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Ciência e Comportamento Humano

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Instituto São Boaventura
Filosofia - primeiro semestre 
Disciplina: Introdução à Psicologia
Aluno: Jéverson de Andrade
Resumo Crítico IV
Ciência e Comportamento Humano
No capítulo terceiro do livro Ciência e Comportamento Humano, Skinner salienta que “a antiga ‘relação de causa e efeito’ transformou-se em uma ‘relação funcional’” (p.24) O seu uso já não sugere uma causa produzindo efeito; afirma que eventos diferentes comumente ocorrem ao mesmo tempo, numa certa ordem. Neste sentido, em sua obra, manifesta interesse nas causas do comportamento humano. Quer saber por que o homem se comporta da maneira como o fazem. Descobrindo e analisando as causas, ele postula prevê o comportamento e ate controlar o comportamento na medida em que se pode manipular.
Sua crítica sobre o costumeiro modo de explicar um comportamento a partir do físico do individuo, presume que um ato específico incertamente será efeito de um estereótipo do individuo, mas os diferentes tipos de personalidade sugere abertura para modos diferentes de conduta, de maneira que se anteveja que os atos específicos sejam atingidos. Mesmo as relações válidas, que algumas vezes podem ser falhas, “devem ser consideradas por uma ciência de comportamento, é lógico, mas não devem ser confundidas com as relações admitidas pelos procedimentos desprovidos de crítica do leigo” (p.26-27). Skinner pensa da mesma forma em relação à hereditariedade, como é usado pelos leigos para definir que “nasceu assim”. Para ele trata-se de uma explicação fantasiosa a respeito do comportamento. Contudo, segundo ele, os indícios devem ser submetidos a cuidadosos exames e qualquer instabilidade rompe com a determinação em que disposições comportamentais são herdadas. 
Causas internas: A ciências busca a causa do processo que realiza no interior das coisas. Algumas vezes seu método foi útil, outras vezes não. Para Skinner não há nada de errado em uma explicação interior, mas da mesma forma ele reconhece a complexidade deste método de analisar.
Uma ciência do sistema nervoso baseada na observação direta, e não na inferência dos fisiólogos, descreverá os estados e os eventos neurais que precedem formas de comportamento. O desdobramento de certas condições, como um “não, obrigado”, poder-se-á levar fora do sistema nervoso, e finalmente para fora do organismo. 
“Um costume ainda mais comum é explicar o comportamento em termos de um agente interior sem dimensões físicas, chamado mental ou psíquico” (p.30). Em alguns casos através de animismo; como um ser interior que anima capaz de reger o exterior. Em outros casos “se sustentou que um único organismo é controlado por vários agentes psíquicos e que seu comportamento é a resultantes de suas várias tendências. Os conceitos freudianos do ego, superego e id são muitas vezes usados dessa maneira” (p.31).
Para o autor, o costume de buscar no organismo uma explicação do comportamento tende a obscurecer as variáveis que estão suscetíveis a uma análise científica. Estas variáveis estão fora do organismo e são de várias espécies e suas relações com o comportamento são complexas, mas não se pode esperar uma explicação adequada do comportamento sem analisá-las. Neste contexto, ele exalta que é necessário dar abertura a outros meios, pois não é possível dar conta do comportamento de nenhum sistema enquanto permanecerem totalmente dentro dele, sem abertura a outros meios.
Uma analise funcional: Skinner tenta prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a “variável dependente”- o efeito para o qual ele procura a causa. Sobre as “variáveis independentes” – as causas do comportamento – elas são condições externas das quais o comportamento é função. Relações entre as duas – as “relações de causa e efeito” no comportamento – são as leis de uma ciência e esta expressa um esboço inteligente do organismo como um sistema que se comporta. (Cf. p.38)
Os acontecimentos que afetam um organismo devem nítidos para descrição na linguagem da ciência física. Os acontecimentos físicos que precisam ser buscados para completar tal expansão nos fornecem uma alternativa adequada para uma análise física.
A pesquisa experimental do comportamento humano não é fácil de estabelecer no laboratório. Mas é a melhor oportunidade para obter os resultados quantitativos para uma análise científica.
Para o autor, o comportamento humano é, talvez, o objeto mais difícil entre os que já foram alvos dos métodos da ciência, e é normal que o progresso seja demorado. Por vezes o progresso é difícil apenas porque um ponto particular de um objeto recebe grande atenção quando é improdutivo e sem importância. Uma pequena mudança no foco é suficiente para trazer um avanço rápido. Segundo Skinner, é necessário aprofundar a compreensão do comportamento humano e melhorar os métodos de controle, é preciso estar preparado para o caráter rigoroso de pensar que a ciência requer.
Referencia bibliográfica:
Skinner, B. F (1953). Ciência e comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes

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