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Página 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS RUSSAS CENTRO DE TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA RELATÓRIO DA PRÁTICA 11: VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO ALUNO: ANTÔNIO MÁRCIO FERNANDES ALMEIDA MATRÍCULA: 384905 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 03 PROFESSOR: DR. ANDERSON MAGNO DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA OUTUBRO DE 2016 RUSSAS – CE Página 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS………………………………………………………………………………3 2 MATERIAIS…………………………………………………………...………………….3 3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS…………………………………………………………...3 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…………………………………………………...6 5 QUESTIONÁRIO………………………………………………………………………..10 RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………...………………….14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………..15 OUTUBRO DE 2016 RUSSAS – CE Página 3 1 - OBJETIVOS Conhecer e utilizar as funções voltímetro e amperímetro de um multímetro digital; Estudar o funcionamento de um divisor de tensão; Observar a influência da voltagem e da resistência sobre a corrente de um circuito. 2 - MATERIAIS Fonte de Tensão regulável; Placa de circuito impresso; Resistor DE 1kΩ; Placa com 5 resistores iguais em série; Potenciômetro (10 kΩ); Multímetro Digital (dois); Cabos (cinco). 3 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS O voltímetro é, diretamente falando, um aparelho de medida da amplitude da tensão eléctrica. Qualquer voltímetro, nada mais é do que um amperímetro ao qual se associa em série um resistor limitador de corrente. No exterior, é munido de duas pontas de prova de acesso, pode-se medir a tensão aos terminais de uma fonte de tensão constante por meio delas, dado um circuito, entre dois quaisquer pontos, ou ainda entre um qualquer ponto e a referência. Figura 1 - Voltímetro Temos que a ligação de um voltímetro ao circuito é de tipo paralelo. Logo, afirmamos que no procedimento de medição o instrumento compõe um caminho paralelo ao elemento ou circuito que se irá diagnosticar (Figura 2). Contudo, um voltímetro ideal realiza à medição da tensão sem absorver qualquer corrente eléctrica, por isso, exibe uma Página 4 resistência eléctrica de entrada infinita, configuração característica que garanta que não haja interferência do aparelho no funcionamento do circuito. Figura 2 - Ligação do voltímetro ao circuito. Portanto, um voltímetro deve conservar as seguintes características, alta impedância de entrada, baixa corrente de entrada e para medição de Tensão Alternada Elevada utiliza-se o TP (transformador de tensão). Passos para de como se dá o uso do voltímetro: 1 – Ajustar o dispositivo, caso ele seja um multímetro, para a área certa de escalas de medição de tensão; 2 - Escolha um intervalo superior a tensão máxima esperada; 3 – Insira os terminais de teste no voltímetro; 4 – Pegue e use as sondas sem tocar na parte metálica; 5 – Toque o terminal de teste preto em uma parte do circuito, ¨verificando a corrente no circuito; 6 – Toque o terminal de teste vermelho, fechando o circuito paralelo e realizando a medida; 7 – Aumente o intervalo de medição sempre que o medidor exibir “1” ou “OL” (sobrecarga); 8 – Leia o valor no visor do voltímetro. AMPERÍMETRO O amperímetro é um instrumento de medida da amplitude da corrente eléctrica. Ao contrário do processo de medição da tensão, a medição de uma corrente eléctrica obriga a que o instrumento seja percorrido pela grandeza a diagnosticar. Um amperímetro ideal caracteriza-se pela capacidade de medir a corrente sem incorrer em qualquer queda de tensão entre os seus dois terminais. Um amperímetro trabalha com base na indução magnética que a passagem de corrente causa sobre determinado sensor, chamado galvanômetro. Nos amperímetros analógicos o galvanômetro pode ser implementado como uma bobina sob a influência de um imã permanente. Deixando a bobina livre para girar em torno de um eixo, pode-se determinar a corrente que o atravessa, pela deflexão angular que ela sofre. Figura 3 – Ligação do amperímetro ao circuito Página 5 Dado uma malha do circuito, onde há presença de corrente, de modo que a mesma corrente de malha passe circular pelo amperímetro, este é sempre inserido em série com o circuito para medição (quantificação e identificação) de corrente elétrica. Portanto, um voltímetro deve conservar as seguintes características, baixa impedância de entrada, baixa corrente de entrada e para medição de Corrente Alternada Elevada utiliza-se o TC (transformador de corrente). DIVISOR DE TENSÕES Na vida cotidiana nos deparamos com variados problemas, e um deles pode ser não poder ligar o televisor ou um rádio devido sua tensão nominal de trabalho ser menor que sua fonte de tensão, a exemplo de um dispositivo com de 6V ligado a uma bateria de 12V, caso seja ligado diretamente a bateria seus componentes serão danificados. Quando se passa por essa situação, para resolve-la pode-se utilizar duas situações: um circuito de redução de tensão que usa componentes ativos, como transístores, ou disso simples circuito resistivo, conhecido por divisor de tensão, que usa somente resistores. Um divisor de tensão ou divisor de voltagem é um circuito bem simples, mas não deixa de ser importante. Ele serve para gerar uma tensão V a partir de uma tensão inicial V0 de uma fonte, sendo V alguma fração de V0. A regra do divisor de tensão se aplica a componentes (resistores) conectados em série destina-se a determinar a tensão sobre cada componente individual. A regra geral é: a tensão sobre cada componente é a tensão aplicada aos terminais de entrada multiplicada pela resistência e dividida pela soma das resistências dos componentes. TENSÃO ALTERNADA Para entendermos corrente alternada iremos comentar antes sobre que corrente continua. Dada uma tensão, ela é continua ou constante quando seu valor não sofre alteração no tempo. Alguns geradores que podem ser citados como exemplos são as pilhas e as baterias. A Figura 4 a seguir mostra o aspecto físico, símbolo e curva da tensão em função do tempo deste tipo de gerador. Figura 4 - Exemplo de Fonte de Tensão Contínua Página 6 Ao contrário da contínua, uma tensão alternada é chamada assim por mudar sua polaridade e seu valor com o tempo. E de acordo com essas mudanças de comportamentos podemos ter diferentes tipos de tensões como senoidal, quadrada, triangular, pulsante, etc. Dentre essas, a mais comum é a senoidal, devido ser a tensão fornecida nas fontes geradoras e que alimenta as indústrias e residências. Seja o circuito da próxima Figura, no qual temos duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 ao resistor, ora conecta a bateria B2 ao resistor. Figura 5 - Exemplo de Fonte de Tensão Alternada. Supondo que cada bateria fica conectada durante 1s, a Figura 5 abaixo representa o gráfico da tensão em função do tempo nos terminais da bateria. Figura 6 – Gráfico de tensão alternada. O valor negativo significa que a polaridade da tensão mudou. Desta forma obtemos uma forma de onda quadrada. Além desta, usualmente temos aplicações em eletricidade as formas triangular e principalmente a senoidal. O tempo que leva para repetir uma mesma situaçãoé 2s, sendo chamado de período (T). O valor máximo da tensão é 12V, sendo chamado de valor de pico ou valor máximo VM. A seguir analisaremos mais em detalhes a senoidal. 4 – PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO 1: Utilizando o Voltímetro. ESCALAS DO VOLTÍMETRO UTILIZADO NO EXPERIMENTO: Figura 7 - escalas do voltímetro para tensões contínuas. Página 7 1.1. Anotou-se as escalas DC do voltímetro de sua bancada: MEDIDAS DE TENSÃO CONTINUA: 1.2. Colocou-se a fonte de tensão em 10 V. Escolheu-se uma escala apropriada no Voltímetro e mediu-se com o mesmo a tensão de saída da fonte. Anotou-se o valor medido nas Figuras 8 e 9. 1.3. Foram feitas conexões como indicado na Figura 8. A tensão da fonte foi subdividida proporcionalmente aos valores das resistências. 1.4. Mediu-se as tensões entre os pontos do circuito, como indicado na Tabela 1. Anotou-se o valor medido e a escala utilizada do Voltímetro. Figura 8. Circuito para o Procedimento 1. Tabela 1. Medidas de tensão. Vo1 Vo2 Vo3 Vo4 Vo5 Valor medido(V) 2,09 3,52 6,02 9,15 10,09 Escala utilizada(V) 20 20 20 20 20 V15 V12 V23 V34 V45 Valor medido(V) 7,99 1,41 2,51 3,13 0,94 Escala utilizado(V) 20 20 20 20 20 1.5. Averiguou-se DIVISOR DE TENSÃO 1.5. Mediu-se, com um ohmímetro, a resistência do resistor Rx = 989 Ω.(escala 2000k Ω) 200m; 2000m; 20m; 200; 600. V05 = V01 + V12 + V23 + V34 + V45=10,09 Página 8 1.6. Utilizou-se a fonte de tensão com a chave em 10 V. Sendo que o valor fornecido pela fonte é o medido no Procedimento 1.2. 1.7. Montou-se o circuito da Figura 6 com o resistor Rx fornecido e o potenciômetro de 10kΩ. Figura 8. Divisor de tensão ajustável. 1.8. Ajustou-se o potenciômetro de modo a obter uma tensão sobre o resistor Rx como indicado na Tabela 2. Meça a tensão sobre o potenciômetro, VAB. Tabela 2. Valores de tensão do procedimento 1.7 Vrx 8 7 5 4 Vab 2,06 3,05 5,06 6,06 MEDIDAS DE TENSÃO ALTERNADA: 1.9. Mediu-se as tensões alternadas da bancada (tomadas da mesa e saída AC da fonte) indicando em cada caso o valor eficaz, seu valor de pico correspondente e a escala utilizada. Anotou-se os valores medidos na Tabela 3. Tabela 3. Medidas de tensão alternada. Vnominal (V) Escala (V) Vef medido (V) Vpico (V) Tomada do laboratorio 220 600 215 PROCEDIMENTO 2: Utilizando o Amperímetro. ESCALAS DO AMPERÍMETRO: Figura 9. Escalas do amperímetro Página 9 2.1. Anotou-se as escalas do amperímetro da bancada. CORRENTE EM FUNÇÃO DA TENSÃO: 2.2. Montou-se o circuito da Figura 8, para medir a corrente, fornecida pela fonte de tensão, que passa através do resistor R. ESCOLHA DAS ESCALAS NOS MULTÍMETROS: 2.3. No voltímetro optou-se por uma escala tendo em mente que, segundo a Tabela 4, a tensão nominal máxima será de 12 V. No amperímetro escolheu-se uma escala tendo em mente a corrente máxima (que você deve calcular anteriormente) para uma tensão de 12 V e uma resistência de 120 kΩ. 2.4. Escolheu-se a tensão na fonte de modo que sobre o resistor de 120 kΩ seja aplicada cada uma das tensões indicadas na Tabela 4. Anotou-se as correntes correspondentes e as tensões efetivamente aplicadas. Figura 10. Circuito para medida da corrente em função da tensão. Tabela 4. Medidas de corrente versus voltagem. Volts (V)[sugerida] Volts(V)[aplicada] I(µA) V/I(ohm) 2 1,9 17 4 4,0 33 6 6,0 50 8 8,0 67 10 10 84 12 12 100 10A ; 200mA; 20mA;2000µA. Página 10 CORRENTE EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA: 2.5. Mediu-se as resistências: R1, R1 + R2, R1 + R2 + R3, etc; como indicado na Tabela 5. Lembre-se de que, ao medir a resistência, o resistor não pode estar ligado ao circuito e nem pode estar alimentado por uma fonte de tensão. Tabela 5. Corrente em função da resistência. Resistores Rmedido(Ω) I(µA) [escala:2000µA) R1 119,9 (200k) 100 R1+R2 240 (2000k) 50 R1+R2+R3 361 (2000k) 33 R1+R2+R3+R4 481 (2000k) 25 R1+R2+R3+R4+R5 601 (2000k) 20 2.6. Colocou-se a fonte de tensão em 12 V. Mediu-se, com o voltímetro, a tensão efetivamente fornecida pela fonte, e anotou-se na Figura 9. 2.7. Montou-se o circuito da Figura 9. Anotou-se os resultados na Tabela 5. 12,01 V Figura 11. Circuito para medida da corrente em função da resistência 5 – QUESTIONÁRIO 1- Indique a escala do multímetro que você utilizaria para medir as seguintes tensões: ( a ) bateria de um automóvel R – 200V ( b ) alimentação do chuveiro elétrico R – 600V ( c ) arranjo de 10 pilhas comuns em série. R – 20V Página 11 2 - Considere o circuito ao lado onde R1 = 100 Ω e R2 = R3 = 200 Ω. Sabendo que a fonte está regulada em 10 V, determine a voltagem a que está submetido cada um dos resistores R1, R2 e R3. R- Inicialmente calcularemos a resistência equivalente do circuito: Re=R1+(R/2) sendo R=R1=R2 Logo Re=100+(200/2)=200Ω. Calcularemos agora a corrente total que passa pelo circuito: V=R.I 10V=200 Ω.I I=1/20 A. Utilizando o principio das leis de ohm e kirchofftem que: V1=R1.I1=100.(1/20)=5V V2=V3=Re=100.(1/20)=5V 3- Calcule qual seria a resistência necessária ao potenciômetro usado no procedimento 1.7 para se obter uma tensão de 3 V sobre R1. R - Descobrindo o valor da corrente elétrica, I = 12v/997 R = 0,0120 A, depois usando R = U/I = 3v/0,0120A. R = 250 Ω. 4- Considere que no circuito esquematizado ao lado: E = 20 V, R1 = 2,0 kΩ, R2 = 200 Ω e R3 = 20 Ω. (A). Desenhe o circuito novamente, mostrando como você ligaria um amperímetro para medir a corrente fornecida pela fonte E. (B). Faça um outro desenho mostrando como medir a corrente em R1. Página 12 5- Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em cada resistor e indique a escala do amperímetro indicada em cada caso. Página 13 6- Faça o gráfico de V versus I com os resultados da Tabela 4. 7- Faça o gráfico de I versus R com os resultados da Tabela 5. Página 14 RESULTADOS E DISCURSSÕES O manuseio de funções do multímetro, como voltímetro e amperímetro, é facilmente identificado e usado tomando-se as devidas precauções. O divisor de tensão também é com facilidade montado e pode-se obter resultados experimentais bastante próximos dos teóricos. Ademais, é notável a percepção da alteração da corrente quando se altera um resistor ou a voltagem em um circuito. Para realização das medições (quantificação e identificação) de corrente elétrica utilizamos o amperímetro, que deve ser conectado em série no ramo do circuito a ser medido. O amperímetro ideal é representado como um curto-circuito (Resistência muito pequena), o que impede que este instrumento interfira na grandeza medida. Para medir o sinal de corrente com amperímetro fez-se necessário interferir no circuito, para colocar o instrumento de medida em série. Para medição (quantificação e identificação) de tensão utilizamos o voltímetro, que deve ser conectado em paralelo com o dispositivo a ser medido. O voltímetro ideal é representado como um circuito aberto (Resistência muito alta), o que impede que o voltímetro interfira na grandeza medida. Um voltímetro mede a tensão ou diferença de potencial EV entre seus terminais. Para fazê-lo medir a diferença de potencial ER entre os terminaisdo resistor é necessário conectá-lo em paralelo com o resistor, de forma que EV = ER. A introdução do voltímetro em paralelo com o resistor diminui a resistência total, alterando a tensão e a corrente no resistor. Se a resistência interna do voltímetro for muito maior que a resistência externa (RV>> R) esse efeito será desprezível, portanto é desejável que um voltímetro tenha resistência tão grande quanto possível. Logo, se fez necessário receber orientações quanto o uso de escalas de grande valor no manuseio do aparelho. Portanto, por meio do experimento conseguimos obter os valores das tensões e das amperagens, com as respectivas resistências do sistema em estudo. Em relação às escalas adotadas para efetuar as medidas tanto de corrente como de tensão, percebemos que escalas diferentes implicam em alterações nos valores das resistências internas dos instrumentos. Por meio dos resultados obtidos foi possível concluir que o aumento na escala durante a medida da corrente elétrica, implicou numa diminuição da resistência interna do amperímetro fazendo com que a influência do mesmo no circuito diminua. Em relação à medida de tensão, ao aumentarmos a escala durante a medida de tensão, verificamos que a sua resistência interna aumentava fazendo com que a influência do mesmo diminua; ou seja, tanto para o amperímetro quanto para o voltímetro, ao aumentarmos a escala durante a Página 15 medida, estaremos simultaneamente diminuindo a influência de ambos instrumentos no circuito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAGNO, Anderson. Manual de práticas – Física experimental. Russas - CE: UFC, 2016. AFONSO, Antonio Pereira; FILOLI, Enio. Eletrônica: circuitos elétricos. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica, v. 1). COMO USAR O VOLTÍMETRO. Disponível em <http://pt.wikihow.com/Usar-um- Volt%C3%ADmetro> Acesso em 02 de outubro de 16. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS. Disponível em <http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_01/instrume.htm> Acesso em 02 de outubro de 16
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