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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMETOS RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA PRÁTICA 9: DILATAÇÃO TÉRMICA Bárbara Alves Chagas – 422217 06 de novembro de 2018, 08:00 – 11:00 Fortaleza – Ceará OBJETIVOS: • Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos; • Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica; MATERIAL: • Dilatômetro; • Tubos ocos de: aço, latão e alumínio; • Relógio comparador; • Kitasaco (pyrex); • Termômetro; • Lâmina bimetálica; • Fita métrica; • Luvas térmicas; • Fogareiro elétrico. PROCEDIMENTO 1. Primeiramente, montamos a experiência conforme nos foi solicitado e tomando as seguintes precauções. • Suspendemos o tubo escolhido nas hastes de sustentação do dilatômetro. • Fixamos o tubo na haste próxima à entrada de vapor de água e deixamos a outra extremidade livre. • Fixamos o relógio comparador na terceira haste de modo que o mesmo tocasse a extremidade fechada do tubo oco. Zeramos o relógio comparador antes de iniciar o aquecimento. Para isto, giramos o mostrador do relógio até que o “zero” coincida com a posição do ponteiro. Posicionamos a saída lateral do tubo inclinada para baixo, facilitando a saída de água que se condensava dentro do tubo. Fonte: [ 2 ] 2. Medimos o comprimento L0, à temperatura inicial, do tubo entre o ponto de apoio fixo e a extremidade fechada que toca o relógio comparador e, anotamos. 3. Anotamos, também, a temperatura inicial. 4. Anotamos a temperatura final quando o ponteiro estacionou e, pela saída lateral do tubo oco, saia vapor. Em seguida, anotamos a medida da dilatação. 6. Repetimos o procedimento para os demais tubos. Resultados Experimentais Material 𝐋𝟎 t t’ ∆L 𝜶 ALUMÍNIO 435 mm 24ºC 92ºC 0,87 mm 2,9x10−5ºC−1 LATÃO 435 mm 24ºC 92ºC 0,67 mm 2,3x10−5ºC−1 AÇO 435 mm 24ºC 92ºC 0,38 mm 1,3x10−5ºC−1 7. Determinamos o coeficiente de dilatação linear, de cada material fornecido. Aço: α = ∆L L0∙∆t = 0,38 435∙68 = 1,3x10−5ºC−1 Alumínio: α = ∆L L0∙∆t = 0,87 435∙68 = 2,9x10−5ºC−1 Latão: α = ∆L L0∙∆t = 0,67 435∙68 = 2,3x10−5ºC−1 8. Por fim, o professor demonstrou o funcionamento de uma lâmina bimetálica e pudemos observar seu comportamento. QUESTIONÁRIO 1. Compare o coeficiente de dilatação linear encontrado experimentalmente para cada material fornecido com os valores respectivos da literatura. Identifique o erro percentual em cada caso. Valor Experimental Valor Teórico Erro relativo Aço 1,3x10−5ºC−1 1,1x10−5ºC−1 18% Alumínio 2,9x10−5ºC−1 2,4x10−5ºC−1 20,8% Latão 2,3x10−5ºC−1 2,0x10−5ºC−1 15% 2. Na figura (apostila), vemos uma junta de dilatação em uma estrada de ferro. Justifique a necessidade de juntas de dilatação em estradas de ferro em função dos resultados da prática realizada. Temperatura é a medida da agitação das moléculas. Ao aquecermos uma substância, aumentamos a agitação de suas moléculas, causando um acréscimo no tamanho do objeto aquecido. Caso a resfriemos, acontece o processo inverso. As linhas ferroviárias estão sujeitas a sofrerem variações térmicas, e, consequentemente dilatam e expandem, as juntas de dilação são dispositivos criados para absorver a variação volumétrica das linhas ferroviárias, evitando que se deformem. 3. Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas, e é utilizada como elemento de controle em um termostato comum. Explique como ela funciona. Uma lâmina bimetálica é constituída por duas lâminas de metal, cada uma delas com diferente coeficiente de dilatação. Quando estão em temperatura ambiente, as laminas são planas e têm as mesmas dimensões, mas ao serem aquecidas, dilatam-se de forma diferente e, uma das laminas ao se dilatar mais que a outra será responsável pelo arco formado. 4. Explique o que ocorre com o período de um relógio de pêndulo com o aumento da temperatura. Com o aumento da temperatura o relógio de pêndulo passa a adiantar, atrasar, ou permanece marcando as horas corretamente? Existe uma variação do comprimento do pêndulo de acordo com a temperatura. Isso ocorre porque a temperatura influência na dilatação dos pêndulos. No verão, quando a temperatura aumenta, o fio do pêndulo também aumenta, causando um atraso no relógio. 5. Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto, aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. a) O que aconteceria se aquecêssemos o anel e não a esfera? O anel dilataria, aumentando, assim, seu diâmetro e a esfera poderia passar com facilidade maior do que quando o anel está em temperatura ambiente. b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera? Como o coeficiente de dilatação do alumínio é maior do que o do aço, a esfera de alumínio dilataria mais que o anel de aço impossibilitando sua passagem pelo anel. 6. Explique porque a superfície de um lago congela-se primeiro quando a temperatura ambiente baixa para valores igual ou abaixo de zero grau Celsius. A água apresenta um comportamento anômalo em relação aos outros materiais. Quando está entre O °C e 4 °C, ao invés de se dilatar, ela se contrai, o que provoca um aumento em sua densidade. Esse fenômeno causa o congelamento da camada de água superficial, enquanto a inferior permanece no estado líquido, é justamente isso que mantém a fauna e a flora vivas no interior do lago parcialmente congelado. Como o gelo é um bom isolante térmico, ele evita a perda de calor da camada inferior para o meio externo, o que faz com que a água fique líquida e com temperatura entre 0 e 4 °C. 7. Um orifício circular numa lâmina de alumínio tem diâmetro de 30,8 cm a 100 ºC. Qual o seu diâmetro quando a temperatura da lâmina alcançar 0 ºC? (α = 23x10-6 ºC-1). A = 𝜋r2= 11,8x10−2m2 A = A0(1 + 2𝛼∆t) A = 11,8x10−2(1 + 2 ∙ 23x10−6 ∙ 100 - 0) = 11,9x10−2m2 A = 𝜋∙𝑑2 4 → 𝑑 = √ A ∙4 𝜋 = √ 11,9x10−2 ∙ 4 𝜋 = 0,389m → 38,9 cm CONCLUSÃO Nessa prática, aprimoramos nossos conhecimentos a respeito de dilatação térmica, uma variação no comprimento que ocorre quando o objeto é submetido a uma elevação de temperatura. Determinamos o coeficiente de dilatação de alguns sólidos e comparamos os resultados experimentais com os valores respectivos da literatura para obtermos um erro percentual. Alguns erros que podem ter comprometido o erro percentual são: não verificar se o relógio comparador estava zerado ou mesmo mal posicionamento dos tubos, forçando-os erroneamente no pino do relógio comparador. Ainda, pudemos verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica por meio da demonstração que nos foi feita. Entendemos que a lamina é constituído por dois metais diferentes, que têm coeficientes de dilatação diferentes e, por isso, se deformam de forma distinta. Concluímos que a dilatação térmica, além de depender da variação de temperatura sofrida, depende também do material utilizado, porque cada substância tem seu coeficiente de dilatação. Percebemos, também, a existência de algumas substâncias com dilatação anômala como a água. BIBLIOGRAFIA [ 1 ] DIAS, N. L. Roteiro de Física Experimental Básica. Fortaleza-CE: UFC, 2018. [ 2 ] Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAglEEAA/trabalho-8> Acesso em: 17 de nov. de 2018. [ 3 ] PSCHEIDT, Ana Caroline. Dilatação térmica: o que é, o que causa! – Ciência e Diversão. Dispo nível em: <http://parquedaciencia.blogspot.com/2013/08/dilatacao-termica-o-que-e-o-que-causa.html> Acesso em: 17 de nov. de 2018. [ 4 ] PORTAL SÃO FRANCISCO. Lâmina Bimetálica. Disponível em: < https://www.portalsaofran cisco.com.br/fisica/lamina-bimetalica>Acesso em: 17 de nov. de 2018. [ 5 ] DUCOIN, Camille. Por que é que o relógio de pêndulo se atrasa no Verão? Disponível em: < https://www.spf.pt/magazines/GFIS/97/article/781/pdf> Acesso em: 17 de nov. de 2018.
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