Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE DIREITO DIRIETO PROCESSUAL CIVIL IV CAMPUS (NITERÓI III) CASO CONCRETO 5 QUESTÃO DISCURSIVA No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Distinguindo, previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a indenização. Resposta: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado, o que não é o caso, pois ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução conforme dispões a súmula 375/STJ. No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790 inciso VI do CPC. O reconhecimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da alienação ou gravação do bem, demanda ação própria, de ampla dilação probatória insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da sentença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude contra credores o caput do art. 799, inciso IX do CPC, sugere que o credor, para realmente precaver-se contra a fraude, teria de proceder a duas averbações sucessivas. Uma da propositura da execução (art. 799, IX CPC), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput CPC). QUESTÃO OBJETIVA Considerando o CPC (Lei nº 13.105/15), e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. A) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; B) o responsável tributário, assim definido em lei; C) o fiador do débito constante em título extrajudicial; D) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. Resposta: Letra D (art. 779 do CPC)
Compartilhar