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Sinapse. Mônica.

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Aula 06: Sinapse (Mônica)
A sinapse não acontece somente entre neurônios, mas pode ocorrer entre células excitáveis diferentes (neurônio-célula muscular esquelética, neurônio-célula muscular cardíaca que pode ser marca-passo ou miocárdica e neurônio-célula muscular lisa). Na sinapse elétrica o neurônio não está presente. 
Sinapse é uma junção anatômica especializada entre duas células excitáveis, onde a atividade elétrica de uma das células influencia na atividade da outra. 
A sinapse química é a mais comum. Há também a sinapse elétrica. A sinapse química pode ser excitatória e inibitória. 
Na sinapse química há mediador químico que pode ser neurotransmissor ou neuromodulador. Neurotransmissores dependendo da sinapse podem fazer efeito excitatório e inibitório.
Sinapse elétrica - presente em músculos lisos e cardíacos. Há cargas elétricas que se movimentam de uma célula excitável para outra. 
Em uma sinapse elétrica, o sinal elétrico é transmitido diretamente da célula pré-sináptica para a célula pós-sináptica via junções comunicantes (conexinas, que são estruturas proteicas de baixa resistência elétrica). Há passagem de íons sódio e cálcio pelas conexinas. 
Em uma sinapse química, o sinal elétrico na célula pré-sináptica é convertido em um sinal químico, na forma de um mediador químico, o qual atravessa a fenda sináptica e se liga a um receptor na membrana da célula pós-sináptica. O receptor converte o sinal químico em um sinal elétrico na célula pós-sináptica. 
O potencial de célula cardíaca não fica em repouso. 
O coração contrai de uma só vez porque o potencial de ação é disparado rapidamente. 
O potencial de ação do sistema digestório é de ondas lentas, pois o potencial é flutuante e pode ou não atingir o flutuante e o disparo do potencial se dá no topo da onda lenta.
Sinapse química: pode ser axodendrítica, axossomática e axoaxônica. 
Numa sinapse excitatória há a despolarização. 
Atividade bidirecional pode ocorrer em sinapses elétricas, mas na sinapse química o sentido da sinapse é unidirecional. 
O espaço entre dois neurônios é fenda sináptica. O neurônio que vem antes da fenda é pré-sináptico e o que vem depois é o pós-sináptico. 
Eventos que ocorrem em uma sinapse: 1- O potencial de ação chega ao botão terminal. 2- Abertura dos canais de cálcio voltagem dependentes. 3- Entrada de cálcio. 4- Cálcio se liga no sítio da membrana das vesículas que armazenam os mediadores químicos. 5- Migração das vesículas em direção à membrana do botão terminal. 6- Ocorre fusão das vesículas contendo mediadores químicos com a membrana do botão terminal. 7- Os mediadores químicos são liberados por exocitose. 
Na região do botão terminal há canais iônicos que não existem no restante do axônio e estão fechados normalmente. Esses canais são canais de cálcio voltagem dependentes. 
Há mais cálcio no meio extracelular. 
Dentro do botão terminal do neurônio em vesículas estão armazenados mediadores químicos (são produzidos na região do corpo celular).
Caminhos seguidos pelos mediadores químicos: 1- Se ligarem a receptores por ligações fracas. 2- Sofrerem receptação neuronal com a ajuda de carreadores presentes na membrana do botão terminal. 3- Serem degradados por enzimas presentes na fenda sináptica. 4- Mediador que sofreu receptação neuronal é degradado por enzimas presentes no citoplasma do botão terminal. 5- Podem ser fagocitados pelas células da glia (mais precisamente da micróglia) presentes nas proximidades da fenda sináptica. 
Existem receptores para mediadores químicos em neurônios pré-sinápticos como os para noradrenalina (receptores alfa-2 adrenérgicos) e estão acoplados à proteína Gi.
Acetilcolina não sofre recaptação neuronal. A acetilcolinesterase degrada a acetilcolina na fenda sináptica (é inibida por inseticidas, organofosforados, gases usados em guerra - se for inibida, a acetilcolina fica em maior quantidade na fenda sináptica e vai ativar os receptores, pode provocar constrição de brônquios, bradicardia, parada cardíaca, dor abdominal, espasmo muscular). Acetilcolina fica 100 milissegundos na fenda sináptica.
Sofrem recaptação: serotonina, adrenalina.
A enzima que degrada a noradrenalina na fenda não é a mesma que degrada dentro do botão terminal. Na fenda é degrada pela COMT. No botão terminal é degradada pela MAO. 
Cocaína prova taquicardia, hipertensão, agitação, delírio. 
Tópicos importantes:
- Sinapse axossomática: é entre o final do botão terminal e o corpo celular.
- A função da sinapse axodendrítica é o aumento ou diminuição da excitabilidade, a da sinapse axossomática é modular atividade de neurônio que está recebendo atividade prévia e a da axoaxônica é modular a liberação do mediador. 
- Anti-hipertensivo do SNC: age nos receptores pré-sinápticos adrenérgicos alfa-2. 
- Recaptação neuronal: pega o neurotransmissor da fenda sináptica com ajuda do carreador e coloca no citosol do botão terminal. 
- Efeito da cocaína: inibe a MAO e aumenta a concentração de noradrenalina, por isso a pessoa fica agitada. 
Neurotransmissor tem que obedecer alguns critérios: 1- deve estar presente no terminais nervosos, 2- deve ser sintetizado, 3- deve ser armazenado, 4- liberado concomitantemente com o impulso nervoso, 5- deve ser ligar a receptores ou enzimas ou canais iônicos, 6- deve ser inativado e sofrer receptação e 7- substância exógena deve ser capaz de mimetizar o seu efeito.
Principais neurotransmissores: ácido glutâmico, ácido aspártico - sinapses excitatórias. GABA (ácido gama amino butírico) e glicina - sinapses inibitórias. 
Agonista - droga que se liga no mesmo receptor, ativa o receptor, muda a atividade celular e faz o mesmo efeito da substância endógena. 
Principais neuromodulares - modifica a atividade de uma sinapse. Monoaminas (noradrenalina, dipamina, serotonina - despolarizam ou hiperpolarizam a membrana pós-sináptica) e peptídeos (vasopressina, angiotensina II, substância P, encefalinas, endorfinas).
Co-transmissores. Neurônio pode conter mais de um mediador químico, por exemplo, duas substâncias podem estar co-localizadas num mesmo neurônio. Exemplo: noradrenalina e neuropeptídeo Y, serotonina e substância P, adrenalina e encefalina, etc. É monoamina com peptídeo. 
Substância P - moduladora do portão de dor do organismo, diminui as dores muito intensas. 
Neurônios como células da glia produzem adenosina e ATP (ATP como modulador químico e não como energia). 
Neurônios conseguem produzir gases, como óxido nítrico, monóxido de carbono, modulando a atividade sinapse do L-glutamato. 
* Potencial excitatório pós-sináptico (PEPS): 
L-glutamato está na fenda sináptica e ativa receptores de neurônio pós-sináptico. O canal do neurônio pós-sináptico que estava fechado se abre (canal de sódio quimicamente dependente). O sódio entra no neurônio pós-sináptico. Ocorre despolarização, canais de sódio voltagem dependentes são abertos. As curvas abaixo do limiar são potenciais excitatórios pós-sinápticos, muda o potencial de membrana, pois à medida que se abrem mais canais de sódio esses potenciais sobem até atingir o limiar. Os potenciais excitatórios pós-sinápticos estão abaixo do limiar e têm caráter sub-limiar (se os vários PEPS forem se somando podem gerar potencial de ação, isto é, podem sofrer somação). 
Somação temporal: num determinado intervalo de tempo, o neurônio pré-sináptico ao conduzir vários potenciais de ação (obedecendo a períodos refratários) irá induzir a formação de vários potenciais excitatórios pós-sinápticos que poderão se somar e caso seja atingido o limiar permitirão a deflagração de um potencial de ação. 
Somação espacial: ocorre quando dois ou mais neurônios pré-sinápticos disparam potenciais de ação simultaneamente e isso faz com que sejam gerados potenciais excitatórios pós-sinápticos que irão se somar e caso se atinja o limiar um potencial de ação poderá ser disparado. 
* Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS):
Ocorrem em sinapses onde omediador que é liberado é GABA ou glicina. Quando o GABA ou glicina são liberados na fenda sináptica, o receptor está acoplado a canais quimicamente dependente de cloreto. O canal se abre e o cloreto entra no neurônio pós-sináptico, trazendo cargas negativas. São mais negativos que o potencial de repouso de membrana. Quanto mais canais de cloreto acoplados a GABA se abrir mais cloreto entra e mais negativa a membrana pode ir ficando. Tem amplitude variável. 
O conceito de somação temporal e somação espacial é válido para o PIPS.

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