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Aula Introdução a Psicologia Jurídica

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Disciplina: Psicologia Jurídica
Professora: Clara 
Introdução à Psicologia Jurídica
Breve Histórico
Evolução Histórica da Psicologia Jurídica
	Sec. XVIII: sentimento jurídico (normas de convívio, condutas criadas pelos grupos sociais)
	Sec. XIX: verdadeira aproximação da Psicologia com o Direito
Ihering (1877): defendia a existência de um sentimento de justiça coletivo como fonte do Direito Positivo;	
Breve Histórico
Evolução Histórica da Psicologia Jurídica (Cont.)
Contribuição das obras:
Fundamento do Direito Natural (Fichte, 1796);
Psicologia Natural (Prosper, 1868);
A Filosofia Penal (Gabriel Tarde, 1890);
A Doutrina da Prova (Mittermaier, 1834): relatou a importância do testemunho como influenciador no desfecho de uma demanda judicial Comportamento Delitivo
Breve Histórico
Evolução Histórica da Psicologia Jurídica
	Psicologia do Testemunho: medir por meio dos processos psicológicos o grau de confiabilidade do que for dito pelos sujeitos do processo jurídico;
	Final do sec. XIX: Psicologia reconhecida como ciência e progredi no âmbito das investigações mentais;
	Suporte das decisões judiciais na aplicação das penas ao auxiliar o processo penal;
Breve Histórico
Evolução Histórica da Psicologia Jurídica (Cont.)
A partir do séc. XX: juristas percebem que as decisões judiciais eram tomadas indiscriminadamente. 
Análise do Comportamento dos Jurados (Kalven e Zeisel, 1966) e Psicologia Social da Justiça Processual (Tribant e Walker, 1975);
Psicologia como método interpretativo dos fatos para a aplicação da lei e como substrato para decisões judiciais diante da realidade.
Breve Histórico
Histórico da Psicologia Jurídica no Brasil:
 Atuando nas varas de Família, Criminais e da Infância e Juventude = elaboração de psicodiagnósticos;
Início provável: déc. 1960 com o reconhecimento da profissão
Proximidade Psicologia e Direito: por meio da atuação no âmbito criminal
Breve Histórico
Histórico da Psicologia Jurídica no Brasil (cont.):
Inserção da Psicologia no Direito se deu de modo particular em casa estado: 
SP: trabalhos voluntários junto a famílias carentes (1979) e primeiro concurso público para admissão de psicólogos (1985)para os quadros de servidores do judiciário estadual local (1985)
PR: solicitação da Promotoria do Juizado Especial Criminal de Curitiba à PUC Paraná (1997). Iniciou-se a atuação interdisciplinar das áreas. 
Breve Histórico
Histórico da Psicologia Jurídica no Brasil (cont.):
Diversas intervenções: elaboração de documentos técnicos, mediações, reuniões interdisciplinares, grupos de pais e de adolescentes em conflito com a lei, de apenados em cumprimento de pena e envolvidos com dependência química, orientação a familiares de apenados, etc.
Breve Histórico
Histórico da Psicologia Jurídica no Brasil (cont.):
A partir dos anos 90 (nova Constituição e ECA): o dever de elaborar laudos e pareceres, bem como auxiliar, orientar, acompanhar, conciliar, e assessorar as partes em meio a seus conflitos.
Atualmente, a atuação do psicólogo no judicial no Brasil perpassa por todas as áreas jurídicas vigentes.
PSICOLOGIA JURÍDICA
 E PSICOLOGIA FORENSE
Psicologia jurídica trata dos fundamentos psicológicos da justiça e do direito
Psicologia Forense ou Judiciária estudo e aplicação dos processos psicológicos à prática do jurista, sendo inaugurada com a psicologia criminal.
PSICOLOGIA JURÍDICA
 E PSICOLOGIA FORENSE
Psicologia judicial ou Forense ou Legal:
“Forense” (forensis)= tudo aquilo que é relativo ao foro, cortes e tribunais
“Legal”: restringir aquilo que está contido nas leis, na norma formulada e não no direito.
Psicologia Jurídica: inclui tanto aquilo que acontece no espaço dos fóruns e dos tribunais, como no âmbito da lei.
Do Direito à Psicologia ou da Psicologia ao Direito
O Direito a Psicologia: tratam do comportamento Humano
Psicologia obcecada pela compreensão do comportamento humano
Direito: conjunto de regras que busca regular esse comportamento, prescrevendo condutas e formas de soluções de conflitos= contrato social
Da Psicologia e do Direito à Psicologia Jurídica
Para Clemente (1998) a Psicologia Jurídica “é o estudo do comportamento das pessoas e dos grupos enquanto têm a necessidade de desenvolver-se dentro de ambientes regulados juridicamente, assim como da evolução dessas regulamentações jurídicas ou leis enquanto os grupos sociais se desenvolvem nele”.
Da Psicologia e do Direito à Psicologia Jurídica
Munoz Sabaté (1980), estabelece 03 caminhos para o método psicojurídico:
1- Psicologia do Direito: explicar a essência do direito, a sua fundamentação psicológica. Seria semelhante à Filosofia do Direito.
2- Psicologia no Direito: estuda a estrutura das normas jurídicas enquanto estímulos dos vetores das condutas humanas. Destinam-se a produzir ou evitar certos comportamentos. 
3- Psicologia para o direito: disciplina auxiliar do direito, convocada a iluminar os fins do direito
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Temos a Psicologia Jurídica para o Direito como a Psicologia Jurídica das possibilidades atuais:
Psicologia Criminal: 
	Buscar explicação para a delinquência, intervir em Juizados Especiais Criminais, fazer perícia, insanidade mental e crime, estudo do crime. 
Psicologia do Direito Penal – ( fase processual): 
	exames de corpo de delito, de esperma, de insanidade mental, entre outros procedimentos. Identificar as motivações, emoções envolvidas num processo;
Psicologia Penitenciária- (fase de execução):
 	execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito. Auxiliar na reintegração e ressocialização.
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Psicologia Judicial ou do Testemunho: 
	estudo dos testemunhos nos processos criminais, de acidentes ou acontecimentos cotidianos. Atua na análise das veracidades dos depoimentos, no interrogatório do réu e nas estratégias de convencimento dos jurados;
Psicologia Jurídica do Trabalho:
 acidentes de trabalho e indenizações. Vai atuar nas condições emocionais do sujeito trabalhador, do desempregado, do dano moral e psicológico;
Psicologia Jurídica e Direito de Família:
 separação, divórcio, disputa de guarda, adoção, regulamentação de visitas, Síndrome da Alienação parental. 
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Psicologia da criança e adolescente infrator:
 Atua nas questões da Infância e Juventude. Identificar os aspectos psicológicos, sociais e econômicos que envolvem as crianças e adolescentes em conflito com a lei. 
Psicologia Policial e das Forças Armadas:
O psicólogo jurídico atua na seleção e formação geral ou específica de pessoal das policias civil, militar e exército.
Vitimologia:
Busca-se a atenção à vítima (programas de atendimentos específicos), além de participar na compreensão do processo de revitimização.
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Atribuições gerais dos psicólogos:
Atender todas as consultas dos advogados, procuradores, estudantes de direito;
Responder todas as consultas dos juristas;
Servir ao Tribunal;
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Atender todas as consultas da Justiça Criminal, assim como do pessoal executor das leis;
Diagnosticar, prognosticar e tratar a população carcerária e criminal;
Diagnosticar, prognosticar e fazer recomendações a tudo que se relacione com o estado mental das pessoas;
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Conduzir, realizar estudos e análises para subsidiar os advogados em todos os atos que se relacionem com a questão psicológica no âmbito dos processos;
Servir como perito, mediante a solicitação da Administração, em todos os casos que envolvam questões psicológicas em demandas de natureza civil ou criminal;
Avaliar e tratar as pessoas da Administração da Justiça envolvidas com qualquer tipo de processos;
PSICOLOGIA PARA O DIREITO
Mediar entre diferentes serviços judiciais matéria de conflitos
psicológicos que surjam no terreno legal; 
Investigar as ciências da conduta para entender os comportamentos legais do sujeito;
Formar e capacitar, em todos os programas da Polícia, os sujeitos que tenham qualquer tipo de relação com processos legais;
Ensinar e supervisionar outros psicólogos da área;
INSTRUMENTOS UTILIZADOS 
Observação Clínica
Entrevistas estruturadas
Testes Psicológicos
 Estudos de inquéritos e processos criminais;
Estudos de cenas de crime
Pesquisas bibliográficas e casuísticas. 
PSICOLOGIA JURÍDICA :
 uma disciplina ainda por fazer
Impermeabilidade do direito: produções de compilação e recenticidade da psicologia experimental e científica;
Psicologia ainda é vista numa condição de disciplina auxiliar do direito;
Permanece longe de qualquer interferência nos processos dos fundamentos do direito e se afasta das questões psicológicas que intrinsicamente compõem o mundo normativo;
Psicologia, Direito e Justiça
Psicologia Jurídica é importante não somente ao Direito quanto á Justiça;
Psicologia e Direito compartilhando o mesmo objeto: homem e seu bem-estar;
Psicologia permite o homem conhecer melhor o mundo, os outro e a si próprio e a Psicologia Jurídica auxilia a compreender o hommo juridicus e a melhorá-lo, compreender as leis e suas conflitualidades;
“Jamais devemos fazer julgamentos de coisas ou pessoas, pois corremos o risco de julga-las conforme nossas tendências, sempre próprias e parciais.”
				 Legrand

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