservaconstitucional de lei. Não basta, para que se legitime a atividade estatal, que o Poder Público tenha promulgado um ato legislativo. Impõe-se, antes de mais nada, que o legislador, abstendo-se de agir ultra vires, não haja excedido os limites que condicionam, no plano constitucional, o exercício de sua indisponível prerrogativa de fazer instaurar, em caráter inaugural, a ordem jurídico-normativa. Isso significa dizer que o legislador não pode abdicar de sua competência institucional para permitir que outros órgãos do Estado – como o Poder Executivo – produzam a norma que, por efeito de expressa reserva constitucional, só pode derivar de fonte parlamentar. O legislador, em consequência, não pode deslocar para a esfera institucional de atuação do Poder Executivo – que constitui instância juridicamente inadequada – o exercício do poder de regulação estatal incidente sobre determinadas categorias temáticas – (a) a outorga de isenção fiscal, (b) a redução da base de calculo tributária, (c) a concessão de crédito presumido e (d) a prorrogação dos prazos de recolhimento dos tributos –, as quais se acham necessariamente submetidas, em razão de sua própria natureza, ao postulado constitucional da reserva absoluta de lei em sentido formal. Traduz situação configuradora de ilícito constitucional a outorga parlamentar ao Poder Executivo de prerrogativa jurídica cuja sedes materiae – tendo em vista o sistema constitucional de poderes limitados vigente no Brasil – só pode residir em atos estatais primários editados pelo Poder Legislativo." (ADI 1.296-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 14-6-1995, Plenário, DJ de 10-8-1995.)
Exemplo: artigo 62 da CF.
"Esta Suprema Corte somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de relevância e urgência na edição de medida provisória em casos excepcionalíssimos, em que a ausência desses pressupostos seja evidente." (ADI 2.527-MC, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 16-8-2007, Plenário, DJ de 23-11-2007.)
“Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de 'relevância' e 'urgência' (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de poderes (art. 2º da CF) (ADI 2.213, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 23-4-2004; ADI 1.647, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 26-3-1999; ADI 1.753-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 12-6-1998; ADI 162-MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJde 19-9-1997).” (ADC 11-MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 28-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.) No mesmo sentido: ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 8-3-2012, Plenário, DJE de 27-6-2012.
Controle Posterior ou repressivo exercido pelo Executivo.
Polêmica: quando a lei é inconstitucional, devem os Poder necessariamente aplicá-la, ou podem, sem qualquer formalidade, deixar de cumpri-la sob o fundamento de violação da Constituição?
Antes da CF/1988 = chefe do executivo poderia deixar de aplicar uma lei inconstitucional.
Após a CF/1988 = regra geral: não se admite o descumprimento da lei pelo Chefe do Executivo. + Rol do artigo 103, CF.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;  
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal;  
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Problema: prefeito não está no rol do artigo 103, CF.
Solução: possibilidade de descumprimento da lei inconstitucional pelo chefe do Executivo.
Bom saber: a doutrina é divergente sobre o assunto....
Exemplo: artigo 103 da CF.
“(...) os municípios não figuram no rol de entidades legitimadas para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante esta Corte previsto nos arts. 103, da Constituição, e 2º, da Lei 9.868/99.” (ADI 4.654, rel. min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 28-11-2011, DJE de 2-12-2011.)
"Legitimidade. Ativa. Inexistência. Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Prefeito municipal. Autor não legitimado para ação direta de inconstitucionalidade. Ilegitimidade reconhecida. Negativa de seguimento ao pedido. Recurso, ademais, impertinente. Agravo improvido. Aplicação do art. 2º, I, da Lei federal 9.882/1999. Precedentes. Quem não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, não a tem para ação de descumprimento de preceito fundamental." (ADPF 148-AgR, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 3-12-2008, Plenário, DJE de 6-2-2009.)
Controle posterior ou repressivo exercido pelo TCU.
Competência = artigo 71 da CF.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”.
Bom saber: apreciar constitucionalidade é diferente de declarar inconstitucionalidade.
Exemplo: artigo 71 da CF.
"O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar aconstitucionalidade das leis e dos atos do poder público." (Súmula 347.)
"O sigilo de informações necessárias para a preservação da intimidade é relativizado quando se está diante do interesse da sociedade de se conhecer o destino dos recursos públicos. Operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancário a que alude a Lei Complementar 105/2001, visto que as operações dessa espécie estão submetidas aos princípios da administração pública insculpidos no art. 37 da Constituição Federal. Em tais situações, é prerrogativa constitucional do Tribunal [TCU] o acesso a informações relacionadas a operações financiadas com recursos públicos.” (MS 33.340, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 26-5-2015, Primeira Turma, DJE de 3-8-2015.)
“Procedimento administrativo e desconsideração expansiva da personalidade jurídica.Disregard doctrine e reserva de jurisdição: exame da possibilidade de a administração pública, mediante ato próprio, agindo pro domo sua, desconsiderar a personalidade civil da empresa, em ordem a coibir situações configuradoras de abuso de direito ou de fraude. A competência institucional do TCU e a doutrina dos poderes implícitos. Indispensabilidade, ou não, de lei que viabilize a incidência da técnica da desconsideração da personalidade jurídica em sede administrativa. A administração pública e o princípio da legalidade: superação de paradigma teórico fundado na doutrina tradicional? O princípio da moralidade administrativa: valor constitucional revestido de caráter ético-jurídico, condicionante da legitimidade e da validade dos atos estatais. O advento da Lei 12.846/2013 (art. 5º, IV, e, e art. 14), ainda em período devacatio legis. Desconsideração da personalidade jurídica e o postulado da intranscendência das sanções administrativas e das medidas restritivas de direitos. Magistério da doutrina. Jurisprudência. Plausibilidade jurídica da pretensão cautelar e configuração do periculum in mora. Medida liminar deferida.” (MS 32.494-MC, rel. min.Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 11-11-2013, DJE de 13-11-2013.)
"A representação ao TCU contra irregularidades em processo licitatório não está limitada pelo prazo do § 2º do art. 41 da Lei 8.666/1993." (MS 27.008, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 17-2-2010, Plenário, DJE de 12-3-2010.)
"Não há direito líquido e certo à prorrogação de contrato celebrado com o Poder Público. Existência de mera expectativa de direito, dado que a decisão sobre a prorrogação do ajuste se inscreve no âmbito da discricionariedade da administração pública. Sendo a relação jurídica travada entre o Tribunal de Contas e a administração pública, não há que se falar em desrespeito às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa." (MS 26.250, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 17-2-2010, Plenário, DJE de 12-3-2010.)
1.4. SISTEMAS E VIAS DE CONTROLE JUDICIAL.
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Regra geral = sistema concentrado e via principal ou sistema difuso e via incidental.
1.5. CONTROLE DIFUSO.
Origem histórica.
John Adams: presidente dos EUA foi derrotado na eleição presidencial por Thomas Jefferson. => John Adams resolve nomear pessoas ligadas ao seu governo ao cargo de juízes federais => entre os nomeados, William Marbury. => Problema para Marbury: nomeação foi assinada, mas não foi entregue.
Thomas Jefferson assume a presidência => nomeação de James Madison como Secretário de Estado => Ordem do presidente: nomeação de Marbury incompleta, não pode ser efetivada.
Marbury aciona Madison pedindo explicações => não recebe => Impreta writ mandamus para efetivar a nomeação.
John Marshall, juiz, após 2 anos, questiona se a Suprema Corte dos Estados Unidos tinha competência para apreciar o writ mandamus. => Polêmica: Constituição do EUA era jurisdição originária para causas de embaixadores, ministro público e cônsules, e, nos litígios em que o Estado for parte, para as outras causas, o Supremo Tribunal tinha jurisdição apenas em grau de recurso.
Pela primeira vez na história a Suprema Corte tinha que analisar o que iria prevalecer: a lei, que determinava a apreciação da matéria pela Suprema Corte x a Constituição de 1787, que não fixava competência originária. 
Conclusão: conflito de normas entre a Constituição e a lei.
Marshall conclui: é nula qualquer lei incompatível com a Constituição.
Surge assim, a ideia de controle difuso de constitucionalidade.
Noções gerais do Controle difuso.
Controle difuso = meio de exceção ou defesa aberto.
Poder ser feito = qualquer juízo ou tribunal.
Verifica no caso concreto.
Declaração de inconstitucionalidade é de forma incidental.
A inconstitucionalidade será o fundamento da CAUSA DE PEDIR PROCESSUAL.
Exemplo: era Collor: a causa de pedir não a declaração de inconstitucionalidade, mas sim, o desbloqueio do cruzado.
1.5.1. CONTROLE DIFUSO NOS TRIBUNAIS E A CLÁUSULA DA RESERVA DO PLENÁRIO.
Regras Gerais.
Parte sucumbente �=> devolve a análise da matéria ao tribunal.
Tribunal => verificando que existe questionamento incidental sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo, suscita-se questão de ordem e a análise é remetida ao pleno ou órgão especial.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Polêmica: apreciação pelo órgão especial ou pleno da questão prejudicial, ou seja, realização do controle incidenter tantum de constitucionalidade da lei, é sempre necessária?
Súmula vinculante nº 10 do STF: “viola a cláusula de reserva do plenário (artigo 97, CF) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declara expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta a sua incidência, no todo ou em parte”.
Princípios = da economia processual + da segurança jurídica + racionalização orgânica da instituição brasileira.
Cláusula de reserva do plenário se aplica ao STF no julgamento de Recurso Extraordinário?
Regra geral: NÃO. 
Cláusula da reserva do plenário se aplica às Turmas Recursais dos Juizados Especiais?
Regra geral: não.
Exemplo: artigo 97 da CF.
“Não há necessidade de pedido das partes para que haja o deslocamento do incidente de inconstitucionalidade para o Pleno do tribunal. Isso porque é dever de ofício do órgão fracionário esse envio, uma vez que não pode declarar expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, nem afastar sua incidência, no todo ou em parte.” (Rcl 12.275-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-5-2014, Plenário, DJE de 18-6-2014.)
“O art. 97 da Constituição, ao subordinar o reconhecimento da inconstitucionalidade de preceito normativo a decisão nesse sentido da ‘maioria absoluta de seus membros ou dos membros dos respectivos órgãos especiais’, está se dirigindo aos tribunais indicados no art. 92 e aos respectivos órgãos especiais de que trata o art. 93, XI. A referência, portanto, não atinge juizados de pequenas causas (art. 24, X) e juizados especiais (art. 98, I), os quais, pela configuração atribuída pelo legislador, não funcionam, na esfera recursal, sob regime de plenário ou de órgão especial.” (ARE 792.562-AgR, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em 18-3-2014, Segunda Turma,DJE de 2-4-2014.)
“A cláusula constitucional de reserva de plenário, insculpida no art. 97 da CF, fundada na presunção de constitucionalidade das leis, não impede que os órgãos fracionários ou os membros julgadores dos tribunais, quando atuem monocraticamente, rejeitem a arguição de invalidade dos atos normativos, conforme consagrada lição da doutrina (MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil, Vol. V – Arts. 476 a 565, Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2009, p. 40).” (RE 636.359-AgR-segundo, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 3-11-2011, Plenário, DJE de 25-11-2011.)
1.6. EFEITOSDA DECISÃO.
Efeito da decisão para as partes.
Regra geral: efeito da sentença vale somente para as partes que litigaram em juízo.
Quando a sentença declara que é inconstitucional => o controle feito é difuso e incidental => atinge a lei desde a sua edição e a torna nula.
Conclusões sobre o controle de constitucionalidade difuso: efeito retroativo + inter partes + ex tunc.
Bom saber: entendimento do STF => mesmo no controle difuso o efeito poderá ser ex nunc ou prof futuro.
Precedente: Caso Mira Estrela.
Sobre o efeito inter partes: é possível estender os efeitos de uma única decisão para todas as pessoas em igual situação?
Regra geral não: isso é esperado, APENAS, em ações cujo objeto seja comum a um número grande de pessoas => Artigo 52, X, CF.
Efeito da decisão para terceiros: regra do artigo 52, X, CF de 1988.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
Procedimento: STF declara a inconstitucionalidade da lei em sede de controle difuso => neste caso, observa o requisito de deliberação por maioria absoluta (artigo 97, CF c/c 178 do Regimento Interno do STF) => Comunica, após o trânsito em julgado ao Senado Federal, para efeitos do artigo 52, X, CF.
Senado Federal: pode, através de Resolução, suspender no todo ou em parte a lei declarada inconstitucional.
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Requisitos para o Senado Federal suspender: observar o artigo 386, 387 e 388 do Regimento Interno, que determina, entre outros: a) Comunicação do Presidente do Tribunal + b) Representação do Procurador Geral da República + c) Projeto de Resolução de iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Amplitude do artigo 52, X, CF/88.
A suspensão pelo Senado poderá incidir sobre leis: federais ou estaduais ou distritais ou municipais.
Requisito: que seja declarada inconstitucional pelo STF de modo INCIDENTAL e no CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE.
Bom saber: se for lei Estadual ou Municipal que viole a Constituição Estadual, pelo princípio federativo, o Tribunal de Justiça remete a questão a Assembléia Legislativa para essa faça a suspensão.
A expressão no todo ou em parte = Senado Federal não pode interpretar ou restringir o entendimento do STF.
Efeitos propriamente ditos.
	
Suspensão pelo Senado Federal atingirá a todos => valerá a partir do momento em que a Resolução do Senado for publicada na imprensa oficial => efeitos erga omnes e ex nunc.
O Senado Federal é obrigado a suspender os efeitos?
Não, cuida-se de discricionariedade política.
1.7. TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES DA SENTENÇA NO CONTROLE DIFUSO.
Significa que os motivos que determinaram aquela decisão transcendem o julgamento para outros casos e são vinculantes.
Abstrativização do controle difuso?
Precedentes: 1. Caso “Mira Estrela”. 2. Discussão sobre a constitucionalidade da progressão do regime na lei de crime hediondo.
Tendência do STF: aplicar a teoria da transcendência para o controle difuso.
Problema: no Brasil adota-se o controle de constitucionalidade jurisdicional misto (difuso ou concentrado).
Controle Difuso a arguição da constitucionalidade: modo incidental e constitui questão prejudicial. Logo, não poderia ser projetada para fora do processo no qual foi proferida.
STF e STJ: estão fazenda nova interpretação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle difuso = autêntica mutação constitucional = reformulação do sistema jurídico.
Bom saber: o tema não é pacífico, mas há quem defenda a: Transcendência com caráter vinculante na hipótese de controle de constitucionalidade em sede de controle difuso. Logo, o efeito seria erga omnes.
Argumento pro mutação constitucional: força normativa da CF + princípio da Supremacia da CF + aplicação uniforme da CF + STF guardião da CF + dimensão política das decisões.
Vantagem da transcendência: economia processual + efetividade do processo + celeridade processual + força normativa da CF.
Críticas: em sede de controle difuso faltam regras para a sua implementação e o efeito erga omnes é previsto apenas para o controle concentrado e para súmulas vinculantes.
Teoricamente, no Controle Difuso prevalece a regra do artigo 52, X, CF. Se o Senado Federal não suspender, a lei continuará válida e eficaz, só se tornará nula no caso concreto, em razão de sua não aplicação.
Conclusão: a análise de constitucionalidade pelo STF não produz efeito vinculante + é necessária a reforma constitucional.
Súmula vinculante = alternativa para respeitar a segurança jurídica + evitar casuístico + encontrar legitimidade.
Requisitos para editar Súmula Vinculante: artigo 103, A, CF + reiteradas decisões sobre a matéria constitucional controvertida.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
Objetivação do recurso extraordinário?
Enquanto a questão do posicionamento do STF sobre a mutação ou não do artigo 52, X, C, no controle difuso, não se soluciona, temos que reconhecer que, em algumas situações, o legislador tendeu para a ideia da abstrativização, por exemplo, no julgamento da repercussão geral no recurso extraordinário, que inclusive, poderá implementar por amostragem quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica controvérsia�.
UNIDADE I. PARTE II. CONTROLE CONCENTRADO.
1.8. CONTROLE CONCENTRADO.
Concentra-se em um único Tribunal.
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Unidade I. Controle de Constitucionalidade
1.1. Controle de Constitucionalidade
1.2. Espécies de inconstitucionalidade
1.3. Momentos de Controle
1.4. Sistemas e vias de controle judicial
1.5. Controle Difuso
1.6. Efeitos da Decisão
1.7. Teoria da Transcendência dos motivos determinantes da sentença no controle difuso.
1.8 Controle Concentrado
- A inconstitucionalidade das leis e a regra geral da “teoria da nulidade”.
- Flexibilização da teoria da nulidade no direito brasileiro.
- Mitigação no controle concentrado
Inconstitucionalidade por ação ou omissão
Do vício formal, material, por decoro parlamentar.
1.3.1. Controle Prévio ou preventivo
1.3.2. Controle posterior ou repressivo
1.3.2.1. Exceção à regra geral do controle jurisdicional posterior ou repressivo
1.5.1. Controle Difuso nos tribunais e a cláusula da reserva do possível
Adin
ADPF
Adin por Omissão
ADC
Representação Interventiva
Formal propriamente dita
Orgânica
Vício por decoro parlamentar
Vício material
Espécies de Inconstitucionalidade
Inconstitucionalidade por ação
Inconstitucionalidade por omissão
Vício formal
Por violação a pressupostos objetivos do ato
Jurisdicional
Político
Judiciário
Executivo
Momentos de Controle
Prévio ou preventivo
 Posterior o repressivo
Legislativo
Híbrido
Próprio parlamentar ou CCJ.
Veto
Mandado de Segurança impetrado por parlamentar
Controle posterior exercido pelo Poder Legislativo
Artigo 49, V, CF.
Artigo 62 CF.
Artigo 84, IV, CF (controle de legalidade)
Artigo 68, CF.
Sistemas e Vias de Controle Judicial.
Critério subjetivo ou orgânico
Critério Orgânico
Sistema Difuso
Sistema Concentrado
Via Incidental(via de exceção ou de defesa)
Via Principal.
(abstrata)
Controle Concentrado.
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF.
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – Adin Omissiva
Ação Declaratória de Constitucionalidade - ADC
Representação Interventiva.
� Constituição Federal Rígida = CF/ 1988, artigo 60; processo de alteração mais solene e dificultoso.
� LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ª edição. São Paulo: Saraiva, 2013.
� LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ª edição. São Paulo: Saraiva.
� LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ª edição. São Paulo: Saraiva, 2013. Capítulo 6. Controle de Constitucionalidade.
�Objetivo: garantir a perfeita adequação com a Constituição Federal.
�Ou seja, as normas inferiores somente terão validade quando compatíveis com a CF de 1988.
�A ineficácia é apenas a partir da decisão.
�Sendo o ato omissivo, a norma, provavelmente, será de eficácia limitada.
�Pois, viola a dinâmica do processo formal.
�Esquema de compra de votos para votar de acordo com o governo ou em certo sentido.
�Verifica se o projeto de lei contém algum vício que possa ensejar a inconstitucionalidade.
�Câmara dos Deputados e Senado Federal.
�Cláusulas Pétreas.
�Artigo 60, §4º: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa do Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes.
IV – os direitos e garantias individuais.
�Parte vencida em um processo judicial.

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