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Desafio Profissional - A inclusão do surdo no ensino medio regular

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIBERO
Camila Abdo Leite do Amaral Calvo – RA 6169689004
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA SOBRE ESTUDO DE CASO DE PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E APRENDIZAGEM DE UM ALUNO SURDO EM ENSINO REGULAR
Desafio Profissional junto ao 
curso de licenciatura de história
do 1º semestre, sob a supervisão da 
Professora Duarte Conte 
São Paulo
2016
RESUMO
A questão da inclusão para surdos-mudos passou por muitas modificações e teve avanços no decorrer dos anos, principalmente pela criação de novas leis que buscara que buscaram benefícios, visando sua inclusão no meio social, melhor comunicação e integração em seio meio cultural e social. Todos os cidadãos, seja ele normal ou portador de necessidades especiais, tem o direito a informação, formação, cultura e diversão, levando os professores a se profissionalizarem nestas questões, a fim de proporcionar um ensino de qualidade e evitar a evasão escolar dos portadores de necessidades especiais.
PALAVRAS – CHAVE: Deficiente Auditivo, Surdo, Educação, Inclusão no Ensino Regular, Inclusão, Libras.
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre as estratégias pedagógicas para a melhoria da aprendizagem e comportamento dos alunos surdos no contexto regular. 
São muitas as questões que envolvem o campo da surdez, a dificuldade de acesso à leitura e escrita, filosofias que permeiam a prática educativa (oralismo, bilingüismo), atraso na escolaridade, dificuldade de comunicação e relacionamento, a aquisição da língua gestual ou oral, o processo educacional, sendo que, os estudos a maior parte das vezes, volta-se a crianças maiores, adolescentes e adultos. No entanto, sabe-se que a grande maioria da população surda, nasce em lares de pais “ouvintes”, os quais nunca tiveram contato com surdo antes, o que poderá trazer conseqüências ao desenvolvimento dessas crianças, e dificultará acesso à língua e a linguagem e a todos os recursos. A compreensão de que a criança surda em sua maioria convive em duas culturas a surda e a ouvinte, e pesquisas que demonstram que a exposição precoce, regular e contínua a mais de uma língua favorece o desenvolvimento bilíngüe, e que a primeira língua deve ser a de sinais e a segunda o português. No contexto brasileiro, o atendimento a esse grupo de pessoas, se dá em instituições educacionais, Escolas Especiais ou Centros de Reabilitação, desde a detecção da surdez, que nos últimos anos tem ocorrido logo após o nascimento. Tais fatores justificam a preocupação do presente estudo, ao voltar-se ao atendimento educacional da criança surda, o qual é o alicerce para todo desenvolvimento posterior do ser humano, e ainda a questão da inclusão escolar que é muito escassa. 
A PROPOSTA DA INCLUSÃO – O INTÉRPRETE EDUCACIONAL
O interprete educacional é aquele que atua como profissional interprete na linguagem de sinais em ambiente escolar e é uma das áreas mais requisitadas nos dias de hoje. 
Atualmente, há surdos-mudos matriculados em ensinos regulares, seja ele público ou particular, em diferentes níveis de escolarização, a demanda é maior que os profissionais na área, tornando impossível atender ás exigências legais que determinam o acesso e permanência desses alunos. 
Incluir um aluno surdo no ensino regular não significa apenas inseri-lo em sala de aula, pois tal modelo desrespeita suas necessidades, não podendo atender suas especificidades, dificultando seu desenvolvendo de aprendizagem e limitando seu poder de criar e desenvolver.
 De acordo com o decreto 5.626/2005, assinado pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, que regulamenta a lei nº 10.436/2002, oficializada no governo Fernando Henrique Cardoso, tem por objetivo inserir as libras como disciplina obrigatória nos cursos de Formação de Professores, de Educação Especial, de Fonoaudiologia, de Pedagogia e Letras. 
Apenas das leis que priorizam a educação dos surdos, percebe-se que os professores estão despreparados para lidar com o aluno portador de necessidades especiais, devido á ausência de procedimentos metodológicos que privilegiam a experiência visual dos surdos nos processos de aprendizagem. 
Levando em consideração que a lei nº 9394/96, deixa claro que as crianças portadoras de necessidades especiais devem ter sua escolaridade atendida, fundamentalmente pela escola regular, de modo a promover sua integração, nosso modelo atual de ensino apresenta grandes dificuldades, beirando a polêmica para inserir tal modelo, incluindo estes alunos em classes regulares sem o profissional adequado, levando a altos índices de evasão. 
Por fim, levantado em consideração a necessidade de uma criança surda e a nossa obrigação social de inseri-la e acolhe-la em ambiente regular escolar, precisamos investir em profissionais de libras e na profissionalização dos professores. 
PROPOSTA DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO PARA EXTINGUIR O COMPORTAMENTO INADEQUADO DO ALUNO 
De acordo com os relatos contidos no prontuário do aluno João, surdo, o mesmo apresenta problemas comportamentais como indisciplina, dificuldade de concentração e atraso na aprendizagem global, como leitura e escrita. Levanta-se também a informação que, a escola anterior não tinha em seu quadro, profissionais especializados em libras, o modelo de aprendizagem de tal instituição é a oralidade. 
Porém, o comportamento inadequado de João precisa ser extinto levando em consideração que, um comportamento indisciplinado dificulta a inserção e a interação com outras pessoas. 
João reproduz tal comportamento adquirido em seu meio social, levando a crer que nenhum responsável tenha se empenhado em corrigi-lo ou não se utilizou de ferramentas adequadas para obter sucesso. 
De acordo com Skinner (1904 – 1990), devemos introduzir as noções de comportamento reflexo ou respondente para chegarmos ao comportamento operante. 
O comportamento operante abrange um leque amplo de atividade humano – comportamentais e proporciona a aprendizagem do comportamento por meio do efeito resultante. 
Para ter um efeito positivo, precisa-se de um estímulo reforçador, ou seja, o reforço que relaciona uma boa ação ou um comportamento aceitável com um presente ou algo que satisfaça a necessidade. Nesta interação, chama-se de relação fundamental, á relação entre a ação do individuo e a consequência.
No caso do aluno, toda vez que este agir de forma coerente com o esperado, ofereça algo que o estimule a repetir a ação. Um bombom, palmas dos colegas, recado carinhoso da professora ou algo que satisfaça sua necessidade por aceitação e atenção, valendo-se assim do reforço positivo, aumentando a probabilidade de João manter-se comportado e se esforçando para adquirir conhecimento. 
Quando o mesmo se valer de atitudes contrárias ao esperado, utiliza-se de reforço negativo, onde será tirado o reforço que satisfaz a sua necessidade. 
Colocando a disposição do aluno um profissional que domine libras e os reforços positivos, a probabilidade de João corrigir seu mal comportamento, manter o foco nas aulas e melhorar sua aprendizagem é alta.
Um profissional adequado para que ele se sinta acolhido em ambiente escolar, facilitar sua aprendizagem por meio de sinais e amostras visuais e reforço positivo, João extinguirá o comportamento negativo.
EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS: IDENTIDADES, DIFERENÇAS, CONTRADIÇÕES E MISTÉRIOS
O processo de ensino da língua portuguesa escrita tem que ser proposta como uma segunda língua para os surdos, já que a primeira é a libras ou linguagem de sinais. 
As crianças ditas como normais, aprendem ouvindo e reproduzindo, ou seja, por meio da oralidade. Para aquisições primárias de identificação de signos, leitura e escrita, recorre-se a livros e a soletração. Já as crianças surdas, precisam de um sistema hibrido de comunicação, ou seja, oral-visual. A escola que se utiliza apenas do método oralista tem um grande evasão de alunos surdos, pois estes se sentem confusos e pouco ou nada aprendem. Para ser realmenteinclusiva, a escola precisa ter como modelo bimodal ou bilíngue. 
Métodos áudio-visuais, libras, meios gráficos e tudo que aborda a aprendizagem por meio visual, proporciona ao surdo, uma maneira eficaz e descomplicada de aprender o próprio idioma. 
ORIENTAÇÕES QUANTO A ORGANIZAÇÃO DAS AULAS 
Para uma inclusão efetiva, libras é primordial. Precisa-se averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza para facilitar a comunicação entre o docente e o aluno. 
Nunca falar de costas e escrevendo na lousa pois é extremamente complicado para o aluno olhar para o profissional, copiar/olhar para a lousa. O material e o conteúdo ministrado devem ser entregues com antecedência pelo professor ao inicio de cada bimestre/semestre para que o mesmo possa se familiarizar com o material, interagir com ele, se organizar antecipadamente, se familiarizar com o vocabulário e receber a sinalização especifica, com sinais próprios, criados ou até mesmo pesquisados pelos professores. 
Realizar antecipadamente as anotações importantes na lousa, incluindo a comunicação interna/externa e utilizar material áudio-visual e gráficos. Quanto mais imagens, mais fácil e rápido o aluno aprenderá. 
Promover a inclusão em trabalhos de grupos para que o mesmo não se sinta rejeitado pelos demais. 
Elaborar provas diferenciadas dos demais, utilizando perguntas sucintas e objetivas com vocabulário claro e com sinônimos de palavras, colocando também gravuras para facilitarem a compreensão e desenvolvimento. Ressalto ainda que, deve-se manter o respeito pela forma escrita do aluno surdo, levando em consideração a não adequação dos verbos, artigos, pronomes, concordância, entre outros. 
Permitir que o aluno se expresse por meio de sinais, gestos, mímicas, desenhos, libras, entre outros. E, acima de tudo, se mostrar interessado pelas suas dificuldades, aberto a mudanças, porém jamais dispensa-lo de qualquer atividade ou prova. 
CONCLUSÃO
Podemos compreender, através do presente estudo, as dificuldades enfrentadas pelas crianças surdas em ambiente escolar em um contexto mais amplo. O presente estudo nos mostra que o Brasil ainda esta “engatinhando” para a inclusão das crianças com a supra citada deficiência em ensinos regulares, nos impulsando a montar estratégias para que tal realidade seja alterada de forma clara, objetiva e rápida. A falta de investimento no professor do ensino regular, politicas públicas pobres e falta de interesse por meio do ambiente escolar, faz com que estes alunos se sintam rejeitados e incapazes, favorecendo a sua evasão e, por consequência, problemas de relacionamentos, psicológicos e sociais a longo prazo. 
A falta de profissionais na área de interprete educacional torna-se impossível suprir a demanda existente de tais alunos, fazendo-se necessário investir na especialização dos profissionais e dos alunos em geral, colocando como grade curricular a aprendizagem em libras, diminuindo o sentimento de inadequação e evitando a evasão escolar.

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