Aula 10 - Fraude a Execução

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EXECUÇÃO CIVIL – AULA 10 
Fraude à execução X Fraude contra credores
2. Liquidação de sentença
PROFª PATRICIA MENEZES CASTAGNA
FRAUDE À EXECUÇÃO (já temos uma ação ajuizada) 
X 
FRAUDE CONTRA CREDORES (não temos uma ação ajuizada)
Fraudes do devedor (quando eu tenho um título certo, líquido e exigível): utilizadas para evitar a responsabilidade patrimonial, livrando-se dos seus bens. A primeira coisa que ele faz é tirar do nome próprio os bens ou passa para parente.
 Terceiro adquirente: 
Pessoa que adquire o bem alienado em fraude (adquire do devedor)– 
Terceiro de boa fé (o terceiro não sabe, não tem a menor ideia de que o devedor não contou que queria se livrar do bem para não responder pela dívida dele, o terceiro não sabe) 
Terceiro de má-fé - para evitar atingir o patrimônio do devedor
AULA 01
 
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Para tornar a alienação do bem INEFICAZ (inválida), o exequente (credor) deve provar a má-fé do terceiro (o terceiro tinha ciência que comprou o bem que respondia por dívida - tarefa quase impossível), o que pode ser feito por meio da averbação da existência da execução (da ação) na matrícula do imóvel (Art. 828 CPC – averbar a existência da ação) - deve solicitar a certidão de distribuição da execução ao cartório judicial (o advogado deve fazer), isto para dar conhecimento ao terceiro de boa fé que venham a se interessar pela compra daquele imóvel.
Vai caracterizar fraude se houver um estado de insolvência provado. Se aquele imóvel é somente um dos sete imóveis que o devedor tem não vai caracterizar fraude, ele pode vender. Tem que pensar no todo do patrimônio do vendedor. Se é o único imóvel que não é penhorável.
Pode cobrar o valor da averbação na ação. São custas e despesas que podem ser cobradas.
O credor é sempre aquele que dá a direção da execução.
Ver o site de pesquisa de imóveis. 
Quando tem a penhora deferida você averba a penhora na matrícula do imóvel.
Quando não tem penhora deferida você averba a existência da ação na matrícula. (art. 828 CPC)
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Só temos uma fraude à execução (contra a execução) quando temos um título : Certa, liquida e exigível (vencida) (quando temos a escrita fraude à execução, troque o a craseado por contra a execução).
Fraude à execução (quando eu tenho uma ação ajuizada)
= Fraude Contra à execução (eu tenho que ter uma ação de execução já ajuizada, tenho que ter um exequente (credor) e um executado (devedor) e se ele começa a se desfazer do seu patrimonio para não honrar a sua divida ele tem uma fraude à execução.
Fraude contra credores (quando não tenho uma ação ajuizada) 
Quando O devedor sabe que vai ser movido uma uma ação contra ele porque está sendo cobrado pelo credor.  
Fraude contra credores pode existir quando o devedor tem um bem de familia e um apartamento e ele vende o apartamento para fazer uma fraude ao credor.
Devedor solvente: não pagou e tem condições , tem patrimônio para pagar a divida.
Averba a existencia da dívida se não foi penhorado.
FRAUDE À EXECUÇÃO X FRAUDE CONTRA CREDORES
Modalidades de fraude:
Fraude à execução – Art. 792 CPC
b) Fraude contra credores -158 a 165 CC (é um instituto de direito material e não processual)
	Fraude à execução 
	Fraude contra credores
	Art. 792 CPC – é um instituto de direito processual	Art. 158 e 165 CC – instituto de direito material
	Ocorre durante o processo de execução	Ocorre antes do processo de Execução 
	Ex: 
alienação ou
oneração de bens.	Ex:
transmissão gratuita de bens(passa para sobrinho) 
contrato oneroso: começa a vender seus bens
remissão de dívidas: perdão de dívidas 
renúncia de herança: o devedor tem direito a receber e não quer.Ele não quer que venha para o patrimônio dele porque é devedor. Pode pedir que passe direto para os filhos para não passar para ele.
antecipação quanto ao pagamento de dívidas,
atribuição de preferências a credores. 
 
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Fraude contra credores Ocorre antes do processo de execução. 
Não existe ação ainda.  
Ele transmite por forma gratuita o bem para o sobrinho, para o filho, para o amigo e talvez entre ele faça um acordo de aqui a 5 anos devolve o bem porque agora é devedor.  
Ele pode fazer um contrato oneroso vendendo o bem. 
Ele transforma bens móveis ou imoveis em dinheiro e não pode aparecer na conta (a pessoa gasta com viagem, bens moveis para dentro da casa, reforma da casa. 
São coisas que vai valorizar os bens e não vai aparecer no imposto de renda. 
Remissão de Divida: o devedor perdoa
Renuncia a herança: o devedor tem direito a receber uma herança, ele não quer, ele renuncia, ele não quer que este patrimonio pvenha pra o dele porque é devedor.
Antecipação quanto ao pagamento de dividas: 
	Fraude à execução 
	Fraude contra credores 
(do direito material)
	má-fé do devedor, mas nem sempre do terceiro adquirente
prejuízo à efetiva atividade jurisdicional	conluio de vontades no intuito de fraudar credores (consilium fraudis);
não foi ajuizada ação ainda. 
Não existe uma ação de execução
	atos de alienação são “ineficazes” em relação ao credor (VER 792§1º NCPC) (como se nunca tivesse existido - é ineficaz)= o bem vai ter que voltar para o patrimônio do devedor para garantir o pagamento da dívida.
ocorre nos próprios autos da execução
bem pode ser penhorado
	atos de alienação são “anuláveis” (171, II CC)
ocorre por meio da Ação Pauliana ou Revocatória: anula ato jurídico lesivo ao interesse do credor. Para pedir a anulação desta doação, ou renúncia a herança.
- o bem é reintegrado no patrimônio do devedor 
Na Fraude a Execução é Ineficaz = é como se nunca tivesse existido.
Na Fraude Contra Credores : a alienação já existiu, mas pretende-se anular.
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Fraude a execução: aqui existe um prejuizo a atividade jurisdicional (esta execução vai demorar mais tempo).
O terceiro que compra do devedor, não sabia e é intimada que o bem estava penhorado, como veiculo : Embargos de terceiro e quando demonstra a boa fé, que ele não sabia,vai conseguir manter a posse do bem que comprou.
Fraude contra credores (do direito material) não tem ação ainda ajuizada.
O devedor que vende o bem para se desfazer e a pessoa que compra também sabe que ele está vendendo para se satisfazer. O que compra ou recebe por doação ela sabe.
	Fraude à execução 
	Fraude contra credores
	Súmula 375 do STJ 
“O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.”	Súmula 195 do STJ
“Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores.”
(mas pode fazer por ação pauliana)
Existe duas formas de inscrever na matrícula a ação:
Existe uma penhora deferida pelo juiz e após você inscreve na matrícula no cartório
Não existe penhora, você apenas registra sobre a existência de uma ação na matricula.
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AULA 01
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PAULIANA. FRAUDE CONTRA CREDORES. NEGÓCIO CELEBRADO PELO SÓCIO. AUSÊNCIA DE PRÉVIA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (aqui não houve ainda a desconsideração da personalidade). VALIDADE DO NEGÓCIO MANTIDA. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Na hipótese dos autos, o Tribunal de origem concluiu que a alienação do imóvel particular pelo pai à filha configura fraude contra credores, ainda que não tenha havido desconsideração da personalidade jurídica no processo de execução contra a sociedade empresária da qual é sócio, tendo em vista a pessoa jurídica figurar em múltiplas ações e encontrar-se em estado de insolvência reconhecido pelo agravante.
2. Em processo semelhante, o STJ já decidiu que, apenas a partir da efetiva desconsideração da personalidade jurídica, os bens particulares dos sócios passaram a responder pelas dívidas da empresa, não sendo possível desconstituir, em ação pauliana, negócio jurídico celebrado antes desse marco.
3. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1274290/RS, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO),QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2018, DJe 24/08/2018)
FRAUDE CONTRA CREDORES – MEIO PROCESSUAL – AÇÃO PAULIANA
O devedor aqui é empresa.
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A divida era contra a empresa. 
Um dos sócios vai lá e vende um imovel para a filha e o STJ barra dizendo que o devedor não era o pai e sim a empresa e pode vender.
O credor tem dificuldade de atingir seu objetivo.
Cabe a ação rescisória por inobservância da súmula 375/STJ? É recurso mesmo e não rescisória
 Súmula vinculante não é obrigatória e pode não ser aceito.
 
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AULA 01
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 3/STJ. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PEDIDO FORMULADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO NO CURSO DO PROCEDIMENTO. ACÓRDÃO RECONHECEU A OCORRÊNCIA DE FRAUDE CONTRA CREDORES. JULGAMENTO EXTRA PETITA. (...) 2. O acórdão recorrido, ao analisar o pedido do Ministério Público, entendeu que se tratava de fraude contra credores, tendo em vista que: (a) não se submete ao instituto da fraude à execução; e, (b) quando proposto o incidente do cumprimento de sentença, a transação referente ao imóvel já havia se efetivado.
3. Ocorre que, no entanto, na via processual eleita, tal entendimento não pode se sustentar. Isso porque o reconhecimento da fraude contra credores demanda a adoção de instrumento próprio, qual seja a ação pauliana. Assim, no curso do cumprimento de sentença, é inviável o reconhecimento incidental de fraude contra credores, sem que tenha sido utilizada a referida ação pauliana, bem como propiciado às partes contraditório prévio sobre o possível vício na transação comercial. (...) 5. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1551305/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 16/04/2018)
FRAUDE CONTRA CREDORES – MEIO PROCESSUAL – AÇÃO PAULIANA
 
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Não pode ser no meio do cumprimento da sentença a fraude contra credores.  
NO SLIDE ANTERIOR era um cumprimento de sentença. 
AULA 01
RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. VENDA DE BENS EM FRAUDE À EXECUÇÃO. BEM DE FAMÍLIA. AFASTAMENTO DA PROTEÇÃO. POSSIBILIDADE.FRAUDE QUE INDICA ABUSO DE DIREITO.
1. Não há, em nosso sistema jurídico, norma que possa ser interpretada de modo apartado aos cânones da boa-fé. Ao alienar todos os seus bens, menos um, durante o curso de processo que poderia levá-lo à insolvência, o devedor não obrou apenas em fraude à execução: atuou também com fraude aos dispositivos da Lei 8.009/90, uma vez que procura utilizar a proteção conferida pela Lei com a clara intenção de prejudicar credores.
2. Nessas hipóteses, é possível, com fundamento em abuso de direito, afastar a proteção conferida pela Lei 8.009/90.
3. Recurso especial conhecido e não provido.
(REsp 1299580/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/03/2012, DJe 25/10/2012)
FRAUDE À EXECUÇÃO – MEIO PROCESSUAL – NA PRÓPRIA EXECUÇÃO
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O devedor se desfez de todos os bens, ficou somente com o bem onde ele mora porque sabia que tinha a proteção do bem de familia.  Conseguiu afartar a proteção do bem de família.
Acha que o credito tem as ressalvas do 8.009/90
AULA 01
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE ACORDO CELEBRADO EM AÇÃO MONITÓRIA. DECISÃO QUE REJEITOU ALEGAÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO.   RECURSO DA PARTE EXEQUENTE.    DEFENDIDA OCORRÊNCIA DE FRAUDE À EXECUÇÃO. TESE REJEITADA. INEXISTÊNCIA DE REGISTRO DA PENHORA NA MATRÍCULA DO IMÓVEL À ÉPOCA DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DO BEM EM DISCUSSÃO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO, PELO CREDOR, DA MÁ-FÉ DO TERCEIRO ADQUIRENTE. EXEGESE DA SÚMULA 375 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, RATIFICADA PELO RECURSO ESPECIAL N. 956.943/PR, SELECIONADO PARA OS FINS DO ART. 543-C DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. AUSÊNCIA DE PROVAS DE QUE OS PROMITENTES COMPRADORES TIVESSEM CIÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS CAPAZES DE LEVAR O EXECUTADO ALIENANTE DO BEM À INSOLVÊNCIA. PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ DOS PROMITENTES ADQUIRENTES NÃO DERRUÍDA. DECISÃO MANTIDA.   RECLAMO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 
(TJSC, Agravo de Instrumento n. 4007515-82.2017.8.24.0000, de Concórdia, rel. Des. Tulio Pinheiro, Terceira Câmara de Direito Comercial, j. 12-07-2018).
FRAUDE À EXECUÇÃO – MEIO PROCESSUAL – NA PRÓPRIA EXECUÇÃO
 Como não existe o registro da penhora no registro precisa fazer a prova da má-fé do terceiro que adquire.
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Não tem registro da penhora, não tem prova de má fe do adquirente e não vai ser reconhecida a fraude.
Artigo 792 CPC (ex. Usucapião) - 
Artigo 828 CPC – Averbar na matrícula ( averbar se trata de um mero ônus) e art. 495 CPC
Quando tem um titulo executivo judicial : Pode fazer a averbação da sentença na matricula do imovel (e terá hipoteca judiciária que é decorrente da sentença= faz com que teu imóvel seja a garantia da dívida caso você não pague)
* Se ele tem três imóveis, averba na matricula dos três a depender do valor da dívida. Ai depois o juíz defere a penhora em cima de um imovel, você então cancela nas outras duas senão poderá pagar por não tirar a averbação.
2.Liquidação de sentença (é muito difícil se fazer)
 MARINONI: Liquida-se a “obrigação” consubstanciada na sentença e não a sentença 
 A obrigação é que deve ser líquida, certa e exigível (Art. 783), para que permita a execução forçada
 Sendo ilíquida, é necessário proceder, antes de submeter a obrigação ao cumprimento (Art. 523 CPC), à fase de liquidação (Art.509 - 512 CPC)
Fazer a Liquidação é buscar o valor, tornar líquido. Se não tem valor na sentença, não é líquido.
Se não tem o valor tem que fazer uma pericia com perito contábil, engenheiro civil, agrônomo.
O título líquido é um dos requisites da execução.
Se falta liquidez, se não sei o valor que deve ser pago, então eu preciso passer pela liquidação.
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Liquidação da Sentença = é obrigação de pagar
 Art. 81 CDC o MP
- Ela vai acontecer quando já tramitou a ação de conhecimento, houve trânsito em julgado e eu não consigo entrar direto no cumprimento de sentença. Eu preciso que entre um e outro eu faça esse procedimento chamado de liquidação, porque a sentença sozinha não consegue me trazer o valor. Ou ela não dispõe claramente ou depende de um cálculo muito complexo que o advogado não conseguiria fazer, mesmo utilizando de um sistema, portanto eu preciso de um perito que seja contador ou eu precise averiguar um fato novo que ainda não existia a época de ação de conhecimento.
2.Liquidação de sentença
	CPC/1973	Lei 11.232/2005
	Arts. 603 a 611 – revogados
	Arts. 475-A a 475-H – alterados pelo NCPC
	Realizada em processo autônomo
	É simples incidente processual (uma simples petição)
	Necessidade de inicial 
	Apenas requerimento nos autos
	Réu era citado	Executado é intimado (por seu advogado) para participar da fase de liquidação
2.Liquidação de sentença
	CPC/1973	Lei 11.232/2005
	Termina com sentença, sujeita à apelação, depois teria que ser ajuizada 3ª ação: ação de execução	Termina com decisão, sujeita à agravo de instrumento e passa-se direto à fase de Cumpr. Sentença
	Três formas: cálculo, arbitramento e por artigos	Três formas: cálculo, arbitramento e por artigos, sendo a primeira, como regra realizada direto por ato da parte
	Natureza: era processo de conhecimento preparatório de futura execução forçada 	Natureza: é simples incidente (UMA SIMPLES PETIÇÃO) complementar da sentença condenatória genérica 
	Legitimidade: do vencedor da causa	Legitimidade: do vencedor da causa
2. Liquidação – CPC 2015 (o juiz pode fixar até na sentença o tipo Art. 509, I)
APENAS ALGUNS AJUSTES:
ART. 491: AINDA QUE O PEDIDO SEJA GENÉRICO, a regra agora é que as sentenças sejam líquidas! 
Objetivo: tornar a liquidação excepcional
ANTES (cpc anterior): por arbitramento, por artigos e por cálculo
HOJE(cpc atual): por arbitramento e procedimento comum (Art.509)
  509,§ 2º: simples cálculo .Coloca o calculo no cumprimento de sentença
 
 
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2. Liquidação de Sentença
O juízo cível pode fazer a liquidação de sentença. 
A liquidação de sentença é uma ação de conhecimento para provar um fato novo e acontece como pedido genérico na inicial ou é um título executivo.
Art. 510 CPC: Liquidação por Arbitramento= feito por um perito (arbitro = uma terceira pessoa = um contador, um médico, um engenheiro ou outro)– hoje a perícia somente é realizada se o juiz a considerar necessária – pode decidir com base apenas nos pareceres das partes. 
Art. 511 CPC – Liquidação por Procedimento Comum (incico II do art. 509 CPC) (antigo “por artigos”) – é ação de conhecimento para provar fato novo – 
Ex: casos de pedidos genéricos na inicial (324, § 1º, II) ou quando sentença penal condenatória é título executivo (512, VI)
 
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2. Liquidação de Sentença 
(ver a multa do 523)
 AGRAVO DE INSTRUMENTO (ARTIGO 1.015, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC/2015). CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE REJEITA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO DO EXECUTADO. ARGUIÇÃO DE ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL A NECESSITAR DE LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM. ARGUMENTOS RELATIVOS À NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA GENÉRICA, QUE SE APLICAM ÀS EXECUÇÕES FUNDADAS EM TÍTULO EXECUTIVO ORIUNDO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CASO CONCRETO QUE TRATA DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA DISTINTA, PROFERIDA EM AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO AJUIZADA PELO PRÓPRIO EXEQUENTE. TESE REFUTADA. POSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA POR SIMPLES CÁLCULOS ARITMÉTICOS, NA FORMA DO ARTIGO 509, § 2º, DO CPC/15. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE. (...) . RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4028262-82.2019.8.24.0000, de São Joaquim, rel. Des. Luiz Zanelato, Primeira Câmara de Direito Comercial, j. 30-01-2020).
 
Ler o Art. 512 CPC = liquidação provisória da sentença: a parte que perde recorre e a parte que ganha, para ganhar tempo já vai fazer liquidação.
Tem que ter o mínimo de conhecimento para fazer os cálculos
TJSC – ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA PARA FAZER CALCULO
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2. Liquidação de Sentença
 AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. REVISIONAL DE CONTRATOS. CÉDULAS DE CRÉDITO COMERCIAL VINCULADAS A CONTA CORRENTE. DECISÃO QUE REJEITOU A VIA IMPUGNATIVA.    RECURSO DA PARTE DEVEDORA.   EXISTÊNCIA, TODAVIA, DE QUESTÃO PREJUDICIAL AO EXAME DO RECLAMO. PROCEDIMENTO EXPROPRIATÓRIO QUE FOI APLICADO DE FORMA DIVERSA DA PREVISTA EM LEI. NECESSIDADE DE LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. COMPLEXIDADE E EXTENSÃO DOS CÁLCULOS A SEREM CONFECCIONADOS QUE RECLAMAM CONHECIMENTO TÉCNICO PARA APURAÇÃO DO QUANTUM DEVIDO. ERROR IN PROCEDENDO EVIDENCIADO. PRECEDENTES. ANULAÇÃO, DE OFÍCIO, DO PROCESSO, DESDE O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA DA AÇÃO DE CONHECIMENTO, A FIM DE DETERMINAR A PRÉVIA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA POR ARBITRAMENTO. ANÁLISE DO RECURSO E DAS CONTRARRAZÕES PREJUDICADA. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4015833-88.2016.8.24.0000, da Capital, rel. Des. Tulio Pinheiro, Terceira Câmara de Direito Comercial, j. 14-05-2020).
    
2. Liquidação de Sentença
ART. 509 (Permite liquidar valor, mas não somente valor)– iliquidez pode se referir à sentença para: 
pagar quantia – define valor
entregar coisa – define qual coisa
ação coletiva – define quem são as vítimas
“a requerimento do credor ou devedor” – ambos podem pedir a liquidação – devedor pode querer livrar-se da dívida. (o juiz não pode pedir de ofício)
509, I – “convenção das partes”: negócio processual (art. 190 NCPC) que reconhece a liquidação por arbitramento como meio mais adequado para liquidação
    
2. Liquidação de Sentença
509, § 3º: CNJ desenvolverá programa de atualização financeira.  
 
- ÚLTIMA NOTÍCIA: 25/04/2019 - Comitê Gestor dos Cadastros Nacionais (CGCNs) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu procedimento administrativo para estudar a implantação de uma calculadora de atualização monetária, nos moldes do que determina o novo Código de Processo Civil (CPC). A ideia é disponibilizar para os tribunais essa opção de cálculo por meio de uma ferramenta no portal do CNJ.
 
Não existe pelo CNJ o programa de atualização financeira.
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2. Liquidação de Sentença
509, § 4º: vedação de nova discussão da lide ou modificar a sentença que a julgou. (o que se discutiu lá não se discute mais)
RECURSO CABÍVEL:
Art. 1015 - Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
(...)
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
Qualquer decisão proferida no âmbito da liquidação é impugnável por Agravo de Instrumento!
 
 O Agravo de Instrumento Tem situações limitadas para poder interpor. O roll do 1015 não é taxativo .
Todas são decisões interlocutórias
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Sentença de mérito 
é a unica de existe dentro da execução- é aquela que julga se aconteceu ou não determinada circustância
Só vai  acontecer no embargos à execução: só lá vai ter uma sentença de mérito que vai dizer se o valor é exessivo .
La pode dizer que o valor é excessivo por erro, vicio ou dolo, por contrair aquela divida ou vicio de concentimento.
Só ela é passível de apelação
Execução de atos executivos para cobrar valores e não se pode discutir a origem.
Na ação de execução vai existir uma sentença de extinção quem sabe em relação a um acordo. 
Lá não tem mérito – na execução
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2. Liquidação Provisória 
Art. 512 - liquidação na pendência de recurso
Se o recurso for recebido apenas no efeito devolutivo –faz a liquidação provisória e, após, a execução provisória
Se recebido em ambos os efeitos – faz somente a liquidação provisória
Finalidade: acelerar a fase de liquidação para logo iniciar cumprimento de sentença após julgado o recurso.
 Feita em autos apartados no juízo de origem - instruir pedido com cópias das peças processuais pertinentes: inicial, sentença, certidão trânsito em julgado 
O autor da ação ganhou uma ação, mas não sabe o valor e o réu recorre da sentença. Ele pode fazer a liquidação provisória em autos apartados (porque o processo inteiro vai subir para o tribunal para a apelação do réu (ação de conhecimento).
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2. Vedação da sentença ilíquida – previsões legais
Art. 491 – Novo CPC consagrou importância das sentenças líquidas
 Há, também, proibição de sentença ilíquida nos Juizados Especiais:
a) Lei Federal 9.099/95 - artigo 38, parágrafo único: “Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.”
b) Lei Federal n. 10.259/01 - art. 1º - Juizados Especiais Federais: “São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.”
2. Sentença: parte líquida e ilíquida
Art. 509, § 1º - É possível o credor promover simultaneamente a execução da sentença que houver parte líquida (nos próprios autos), e, a liquidação da parte ilíquida em autos apartados
Objetivo: acelerar a obtenção da tutela jurisdicional do direito, evitando-se a violação ao direito fundamental à duração razoável do processo (Marinoni)