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CINÉTICA DE REAÇÕES ENZIMÁTICAS Bioengenharia – Eng. Química Prof.ª Bárbara Flaibam 2 º semestre de 2013 CINÉTICA DE REAÇÕES ENZIMÁTICAS • É um caso particular de CINÉTICA QUÍMICA. Objetivos: • Medir as velocidades das reações que se processam; • Estudar as influências da condições de trabalho; • Correlacionar as velocidades das transformações com alguns fatores que as afetam; • Colaborar na otimização do processo considerado; • Estabelecer critérios para o controle do processo; • Projetar o REATOR mais adequado. MEDIDA DA VELOCIDADE S E P + Q + .... S= substrato P, Q = produtos E = enzima Nos interessa medir a concentração de substrato ou de um dos produtos durante o desenvolvimento da reação a partir de seu início. MEDIDA DA VELOCIDADE • Velocidade de consumo de substrato varia com o tempo; • Variam as condições e que o sistema se encontra. MEDIDA DA VELOCIDADE • Mesmo mantendo temperatura e o pH constantes: a concentração de substrato decresce e a concentração da enzima – labilidade. MEDIDA DA VELOCIDADE • O único instante em que as condições experimentais são conhecidas é o INSTANTE INICIAL – VELOCIDADE INICIAL. MEDIDA DA VELOCIDADE Casos mais complexos: a VELOCIDADE INICIAL não pode ser medida (falta de técnica, ou porque a reação não pode ser representada como uma equação química). Nesses casos, a velocidade da reação é representada por uma VELOCIDADE MÉDIA. Ou na variação de uma propriedade do sistema (viscosidade, textura, absorbância, etc.) em um intervalo de tempo prefixado. LEI DE MICHAELIS e MENTEN Considere vários ensaios, diferindo um do outro, apenas pela concentração inicial de ENZIMA. LEI DE MICHAELIS e MENTEN Considere vários ensaios, diferindo um do outro, apenas pela concentração inicial de SUBSTRATO. LEI DE MICHAELIS e MENTEN Modelo cinético de Michaelis-Menten um dos mais bem aceitos explicar a influência das concentrações iniciais de enzima e substrato Velocidade inicial da reação enzimática LEI DE MICHAELIS e MENTEN Hipóteses desse modelo: • O substrato e a enzima reagem reversivelmente entre si; • Formam um complexo intermediário: complexo enzima-substrato. • O complexo formado ou se decompõe, ou reage com outra substância, regenerando a enzima e formando os produtos da reação. LEI DE MICHAELIS e MENTEN Caso mais simples possível: • A formação do complexo enzima-substrato se dá na proporção: 1 mol de substrato para 1 mol de enzima, produzindo 1 mol de complexo; • Complexo formado se decompõe, sem reagir com outras substâncias existentes no sistema. LEI DE MICHAELIS e MENTEN k1 v E + S ES E + P k2 k3 k1= constante de velocidade de formação do complexo. k2 = constante de velocidade de dissociação do complexo. k3 = constante de velocidade de decomposição do complexo formando o produto. v= velocidade de formação do produto . LEI DE MICHAELIS e MENTEN Equação de Michaelis e Menten: v � V. � �� � � s = molaridade inicial do substrato; V = velocidade máxima; Km = (k2+k3)/k1 LEI DE MICHAELIS e MENTEN Km = constante de Michaelis da enzima; Km = constante de Michaelis do substrato; Km = constante de Michaelis do sistema enzima-substrato. É a concentração de substrato que corresponde a uma velocidade igual à metade da máxima. Quanto menor for o valor de Km, maior será a afinidade da enzima pelo substrato. LEI DE MICHAELIS e MENTEN A determinação de Km e V a partir de valores experimentais de s e v, pode ser efetuada linearizando-se a equação: v � V. � �� � � Linearização: Método de Lineweaver-Burk, consiste em inverter ambos os membros da equação: 1 � 1 � � �� � . 1 � LEI DE MICHAELIS e MENTEN Linearização: Método de Lineweaver-Burk 1 � 1 � � �� � . 1 � Coeficiente angular: Km/V Coeficiente linear: 1/V Presença de um inibidor Inibidor: substância que acarreta diminuição da velocidade da reação. Inibidor reage irreversivelmente com a enzima: inibidor irreversível. Inibidor reage reversivelmente com a enzima: inibidor reversível. Presença de um inibidor INIBIDOR REVERSÍVEL: COMPETITIVA: quando o inibidor compete com o substrato ocupando o sítio ativo da enzima. NÃO-COMPETITIVA: inibidor não compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima, mas vai ocupar outro sítio da enzima. Presença de um inibidor COMPETITIVA: k1 vi E + S ES E + P k2 k3 k4 E + I EI E + P’ k5 k6 Presença de um inibidor COMPETITIVA: vi < v= uma vez que uma parte da enzima está “bloqueada” na reação com o inibidor I. A velocidade da reação enzimática será: � � V. � ��(1 � � �� ) � � Presença de um inibidor NÃO - COMPETITIVA: v E + S ES E + P E + I EI ES + I EIS EI + S EIS Presença de um inibidor NÃO - COMPETITIVA: A velocidade da reação enzimática será: � � V. �� �� � � . � �� � � Influência da temperatura k E + S ES E + P A constante k, dentro de certos limites, é função crescente da temperatura do sistema. A experiência mostra que a influência da temperatura na constante de velocidade k obedece à lei de Arrhenius: � ��/�� Influência da temperatura Enzimas: são termolábeis. Ao mesmo tempo que ocorre a reação que nos interessa, desenvolve-se também a reação de inativação térmica: k’ E Enzima inativada � � � ��/��
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