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BIOSSEGURANÇA EM CBMF I ”Conjunto de medidas técnicas administrativas, educacionais, médicas empregadas para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos.” PROCEDIMENTOS ANTES DO ATENDIMENTO Vacinação contra tuberculose, tétano e hepatite B História médica do paciente SAÚDE GERAL DOENÇAS PRÉVIAS HÁBITOS PERDA DE PESO ACIDENTES TRANSFUSÕES Esterilização dos instrumentais Desinfecção das superfícies Antissepsia das mãos Uso de barreiras MONITORAMENTO DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO • Fita Indicadora • Grau Cirúrgico • Testes Biológicos SEQÜÊNCIA DE PREPARO DO AMBIENTE CIRÚRGICO DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES NÍVEIS (BAIXO, INTERMEDIÁRIO, ALTO) GLUTARALDEÍDO – NÍVEL ALTO DE AÇÃO ÁLCOOL E CLORO – NÍVEL INTERMEDIÁRIO DE AÇÃO – NÃO MATAM ESPOROS INATIVAÇÃO do HBV,TB e AIDS Procedimento para a desinfecção. Proceder à limpeza. Friccionar a superfície do mobiliário/equipamento com pano embebido na solução escolhida por no mínimo 30 segundos. A desinfecção deve ser realizada após o atendimento de cada paciente nos seguintes mobiliários e equipamentos. Cadeira do paciente. Botões de controle da cadeira. Foco de luz: alça e interruptor. Equipo: superfície, puxadores e unidade auxiliar. Puxadores de gaveta. Ampola e disparador de RX Conexão do sugador e Cuspideira. Pontas: canetas de alta e baixa rotação e seringa tríplice devem ser esterilizadas, mas se não suportarem autoclavagem, pode-se fazer a desinfecção dessas peças (antes da desinfecção colocá-las em movimento por 20 segundos para descarga de água na cuspideira). PARAMENTAÇÃO E LAVAGEM DE MÃOS MONTAGEM DE MESA CIRURGICA A bandeja de extrações cirúrgicas incluiria os itens da bandeja para exodontia básica e mais um porta- agulhas, um fio de sutura, uma tesoura de sutura, um cabo e uma lâmina de bisturi, pinça de tecido de Adson, uma lima para osso, um afastador de língua, um par de alavancas de Cryer, uma pinça goiva e uma peça de mão e uma broca. Estes instrumentos permitem a incisão e o descolamento do tecido mole, a remoção de osso, a odontossecção, a remoção de raízes, o desbridamento da ferida e a sutura do tecido mole. A bandeja de biópsia é semelhante à bandeja básica, menos as alavancas e mais um porta-agulhas e fio de sutura, tesoura de sutura, e tesoura Metzenbaum, pinça de tecido de Allis, pinça de tecido de Adson e um hemostato curvo. Estes instrumentos permitem a incisão e a dissecção de fragmentos de tecido mole e o fechamento da ferida com suturas. A bandeja pós-operatória tem os instrumentos necessários para a irrigação do sítio cirúrgico e para remoção de sutura. A bandeja geralmente inclui tesoura, pinça de algodão, seringa para irrigação, haste flexível com ponta de algodão, gaze e ponta de aspiração. PREPARO DO PACIENTE Antissepsia Intrabucal -- Digluconato de clorexidina • 0,12% • 0,2% -- PVPI • Tópico Antissepsia Extrabucal -- Digluconato de clorexidina 2% -- PVPI alcoólico LIMPEZA DO PACIENTE E DO CAMPO OPERATÓRIO DESCARTE DO MATERIAL DESCARTÁVEIS CONTAMINADOS DESCARTE DO MATERIAL PÉRFURO-CORTANTE LÂMINAS, AGULHAS E TUBETES ANESTÉSICOS LAVAGEM E ACONDICIONAMENTO DOS INSTRUMENTAIS USO DE LUVAS DE BORRACHA GROSSA PRÉ LAVAGEM E REMOÇÃO DO MATERIAL ORGÂNICO DESINCRUSTANTES POR 20 MINUTOS DESCONTAMINANTES GLUTARALDEÍDO 2% (CIDEX) HIPOCLORITO DE SÓDIO 1% CUBA ULTRA-SÔNICA LAVAGEM EM ÁGUA CORRENTE -- SECAGEM NÃO NATURAL -- EMPACOTAMENTO DO MATERIAL -- LIMPEZA DO AMBIENTE DE TRABALHO ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO • Exposição cutânea • Exposição da mucosa ocular EXPOSIÇÃO CUTÂNEA • Acidentes perfuro-cortantes • Lavar com água e PVPI degermante -- Durante o atendimento • Verificar integridade da pele -- Durante a limpeza do instrumental Pele íntegra: nenhum tratamento adicional Pele não íntegra=acidente pérfuro-cortante EXPOSIÇÃO DA MUCOSA OCULAR • Não friccionar • Lavar imediatamente ACIDENTE PÉRFURO-CORTANTE • 10 minutos • Lavar o local com água e PVPI degermante • Água ou soro fisiológico • Encerrar as atividades IMEDIATAMENTE • Lentes de contato • Não dispensar o paciente • Remover após lavagem • Teste rápido HIV, hepatites B e C PREVENÇÃO DOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO • Uso dos EPI’s, não reencapar agulha, cuidado ao remover a lamina do bisturi, evitar tocar agulhas com as mãos. 1º atendimento em CBMF: 1. Avaliar paciente perfil (breve exame clínico) 2. Ficha de anamnese: n.17 ou ficha de cirurgia 3. Exames (físico e clínico) e Radiografias de elementos 4. Indicados para exodontia 5. Avaliar anamnese e fazer prescrições/parecer necessário 6. Prescrições (2 ou 3 vias) 7. Agendamento 8. Fichas de produtividade e de avaliação 9. (ASSINATURAS) 1º Cirurgia: Operador/ Auxiliar/ Circulante LIVRO ATA 1. Fichas do paciente e radiografias 2. Prescrições e Cuidados pós-operatórios 3. Atestado x Declaração de comparecimento 4. Próximo Agendamento 5. Pedir paciente novo? 6. Fichas de produtividade e de avaliação (nota) 7. ASSINATURAS LIVRO ATA (operador): INDIVIDUAL OPERADOR QUE VAI DISCUTIR O CASO COM O PROFESSOR 1. DADOS DO PACIENTE (nome, idade, HM e sinais vitais). 2. Protocolo pré-operatório para pacientes portadores de 3. Doença sistêmica (parecer, medicação, etc.). 4. Elemento a ser extraído 5. Descrição das técnicas anestésicas e tipo de 6. Anestésico a ser utilizado – instrumentos utilizados 7. Descrição DETALHADA da técnica cirúrgica (exodontia simples ou complicada?) – etapas e instrumentos utilizados. 8. Medicação Pós-operatória ACIDENTES E COMPLICAÇÕES NA CIRURGIA BUCAL “A melhor e mais fácil maneira de lidar com uma complicação é não deixar que ela aconteça.” Peterson et al, 1996 “Todo profissional erra, porém, melhor é aquele que erra menos e sabe corrigir os erros.” Prado e Salim, 2009 Cuidados Preventivos Realizar cirurgias que esteja habilitado Avaliação pré--operatória rigorosa Plano de tratamento detalhado Instrumentos e equipamentos sempre presentes Técnicas anestésica e cirúrgica corretas Bom campo operatório e respeitar tempo cirúrgico Respeitar a cadeia asséptica Exames diagnósticos por imagem Sutura realizada após obtenção de hemostasia Principais Complicações em Exodontia Lesões dos tecidos moles Lesões de estruturas ósseas Lesões de estruturas adjacentes Acidentes nas extrações dentárias Complicações pós-cirurgicas 1. Lesões dos tecidos moles LACERAÇÃO Causas: -- Limitação do retalho -- Tensão durante afastamento do retalho -- Traumatismo mecânico Como evitar? -- Tamanho adequado -- Incisões de alívio -- Pequena força de tração Tratamento: -- Reposicionamento cuidadoso do retalho -- Remoção de tecido desvitalizado -- Sutura PERFURAÇÕES TECIDUAIS INADVERTIDAS Causas: -- Uso inadequadode força -- Falta de ponto de apoio Tratamento: -- Contenção de sangramento -- Sutura ABRASÕES E QUEIMADURAS Causas: -- Movimento intempestivo do paciente -- Brocas em movimento -- Afastamento -- Uso inadvertido do cautério Como evitar? -- Atenção do cirurgião e auxiliar -- Uso de vaselina/anestésico tópico Tratamento: NEBACETIN ® Uso de pomada antibiótica: 5 a 7 dias Composição: Sulfato de Neomicina 5 mg Bacitracina 250 mg Modo de usar: 2 a 5 vezes ao dia KOLLAGENASE ® COM CLORANFENICOL Uso de pomada antibiótica: 5 a 7 dias Composição: Colagenase 0,6 UI/g Cloranfenicol 0,01g/g Vaselina Modo de usar: 2 a 5 vezes ao dia ÚLCERAS PÓS-OPERATÓRIAS Causas: -- Trauma punção da agulha Como evitar?: -- Observar o paciente -- Evitar várias punções -- Cuidados no afastamento dos tecidos Tratamento: Cuidados gerais Analgésicos 2. Lesões de estruturas ósseas ÚLCERAS PÓS-OPERATÓRIAS Causas: -- Trauma local: Afastadores -- Força exagerada nos movimentos de luxação -- Uso inadequado dos instrumentos Como Evitar? -- Realizar ostectomias e/ou odontosecção -- Diminuir retenções Tratamento: -- Regularização de rebordo -- Adesão ao periósteo x Desinserção do periósteo -- Sutura FRATURA DE TÚBER MAXILAR Causa: -- Força excessiva descontrolada Como evitar? -- Planejamento pré-operatório -- Utilização criteriosa do fórceps ou alavanca Tratamento: (3 opções) 1. Colocar uma tala no dente que está sendo extraído aos dentes adjacentes e adiar a extração por 6 a 8 semanas, dando tempo para cicatrização óssea. 2. Seccionar a coroa do dente das raízes e deixar a tuberosidade e a raiz seccionada cicatrizarem. Após 6 a 8 semanas o cirurgião pode acessar a área e remover as raízes dentárias de maneira normal. 3. Regularizar as cristas pontiagudas do osso remanescente e reposicionar e suturar o tecido mole remanescente. FRATURA DO OSSO ALVEOLAR Causa: -- Força excessiva Como evitar? -- Avaliação radiográfica -- Clínica pré-operatória -- Evitar força excessiva descontrolada -- Realizar uma extração aberta com remoção de quantidade controlada de osso e secção de dentes multirradiculares. Tratamento: -- Fragmento ósseo não deverá ser recolocado -- O tecido mole deverá ser reposicionado -- Regularizar algumas margens pontiagudas FRATURA DE MANDÍBULA Causas: -- Força exagerada nos movimentos de luxação -- Mandíbulas atróficas e/ou associadas a lesões -- 3º molar impactado -- Inexperiência do operador Prevenção: -- Planejamento pré-operatório Tratamento: -- Redução + fixação com placas e parafusos 3. Lesões de estruturas adjacentes Lesões em dentes adjacentes Lesões em nervos próximos às extrações Comunicação Bucosinusal LESÕES EM DENTES ADJACENTES Fratura Cúspides/Restaurações Luxação Extração Dente Errado Causas: -- Uso inadequado de fórceps ou alavancas -- Apoio incorreto -- Falta de atenção do operador e auxiliar Tratamento: -- Reabilitar estruturas perdidas -- Informar o paciente LESÕES EM NERVOS PROXIMOS ÀS EXTRAÇÕES Causas: -- Uso inadequado dos instrumentos de divulsão e afastadores -- Planejamento mal executado Parestesia Sensação espontânea e subjetiva alterada em que o paciente não sente dor. RAMOS NERVOSOS: • Nasopalatino • Bucal • Mentoniano • Lingual • Alveolar inferior COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL Causa: -- Exodontia dentes com raízes divergentes e/ou longas -- Exodontias de dentes adjacentes a espaços edêntulos -- Dentes superiores com lesões periapicais -- Pneumatização do seio maxilar -- DESLOCAMENTO de restos radiculares ou elementos Dentários DESLOCAMENTO DA RAIZ Causa: -- Uso de força inadequada -- Falta de planejamento Como evitar? -- Força adequada durante o procedimento -- Técnica cirúrgica aberta: osteotomia e odontossecção Tratamento: -- Remoção o elemento dentário Avaliar: -- Tamanho da raiz ou dente -- Presença de infecção -- Exame radiográfico ACESSO DE CALDWELL-LUC ESPAÇOS TECIDUAIS: Espaço Infratemporal Espaço Submandibular Espaço Sublingual Sub periosteal Seio maxilar DESLOCAMENTO PARA ESPAÇOS ANATÔMICOS VIZINHOS Seio maxilar Fossa nasal Fossa infratemporal Espaço submandibular Espaço Infratemporal Conduta -- Tentativa de remoção -- Medicação -- Remoção de 4 a 6 semanas -- Acompanhamento ACIDENTES E COMPLICAÇÕES Fratura da raiz -- Direção adequada no uso de fórceps e alavancas -- Uso técnica cirúrgica aberta: ostectomia e odontossecção Critérios de permanência Comprimento <4 ou 5mm Inserida em osso Livre de infecção Risco Remover>Benefício Proservação Fratura de agulhas Causas: -- Dobragem da agulha. -- Movimento súbito do paciente Tratamento: -- Tentar remover a agulha só se estiver visível -- Sob anestesia geral no CC -- Deixar no local Fratura de instrumentos Causas: -- Uso inadequado do instrumental -- Força Excessiva -- Fadiga do material -- Defeito de fabricação Conduta: -- Remoção da porção fraturada -- Radiografia -- Acompanhamento HEMORRAGIA TRANS OPERATÓRIA -- Limpeza do campo operatório -- Domínio da situação pelo cirurgião -- Manobras hemostáticas locais LUXAÇÃO DA ATM Fisiopatologia Excursão exagerado do côndilo ultrapassando a eminência articular Causas • Degeneração da ATM, abertura excessiva, distensão dos ligamentos, patologias Conduta • Redução • Terapia medicamentosa • Restrição de dieta • Fisioterapia Síncope ou Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e consequentemente da postura, devido a redução momentânea da oxigenação do cérebro. Existe sempre recuperação espontânea da consciência na síncope. Hipertensão Sudorese Palidez Tontura/Náusea Perda de consciência Posição de Trendelenburg EXODONTIA SERIADA Simples – Via Alveolar LIVRO: CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL EXTRAÇÕES MÚLTIPLAS Se for necessária a extração de múltiplos dentes em uma única consulta, devem-se fazer ligeiras modificações no procedimento rotineiro de extração, a fi m de facilitar uma transição suave do estado dentado para o edêntulo e garantir a reabilitação adequada com prótese removível ou fixa. Essas modificações são discutidas nesta secção. Plano de Tratamento Na maioria das situações nas quais múltiplos dentes serão extraídos, um plano pré-cirúrgico referente à reabilitação oral dos dentes a serem removidos é necessário. Essa reabilitação consiste na colocação de uma prótese total ou parcial ou, talvez, a colocação de implantes múltiplos ou unitários. Antes de os dentes serem extraídos, o cirurgião e o dentista devem comunicar-se e estabelecer como será a intervenção pós-cirúrgica imediata. A discussão deve considerar a necessidade de alguma outra intervenção cirúrgica nos tecidos moles, como redução da tuberosidade e remoção de torus em áreas críticas. Se os implantes dentários são colocados um tempo depois da cirurgia, é desejável evitar desgaste ósseo e a compressão do alvéolo. Em algumas situações, os implantes podem ser colocadosimediatamente quando os dentes são removidos, o que requer a preparação de um guia cirúrgico para o alinhamento apropriado dos implantes. Extrações Sequenciais A ordem em que múltiplos dentes são extraídos merece alguma discussão. Os dentes maxilares devem, em geral, ser extraídos antes por vários motivos. O primeiro deles é que uma técnica anestésica infiltrativa tem início mais rápido, mas também desaparece mais rapidamente; isso significa que o cirurgião pode iniciar o procedimento cirúrgico logo após aplicar a injeção, e que a cirurgia não deve ser atrasada, pois a anestesia profunda se perde mais rapidamente na maxila. Além disso, os dentes maxilares devem ser removidos antes porque, durante o processo de extração, resíduos como porções de amálgama, coroas fragmentadas e lascas de osso podem cair dentro do alvéolo vazio do dente inferior caso a cirurgia inferior tenha sido realizada antes. Além disso, o principal componente da remoção dos dentes maxilares é a força vestibular; ao contrário do que acontece nas extrações mandibulares, há pouca ou nenhuma força de tração vertical na remoção dos dentes maxilares. Por isso, as extrações maxilares são mais fáceis de ser executadas. A única desvantagem para a extração de dentes maxilares primeiramente é que, se a hemorragia da maxila não for controlada antes da extração dos dentes inferiores, ela pode interferir na visualização durante a cirurgia mandibular. A hemorragia não é, em geral, um problema de grande importância, já que a hemostasia costuma ser obtida em uma área antes de o cirurgião voltar a atenção para outra área cirúrgica, e o auxiliar cirúrgico deve manter o campo cirúrgico livre de sangue por meio de aspiração adequada. Geralmente, o procedimento se inicia com a extração de dentes mais posteriores. Isso permite o uso mais efetivo das alavancas para luxar e mobilizar os dentes antes de se usar o fórceps para extraí-los. Os dentes molar e canino são os dois mais difíceis de ser removidos e devem ser extraídos por último. Remoção de dentes de ambos os lados enfraquece o osso alveolar dos lados mesial e distal desses dentes, tornando a extração posterior bem mais fácil. Em resumo, por exemplo, se todos os dentes dos quadrantes esquerdos maxilar e mandibular tiverem que sofrer extrações, a ordem recomendada é a seguinte: (1) dentes maxilares posteriores, deixando o primeiro molar; (2) dentes maxilares anteriores, deixando o canino; (3) primeiro molar maxilar; (4) canino maxilar; (5) dentes posteriores inferiores, deixando o primeiro molar; (6) dentes anteriores inferiores, deixando o canino; (7) primeiro molar inferior; (8) canino inferior. Técnica para Extrações Múltiplas O procedimento cirúrgico para a extração de múltiplos dentes adjacentes tem ligeiras modificações. O primeiro passo para a remoção de um único dente consiste em descolar os tecidos moles inseridos ao redor do dente ao realizar extrações múltiplas, o descolamento dos tecidos é ligeiramente estendido até formar um pequeno retalho em envelope para expor a crista óssea alveolar (Fig. 8-51, A até C). Os dentes são luxados com uma alavanca reta (Fig. 8-51, D) e removidos com fórceps de maneira usual. Se a remoção de qualquer um dos dentes exigir força excessiva, o cirurgião deve remover pequena quantidade de osso vestibular para evitar fratura e perda óssea. Após concluídas as extrações, as corticais vestibular e lingual são pressionadas juntas com firme pressão. O tecido mole é reposicionado, e o cirurgião palpa o rebordo para determinar se existem áreas de espículas ósseas cortantes. Se uma prótese total ou dentadura completa está planejada ou existam interferências ósseas, a pinça goiva é usada para removê-las e uma lima para osso é utilizada para alisar as espiculas ósseas cortantes (Fig. 8-51, E e F). A área é abundantemente irrigada com soro fisiológico estéril. O tecido mole é examinado para verificar se existe tecido de granulação excessivo. Se existir, ele deve ser removido, porque sua presença pode prolongar a hemorragia pós-operatória. Em seguida, o tecido mole é aproximado, e verifica-se que há excesso de gengiva. Se os dentes tiverem de ser removidos devido a uma doença periodontal grave com perda óssea, é comum que os tecidos moles se sobreponham causando um excesso de tecidos. Nessas situações, a gengiva deve ser aparada até não haver mais tecido sobreposto quando os tecidos são justapostos. Porém, se não há tecido em excesso, o cirurgião não deve tentar obter fechamento primário na área do alvéolo. Se isso for feito, a profundidade do vestíbulo diminui o que pode interferir na confecção e no desgaste da dentadura. Finalmente, as papilas são suturadas em posição (Fig. 8-51, G). Suturas interrompidas e contínuas são usadas dependendo da preferência do cirurgião, planejando removê-las em cerca de uma semana (Fig. 8-51, H e I). Em alguns pacientes, é necessária uma alveoloplastia mais extensa após as extrações múltiplas. O Capítulo 13 apresenta uma discussão mais aprofundada dessa técnica. SLIDE SOBRE EXODONTIA SERIADA SIMPLES – VIA ALVEOLAR SEQUÊNCIA PARA EXTRAÇÃO Maxilares Maxilares Posteriores Anteriores 2º M -> 2º PM -> 1º PM -> IL -> IC ->1º M -> C Mandibulares Mandibulares Posteriores Anteriores 2º M -> 2º PM -> 1º PM -> IL -> IC -> 1º M -> C Técnica Cirúrgica INCISÃO • ENVELOPE • Retalho TOTAL (mucoperiosteal) – expor a crista óssea • Incisão no sulco gengival (de trás para frente) CUIDADOS • Regularização do rebordo (osteoplastia/alveoloplastia) • Lavagem da cavidade • Manobra de Chompret ”””Leve compressão das paredes do alvéolo para reduzir a expansão óssea ocorrida durante a exodontia””” Pinça Goiva (Alveolótomo) Lima para osso Cureta de Lucas Cureta de Lucas: -- Remoção de granulomas e pequenos cistos periapicais -- Remoção de tecido de granulação no interior do alvéolo -- Limpeza do alvéolo PROCEDIMENTO PÓS-CIRURGIA Pinça goiva, lima para osso e cureta -- Curetagem do alvéolo: se houver lesão periapical -- Inspeção cuidadosa: cálculos, mat. restaurador, fragmento dental, tec. Granulação -- Manobra de Chompret -- Bordas ósseas arredondadas com lima -- Lavagem abundante com Soro Fisiológico CONTROLE NO PÓS-OPERATÓRIO EM CIRURGIA BUCAL Controle Pós-operatório Período que se estende desde o término do procedimento cirúrgico até o momento da alta do paciente. ORIENTAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Verbalmente x Por escrito Linguagem simples Telefone para contato Sedação NÃO USAR TERMOS TÉCNICOS ANTES DA CIRURGIA : Orientar paciente e acompanhante ORIENTAR SOBRE: 1. SANGRAMENTO 2. DOR 3. DIETA 4. HIGIENE ORAL 5. PRESCRIÇÃO 6. EDEMA 7. EQUIMOSE 8. HEMATOMA 9. TRISMO 10. INFECÇÃO 1. SANGRAMENTO Uma vez que a extração tenha sido completada, a manobra inicial para controle de sangramento no pós- operatório é a colocação de uma pequena gaze diretamente sobre a ferida. A gaze pode ser umedecida de modo que o sangue não coagule na gaze e que desloque o coágulo quando a gaze for removida. O paciente deve ser instruído a morder firmemente a gaze por, no mínimo, 30 minutos e não mastigar sobre ela. É necessário que o paciente segure a gaze no local sem abrir ou fechar a boca. Deve-se evitar conversar por no mínimo 2 ou 3 horas. Sangramento discreto nas primeiras 24 horas é normal! Não exercer pressão negativa Evitar esforço físico por 7 dias Podehaver sangramento noturno Ficar atento às alterações 2. DOR Normal Pico – 12 horas Incomum após 48 horas Subjetivas Limiar de dor do paciente Objetivas Trauma cirúrgico DOR PÓS OPERATORIA É DIFERENTE DE DESCONFORTO PRESCRIÇÃO: Impedir a automedicação e anexar cópia ao prontuário Analgésico, antiinflamatorio, colutório ou antibiótico* Analgésico Antes do término da anestesia -- Dipirona Sódica 500mg (Novalgina) __________________________ 1 caixa Tomar 1 comp. via oral de 4/4h por 24 hrs. Após esse período, tomar somente em casos de dor. -- Paracetamol750mg (Tylenol)_____________________________ 1 caixa Tomar 1 comp. via oral de 6/6h por 24 hrs. Após esse período, tomar somente em casos de dor. Antiinflamatório Trauma cirúrgico Fase aguda da inflamação 24/72 horas --Diclofenacosódico 50mg (Voltaren) ________________________9 comp. Tomar 1 comp. via oral de 8/8h por 3 dias. --Nimesulida 100mg (Nisulid) ______________________________6 comp. Tomar 1 comp. via oral de 12/12h por 3 dias. --Cetoprofeno 100mg (Profenid) ____________________________6 comp. Tomar 1 comp. via oral de 12/12h por 3 dias. Colutório Digluconato de Clorexidina 0,12% --Digluconato de clorexidina 0,12% (Periogard)_________________ 1 frasco Bochechar com5mL da solução, por um minuto, 2x/dia, por sete dias, a partir do 3º dia. Nãoengolir. **** Alteração no paladar, queimação na língua, pigmentação dentária e lingual. Antibiótico Infecção Amoxicilina 500mg (Amoxil)_________________ ______________21 cáps. Tomar 1 capsula via oral, de 8/8h por 7 dias. ORIENTAÇÕES DE HIGIENE BUCAL = IMPORTANTE!!!! Alérgicos às Penicilinas Clindamicina 300mg (DalacinC)__________________________28 cáps. Tomar 1 cápsula via oral, de 6/6h por 7 dias. EQUIMOSE Acúmulo de sangue no tecido subcutâneo ou submucoso Reação NORMAL desaparece em 7- 14 dias Dentes inclusos/semi-incluso HEMATOMA Acúmulo de sangue no tecido subcutâneo ou submucoso “Espaço morto” Meio de cultura EDEMA Reação fisiológica normal frente à uma agressão --Pico máximo em 48/72 horas --Corticóide pre-operatória --Duração de 1 semana --Gelo nas primeiras 24h --Água morna a partir do 3º DPO TRISMO Inflamação dos músculos mastigatórios Trauma cirúrgico Múltiplas Injeções – bloqueio do NAI Pterigoideo Medial -- Tratamento: Compressa de água morna Fisioterapia Bucal DIETA Dieta pastosa, fria ou gelada nas primeiras 24 horas Evitar grãos Fazer o retorno da alimentação gradualmente HIGIENE BUCAL ESCOVAÇÃO Escova com cerdas macias Escovação dentária cuidadosa Cotonete embebido na solução na região dos pontos Bochecho a partir do 3º dia Recomendações PO: Higiene cuidadosa e rigorosa dos dentes e língua com escova e fio dental. Na região operada realizar higiene dos pontos com cotonete embebido na Solução do bochecho. Digluconato de clorexidina 0,12% (Periogard)_________________ 1 frasco Bochechar com5mL da solução, por um minuto, 2x/dia, por sete dias, a partir do 3º dia, sempre após as escovações. Nãoengolir. Escovação cuidadosa cuidado com a área operada Bochechos com colutório Jejum de 2 horas antes do bochecho REMOÇÃO DE SUTURA 7 – 10 dias Antissepsia Intrabucal Pinça clínica – tesoura – espelho bucal SITUAÇÕES ESPECIAIS Hemorragia tardia Infecção pós-operatória Retornar ao consultório Alveolite INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA Edema e eritema a partir do 3º DPO Limitação de abertura bucal com dificuldade na alimentação e fala Drenagem da secreção purulenta Febre, mal estar geral Dor Antibioticoterapia e Drenagem ALVEOLITE Inflamação localizada no alvéolo dentário causada por lise do coagulo ALVEOLITE SECA -- Características Clínicas: Dor severa 48/72 horas Dor irradiada Coágulo ausente Halitose -- Tratamento: Irrigação no local clorexidina 0,12% Higiene oral/colutório Analgésico ALVEOLITE GRANULOMATOSA -- Características Clínicas: Dor severa em 5 a 7 dias Tecido de granulação Corpos estranhos Halitose -- Tratamento: Curetagem alveolar Antibiótico Analgésico – AINES RETARDO na CICATRIZAÇÃO - ALVEOLITE TRATAMENTO: Identificar a presença de corpo estranho Irrigação com soro fisiológico Curativo Alvogyl® Composição: - Iodofórmio (antisséptico) - Eugenol - Essência de menta - Butofórmio (anestésico) - Penghawar (hemostático) - Excipiente Seca • Irrigação • Curativo • Reparo por 2ª intenção Úmida/Granulomatosa • Anestesia • Curetagem/debridamento • Irrigação • Curativo
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